"Desde a posse de Temer, há quase cinco
meses, todos os indicadores econômicos, sem exceção, vêm se deteriorando. A
começar pela questão fiscal, que foi o pretexto para a derrubada de Dilma
Rousseff. Em agosto, a arrecadação de impostos federais caiu 10%, em termos
reais. Os motivos: a recessão imposta pela dupla Henrique Meirelles e Ilan
Goldfajn e a relutância do governo em abraçar soluções que já teriam
contribuído para equilibrar as contas, como a volta da CPMF", diz Leonardo
Attuch, editor do 247; "Agora, é, portanto, o momento de deixar os
preconceitos de lado e fazer a seguinte questão: quando foi que o Brasil teve
credibilidade lá fora, emprego aqui dentro e equilíbrio fiscal? A resposta é
simples: na era Lula".
Na fantasia criada por determinados grupos de
comunicação, Michel Temer seria o personagem ideal para colocar a economia
brasileira de volta nos trilhos. Faria o ajuste fiscal, recuperaria a
credibilidade do País, atrairia investidores e, numa nova onda de otimismo,
levaria o setor empresarial a voltar a contratar.
No entanto, desde a posse de Temer, há quase
cinco meses, todos os indicadores econômicos, sem exceção, vêm se deteriorando.
A começar pela questão fiscal, que foi o pretexto para a derrubada de Dilma
Rousseff. Em agosto, a arrecadação de impostos federais caiu 10%, em termos
reais. Os motivos: a recessão imposta pela dupla Henrique Meirelles e Ilan
Goldfajn e a relutância do governo em abraçar soluções que já teriam
contribuído para equilibrar as contas, como a volta da CPMF.
Do ponto de vista dos investimentos, o cenário
é de terra arrasada. De um lado, a PEC
241 praticamente reduz a zero o espaço para investimentos públicos no orçamento
federal. As concessões privadas ainda engatinham diante do fato de que os
principais investidores, as empresas de construção e os fundos de pensão, foram
atingidos por operações policiais. E no mercado de consumo, onde há excesso de
capacidade ociosa, quem há de investir numa economia que encolhe a cada mês?
Para piorar o cenário, com sua legitimidade
permanentemente contestada, Temer não tem o chamado physique du rôle para fazer
as tais reformas previdenciária e trabalhista. Como esperar que um presidente,
visto como ilegítimo por grande parte da população, tenha capacidade para mudar
a CLT e ampliar a idade de aposentadoria. O próprio Temer, na visita que fez
aos Estados Unidos, admitiu que o Brasil só terá equilíbrio fiscal daqui a três
anos – ou seja, depois do seu mandato.
Se Temer não fará nada do que dele se
esperava, a questão é: quem poderá fazer? Agora, é, portanto, o momento de
deixar os preconceitos de lado e fazer a seguinte questão: quando foi que o
Brasil teve credibilidade lá fora, emprego aqui dentro e equilíbrio fiscal? A
resposta é simples: na era Lula.
(artigo originalmente publicado na revista
Nordeste)
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Marcos Imperial