quarta-feira, 26 de setembro de 2018

CNI/Ibope: Haddad ganha com 42% no segundo turno

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (26/09) mostra o petista Fernando Haddad consolidado na segunda posição da corrida presidencial, oscilando na margem de erro sobre o levantamento anterior, de dois dias atrás. Haddad foi de 22% para 21%.Jair Bolsonaro (PSL) também oscilou 1 ponto, indo de 28% para 27%.
Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT) com 12%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 8% e Marina Silva (REDE) com 6%.
Nas simulações de segundo turno, Fernando Haddad ganha de Bolsonaro de 42% a 38%.
O Ibope desta quarta-feira foi contratado pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e ouviu 2 mil pessoas entre 22 e 24 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

ONDA VERMELHA PODE SER O FENÔMENO DE 2018

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o PT elegeria o presidente da República e também reelegeria pelo menos três governadores em primeiro turno: Camilo Santana, no Ceará, Wellington Dias, no Piauí, e Rui Costa, na Bahia; além disso, Fátima Bezerra é favorita no Rio Grande do Norte e Fernando Pimentel disputará o segundo turno em Minas Gerais; entre os aliados, Flávio Dino, do PCdoB, também deve se eleger em primeiro turno.

247 - Se as eleições presidenciais fossem hoje, o PT elegeria o presidente da República, Fernando Haddad, tendo Manuela D'Ávila (PCdoB) como vice, como mostra a pesquisa Ibope. 

Além da Presidência, o PT também reelegeria pelo menos três governadores em primeiro turno: Camilo Santana, no Ceará, Wellington Dias, no Piauí, e Rui Costa, na Bahia. Além disso, Fátima Bezerra é favorita para ganhar no Rio Grande do Norte e Fernando Pimentel disputará o segundo turno em Minas Gerais. Já entre os aliados, Flávio Dino, do PCdoB, também deve se eleger em primeiro turno. 
Dois anos após o golpe parlamentar de 2016 e de um governo ilegítimo que foi marcado pela retirada de direitos dos trabalhadores, pela entrega do petróleo, pela explosão do desemprego e a perseguição ao maior líder popular da história do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, os brasileiros e brasileiras reafirmam sua opção por governos do campo progressista e pela democracia. 
Leia abaixo reportagem da RBA sobre a pesquisa Ibope:
A curva de crescimento do candidato do PT à Presidência segue acentuada, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24). Fernando Haddad subiu mais quatro pontos em relação à semana anterior e chegou a 22%. Treze dias depois do registro oficial de sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 11 de setembro, o substituto de Luiz Inácio Lula da Silva subiu 14 pontos. O candidato Jair Bolsonaro (PSL), estacionou nos mesmos 28% das intenções de voto da semana passada.
A nova pesquisa Ibope confirma também a estabilização de Ciro Gomes (PDT) em terceiro lugar, com 11%, mesma pontuação dos últimos dois levantamentos.
O Ibope traz Geraldo Alckmin (PSDB) em quarto e Marina Silva (Rede) em quinto. Há 13 dias, o tucano tinha 9%, caiu para 7% e agora está com 8%. A candidata da Rede, que havia caído de 9% para 6%, agora está com 5%.
João Amoêdo (Novo) tem 3%, Álvaro Dias (Pode) e Henrique Meirelles (MDB) 2% e Guilherme Boulos (Psol)m 1%. Cabo Daciolo (Patriotas), Vera Lúcia (PSTU), Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não pontuaram.
Segundo turno
O Ibope fez simulações para as seguintes hipóteses de segundo turno:
Haddad 43% x 37% Bolsonaro
Ciro 46% x 35% Bolsonaro
Alckmin 41% x 36% Bolsonaro
Marina 39% x 39% Bolsonaro
Bolsonaro é o candidato com maior taxa de rejeição, por 46% dos pesquisados. Depois vêm Haddad, 30%, Marina, 25%, Alckmin, 20% e Ciro, 18%. O instituto entrevistou 2.506 pessoas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança de 95%.
A pesquisa foi contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo. O instituto deve apresentar novo levantamento na quarta-feira (26), por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Datafolha divulgará resultado de nova sondagem na sexta-feira (28).

SALTO DE HADDAD MOSTRA ELEITOR COMO PROTAGONISTA DA ELEIÇÃO

Stuckert

Paulo Moreira Leite é colunista do 247, ocupou postos executivos na VEJA e na Época, foi correspondente na França e nos EUA.

"Enquanto Fernando Henrique e a Globo se dedicam a tirar candidatos presidenciais da cartola, o eleitor manda avisar que está gostando cada vez mais de Fernando Haddad, o candidato que Lula escolheu", escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247. "Num país onde a popularidade do PT chegou a 29% e as intenções de voto de Lula batiam em 39%, é fácil perceber que Haddad possui bom espaço para crescer, em terreno já cultivado". 

Faltavam alguns minutos para as sete da noite de segunda, 24, quando a notícia de uma nova escalada de Fernando Haddad no Ibope circulou no whatsapp dos jornalistas que participavam de uma entrevista coletiva com o candidato do PT no Instituto Lula. Coube ao repórter Joaquim de Carvalho, do Diário do Centro do Mundo, cumprimentar Haddad pela novidade, que confirma uma análise corrente entre os observadores mais atentos e indica uma virada espetacular numa disputa marcada por tantas idas e voltas e uma tensão crescente até o final.

Como era previsível, momentos depois teve início o espetáculo inesquecível dos olhares perdidos e comentários angustiados da bancada de comentaristas da  GloboNews, inconsolável diante de números que configuram uma  possível tragédia no horizonte já próximo. Demonstrando que a memória política da maioria dos brasileiros tem uma consistência raras vezes reconhecida por analistas incapazes de enxergar as luzes próprias  da consciência popular, Haddad cresce aos saltos, e ganha perto de 1,4 milhão de novos eleitores por dia.

Referindo-se ao flagelo monumental produzido pelo governo Temer, antes mesmo que os números do Ibope fossem divulgados Fernando Haddad explicou o que se passa no país: "as pessoas estão percebendo. Por isso o Lula quase ganhou no primeiro turno". Em outro momento, ele faria uma menção a uma outra expressão do mesmo fenômeno, ao recordar que, antes de se passarem de dois anos da derrota na eleição municipal de 2016, ele vence Bolsonaro nas intenções de voto na capital paulista.

O crescimento do candidato do Partido dos Trabalhadores demonstra o papel do eleitor como protagonista de uma eleição decisiva em nossa história política, numa evolução que desmoraliza armações feitas às suas costas.

Ocorre 72 horas depois de Fernando Henrique Cardoso ensaiar uma intervenção-surpresa  na campanha, pela divulgação de um documento politicamente desonesto, a Carta as Eleitoras e Eleitores, no qual teve a cara dura  de nivelar Fernando Haddad a Jair Bolsonaro, convocando o eleitorado encontrar um "candidato que não aposte em soluções extremas". O texto não era uma peça isolada.

Serviu de introdução a uma operação que incluiu uma visita-relampago  de Bill Clinton a São Paulo, na qual o ex-presidente dos EUA -- responsável por uma empréstimo de US$ 40 bilhões que em 1998 salvou a reeleição de FHC num país quebrado -- pediu aos brasileiros que não votassem "com raiva".  Reorientado no novo curso,  a campanha de Geraldo Alckmin na TV adquiriu a estética sombria de filmes de filmes B de terror, sem resultados visíveis, pelo menos de imediato. O próprio candidato tucano  ganhou um pontinho mas segue um ponto abaixo do patamar no qual se encontrava há quinze dias.

Mencionado como outro alvo possível de transações de bastidor, tratado com interesse fora do comum pelas Organizações Globo nos dias anteriores,  Ciro Gomes não saiu do lugar e segue parado em 11 -- desde ontem, esse patamar é a metade daquilo que Haddad acumulou até aqui.

Num comentário feito antes que os números do Ibope fossem  conhecidos publicamente, Haddad fez questão de recordar o esforço pela unidade com Ciro. "Trabalhei intensamente por isso", disse, lembrando conversas reservadas em torno de uma chapa comum, que vieram a público por iniciativa da outra parte, nas quais,  afirma, nunca colocou condições sobre quem teria a candidatura presidencial. Numa das versões em circulação naquele período, quando o TSE ainda não havia liquidado definitivamente a candidatura de Lula, Ciro teria direito a ficar com a cadeira de vice -- mas seria promovido a titular caso o candidato presidencial fosse impedido.  

Voz disciplinada em defesa da unidade com o candidato do PDT, evitando responder críticas com novas críticas, única forma de fugir de  uma espiral mutuamente destrutiva, o comportamento de Haddad é consistente com sua própria visão dos riscos e armadilhas da política brasileira atual. A análise foi anunciada em  2016, quando --- e isso era novidade no período -- ele disse que a campanha presidencial de 2018 poderia ser transformada numa disputa "da direita contra a extrema-direita".  

O ponto aqui é que Haddad não se limitou  a fazer uma simples análise dos fatos, mas incluiu um engajamento para modificar a realidade adversa, numa luta paciente mas firme  para dobrar o desalento e o ceticismo de boa parte de eleitores e militantes, lembrando que "depois de 500 anos de história temos a oportunidade de mudar o que está aí".

Se até há pouco a simples viabilidade de sua candidatura era colocada em dúvida em várias conversas, o vigor exibido pelos números mais recentes mostra uma situação confortável -- para dizer o minimo. Se a maioria dos estudiosos está convencida de que a informação de que Haddad é o sucessor escolhido por Lula já chegou a quase totalidade do eleitorado interessado, seria ilusório imaginar que, em todos os casos, a substituição de candidatos se faz pelo piloto automático.

Os 22% anunciados pelo Ibope marcam um salto de grande envergadura, ainda mais notável enquanto os adversários permanecem no mesmo lugar.

Num país onde a popularidade do PT chegou a 29% e as intenções de voto de Lula batiam em 39% quando ele foi retirado da campanha, é fácil  enxergar um bom espaço  -- em terreno já cultivado -- para novos avanços em futuro próximo.

Essa é a questão essencial quando se examina o futuro, nas próximas semanas.  A ameaça "à democracia é real", diz Haddad, recordando as "formas contemporâneas" que as ditaduras têm assumido em vários países, como regimes autoritários que desrespeitam os direitos e as liberdades, sem exibir a fisionomia clássica que apresentaram ao longo do século XX.

Ele recorda que uma declaração do presidente do STF, Dias Toffoli, comprometendo-se com o respeito ao resultado das urnas, chegou a ser comemorada quando, em situações normais, seria uma questão que sequer deveria ter sido colocada. Também critica a "naturalização" de ataques a direitos consagrados pela Constituição. Diz: "não vejo ninguém indignado".

A ascensão de Haddad na campanha coincide com um novo sinal político, enviado por várias camadas geológicas da sociedade brasileira e um horizonte político muito mais amplo do que o PT. Iniciado como o Movimento Mulher Unidas contra Bolsonaro, a campanha  "Ele não" se transformou numa mobilização social de vulto.

Sob a sombra de uma árvore de organizações femininas e feministas, ali se encontram a fina flor do universo intelectual brasileiro e as torcidas organizadas dos principais times de futebol. Incluindo militantes e ativistas de vários partidos, mas sem qualquer definição  partidária, o "Ele não" ganha corpo e impulso para se transformar numa grande reação democrática contra o fascismo na reta final do primeiro turno, realizando uma defesa vigorosa das garantias democráticas que permaneceu silenciosa até aqui.

O progresso de Haddad se explica pela história e pelo horizonte do Partido que representa. Por suas ligações únicas com a maioria do povo, o PT é a força politica capaz de unir as duas questões que envolvem o destino da maioria dos brasileiros e brasileiras. A questão social, que se tornou ainda mais urgente após o cruel trabalho de destruição de conquistas e direitos que protegem a população contra a miséria mais degradante. Também é a força comprometida com a questão democrática e o respeito ao Estado Democrático de Direito. Com essas bandeiras, Haddad tem condições de liderar o resgate do país. São duas faces da moeda que separa a civilização da barbárie. 

Alguma dúvida? 

Recado de Lula: “Haddad vai fazer o Brasil ser feliz de novo”

“Fui impedido de ser candidato e estar nas ruas, com o povo, mas o companheiro Haddad me representa. Eu tenho total confiança nele. E ele vai fazer o Brasil ser feliz de novo com o nosso voto”

Lula.

Eleições 2018 - Após retrocesso de Temer, indígenas buscam mais espaço na política

TelmaTaurepang.jpg
Telma Taurepang, do PCB, concorre ao Senado pelo estado de Roraima - a terra de Romero Jucá, envolvido em escândalos durante sua passagem pela presidência da Funai.

O ano de 2017 não foi fácil para os povos originais do Brasil. Com uma canetada, Michel Temer acabou com 347 cargos na Funai – deixando ainda mais abandonados os mais de 800 mil indígenas, de 300 etnias existentes no País.

Por essa mesma época, em abril do ano passado, a socióloga Azelene Kaingang assumiu a Diretoria de Proteção Territorial da Funai. De origem indígena, Kaingang trabalhou junto à LLX, em 2008, para negociar com índios a troca de suas terras por fazendas, carros e salários. E é acusada de violações de direitos indígenas. Para fechar o pacote, Temer ainda atrasou a demarcação de terras a essas comunidades.

No melhor dos mundos para essa população, 2019 começaria com Sônia Guajajara e Guilherme Boulos, do PSOL, subindo a rampa do Planalto. “Temos de contrapor esse modelo econômico baseado na produção, no uso da terra e na exploração das florestas e dos rios. Os projetos de hoje passam por cima das comunidades e não são tão eficientes”, contou a vice de Boulos em entrevista recente a CartaCapital.

“No atual governo, os retrocessos deixaram de ser ameaças e se tornaram casos concretos. Em diversos estados as demarcações de terra foram anuladas”, completou. Guajajara é a primeira indígena a compor uma chapa presidencial. Mas dificilmente tem chances - segundo a última pesquisa Datafolha, a dupla tem só 1% de intenção de votos.

Fora o sonho do Planalto, falta a eles representatividade até mesmo no Congresso. Só o cacique Márcio Juruna, nos anos 1980, conseguiu ocupar o cargo de deputado federal na história desse país. Nunca houve outro representante indígena eleito, seja à Assembleia estadual ou federal. Para piorar, nas últimas eleições,o que se viu foi um aumento da bancada ruralista. Em 2018, eles esperam eleger ao menos alguns de seus 130 candidatos – um recorde de inscrições indígenas.

Telma Taurepang é uma delas. Candidata ao Senado pelo PCB de Roraima, quer ganhar uma cadeira para lutar pelas demarcações e pelos direitos das comunidades tradicionais. “Todos esses que estão na política ou nunca olharam para questões indígenas ou colocaram em segundo plano. Queremos fazer valer os artigos 231 e 232 da Constituição, que nos garantem os direitos às nossas terras, à educação diferenciada, à saúde, moradia”, explica.

A briga pelo Senado no estado tem um velho conhecido: Romero Jucá. Em 1987, quando presidiu a Funai, Jucá reduziu o território dos Yanomami e costurou acordos entre indígenas e madeireiras para explorar florestas nativas.

Ao contrário de Taurepang, nem todos os candidatos de etnia indígena se interessam pelas pautas de proteção ao meio ambiente ou às próprias causas. “Do mesmo jeito que tem indígenas que lutando muito firmemente pela sua origem e historia, que viveram processos de lutas, tem aqueles que não participam desse processo, que não viveram a luta, e estão usando a imagem indígena como negócio”, explicou Francisco Piyãko, candidato a deputado federal no Acre, pelo PSOL, ao colunista Felipe Milanez.

Como pensam os presidenciáveis
Piyãko se indigna com os indígenas favoráveis ao candidato Jair Bolsonaro, do PSL. Aliás, o vice de sua chapa, General Mourão, autodeclarou-se no TSE como indígena. Dias antes, Mourão havia anunciado sua origem indígena, por ter um pai amazonense, sem deixar de citar que “nossa herança da indolência” vem desses povos. Bolsonaro também já cansou de dizer que discorda da política de demarcação de terras, por atrapalharem o agronegócio, ou impossibilitarem a construção de hidrelétricas no norte do país. Ainda assim, há indígenas encantados pelo discurso do militar.

Bolsonaro aparece, de longe, como o candidato menos interessado em questões ambientais e manter ou preservar os direitos das comunidades tradicionais. De acordo com o Observatório do Clima, Marina Silva, da Rede, e Fernando Haddad, do PT, vem logo atrás da chapa composta por Bolous e Guajajara, que tem o mais completo programa de governo sobre o tema. “PT, PSOL e Rede se interessam mais pelas populações tradicionais. Demonstram uma maior compreensão do caráter estratégico desses ativos socioambientais como estratégia de desenvolvimento para o futuro do país”, explica Marcio Santilli, sócio-fundador do Instituto Socioambiental (ISA).

Marina Silva propôs em seu programa a criação de um fundo de regularização fundiária, para indenizar produtores rurais assentados pelo próprio governo em terras indígenas e devolvê-las a essa população. Também quer tirar da fila as demarcações pendentes na Justiça.

Já o PT garante o compromisso, mas sem soluções, de forma mais genérica. “Promoverá a reforma agrária, a titulação das terras quilombolas e a demarcação das áreas indígenas (...)”, informa o programa de governo do partido. “Houve uma preocupação de encaixar essa questões ao que chamam de ‘transição ecológica’. E, embora seja mais sintético, resumido, vejo uma absorção boa em relação às questões indígenas”, avalia Santilli.

Ciro Gomes (PDT), por outro lado, trata de forma ainda mais genérica, sem firmar qualquer compromisso. E gera apreensão, já que Kátia Abreu, sua companheira de chapa, nunca fez questão de esconder seu envolvimento com o agronegócio. Em um dos debates, no entanto, Ciro afirmou que ela já entendeu a “necessidade de equilíbrio” nesse ponto.

Essa “necessidade de equilíbrio” gera lucro ao país. Segundo relatório do ISA, a comercialização de produtos existentes na biodiversidade brasileira, como açaí, castanha brasileira, erva-mate, amêndoa de babaçu, entre outros, movimentou cerca de 1,5 bilhão de reais entre 2013 e 2016.

E não dá para esquecer a importância ambiental dessas terras. Ainda de acordo com o ISA, metade dos 52 gigatoneladas do estoque de carbono estão armazenados em Unidades de Conservação e em terras indígenas.

Se essas áreas de vegetação nativa cederem lugar ao agronegócio, ou se perderem entre queimadas e desmatamentos, o impacto é óbvio: agravamento do aquecimento global. Além disso, segundo pesquisadores, não fosse pela Amazônia, o sudeste viraria um deserto – a floresta manda umidade para cá e, com isso, provoca chuvas. Imagine, então, quanto custaria ao governo (ou seja, a nós) investir em estratégias ou tecnologias para acabar com a seca. Ou quanto tempo levaria até desfazer o estrago por entregar as florestas brasileiras ao agronegócio – em vez de deixá-las sob os cuidados das comunidades indígenas. Via https://www.cartacapital.com.br/diversidade/apos-retrocesso-de-temer-indigenas-buscam-mais-espaco-na-politicai

Ibope: Bolsonaro para em 28%. Haddad segue em alta, vai a 22% e supera rival no segundo turno

Nova pesquisa Ibope: Haddad segue em alta, sobe a 22% e Bolsonaro fica em 28%
Bolsonaro e Haddad consolidam dianteira. No segundo turno, empate técnico

São Paulo – A curva de crescimento do candidato do PT à Presidência segue acentuada, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24). Fernando Haddad subiu mais quatro pontos em relação à semana anterior e chegou a 22%. Treze dias depois do registro oficial de sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 11 de setembro, o substituto de Luiz Inácio Lula da Silva subiu 14 pontos. O candidato Jair Bolsonaro (PSL), estacionou nos mesmos 28% das intenções de voto da semana passada.

A nova pesquisa Ibope confirma também a estabilização de Ciro Gomes (PDT) em terceiro lugar, com 11%, mesma pontuação dos últimos dois levantamentos. 

O Ibope traz Geraldo Alckmin (PSDB) em quarto e Marina Silva (Rede) em quinto. Há 13 dias, o tucano tinha 9%, caiu para 7% e agora está com 8%. A candidata da Rede, que havia caído de 9% para 6%, agora está com 5%.

João Amoêdo (Novo) tem 3%, Álvaro Dias (Pode) e Henrique Meirelles (MDB) 2% e Guilherme Boulos (Psol)m 1%. Cabo Daciolo (Patriotas), Vera Lúcia (PSTU), Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não pontuaram.

Segundo turno
O Ibope fez simulações para as seguintes hipóteses de segundo turno:

Haddad 43% x 37% Bolsonaro

Ciro 46% x 35% Bolsonaro

Alckmin 41% x 36% Bolsonaro

Marina 39% x 39% Bolsonaro 

Bolsonaro é o candidato com maior taxa de rejeição, por 46% dos pesquisados. Depois vêm Haddad, 30%, Marina, 25%, Alckmin, 20% e Ciro, 18%. O instituto entrevistou 2.506 pessoas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança de 95%.

A pesquisa foi contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo. O instituto deve apresentar novo levantamento na quarta-feira (26), por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Datafolha divulgará resultado de nova sondagem na sexta-feira (28). Via https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/09/nova-pesquisa-ibope-haddad-segue-em-alta-vai-a-22-e-bolsonaro-para-em-28

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

“Brasil é, de longe, o país mais perigoso para os defensores dos direitos indígenas”

Nilson Tuwe Huni Kuĩ, líder indígena da Amazônia brasileira, durante sua intervenção em um evento mundial sobre paz e diversidade religiosa na sede das Nações Unidas, em Nova York, em fevereiro de 2013.
Nilson Tuwe Huni Kuĩ, líder indígena da Amazônia brasileira, durante sua intervenção em um evento mundial sobre paz e diversidade religiosa na sede das Nações Unidas, em Nova York, em fevereiro de 2013. DEVRA BERKOWITZ UN PHOTO.

"Infelizmente, não posso, não posso nomear nenhum país que esteja dando proteção real aos povos indígenas". Não se trata de uma opinião qualquer. Vem dos lábios de Victoria Tauli-Corpuz, a relatora especial da ONU para os direitos dos povos indígenas. Ela antecipou suas impressões durante uma entrevista no Fórum de Florestas de Oslo, realizado em junho. Agora ela as colocou por escrito e divulgou nas páginas de seu relatório anual sobre a situação desses povos. Sob o título Eles Deveriam ter Sabido Antes, a relatora denuncia que Governos e empresas em todo o mundo estão tornando cada vez mais difícil e letal a proteção das terras e florestas pelas comunidades indígenas. Elas possuem tradicionalmente mais de 50% do território mundial, mas só têm direitos legalmente reconhecidos em 10%, algo que dá liberdade aos governos para declará-los ilegais em terras que têm sido seus lares há gerações.
Tauli-Corpuz divulga em seu relatório os dados da organização Front Line Defenders, que argumenta que dos 312 defensores dos direitos humanos assassinados em 2017, 67% eram indígenas que protegiam suas terras ou direitos, quase sempre contra projetos do setor privado. Destes, 80% ocorreram em quatro países: Brasil, Colômbia, México e Filipinas, embora a situação do Equador, Guatemala, Honduras, Índia, Quênia e Peru também receba destaque. A ONG britânica Global Witness, contabilizou pelo menos 207 assassinatos em seu relatório de 2017, apresentado em julho e que a relatora também menciona.
De acordo com o relatório, o Brasil é de longe o país mais perigoso do mundo para os defensores dos direitos humanos dos indígenas. Tauli-Corpuz conta que, durante a visita ao País, em 2016, membros de uma comunidade no Mato Grosso do Sul mostraram feridas de bala em seus corpos e levaram a equipe aos lugares onde membros de suas famílias foram mortos. Eles também relataram incidentes de detenções arbitrárias, tortura e criminalização de seus líderes. O governo e as organizações da sociedade civil que trabalham com os povos indígenas, aponta Tauli-Corpuz, fizeram relatos "perturbadores" de um padrão regular de ameaças e intimidação por parte de atores estatais e privados.
"Reconhecer a importância de proteger os defensores da terra e do meio ambiente é um tema que aparece com frequência no Fórum, mas nas sessões de que participei não ouvi nada sobre a violência e a intimidação sofridas rotineiramente por esses grupos por parte empresas que querem explorar seus territórios", diz Patrick Alley, cofundador da Global Witness, durante o encontro em Oslo. Alley fez a declaração durante uma das sessões paralelas do Fórum na qual era o moderador. Sob o título Abordando as Causas dos Ataques aos Defensores do Meio Ambiente e dos Indígenas, o pesquisador apresenta quatro pessoas que sofreram em sua própria carne a perda de um ente querido de forma violenta por sua militância.
Dos 312 defensores de direitos humanos que foram assassinados em 2017,  67% eram indígenas
Entre eles, Claudelice da Silva, do Estado do Pará, que é o lugar no mundo onde ocorre a maioria dos crimes desse tipo. "Sempre defendi a floresta, mas me tornei mais ativista porque meu irmão foi morto com sua companheira. Eles os mataram como uma mensagem para que aqueles que continuassem com a luta soubessem que teriam o mesmo destino", exclama Silva diante da plateia. Refere-se a José Claudio Ribeiro da Silva e sua mulher, Maria do Espírito Santo, executados em 2011 por vários tiros de espingarda.
Também dá seu depoimento Julio César López, coordenador da Organização dos Povos Indígenas da Amazônia colombiana. O líder comunitário explica que a dissidência das FARC está na região e pretende continuar operando nesses territórios, mas também existem outros atores armados que protegem os interesses dos narcotraficantes. E os povos indígenas estão no meio dessa luta, que lhes causa "medo" e "incerteza".
Para Tauli-Corpuz, o problema é que todo o desenvolvimento para o qual o mundo se adaptou é um modelo que continuamente extrai recursos, e boa parte deles é encontrada principalmente em terras indígenas. "Tanto faz se falamos de ouro, lítio, cobalto ou madeira: se há estoques, lá vão atrás deles. Os fazendeiros de cultivos extensivos querem expandir suas plantações e vão lá e tomam o que querem, mesmo que pertençam aos povos indígenas. Essa é a foto que nós temos do mundo de hoje", reconhece a este jornal. "As empresas são privilegiadas em razão dos interesses econômicos e comerciais que estão por trás delas", denuncia, referindo-se à expansão dos projetos de desenvolvimento de infraestrutura, agricultura e mineração em terras indígenas sem o consentimento prévio dos legítimos donos.
Essa situação tem dado impulso ao aumento drástico da violência e do assédio legal contra os povos indígenas pelo setor privado, que atua em cumplicidade com os governos. Assédio por parte daqueles que primeiro deveriam protegê-los, diz ela em seu relatório, no qual inclui dezenas de exemplos (nove em países latino-americanos, quatro na África e sete na Ásia) de ataques físicos ou com base em leis perpetrados em rincões em todo o mundo. É apenas uma seleção, diz ela, porque "centenas" chegam a seus ouvidos.
"Corporações e políticos corruptos conspiram com frequência para outorgar concessões e contratos. Esta corrupção impede que as comunidades responsabilizem seus agressores, ou que elas possam acessar os canais legais e democráticos que, pelo contrário, deveriam estar abertos para elas. Os perpetradores da violência são muitas vezes da polícia e do Exército", diz Alley. O pesquisador lembra ainda que os assassinatos são apenas a ponta do iceberg: "Os defensores do meio ambiente enfrentam extrema violência física, intimidação, criminalização ... E as mulheres são particularmente afetadas pela disseminação da violência sexual".

modus operandi

Esses assassinatos quase sempre ocorrem no contexto de ameaças contínuas contra comunidades inteiras. Primeiro, com campanhas de difamação e discursos de ódio que apresentam os povos indígenas como "obstáculos ao desenvolvimento", ou, no pior dos casos, como "terroristas" ou "bandidos", ressalta o relatório de Tauli-Corpuz. Em seguida surgem mandados de prisão com base em acusações falsas, que às vezes são deliberadamente deixadas pendentes para que as comunidades vivam sob uma ameaça perpétua. Quando os líderes indígenas são detidos, muitas vezes permanecem na prisão por anos aguardando julgamento. Nos piores casos, o militarismo, a legislação antiterrorista e os "estados de emergência" são usados para justificar uma crescente violência física.
Victoria Tauli-Corpuz viveu na carne a perseguição. Mulher indígena e líder do povo filipino kankanay igorot, em março o presidente Duterte pediu que fosse incluída em uma lista de 600 terroristas perseguidos pelas autoridades do país, em retaliação por defender os povos da ilha de Mindanao, muitos dos quais deslocados para outras áreas pela crescente militarização de uma zona convulsionada por conflitos com a milícia islâmica que opera no território. Em agosto, seu nome foi retirado da tal lista.
Nesse sentido também se pronuncia Víctor Armando López Illescas, da Aliança Mesoamericana de Povos e Florestas, uma rede dessa região formada por comunidades indígenas que se associaram para o manejo das florestas, água, terras agrícolas, etc. "Há vários exemplos, como o do povo q'eqchi, da Guatemala, que fez um trabalho muito forte para recuperar suas formas de organização e direitos sobre suas terras, mas enfrenta tanto os projetos privados como a criação de áreas protegidas."
Ele se refere ao polêmico caso do Parque Natural Semuc Champey, joia do ecoturismo no país, criado em terras Q'eqchí e que as comunidades tomaram à força, expulsaram os funcionários e administraram por conta própria durante pouco mais de um ano. "As terras foram tiradas deles para a criação de uma área protegida que hoje é um destino turístico de alto nível no país", resume López. "Quando essas comunidades decidiram recuperá-las, foram expulsas, catalogadas como invasoras, e atualmente 15 pessoas estão sendo julgadas por vários crimes, como instigação para cometer crimes, usurpação de propriedades estatais ... Onde já se viu que uma comunidade de 200 pessoas tenha 50 delas com mandados de captura para serem presas por defenderem seu território?”, protesta, indignado.
Ao mesmo tempo em que os sistemas da Justiça são usados como "armas"contra os povos indígenas, há uma impunidade generalizada para aqueles que cometem atos de violência contra eles. "Alguns meses antes de ser morto, Cláudio me disse que qualquer dia amanheceria com uma bala na cabeça. Ele escrevia cartas a ministros, fez denúncias ao Governo e nunca houve uma investigação do que aconteceu com eles. Ninguém está preso, há impunidade total”, diz Silva em um de seus depoimentos.
Outro caso bem conhecido é o assassinato de Berta Cáceres, indígena hondurenha que obteve o maior reconhecimento por ativistas do meio ambiente por seu trabalho, o Prêmio Goldman Environmental. Ela foi morta em sua casa em 3 de março de 2016, presumivelmente por sua luta para paralisar a construção de uma represa em um rio em seu país, do qual dependem várias comunidades da etnia lenca. Apesar da pressão internacional para a investigação do crime, apesar das evidências reunidas por especialistas e das palavras de uma testemunha ocular, não houve nenhum julgamento.
"O caso de Berta mostra a falha deliberada em proteger as vidas das pessoas que estão defendendo seus recursos naturais, seus povos e, neste caso, seus rios." Isso é algo crônico em nossos países, estão sendo assassinadas, criminalizadas comunidades inteiras ", diz López. "O que é necessário é um compromisso dos Governos para proteção mínima."
Privilegia-se às empresas pelos interesses econômicos e comerciais que há detrás
VITÓRIA TAULI-CORPUZ, RELATORA ESPECIAL DA ONU PARA OS DIREITOS DOS INDÍGENAS

Os Governos têm de agir

Para López, as demandas mais urgentes são concluir os processos de devolução, demarcação e saneamento das terras indígenas. "Existe uma legislação excelente no papel, mas na prática não é aplicada; pelo contrário, mantém-se um estado de abandono à lei do mais forte", diz ele. Em segundo lugar, reconhecer e apoiar as formas próprias de jurisdição, organização e administração de terras e florestas que as comunidades possuem. E, terceiro, a coerência em termos de políticas públicas: "que não se estabeleça uma terra protegida e ao mesmo tempo seja promovida a expansão do cultivo da palma (dendezeiros) ou projetos hidrelétricos abusivos", especifica.
Para César, os indígenas colombianos também são importantes para que recebam medidas de proteção coletiva, e não individuais, como as oferecidas pelo governo colombiano. "O que está sendo feito atualmente é conceder medidas individuais, como aquelas dadas a qualquer cidadão colombiano, o que significa que muitos líderes que têm atuações firmes em territórios indígenas precisam abandonar suas comunidades e suas próprias lutas para se abrigarem nas grandes cidades.". Lá, eles ficam totalmente isolados e abandonados, e as ações promovidas nas comunidades são interrompidas", denuncia.
"Eles [os povos indígenas] precisam ter seus direitos respeitados no papel e na prática." Mesmo nos países onde a lei os contempla, não há garantia de que não serão minados pelos interesses econômicos, que prevalecem. Então, eles precisam de proteção real e implementação real das leis nacionais e internacionais que já existem e que foram votadas e aprovadas por muitos Governos", recomenda Tauli-Corpuz em Oslo. Entre outras medidas, a relatora pede que os Estados conduzam investigações imediatas e imparciais dos crimes, que obtenham o consentimento livre, prévio e informado dos donos das terras sobre as quais qualquer projeto for realizado e que a legislação atual imponha obrigações às empresas quando houver risco de violações de direitos humanos, e seja revogada toda a legislação que criminalize o modo de vida indígena.

UM PRIMEIRO PASSO PARA A PROTEÇÃO REAL DOS INDÍGENAS?

“Brasil é, de longe, o país mais perigoso para os defensores dos direitos indígenas”
PABLO LINDE
Às vésperas do início da Cúpula Global de Ação Climática, realizada no dia 13 de setembro em São Francisco, 34 governadores de cinco continentes assinaram um acordo com as comunidades tradicionais que habitam as florestas para combater o desmatamento e nove fundações anunciaram que contribuirão com 459 milhões de dólares (cerca de 1,9 bilhão de reais) para sua aplicação. O único mandatário brasileiro a participar da cúpula foi o acreano Tião Viana (PT).
Este anúncio foi feito ao mesmo tempo em que se chegava a um acordo sobre os Princípios Orientadores para a Aliança entre Governos Subnacionais, Povos Indígenas e Comunidades Locais. Um dos objetivos da cúpula de São Francisco era envolver os Governos regionais em ações contra as mudanças climáticas. Esta é precisamente a base do acordo com o qual se comprometeram 34 governadores de cinco continentes com as comunidades indígenas que vivem em seus territórios. Via https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/09/actualidad/1533829654_463251.html

#EleNão: campanha contra Bolsonaro chega ao exterior

Bloomberg, BBC e Guardian noticiaram no final da semana a campanha #EleNão, que mobiliza celebridades no país. E o ressurgimento via Twitter de um artigo da jornalista Carol Pires para o New York Times, publicado um mês atrás, acabou ajudando a espalhar a campanha entre celebridades também no exterior.
A Billboard, referência da indústria fonográfica, reportou que cantoras como a inglesa Dua Lipa, do hit “New Rules”, e as americanas Kehlani e NicoleScherzinger, esta ex-Pussycat Dolls, recorreram à hashtag —que a revista verteu como “not him”. De Nicole: “Levantem-se por Igualdade, Respeito e Amor”.
Também se incorporaram à campanha nomes dos EUA como a drag queen Shangela, o DJ Diplo e o vocalista da banda Imagine Dragons, Dan Reynolds, que acrescentou: “Isso não representa o Brasil que eu conheço e amo”.
E a atriz americana Madeline Brewer, de The Handmaid’s Tale, em ação divulgada pelo próprio site da série no Brasil, também tuitou a hashtag e acrescentou: “Todo o meu amor para o Brasil e a minha força para vocês na sua luta”.
No México, o ator e cantor Alfonso Herrera, da novela “Rebelde” e ex-banda RBD, reproduziu ilustração com a expressão “Ele Não” e link para a capa da revista The Economist, acrescentando: “Nueva amenaza latinoamericana…”.
Paralelamente, o site de mobilização Common Dreams noticiou a campanha e passou a divulgar atos para “Espanha, Austrália, Portugal e Reino Unido.
Sob pressão em mídia social, chamando a atenção até do jornalista americano de celebridades Perez Hilton, a cantora brasileira Anitta acabou por se pronunciar no domingo, em vídeo: “Eu não apoio o candidato Bolsonaro… Como eu sou a favor da democracia, eu apoio, sim, o uso da hashtag #EleNão”. Repassou o “desafio”, que havia recebido de Daniela Mercury, para Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Preta Gil.
Em destaque na edição de fim de semana do Le Monde, uma chamada editorializada, para reportagem interna da correspondente Claire Gatinois, afirma que Bolsonaro “surfa sobre o ódio que Lula inspira em parte da opinião pública” e que “o discurso racista, misógino e homofóbico desse nostálgico da ditadura seduz mais e mais eleitores”.
No tradicional semanário da esquerda americana, The Nation, “Plano da elite brasileira para destruir o Partido dos Trabalhadores fracassou”. Logo abaixo, “Haddad cresce nas pesquisas, mas o neofascista —e líder— Bolsonaro está ganhando apoio da elite”.
No longo texto, diz que “a estratégia como-a-de-Gramsci de Lula, coordenando a partir de sua cela a tarefa impossível de reconstruir apoio para o PT, contrasta com o plano do establishment, desenvolvido em salas de diretoria e restaurantes de luxo”.
Outros veículos à esquerda, como o americano Democracy Now e o inglês Media Lens, noticiaram o diálogo do intelectual e ativista Noam Chomsky com Lula, na prisão.
Da FSP. Via https://blogdacidadania.com.br/2018/09/elenao-campanha-contra-bolsonaro-chega-ao-exterior/

HADDAD CONTINUA DISPARADA EM PESQUISA DO BTG E SE CONSOLIDA NO 2º TURNO


247 - Pesquisa do instituto FSB contratada pelo Banco Pactual e divulgada na madrugada desta segunda (24) indica que a disparada de Haddad continua e ele está consolidando sua posição para o segundo turno. O salto de Haddad é impressionante: foi de 8% em 08 e 09 de setembro para 16% (15 e 16 de setembro) e agora chega a 23%, com o campo feito no sábado e domingo. Um salto de 15 pontos percentuais em duas semanas. Bolsonaro manteve-se com os mesmos 33% da semana passada. Ciro caiu de 14% para 10%; Alckmin subiu de 6% para 8%; Marina manteve-se com 5%; Amôedo e Meirelles têm 3% cada um, Álvaro Dias tem 2% e os demais não pontuaram.

A disparada de Haddad acontece também na pesquisa espotânea. Em duas semanas ele saltou de 3% para 17%. Bolsonaro subiu um ponto, para 31%. Ciro caiu um ponto para 7%, Alckmin tem 4%. Marina e Amôedo têm 2% cada.
A pesquisa foi feita por entrevistas telefônicas, realizadas por entrevistadores por meio de telefones fixos e móveis, nos dias 22 e 23 de setembro de 2018. Esta é uma diferença em relação às pesquisas dos institutos DataPoder e Ipesp, que são feitas por telefone e eletronicamente. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03861/2018. A supervisão técnica do levantamento é de Gustavo Venturi, professor doutor do Departamento de Sociologia da USP e ex-diretor do Datafolha. A pesquisa pode subestimar o potencial de Haddad, porque os 10% mais pobres do país não são atingidos nos levantamentos telefônicos -e é maior o apoio ao candidato de Lula quanto mais pobres os pesquisados.
Um aspecto relevante da pesquisa é a afirmação de voto "definitiva" pelos eleitores. Elas estão no mesmo nível para Bolsonaro e Haddad (86% e 84% respectivamente) e cai muito para os demais candidatos. No caso de Ciro, este número cai para 58% e no de Alckmin para 56%.
No segundo turno, Haddad saltou de 38% para 40% em uma semana e Bolsonaro caiu de 46% para 44%. Ambos têm o mesmo índice de rejeição: 48%. 
Veja a seguir a íntegra da pesquisa. 

Eraldo 13666 sentiu na pela a acolhida do povo de São Gonçalo em caminhada historia apé no pingo do meio dia!

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre
Ontem (23 domingo), o PT de São Gonçalo foi mais uma vez protagonista nesse pleito de 2018. Quebrou tabu quando passou com o seu candidato a Deputado Estadual, filho de São Gonçalo Eraldo 13666. 

Diante do calor da motivação de sua militância e humanos dos São Gonçalenses Eraldo 13666 passou pela Rua da lama, Beco da Baiúca, e Rua da Floresta, sendo o primeiro candidato a passar nesses lugares, porque lá só vai quem realmente conhece São Gonçalo. 

Uma caminhada linda da "Campanha do Amor, da Esperança e Futuro" nas Ruas e casas do povo São Gonçalense.

Obrigado pela recepção, o calor humano, e alegria de cada um cada uma São Gonçalense que receberem nossa campanha com muita alegria na Ruas Gonçalo Pinheiro com a Rua Maria Anunciada Caldas, Rua Luiz Gonzaga, Rua José Cabral, Beco da Baiúca, Rua Tenente José Pereira, 31 de Março, Rua da Floresta, e Alexandre Cavalcante.

Foi um orgulho  honroso defender nossas idéias e nossos projetos para nossa cidade.

Valeu a todos/as que participaram comigo e Eraldo na campanha do Amor, da Esperança e Futuro Eraldo 13666!

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé e texto

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, barba

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé, atividades ao ar livre e texto

A imagem pode conter: 1 pessoa, atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 13 pessoas, incluindo Wescley Sousa, Joao Nascimento, Anderson Luiz, Diego Paiva e Alexsandro Lima, pessoas sorrindo, pessoas em pé, barba e texto

A imagem pode conter: 4 pessoas, incluindo Marcos Imperial Lula da Silva e Selma Ramos, pessoas sorrindo, barba, óculos de sol, chapéu, texto e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas sentadas

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado

A imagem pode conter: 3 pessoas, carro e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sorrindo, atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e pessoas sentadas

A imagem pode conter: 8 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, céu e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé

A imagem pode conter: 7 pessoas, pessoas sorrindo, motocicleta e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 7 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, barba e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sentadas e barba

A imagem pode conter: 6 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, céu e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé, céu e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé, barba e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé, nuvem, céu, barba e atividades ao ar livre

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e barba

A imagem pode conter: 6 pessoas, incluindo Eraldo Paiva, pessoas sorrindo, barba, atividades ao ar livre e texto

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé

A imagem pode conter: 5 pessoas, incluindo Alexsandro Lima, pessoas sorrindo, barba e óculos de sol

Fotos Lenilton Lima e Marcos Imperial.


Leia também:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...