terça-feira, 29 de novembro de 2016

Cunha já decidiu que não vai morrer sozinho, sem levar seu principal aliado, que sempre foi Michel Temer


Não poderiam ser mais ameaçadoras as perguntas feitas por Eduardo Cunha a Michel Temer, sua testemunha, na Operação Lava Jato; basicamente, Cunha questiona Temer sobre os principais operadores do PMDB, como Jorge Zelada, ex-diretor da área internacional da Petrobras, e José Augusto Henriques, lobista do setor de petróleo – ambos presos em Curitiba; Cunha também questiona sua testemunha sobre sua relação com o empresário José Yunes, melhor amigo de Temer e tido no mercado como parceiro do peemedebista em empreendimentos imobiliários; ou seja: Cunha já decidiu que não vai morrer sozinho, sem levar seu principal aliado, que sempre foi Michel Temer.

247 – O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu implodir Michel Temer, na Operação Lava Jato.
Basta ler as perguntas que ele encaminhou a Temer, sua testemunha, para chegar a essa conclusão.
Elas não poderiam ser mais ameaçadoras.
Cunha questiona Temer sobre os principais operadores do PMDB, como Jorge Zelada, ex-diretor da área internacional da Petrobras, e José Augusto Henriques, lobista do setor de petróleo – ambos presos em Curitiba.
Henriques, operador do PMDB, foi preso na Operação Triplo X (leia aqui) e tem ligação com o próprio Temer, com foi dito pelo delator Delcídio Amaral (leia aqui). Zelada foi indicado para a diretoria internacional da Petrobras pelo próprio Temer (leia aqui).
Por último, com requintes de crueldade, Cunha também questiona sua testemunha sobre sua relação com o empresário José Yunes, melhor amigo de Temer e tido no mercado como parceiro do peemedebista em empreendimentos imobiliários.
Ou seja: Cunha já decidiu que não vai morrer sozinho, sem levar seu principal aliado, que sempre foi Michel Temer.
Abaixo, suas questões:


DILMA: ATITUDE DE GEDDEL VAI ALÉM DA CORRUPÇÃO

Na entrevista que concedeu ao 247, a presidente deposta Dilma Rousseff fala sobre a importância do Iphan, do Ministério da Cultura e das consequências culturais com a interferência do agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar uma obra embargada que seria construída no centro histórico de Salvador, onde ele tem um apartamento; "Se ocorresse em qualquer governo decente, ele teria que ser afastado", declarou, dias antes de a situação de Geddel ficar insustentável e ele pedir demissão; questionada sobre o eventual motivo que impediu Michel Temer de agir contra Geddel, Dilma diz que nenhum hipótese pode ser boa; "Por que ele não tomou providência? Não existe solução pelo menos adequada, só hipótese muito ruim".

247 – Em entrevista concedida ao 247 na semana passada, a presidente deposta pelo impeachment, Dilma Rousseff, avaliou o mais novo escândalo do governo de Michel Temer, envolvendo o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e atingindo o próprio presidente da República.
Para Dilma, a atitude que Geddel teve – usando seu cargo para tentar liberar uma obra embargada, que seria construída no centro histórico de Salvador – vai além da corrupção. Isso porque "a cultura em nosso País é algo essencial, porque nós somos um país diverso, então ela cumpre um papel de estruturar a nossa nacionalidade, ela é um cimento para nós nos reconhecermos, ela contribui para isso".
"Desde que foi criado, o MinC teve um papel muito importante. O Iphan é o preservador do nosso patrimônio histórico. O povo sem patrimônio histórico, sem história, ele perde a sua identidade", prosseguiu Dilma, observando as consequências no setor da cultura para o gesto de Geddel, que como lembrou Dilma, foi "para se beneficiar, ou para beneficiar terceiros". "Desde o início, o governo interino, naquela época, mostrou um absoluto descompromisso com a população", observou.
"Se ocorresse em qualquer governo decente, ele teria que ser afastado", criticou a ex-presidente, quase uma semana antes do pedido de demissão de Geddel, que ocorreu nesta sexta-feira 25, em uma carta enviada por email a Michel Temer. O motivo para o presidente não ter agido, de acordo com Dilma, podemos especular, mas ele não será nada positivo.
"A gente passa a ter uma gama, um leque de possibilidades para especular. Agora... nenhuma das hipóteses é boa. Por que não tomou providência? Não existe solução pelo menos adequada, só hipótese muito ruim", opina. "A partir disso que está acontecendo, a população pode especular e fazer uma avaliação", acrescentou, quando questionada se acredita que há outros casos desse tipo no governo.
Desde a entrevista de Dilma ao 247, na última segunda-feira, houve de fato novo no caso o envolvimento direto de Temer, acusado de ter tentado "enquadrar" o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para que ele agisse em favor de Geddel e de seu imóvel no espigão. Calero já prestou depoimento à Polícia Federal e teria gravado conversas com Temer, Geddel e o ministro Eliseu Padilha.
Veja abaixo o trecho da entrevista em que Dilma fala de Geddel:

PT e PCdoB entram com pedido de investigação contra Temer

Foto: Lula Marques/Agência PT
Petistas defenderam a renúncia de Temer; golpista teria perdido as condições de governar após o escândalo que culminou na queda de Geddel.

O presidente Michel Temer (PMDB) cometeu um crime – esse é o entendimento das bancadas do PT e do PCdoB na Câmara e no Senado. Por isso, na tarde desta segunda-feira (28), os parlamentares entregaram uma representação ao Ministério Público, pedindo apuração dos envolvimento deste no escândalo que derrubou o ministro Geddel Vieira Lima.
O intuito é que a Procuradoria Geral da República (PGR) abra uma investigação contra Temer pela prática dos crimes comuns de concussão e advocacia administrativa, que seria de exigir ou de patrocinar uma causa junto ao serviço público que na verdade tem um interesse privado.
O caso veio à tona quando o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, denunciou que o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o pressionou para liberar a construção do Edifício La Vue, em Salvador (BA), empreendimento embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois teria interesses particulares no prédio.
De acordo com Calero, o próprio Temer teria feito pressão para que o MinC liberasse o empreendimento.
O presidente ilegítimo tentou se defender, afirmando que apenas “arbitrou” conflito entre os dois ex-ministros. E, por isso, teria sugerido levar o caso à Advocacia-Geral da União (AGU).
Para o líder do PT no SenadoHumberto Costa (PE), não havia conflito de posição entre dois órgãos do governo federal e, portanto, não havia justificativa para acionar a AGU.
“Pior de tudo é que não se tratava de nada que dissesse respeito ao interesse público e sim ao interesse privado do ministro e de outras pessoas, talvez associadas a ele”, completou Humberto.
Para ele, Temer deveria renunciar, “se tivesse grandeza política e moral”.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) concordou com o colega de bancada. “Houve crime por parte do presidente Michel Temer. Então o caminho mais fácil é o caminho da renúncia e eleição direta”.
No caso de uma renúncia ainda este ano, haveria a convocação de eleição direta para o início de 2017. Porém, com impeachment, ocorrerá eleição indireta de um novo presidente da República pelo Congresso Nacional.
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) Foto: Lula Marques/Agência PT
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Foto: Lula Marques/Agência PT
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) Foto: Lula Marques/Agência PT“Aquele Congresso não tem autoridade para eleger um presidente de forma indireta. Não resolve o problema do País. A crise é muito grande. A crise política, a crise econômica, crise social. É preciso ter a legitimação das urnas, do voto popular”, afirmou Lindbergh.
Humberto Costa explicou que a solicitação à PGR não exclui o pedido de abertura do processo de impeachment contra o usurpador Temer.
“Não são coisas excludentes. Estamos tratando, nesse primeiro momento, de um crime comum. Para nós é claro que houve uma prática de crime de responsabilidade. Aliás, praticar um crime no exercício do mandato tem como consequência direta a caracterização como crime de responsabilidade e a possibilidade de um impedimento. Mas para isso precisamos fundamentar bem esse pedido”, elucidou.
Líder da Minoria da Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), foi incisiva: “O presidente da República é um réu confesso”.
“Ele é um presidente que confessou a sua pró-atividade no sentido de defender os interesses de Geddel Vieira Lima. Então de fato há dois crimes, que nós trouxemos aqui hoje, mas há um crime constitucional, que é o crime de responsabilidade, Artigo 9º, incisos 3, 4 e 7. Isso é tipicamente um crime de responsabilidade”, apontou.
E acrescentou: “Se Temer tivesse o mínimo de escrúpulo, deixaria a Presidência e devolveria ao povo o direito de decidir”

Governo sem legitimidade para fazer ajuste fiscal

O líder do PT na Câmara, deputado federal Afonso Florence (BA), declarou que “esse presidente da República não tem mais condições de continuar com uma agenda de retirada de direitos do povo brasileiro”.
Na mesma linha, sua colega de partido, a deputada federal pelo Rio Grande do Sul, Maria do Rosário, reforçou que o Congresso não deveria vote o ajuste fiscal proposto por Temer.
“Nós temos uma instabilidade muito grande no País. É um governo que não se sustenta e é um governo que está impondo medidas estruturais para o País, que podem ser extremamente danosas à economia e ao interesse público”, comentou, fazendo referência à Proposta de Emenda à Constituição PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos.
Para Jandira, o governo golpista de Temer “perdeu completamente a autoridade, a moral e a capacidade” para enviar propostas de reformas para a Câmara, como as reformas da Previdência e Trabalhista.
Humberto Costa também acredita que não há clima para continuar votando essas matérias. “Nós vamos insistir para que essa votação não aconteça”.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE) Foto: Lula Marques/Agência PT
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE)
Foto: Lula Marques/Agência PT

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE) Foto: Lula Marques/Agência PTPedido de informações à AGU

Além da representação na PGR, Humberto Costa decidiu, também, enviar pedidos de informações à ministra Grace Mendonça, da AGU, ao ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, e ao ministro Roberto Freire, atual na pasta da Cultura.
O pedido de informações busca elucidar que solução a AGU poderia dar ao caso, já que, diferente do que afirmou o usurpador Temer, não houve “conflito entre órgãos”, e sim conflito entre interesse particular e interesse público.
“Nós queremos que os ministros esclareçam até que ponto se envolveram nesse escandaloso caso de advocacia administrativa ocorrido descaradamente no alto escalação do governo. Não é um caso isolado. Há uma corrupção sistêmica, crimes que parecem ter sido cometidos em consórcio por ministros, sob a batuta do presidente da República”, argumentou o líder do PT no Senado.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

Bancada do PT desmente boatos sobre o debate da anistia ao caixa dois

estrelapt2
A Bancada do PT na Câmara, através de nota assinada pelo líder Afonso Florence (PT-BA), desmente boatos a respeito da posição petista no debate sobre a anisitia à prática de caixa dois em campanhas eleitorais. O texto enfatiza o que o líder e os demais parlamentares petistas vêm expressando desde que o tema emergiu: as "tentativas de aprovação de anistia ao caixa dois são de responsabilidade exclusiva da base de apoio a Temer".
NOTA DA BANCADA DO PT NA CÂMARA
No debate sobre anistia à prática de caixa dois, o PT tem sido acusado por setores da mídia e em redes sociais como responsável pela apresentação da proposta. Além disso, como alguns parlamentares petistas divulgaram nota contrária à medida, todos os que não assinaram estão sendo acusados de serem favoráveis. Duas inverdades.
Ao mesmo tempo, sob cerco cruzado em decorrência do avanço das investigações sobre corrupção, em particular no Supremo Tribunal Federal, Michel Temer anuncia que pode vetar proposta de anistia ao caixa dois. O que ele não diz é que nas duas tentativas de aprovar a matéria o PT se negou a assinar a emenda proposta por parlamentares da sua base. E, por isso, parte da sua base não sustentou a defesa da anistia e sua maioria não conseguiu, sequer, levar a proposta à votação. O fato é que a articulação para aprovação da anistia ao caixa dois foi de parlamentares da base de Temer.
Na premência da homologação da delação da Odebrecht, a base de apoio a Temer intensificou seu movimento para aprovar a anistia ao caixa dois querendo compartilhar o desgaste desta aprovação com o PT.
Nesta semana, a Bancada do PT reiterou duas posições fundamentais para orientar sua intervenção sobre o tema:
1. Não apresentar proposta de anistia ao caixa dois;
2. Não assinar emenda com este conteúdo.

Assim, reitero: as duas recentes tentativas de aprovação de anistia ao caixa dois são de responsabilidade exclusiva da base de apoio a Temer.
Brasília, 27 de novembro de 2016
Afonso Florence
Líder do PT na Câmara

NYT e Le Monde dão ênfase ao novo escândalo do governo Temer


Mais uma vez, o governo golpista de Michel Temervira notícia internacional por envolvimento com corrupção, polêmicas e desmandos


Além dos jornais americano e francês, outros veículos internacionais também noticiaram o caso, com destaque para a demissão de Geddel e pedido de impeachment de Temer.


O jornal The New York Times traz matéria, nesta sexta-feira (25), destacando o envolvimento do presidente golpista Michel Temer em mais um escândalo de corrupção no Brasil, por conta das denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
Segundo Calero, o então ministro da Secretaria de Governo de Temer, Geddel Vieira Lima, usou de sua posição para exigir a aprovação de um empreendimento imobiliário embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do qual Geddel é dono de um apartamento.
O ex-ministro da Cultura também garante que foi pressionado pelo próprio Temer para que encontrasse uma “saída” para a continuidade da obra.
A reportagem do jornal norte-americano ressalta que Geddel ocupava uma das posições mais influentes no Poder Executivo e que agora líderes da oposição pedem o impeachment de Temer.
Segundo o NYT, o “incipiente” governo de Temer já está na “defensiva” por ser considerado, até mesmo pela presidenta eleita Dilma Rousseff, um governo que usurpou ilegalmente o poder. E que o peemedebista vem sofrendo para lidar com os baixos índices de aprovação da sua administração.
Além do The New York Times, outros veículos da imprensa internacional, como a BBC de Londres, também repercutiram a demissão de Geddel e o envolvimento de Temer no caso de corrupção e de advocacia administrativa para interesse pessoal.
O jornal britânico declara que Temer tem sido acusado de pressionar o ex-ministro da Cultura a se envolver em práticas corruptas.
“O presidente prometeu limpar a corrupção no Brasil, mas perdeu três ministros por acusações de corrupção”, afirmou a publicação.
Já o francês Le Monde definiu o episódio, logo na manchete da matéria publicada na última quarta-feira (23), como um “Remake político do filme Aquarius no Brasil”.
Isso porque, para o jornal, são “enormes” as similaridades entre o filme do cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho e o motivo da demissão alegado por Calero.
“De repente, a realidade supera a ficção. A pressão implacável de um peso pesado do governo para a construção de um grande complexo imobiliário em Salvador é uma versão política em quase nada retrabalhada do roteiro de Aquarius”, escreve.
O escândalo envolvendo Temer também figurou em periódicos como o The Wall Street Journal e em agências de notícias como Reuters e EFE.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias.

Um dos autores do pedido do impedimento de Dilma Rousseff, diz que governo desmoralizado, como o de Temer, não governa e que "o impeachment de Temer já deveria ter ocorrido"

Jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido do impedimento de Dilma Rousseff, diz que governo desmoralizado, como o de Temer, não governa e que "o impeachment de Temer já deveria ter ocorrido"; "Ele foi um vice decorativo e, agora, é um presidente decorativo. Não faz falta", diz, em entrevista à Época.

Por Esmael Morais - O jurista Hélio Bicudo está arrependido de ter pedido o impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).
Se arrependimento matasse, a julgar pela entrevista que concedeu à Época, Bicudo já estaria fazendo companhia a Fidel Castro.
“Ele foi um vice decorativo e, agora, é um presidente decorativo. Não faz falta”, declarou Madalela, isto é, o arrependido autor do impeachment.
Bicudo foi um dos responsáveis pela queda de Dilma, mas, de acordo com seu desgosto com o golpe, logo logo pedirá ‘volta, querida!”.
O jurista afirma que Temer jamais deveria ter chamado Geddel Vieira Lima para o ministério.
Para Hélio Bicudo, a responsabilidade pelo que acontece no país deve ser associada a Temer, neste momento, e não aos ex-presidentes Lula e Dilma.
Por colocar os interesses privados na frente de interesses públicos, o jurista advogada a tese de que o impeachment de Michel Temer já deveria ter ocorrido.

"Um comandante que lutou durante toda sua vida pela dignidade humana". Fidel Castro o Comandante!

Basta de palavras, precisamos de ação. Assista o vídeo e entenderas essa frase.

Palmeiras é eneacampeão, o maior campeão do Brasil


Fotos: Cesar Greco/Palmeiras

Depois de 22 anos de espera, soltem o grito porcos e comemorem, somos o maior campeão desse país. Palmeiras é eneacampeão Brasileiro!









































#PalmeirasEneacampeão 
#AvantiPalestra 
#MaiorCampeãoDoBrasil

As pessoas vão sentir falta do PT


Confira reportagem completa: http://www.blogdokennedy.com.br/balanco-do-pt-no-poder-e-mais-positivo-do-que-negativo/









Coletiva marota na hora do almoço pra tentar minimizar o escândalo de um governo que já nasceu chafurdado na lama até o pescoço? Tem coisas que só o Temer faz por você.


"...É a dúvida sobre o futuro que o leva a procurar suas alegrias neste mundo, satisfazendo suas paixões, ainda que às custas do próximo."

Onze testemunhas inocentam lula e contrariam Moro em audiência da lava jato

A Lava Jato convocou 11 delatores, um time de futebol de campo, uma seleção dos seus mais ilustres réus confessos que negociaram, ou negociam, acordos de benefícios penais no Brasil e também no exterior – Delcídio do Amaral, Augusto Mendonça, Pedro Correa, Nestor Cerveró, Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Fernando Soares, Dalton Avancini, Eduardo Leite e Milton Pascowith. 

Todos foram unânimes em dizer que jamais discutiram ilegalidades com o ex-presidente Lula, ou souberam de desvios e vantagens indevidas para Lula, ou ter qualquer informação a dar sobre o suposto tríplex do Guarujá.

Leia mais e compartilhe: http://migre.me/vBJKz

 #Brasil 
 #ePP

Em evento de catadores, Lula diz: "Se a gente quiser resolver a economia, tem que colocar os pobres no Orçamento da União"


Lula, em Belo Horizonte: "Todo dia o PIB cai. E, ao invés de criar uma maneira de dar emprego e fazer o país crescer, só pensam em corte, corte, corte" Ricardo Stuckert.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta segunda-feira, em Belo Horizonte (MG), da 7ª Expocatadores 2016, evento anual do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável (MNCR), movimento este que está completando 15 anos. Com a propriedade de quem colocou os catadores no mapa econômico do país, Lula disse: "Se a gente quiser resolver a economia deste país, a gente tem que colocar os pobres dentro do Orçamento da União. Sem isso, não tem solução”.
A afirmação de Lula se dá em um contexto político-econômico atual em que, na contramão do que se fez nos últimos 13 anos no Brasil, a busca pelo crescimento da economia se dá excluindo as classes mais baixas do mercado de consumo - via políticas de arrocho econômico e abandono de programas sociais que já provaram sua eficácia.
O ex-presidente lembrou que, logo em seu primeiro ano de governo (2013) criou o Comitê Interministerial de Inclusão dos Catadores de Lixo (CIIS). Desde então, não cessaram as políticas para a inclusão dos catadores na economia formal e no mercado de trabalho e consumo brasileiros. 
“No primeiro encontro que eu tive com vocês, eu nunca imaginei que vocês teriam um movimento tão organizado", recordou Lula, que enumerou as ações de sua administração em prol da política de coleta de material reciclável. “Eu lembro quando criamos a Lei Nacional do Saneamento Básico (2007), que prioriza as cooperativas na coleta seletiva. Eu lembro da Medida Provisória que deu incentivos fiscais (desconto no IPI) aos empresários que comprassem materiais recolhidos por catadores”. 
Tudo o que foi construído nos governos anteriores (que ainda inclui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010), porém, agora corre risco de retroceder. “Nós avançamos muito, ainda falta muito pra conquistar. Nós provamos que era possível dar dignidade ao povo. E eu estou triste, porque voltou a ter pedinte nas ruas. Todo dia o PIB cai. E, ao invés de criar uma maneira de dar emprego e fazer o país crescer, só pensam em corte, corte, corte. Nós temos que discutir como vamos fazer esse país voltar a crescer”, defendeu o ex-presidente.
No mesmo evento, Lula ainda falou a respeito do caçada judicial de quem sendo vítima, com acusações desacompanhadas de provas, em uma tentativa de criminalizar sua pessoa, seu governo e o da presidente eleita Dilma Rousseff. “Eu sempre defendi um Ministério Público muito forte, a democracia precisa disso. O que não pode é o MP agindo a interesse da imprensa", disse o ex-presidente.


“Eles cassaram a Dilma pelo que aconteceu com os catadores, com as empregadas domésticas, com o salário mínimo… Na cabeça deles, o filho de um catador de papel só pode ser catadorzinho de papelzinho. E nós queremos que ele seja Doutor", concluiu Lula.

MORO DIZ QUE NÃO COLOCARÁ EM RISCO ACORDO COM EUA POR CAPRICHO DA DEFESA DE LULA

Em audiência do lobista Milton Pascowitch, o juiz federal Sergio Moro, da Lava Jato, impede novamente perguntas sobre acordo de cooperação entre delatores da Lava Jato com Departamento de Justiça dos EUA, com ajuda informal da força-tarefa, admitindo que existe um "acordo de cooperação" com os norte-americanos.

Jornal GGN - O juiz federal Sergio Moro impediu mais uma testemunha do caso triplex de falar sobre o elo suspeito entre a Lava Jato e os Estados Unidos. Na audiência de Milton Pascowitch, na semana passada, Moro disse que não iria colocar em risco um eventual acordo de delação do lobista com autoridades americanas por um "mero capricho" da defesa de Lula.
A frase foi disparada após o advogado Cristiano Zanin Martins fazer uma série de perguntas sobre esse possível acordo de cooperação internacional sem que Pascowitch tivesse obrigação de responder. A defesa de Moro suspeita que a força-tarefa da Lava Jato fez uma ponte informal com o Departamento de Justiça dos EUA, para exportar delatores sem o devido companhamento do Ministério da Justiça brasileiro.
Alegando que estava sob o manto de um acordo de confidencialidade, Pascowitch não quis responder as questões de Zanin. O advogado protestou, alegando que a defesa de Lula estava sendo cerceada. Moro, então, pediu que o advogado explicasse qual a relevância dessas perguntas sobre os Estados Unidos, feitas a todos os delatores de porte da Lava Jato, para o julgamento do caso triplex.
Zanin respondeu que só poderia adiantar "um dos aspectos" que tornam as questões relevantes para a defesa: "Eu queria saber se ele está fazendo colaboração em relação aos fatos tratados nessa ação."
"E qual a relevância disso?", rebateu Moro, ao que Zanin retrucou: "A relevância, para a defesa, vai ser exposta no momento adequado."
Moro riu da resposta de Zanin e asseverou que a defesa não tem conseguido defender "minimamente a pertinência dessas perguntas" e, por isso, elas foram indeferidas. "Não vou colocar em risco uma eventual tratativa que a testemunha tenha no exterior por um mero capricho da defesa", disparou Moro.
"Vossa Excelência já usou 'retórica', já usou que 'não tem argumento' e, agora, 'capricho'. Se a Vossa Excelência vê a defesa dessa forma, eu lamento muito", retribuiu Zanin.
Os advogados de Lula alegam que não são "obrigados a antecipar a estratégia de defesa" quando abordam esse elo suspeito entre a Lava Jato e os Estados Unidos. Mas há a indicação de que a defesa buscará a nulidade de algumas delações que tenham sido compartilhadas com autoridades estrangeiras sem obediência às regras.
O DEPOIMENTO
Ao Ministério Público Federal, Milton Pascowitch disse que intermediou o pagamento de propina sob contratos da  Petrobras com a Engevix. Esses depósitos eram destinados ao "grupo político" de José Dirceu, responsável pela indicação de Renato Duque para uma diretoria da estatal. Ele cita especificamente a Pedro Barusco e Fernando Moura como seus interlocutores com Dirceu. João Vaccari Neto teria recolhido uma parte para o caixa do PT. Entre as obras citadas está a REPAR, também conhecida como refinaria Getúlio Vargas.
Pascowitch não implicou Lula em seu depoimento e não soube fornecer nenhum dado sobre o apartamento triplex no Guarujá, que a Lava Jato diz que o ex-presidente recebeu da OAS em troca de três contratos com a Petrobras.

DEFESA DE LULA: “MORO CONFIRMA PARCIALIDADE”

Advogados apontam que, nas audiências de 11 delatores colocados como testemunhas pela acusação da Lava Jato contra o ex-presidente em inquéritos sobre três contratos da Petrobrás, um apartamento no Guarujá (SP) e o armazenamento do acervo presidencial, o juiz Sergio Moro "pergunta como promotor, emite pré-julgamentos e faz questões que não têm relação com o tema do processo"; "Enquanto mesmo os delatores selecionados pelo MP não indicam nenhuma participação de Lula em qualquer desvio na Petrobras, fica evidente, após uma semana de audiências de testemunhas de acusação na 13ª Vara Federal de Curitiba, a obsessão de Moro em condenar Lula mesmo sem provas", afirma a defesa.

247 - A defesa do ex-presidente Lula reafirmou nesta segunda-feira 28 a falta de imparcialidade do juiz Sergio Moro, da Lava Jato, desta vez durante as audiências de 11 delatores colocados como testemunhas pela acusação contra o ex-presidente em inquéritos sobre três contratos da Petrobrás, um apartamento no Guarujá (SP) e o armazenamento do acervo presidencial.
Moro "pergunta como promotor, emite pré-julgamentos e faz questões que não têm relação com o tema do processo", denunciam os advogados. "Enquanto mesmo os delatores selecionados pelo MP não indicam nenhuma participação de Lula em qualquer desvio na Petrobras, fica evidente, após uma semana de audiências de testemunhas de acusação na 13ª Vara Federal de Curitiba, a obsessão de Moro em condenar Lula mesmo sem provas", acrescenta a defesa.
Os defensores de Lula ressaltam ainda, em nota, que "nenhuma das 11 testemunhas confirmou hoje (28/11) a acusação apresentada contra o ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva na ação penal sobre suposta tentativa de interferir na delação de Nestor Cerveró". "Este é mais um exemplo de que as acusações formuladas por Delcidio do Amaral contra Lula em sua delação premissa não passam de ficção. A despeito disso, foram aceitas para conceder benefícios ao senador cassado. Delcidio é réu em ação de reparação por danos morais movida por Lula e que tem por base tais alegações inverídicas", prossegue a nota.

Leia abaixo a íntegra do texto divulgado no site de Lula:
Segundo a lei brasileira, o promotor é a acusação, existem os advogados de defesa e um juiz imparcial entre as partes. Mas qualquer um que tiver tempo e disposição para ouvir as audiências de 11 delatores colocados como testemunhas pela acusação da Lava Jato contra o ex-presidente Lula vai ver que o juiz Sérgio Moro se comporta de forma diferente. Ele pergunta como promotor, emite pré-julgamentos e faz questões que não têm relação com o tema do processo: três contratos da Petrobrás, um apartamento no Guarujá (SP) e o armazenamento do acervo presidencial.  Enquanto mesmo os delatores selecionados pelo MP não indicam nenhuma participação de Lula em qualquer desvio na Petrobras, fica evidente, após uma semana de audiências de testemunhas de acusação na 13ª Vara Federal de Curitiba, a obsessão de Moro em condenar Lula mesmo sem provas, conforme denúncia feita pelos advogados do ex-presidente na ONU.
Depoimentos inocentam ex-presidente e expõem absurdo do Power Point, mas imprensa finge que não vê
A Lava Jato convocou 11 delatores, um time de futebol de campo, uma seleção dos seus mais ilustres réus confessos que negociaram, ou negociam, acordos de benefícios penais no Brasil e também no exterior – Delcídio do Amaral, Augusto Mendonça, Pedro Correa, Nestor Cerveró, Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Fernando Soares, Dalton Avancini, Eduardo Leite e Milton Pascowith.

Todos foram unânimes em dizer que jamais discutiram ilegalidades com o ex-presidente Lula, ou souberam de desvios e vantagens indevidas para Lula, ou ter qualquer informação a dar sobre o suposto tríplex do Guarujá. Até o jornal Estado de São Paulo e alguns veículos da Globo reconheceram isso discretamente no meio de matérias. Isso depois de manchetes em letras garrafais e 13 horas de Jornal Nacional dizendo o contrário.

O senador Delcídio do Amaral, por exemplo, disse jamais ter discutido qualquer assunto irregular com Lula. Segundo o senador “ele jamais me deu essa liberdade”, ou seja, Delcídio jamais sequer tocou nesse tipo de assunto com o presidente.  As acusações de Delcídio não acompanham nenhuma prova, sendo na palavra do senador uma “delação de político”. Mas, mesmo assim, Delcídio está em liberdade e negociou para sair da cadeia com a Procuradoria-Geral da República, apesar de citado de forma muito concreta pelos depoentes Nestor Cerveró e Fernando Soares como receptor de diversas vantagens indevida desde o governo Fernando Henrique Cardoso, quando era diretor da Petrobras. Delcídio não está sendo investigado por esses delitos cometidos por ele.  Ou seja, quem cometeu crimes está livre em troca de acusar sem provas outras pessoas.

Os depoimentos, uma espécie de “retrospectiva” da Lava Jato, indicam também um cenário bem diferente do Power Point simplista apresentado pelo procurador Deltan Dallagnol, ou na denúncia do MP. 

Todas as inconsistências da acusação
As invenções do MP vão desde pequenos detalhes, como de que Paulo Roberto Costa era chamado por Lula de “Paulinho” (o próprio negou esse apelido e disse jamais ter sido chamado assim, ter tido uma reunião sozinho ou qualquer intimidade com Lula) até questões maiores sobre os desvios da Petrobras.

Segundo o delator Augusto Mendonça, o “cartel” das empreiteiras, reunindo 16 empresas, perdeu efetividade a partir de 2009, com as obras do Comperj, ou seja, cinco anos antes do início da Operação Lava Jato. Segundo outros depoimentos dados essa semana, isso aconteceu por obra dos próprios diretores da Petrobras, que diante do aumento de investimentos da Petrobrás ampliaram para 40 o grupo de empresas que participavam das licitações.

Todos os depoentes também revelaram que NENHUM dos diversos órgãos de controle da empresa (auditorias internas e externas, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas e o próprio Ministério Público) havia detectado qualquer irregularidade na Petrobras antes da eclosão da Lava Jato em 2014, ou seja, quatro anos depois de Lula deixar a presidência. Paulo Roberto Costa disse acreditar que isso se dava porque não havia corrupção nas comissões de licitação da Petrobrás, e porque os preços estavam dentro da margem de variação previstos nas licitações (entre 20% acima e 15% abaixo do orçamento do projeto básico).  

Ou seja, não era óbvio ou evidente a existência de desvios na Petrobras, tanto que nenhum órgão encarregado de fiscalizar a empresa a detectou, e a corrupção não envolvia muitas pessoas na companhia. Até o senador Delcídio do Amaral expôs que “o fato de haver indicação política não significa que a pessoa é indicada para roubar”, e que não havia desvios em todas as diretorias da companhia. E Nestor Cerveró disse que foi indicado pelo então governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, mas que esse jamais lhe pediu qualquer coisa em troca disso.


Houve desvios e crimes, mas de um pequeno grupo de diretores associados a empresas e alguns políticos. E a maioria deles já negociou redução de penas com a própria Lava Jato.
 
O pagamento de vantagens indevidas variava entre 1% e 2% (ninguém falou em 3%, como chuta a denúncia do Ministério Público contra Lula), divididos entre funcionários da Petrobras como Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa e políticos, como José Janene do PP, partido que controlava a diretoria de Abastecimento. Não haveria vantagem indevida pagas em todos os contratos, embora fosse a regra habitual. Não havia, segundo Barusco, “retaliação”  por não pagamento de vantagens indevidas acertadas. O valor saia das empresas para os corruptos quando a Petrobras pagava pelo serviço feito.

Tanto em contratos em geral, quanto nos três contratos, das Refinarias do Paraná e Abreu e Lima, que o Ministério Público diz ter saído vantagens para o ex-presidente Lula, todos os depoentes afirmaram não ter qualquer informação sobre isso. Disseram sequer ter “ouvido falar” de vantagens para Lula.


Moro e Ministério Público: um mesmo time que é dono da bola

Sérgio Moro (esq) e Deltan Dallagnol (dir), com o ministro do STF Luís Barroso ao centro; quem ouve as audiências das testemunhas do MPF-PR, não consegue identificar quem é juiz e quem é promotor
A condução das audiências pelo juiz Sérgio Moro deixou claro que ele atua como linha principal da acusação no caso, é parcial, e que não faz sentido nenhum deixar um juiz-celebridade, que inclusive já cometeu crimes contra Lula, julgá-lo. Em despacho negando produção de provas para a defesa, Moro deixou bem claro que a denúncia tratava-se apenas de 3 contratos.

Mas, nas audiências, o juiz não só permitiu que as perguntas do Ministério Público fossem amplas, completamente fora desse tema, como ele mesmo fez perguntas fora do papel de juiz, muito além do mero esclarecimento das questões levantadas pela defesa e acusação, como levantando novas questões. A justificativa dada era que se tratava de um “contexto probatório”. As perguntas inclusive invadiram processo que corre na 10º Vara Federal de Brasília, e que corre nessa vara justamente por decisão explícita do Supremo Tribunal Federal de que não cabia a Moro julgar esse caso. 

Questionado por tal prática não estar de acordo com a letra do Código de Processo Penal, várias vezes Moro reiterou que quem preside e interpreta o processo é ele, como “dono” do processo. Quatro vezes cortou a gravação para cassar a palavra da defesa. Algumas vezes gritou. Acusou a defesa de “tumultuar”, embora em nenhum momento a defesa tenha se levantado e saído da audiência, como foi feito pelo juiz. E na quarta-feira colocou os supostos “tumultos” em ata, para justificar o encerramento da audiência do dia às 18:30 sem ouvir Nestor Cerveró, remarcado para o dia seguinte. Acontece que na mesma quarta-feira Moro tinha uma palestra às 20:00 para uma plateia que tinha pago ingressos para vê-lo.  A defesa não tinha compromisso nenhum que a impedisse de ouvir Cerveró na própria quarta-feira, nem nenhum dos advogados envolvidos fez qualquer pedido ou petição para atraso da audiência. 

Moro disse ainda que a defesa “não tinha argumentos”, o que é completamente irreal diante da extensa defesa já apresentada por escrito e dos depoimentos que mostraram que quem não tem provas nem fatos concretos é a acusação, que não consegue estabelecer nenhuma relação entre 3 contratos em refinarias entre 2006 e 2008 e a reforma de um apartamento que não é do ex-presidente em 2014. 

Para a Lava-Jato, crime de Lula foi ter sido presidente
Os depoimentos revelaram que ao menos desde a década de 1960, indicar linhas políticas para a Petrobras é parte das atribuições de um presidente da República. É curioso o espanto dos promotores com Lula indicar pessoas para cargos no governo, consequência natural de ser eleito presidente democraticamente, e a tentativa de transformar em algo ilegal o fato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter defendido, por exemplo, a internacionalização da Petrobras como forma de ampliação da presença do Brasil no exterior e aumento da presença da empresa no Nordeste do Brasil.

Tanto Paulo Roberto da Costa quanto Nestor Cerveró, os dois ex-diretores da empresa ouvidos, falaram que só tiveram reuniões com Lula com a presença do presidente e outros diretores da empresa, para discutir projetos de desenvolvimento do país e que era nesse sentido que Lula acompanhava e visitava a Petrobras. Cerveró disse que Lula arbitrou a discussão de em que estado do Nordeste ficaria a refinaria Abreu e Lima, e que não faria diferença para a Petrobrás do ponto de vista de custo, sendo então uma decisão política própria do presidente. 

Pedro Correa disse que “no mundo todo” se compõem governos com indicações de partidos. E também foi dito disse que a prática é muito anterior no Brasil ao governo de Fernando Henrique Cardoso.

Augusto Mendonça lembrou que era uma promessa de campanha, registrada em programa eleitoral, a contratação no Brasil de tudo que a Petrobras poderia fazer aqui, gerando no país, e não no exterior, empregos e impostos. Isso era uma política pública defendida em campanha eleitoral, que gerou milhares de empregos no Brasil.

Moro chegou a demonstrar espanto ao ouvir de um depoente que Lula não discutiu aditivos da refinaria Abreu e Lima. “Não?”, reagiu o juiz.

O Ministério Público reiteradamente não tem mostrado o mesmo interesse em investigar a denúncia concreta, que reapareceu nos depoimentos dessa semana por Nestor Cerveró e Fernando Soares, das denúncias de envolvimento de Paulo Henrique Cardoso, filho de Fernando Henrique Cardoso, em um escândalo na época da construção de termoelétricas no começo dos anos 2000, durante o governo do PSDB.

A imprensa cobre “tumulto” para não dar depoimentos que inocentam o ex-presidente
Era de se esperar que depois de tanto barulho em torno do tríplex e Lava Jato, que fosse ampla a cobertura da imprensa sobre a primeira semana de audiências do caso. Mas que nada. Para esconder os depoimentos que não tem provas contra Lula e até o inocentam explicitamente, a mídia foi na tese de Moro de “tumulto” e “bate-boca”, para não ir ao principal: os procuradores podem ter suas convicções, mas não tem provas contra Lula.

Leia também:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...