Na tentativa de afastar do palanque a discussão ligada à religião, a campanha de Dilma Rousseff (PT) organizou nesta sexta-feira, em São Paulo, um encontro com entidades da área da Educação e com movimentos sociais historicamente associados ao PT. No palanque improvisado no auditório do Palácio do Trabalhador, o ato, que se destinava a debater propostas para a educação, na prática se transformou em um evento contra o candidato tucano José Serra.
O evento reuniu desafetos do ex-governador paulista, como a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Isabel de Noronha, e lideranças como a filósofa Marilena Chauí, o presidente da União Nacional dos Estudantes, Augusto Chagas, e o padre Júlio Lancelotti. Completaram o palanque alguns neoaliados como o deputado eleito Gabriel Chalita (PSB) e Celso Russomanno, candidato derrotado do PP ao governo de São Paulo, além dos petistas Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy. As deputadas federais Luiza Erundina (PSB-SP) e Manuela D’Avila (PCdoB-RS) também estavam ao lado de Dilma.
A presidente da Apeoesp, principal liderança na greve dos professores paulistas ocorrida na gestão Serra, não poupou críticas ao ex-governador e disse que o tucano
“é um adversário da educação em todos os sentidos”. “Ele tratou os professores com balas e cassetetes”, disse Isabel Noronha. Segundo ela, Serra deveria ter “vergonha na cara” ao prometer na campanha que vai “valorizar” os professores. De acordo com a dirigente, é preciso ter cuidado com o discurso de continuidade feito pelo candidato. “Ele quer pegar o poder e arrebentar com tudo o que está sendo feito”. Ao fundo, estudantes que compareceram ao evento gritavam “Serra farsante, inimigo do estudante”.
“é um adversário da educação em todos os sentidos”. “Ele tratou os professores com balas e cassetetes”, disse Isabel Noronha. Segundo ela, Serra deveria ter “vergonha na cara” ao prometer na campanha que vai “valorizar” os professores. De acordo com a dirigente, é preciso ter cuidado com o discurso de continuidade feito pelo candidato. “Ele quer pegar o poder e arrebentar com tudo o que está sendo feito”. Ao fundo, estudantes que compareceram ao evento gritavam “Serra farsante, inimigo do estudante”.
Em seu discurso, o presidente da UNE afirmou que o candidato tucano, que presidiu a entidade estudantil nos anos 60, “mudou de lado ao longo dos anos”. Ele criticou o que chamou de “projeto de privatização do petróleo” durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Entre os convidados a discursar, a educadora Ana Maria Freire, viúva do educador Paulo Freire, também fez um testemunho a favor de Dilma. Ela disse que o debate deste segundo turno lembra o cenário da ditadura militar quando, segundo ela, a Liga das Senhoras Católicas (atualmente Liga Solidária) mandava votar em candidatos reacionários. “Querem dividir o Brasil entre os do bem e os do mal. Se vamos dividir, nós somos do bem”, disse Ana Maria, para quem Serra serve apenas à elite.
Quem também foi escalado para discursar foi o deputado estadual Major Olímpio (PDT-SP), um dos principais críticos da política de segurança pública dos tucanos no Estado. Segundo ele, Serra, em seu governo, provocou uma “guerra fratricida” ao colocar “irmãos para atirar contra irmãos” – numa referência ao confronto entre policiais militares e civis durante a greve da Polícia Civil em 2008.
Dilma escalou também uma estudante de 25 anos, bolsista do Prouni, que fez um testemunho a favor da candidata e disse temer pelo fim do programa. Por fim, o candidato derrotado ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante (PT), aproveitou a ocasião para reforçar as críticas à educação em São Paulo, como fez durante sua campanha, e lembrou o episódio da entrada da Polícia Militar no campus da USP durante ocupação da reitoria pelos estudantes.
Mercadante citou as mortes do jornalista Vladimir Herzog e do estudante Alexandre Vannuchi Leme e disse que nem durante o regime militar a polícia entrava na universidade para “bater em estudantes”. O ato, segundo o senador petista, rompeu com “o princípio fundamental para a democracia e o princípio da isonomia da universidade”.IG.
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Marcos Imperial