domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma: “Ninguém vai me separar do Lula” Mas, o Serra vai tentar

É nesse alvo que o pessoal do Serra vai começar a atirar





O Estadão já percebeu a nova fonte de intriga e difamação.

Deu manchete na página H14:

“Não há ninguém neste país que vai me separar do presidente Lula”, disse Dilma, em frente à Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte.

(Ali fica, também, a obra prima de Niemeyer e Portinari, a Igreja de São Francisco de Assis – já que o Brasil,  segundo José Serra, é a Nação Mais Fervorosamente Católica do Sistema Solar, onde mulher nenhuma faz aborto – só no Chile.)

A partir de amanhã, com a provável vitória da Dilma, jorrará sangue todo Santo Dia, prometeu o maior dos aliados de José Serra, o notável Thomas Jefferson.

O sangue começará a jorrar com a tentativa de intrigar a Dilma com o Lula.

Isso nascerá da UDN e São Paulo.

Clique aqui para ler “Lula está indignado com a sordidez de Serra na campanha.

E, até, dentre os aliados de Dilma.

Haverá aqueles que, preteridos, invocarão o nome e Lula.

“O Lula me quer no teu Governo.”

“Vê lá o que você vai fazer.”

“Vou reclamar com ele.”

Qualquer declaração da Dilma ou do Lula servirá de papa para fazer a paçoca de veneno.

Ela já viu o galo cantar lá longe.

Lá na Pampulha.

E o Serra, Presidente da Liga Católica da UDN de São Paulo, também.

Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim.

Eu acordei com 13 SORRISO no rosto.



Acorde com o SORRISO 13 no rosto;
O SORRISO 13 largo, exposto!
O SORRISO 13 do emprego;
O SORRISO 13 que venceu o medo!
O SORRISO 13 da Bolsa-família;
O SORRISO 13 que acabou com a fome!
O SORRISO 13 da nossa alegria;
O SORRISO 13 do PROUNI!
O SORRISO 13 da casa à URNA;
O SORRISO 13 da continuidade única!
O SORRISO 13 seguindo em frente
- O SORRISO 13 da nossa gente –
O SORRISO DILMA 13 PRESIDENTE!

Gilberto Costa

TSE registra 13 prisões em todo o país até as 10h30 deste domingo Maior parte se relaciona com boca de urna e divulgação de propaganda. Mesário se recusou a trabalhar em SC, agrediu servidor e foi preso.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que, até as 10h30 deste domingo (31), 13 pessoas foram presas por crimes eleitorais em todo o país. Ao todo, o Tribunal registrou 34 ocorrências no país, sendo 21 delas sem prisão. Os dados foram repassados ao TSE pelos tribunais regionais. Até o momento, nenhum candidato foi preso.
"A maior parte [das prisões] está relacionada com a boca de urna e com a divulgação de propaganda eleitoral", disse assessor-chefe da Corregedoria Geral Eleitoral, Sérgio Cardoso. Ele relatou o caso de um mesário em Balneário Piçarras (SC) que, por determinação do juiz eleitoral, foi obrigado a trabalhar. Entretanto, ele se recusou, agrediu o servidor da Justiça Eleitoral e acabou preso.
Do total de 13 prisões feitas em todo país, a maior parte aconteceu no estado da Bahia, que registrou cinco casos. Outras duas prisões foram feitas no Distrito Federal e mais duas ocorrências foram registradas em Goiás. Minas Gerais e Paraíba também tiveram dois casos de prisão cada.

Primeira declaração da Dilma depois de Votar em Porto Alegre

Votação já foi encerrada em 13 países

A votação para presidente da República neste segundo turno já terminou em 13 países, por causa da diferença de horário.


Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 25 mil eleitores da Nova Zelândia, Austrália, Coreia, do Japão, Timor Leste, de Cingapura, da China, das Filipinas, Hong Kong, da Malásia, de Taiwan, da Tailândia e Indonésia já votaram em seus candidatos.


O resultado, no entanto, só será divulgado depois das 19h, quando se encerra a votação em todos os estados brasileiros, já contabilizada a diferença de fuso horário por causa do horário de verão.


Dos 135,8 milhões de eleitores brasileiros, 200 mil moram no exterior e pediram a transferência do título para votar no país em que vivem atualmente.


De acordo com o TSE, Nova York (Estados Unidos) é a localidade em que há mais brasileiros eleitores: 21 mil ao todo. Lisboa (Portugal) e Boston (EUA) aparecem na sequência, com 12,3 mil eleitores cada.


As seções funcionam nas sedes das embaixadas, nos consulados ou em locais onde há serviços do governo brasileiro. No exterior, só é permitido aos eleitores votarem em presidente. Uol.

Serra vence a eleição...na China



Sem nenhum incidente, 278 brasileiros compareceram às três urnas instaladas na China para votar no segundo turno presidencial.

O tucano José Serra venceu com folga: 215 votos, contra apenas 49 para a petista Dilma Rousseff.

Fecham a conta 14 votos brancos e anulados.

Em porcentagem de votos válidos, a vitória tucana foi de 81,4%, contra 18,6% para a candidata governista.

"Só não votei na bruxa", brincou a cozinheira paulista Elisabeth dos Santos, 61, a última a votar em Pequim, em alusão à festa de Halloween.

Por causa do fuso horário, a votação na China terminou antes de a votação começar no Brasil: 17h em Pequim, 7h em Brasília.

A votação teve uma abstenção alta. Apenas 55,1% dos 504 eleitores inscritos na China saíram de casa para votar.

O maior "colégio eleitoral" fica em Xangai, com 330 eleitores inscritos, seguido por Pequim (131) e Dongguan (37).  Deu na Folha on Line.

Ibope dá vitória à Dilma Rousseff com 56% dos votos válidos

SÃO PAULO - A candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, deve vencer a segunda rodada da corrida eleitoral à Presidência da República. Pesquisa Ibope publicada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que a petista possui 56% dos votos válidos contra 44% de seu concorrente do PSDB, José Serra. Pelos votos totais, Dilma tem 52% da preferência do eleitorado e Serra, 40%.
O Ibope entrevistou 3.010 eleitores no sábado em 203 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi feito após o último debate dos candidatos, ocorrido na sexta-feira à noite na TV Globo.
Perante à sondagem realizada no dia 28 de outubro, Dilma recuou 1 ponto e Serra ganhou 1 ponto respeitando os votos válidos.
(Juliana Cardoso | Valor) Yahoo.

Mais de 135 milhões voltam às urnas neste domingo para escolher novo presidente Também serão escolhidos governadores de oito Estados e Distrito Federal

Daniel Teixeira/Agência Estado
Votação deve ser mais rápida e com menos filas no segundo turno
Do R7
Neste domingo (31), 135,8 milhões de eleitores brasileiros voltam às urnas para escolher o próximo presidente da República. Também devem sair da urna os nomes dos governadores de oito Estados e do Distrito Federal, onde a disputa foi levada para o segundo turno.
Para votar, o eleitor precisa ter em mãos apenas um documento com foto, como RG, carteira de motorista, carteira de trabalho ou passaporte. É preciso ficar atento porque, nestas eleições, os cidadãos brasileiros não poderão utilizar somente o título de eleitor para conseguir computar seu voto, já que ele não tem foto.

Uma dica importante é que eleitor chegue ao local de votação já sabendo qual é a sua seção. Quem não estiver com o título de eleitor, que contém esses dados, pode checar as informações no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na página, há a opção de consulta pelo nome ou pelo número do título de eleitor.

Outros documentos, como CPF e certidão de nascimento, também não serão aceitos nas eleições de 2010, por não conterem foto.

Como justificar o voto

O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral deve justificar sua ausência no dia da eleição em qualquer local de votação. É preciso levar o título de eleitor e um documento com foto.

Quem não justificar no dia da eleição, tem até o dia 30 de dezembro de 2010 para se apresentar no Cartório Eleitoral no qual é inscrito.

Voto em branco e votos nulos
O advogado especialista em direito eleitoral Fernando Molino diz que “voto nulo é um protesto” e, assim como o voto em branco, “acaba descartado da contagem dos votos”.

A Constituição Federal diz que o candidato a presidente precisa ter mais de 50% dos votos válidos, o que tira dessa conta os brancos e nulos. Se, por exemplo, 70% dos votos acabarem anulados, a Justiça Eleitoral só leva em conta os outros 30%. Assim, basta que um dos candidatos alcance mais de 15% dos votos para terminar com a faixa no peito.

Como escolher os candidatos

Além de levar os documentos necessários, o eleitor precisa escolher bem o seu candidato. Especialistas ouvidos pelo R7 aconselham os brasileiros a pesquisar o passado dos candidatos. Algumas dessas informações estão no site do TSE.

Também é preciso conhecer o partido do candidato, saber as ideias que defende e o que já fez de relevante na sua carreira pública. Além disso, é preciso saber se o candidato tem ficha limpa. Um grupo de organizações sociais fez uma listagem dos candidatos, que pode ser acessada aqui. Também não deixe de prestar atenção nos folhetos e no programa eleitoral transmitido pelo rádio e pela televisão. R7.


Ao votar, Dilma é recebida com pétalas de rosas Ao lado do governador eleito no RS, Tarso Genro, ex-ministra é recepcioanda por militantes e distribui abraços aos eleitores

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, votou por volta das 9 horas deste domingo na escola estadual Santos Dumont, na zona sul de Porto Alegre (RS), onde foi recepcionada com pétalas de rosa jogadas por militantes e distribuiu beijos e abraços aos eleitores.
Acompanhada do governador eleito no Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) – que transferiu o título para a mesma seção de Dilma – e do ex-governador Olívio Dutra (PT), a candidata posou para fotos após a votação e fez o “V” da vitória.


Após a votação, Dilma seguiu para sua residência, em Porto Alegre, onde vai descansar antes de seguir para Brasília, de onde vai acompanhar a apuração. IG.

Dilma deve ser eleita hoje a primeira mulher presidente do Brasil

 
Se as quatro pesquisas de intenção de votos divulgadas ontem à noite estiverem certas, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Roussef, deve se transformar neste domingo na primeira mulher presidente do Brasil.

Em todas as pesquisas, Dilma bate com folga o candidato do PSDB, José Serra.

Pelo Ibope, Dilma tem 56% e Serra aparece com 44% dos votos válidosO Vox Populi mostra a petista com 57% e o tucano com 43%.

No Datafolha a diferença entre Dilma e Serra é de 10 pontos - ela com 55% dos votos válidos e ele com 45%.

E finalmente a pesquisa CNT/Sensus aponta Dilma com 57,2% e Serra com 42,8%. brasília Urgente.
 

Lula começa a preparar o seu dia seguinte

Está no jornal O Estado de S.Paulo, com assinatura de João Domingos e Tânia Monteiro:
Como a personagem Bibiana, neta de Ana Terra, no romance de Érico Veríssimo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende deixar o doce desmanchar em sua boca até que desapareça o último pedaço, aquele que dá a sensação de que na alma ficou a leveza do que há de melhor.

Mas, diferente do doce de Bibiana, o de Lula não é feito de açúcar. É feito de poder.

De acordo com os auxiliares mais próximos de Lula, é assim que o presidente vai encarar os últimos dois meses de mandato, degustando cada dia, cada hora, cada segundo que lhe resta. Lula não lamenta a certeza da saída. Mas insiste em não pensar nisso. Porque, não pensar, revelou, é a maneira de manter-se no chão. "Sei que um dia a ficha vai cair e aí vou ver que não sou mais o presidente", disse Lula nesta semana, num desabafo.

O presidente vive também momentos de profunda emoção. Seus auxiliares o têm visto com os olhos marejados no dia a dia, dentro do avião presidencial, no Palácio da Alvorada. Isso ocorre principalmente depois de cerimônias públicas em que Lula é abraçado pelos ministros mas, de forma especial, quando o carinho vem do público.

As manifestações de saudades do poder, agora com a marca de muita emoção, começaram a aparecer no final do primeiro semestre. Durante visita ao Nordeste, em junho, Lula afirmou que já estava sentindo falta de sua atividade presidencial, embora faltassem ainda seis meses para a despedida. Mas se consolar, disse que não ser mais presidente tem suas vantagens.

"Todo ato político que participo agora é o último, já estou com saudade e pensando no que fazer", disse em Aracaju, no dia 10 de junho, ao inaugurar casas populares. "Vou querer tomar um banho de praia, tomar uma cervejinha sem ninguém encher o saco e dizer que o presidente está bebendo", avisou ele. "Um filho de Deus tem direito de tomar uma geladinha na beira da praia."

O discurso funcionou mais como um desabafo do momento. Lula comunicou a seus auxiliares que imediatamente depois de entregar o poder, pretende voltar para seu apartamento, em São Bernardo. Espera que, até lá, a reforma que mandou fazer tenha terminado. A partir daí, quer tirar um período de férias, aqui mesmo no Brasil.

Em seguida, deverá percorrer o mundo, para receber os mais de 30 títulos de doutor honoris causa que lhe foram oferecidos em todos os continentes e que se recusou a receber enquanto estava na Presidência. Lula está amadurecendo ainda a ideia de criar um instituto – que não será o da Cidadania, fundado por ele quando ainda estava na oposição.

Nesse novo instituto, o presidente acha que dá para ser voz ativa em atividades como a de ajudar a combater a fome e a pobreza no mundo, a trabalhar para resolver os problemas da crise energética e dos países da África, ainda envolvidos em lutas tribais no Século 21.

Indagado por várias vezes se pretende brigar por algum cargo na Organização das Nações Unidas (ONU) ou entidades multilaterais, Lula tem repetido que não o fará. Ele acha que, para ter um bom desempenho numa dessas funções, é preciso ter dedicação exclusiva. E acha que ficar preso a um posto vai tirá-lo da linha de frente de outros, que julga mais importantes.

Como os institutos de pesquisas têm apontado a aprovação a seu governo de 83% dos eleitores ouvidos, Lula acha que está num índice de popularidade que, no fundo, significa uma exigência dos brasileiros para que não desapareça da vida pública.

Isso, na visão do presidente, significa ter papel importante em algumas coisas, como a reforma política. Lula pretende conversar com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco, Fernando Collor e José Sarney para tratar da necessidade de se fazer uma mudança radical na política brasileira. Ele acha que as experiências de todos podem ajudar o País a ter uma das legislações políticas mais modernas do mundo. Brasília Urgente.

Acho que não vai dar.

Claudio Humberto descarta eleição de Henrique para a presidência da Câmara

Em seu blog, hoje, o jornalista Claudio Humberto praticamente descarta a possibilidade de Henrique Eduardo Alves, norte-rio-grandense que lidera o PMDB na Câmara e no próximo ano exercerá o seu 11º mandado consecutivo por lá, ser o próximo presidente da casa.

"Henrique Alves (RN), ex-candidato a suceder Michel Temer, pode ser reconduzido à liderança do PMDB na Câmara ou virar ministro" - vaticina Humberto.

E explica, em duas notas que podem se fundir em apenas uma, a razão da sua previsão:

"O PT elegeu o maior número de deputados federais, 88, por isso reivindica o direito de indicar o futuro presidente da Casa. É a praxe. Três petistas estão em campanha aberta. O principal é o líder Cândido Vaccarezza (SP), um amigo do presidente Lula, mas correm por fora o gaúcho Marco Maia, que faz campanha desde o começo do ano, e o chato de galocha Arlindo Chinaglia (SP), lanterninha nas preferências. Agora com a segunda maior bancada (79 deputados), o PMDB perdeu finalmente para o PT o direito de indicar o presidente da Câmara."


A sorte de Henrique é que nem tudo o que Claudio Humberto escreve a gente pode levar em conta. Brasília Ugente.

Dilma vota em Porto Alegre acompanhada de Tarso Genro

SÃO PAULO - A candidata Dilma Rousseff votou há instantes na Escola Estadual Santos Dumont, no Bairro Assunção, na Zona Sul de Porto Alegre. Ela estava acompanha do governador eleito do Rio Grande do Sul Tarso Genro, do PT, que vota na mesma escola.
O clima tranquilo do local de votação foi tumultuado pela presença de dezenas de repórteres e fotógrafos, que se acotovelavam na tentativa de ouvir uma palavra da candidata.
Dilma chegou e saiu sorridente, mas não falou com os repórteres. Ela deve viajar para Brasília durante o dia, mas o horário ainda não foi informado.
Café com apoiadores
Mais cedo, a candidata petista participou de café da manhã com cerca de 200 apoiadores. Ela foi recebida na calçada pelo governador eleito Tarso Genro (PT) e pelos ex-governadores Olívio Dutra(PT) e Alceu Collares (PDT).
Em breve pronunciamento, Dilma disse que 'a partir de amanhã começa uma nova etapa para a democracia'. 'É exigido que as pessoas que assumam a direção do país tenham sentido republicano e tenham compromisso de governar para todos. Agora, a minha coligação, a que me trouxe até aqui, é a coligação com a qual eu vou governar. Eu governarei para todos, conversarei com todos, se Deus quiser e o povo brasileiro me der seu voto', afirmou. HotMail.

Eleições 2010/ Serra precisa reverter 1.300 votos por minuto até domingo

Há exatos quatro anos, em 28 de outubro de 2006, o instituto Datafolha divulgou a sua última pesquisa antes da eleição presidencial.
Os números indicavam uma barbada para o presidente Lula: 58% contra 37% de seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin.
A escalada da reeleição começou com a pesquisa divulgada em 6 de outubro, pouco depois do primeiro turno: 50% a 43%. A diferença só aumentou nos três levantamentos seguintes
E o resultado final confirmou o favoritismo, com Lula registrando 60,38% dos votos válidos, contra 39,17% de Alckmin.
Em 2002, o mesmo Lula chegou à véspera da eleição com uma ampla vantagem sobre José Serra: 66% para o petista, 34% para o tucano, segundo o Datafolha.
Nos dois casos, as semanas finais antes do pleito foram marcadas por articulações abertas para a montagem do próximo governo. Em 2010, não é possível desenhar a página da primeira eleição do pós - Lula com tanta antecedência.
Faltando três dias para o pleito, Dilma Rousseff (PT) lidera com folga, mas sua dianteira é, segundo o Datafolha, menor que a de seu criador há quatro e oitos anos: 56% contra 34% de José Serra.
Já os números do instituto Sensus divulgados ontem registram Dilma com 15,2% à frente do adversário: 58,6% contra 41,4%. Com base nos dados mais recentes do Datafolha, levantamento do Brasil Econômico desceu as minúcias dos números para entender o tamanho do desafio de José Serra.
Ele teria que "roubar" nada menos que 14,9 milhões de Dilma até domingo. Isso significa 77, 8 mil votos por hora, ou 1.300 eleitores mudando de lado por minuto.
"Em 2006, as mudanças nos últimos cinco dias foram mínimas", lembra o cientista político Antonio Lavareda.
"Uma virada só acontecerá se acontecer algo com impacto extraordinário. Os resultados das pesquisas resultam em dois fenômenos: aumento do poder atração inercial da candidata governista e abatimento da campanha do PSDB, com uma conseqüente desmobilização do eleitorado", completa o sociólogo Aldo Fornazieri, diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Brasil  Econômico.

Depois do debate da Globo, indecisos cercaram Dilma para fotos com ela. Até Kamel, mulher e filha tiraram a sua

O fim de debate para Serra ontem foi melancólico. Era sua última oportunidade, mas ele provou ser apenas o que é, um medíocre, que só chegou aonde chegou por usar de golpes contra os adversários, como no caso Lunus, pelo apoio incondicional do PIG, pelas calúnias e mutretas armadas por sua campanha, aliada às áreas mais reacionárias da sociedade, a direitona mais safada das igrejas, o masoquismo religioso do Opus Dei. Tudo com o apoio financeiro inestimável do pessoal que queria a vitória de Serra para que ele nomeasse novo engavetador-mor para sentar em cima de todas as mutretas, falcatruas e roubalheiras das privatizações.
Mas, como se não bastasse isso – seu desempenho pífio no debate – Serra teve que assistir, isolado, à plateia de indecisos que participaram do programa correr para os braços de Dilma. Até, humilhação das humilhações, Kamel, esposa e filha tiraram uma foto com nossa futura presidenta (com “a” mesmo), segundo informa o Blog Marinildadas Cansadão:

Agradecimento do Blog da Dilma para o Blog de Marcos Imperial


Quero agradecer e parabenizar o blog de Marcos Imperial e a todos, pelos e-mails que trocamos. Informações que repassamos, e o estímulo com que fizemos isso. Concordando ou descordando, exercemos a nossa cidadania, às vezes com paixão exacerbada, mas sempre com o devido respeito. Somos seres políticos e quem não se interessa por política, inexoravelmente será dominado por aqueles que o fazem. Em cada um de nós, existe o desejo de um país prospero e justo. Resguardada qualquer excessão, cremos em único Deus e reverenciamos a mesma bandeira. Esteja seguro que a sua convicção é a mais poderosa ferramenta para influenciar. Que Deus abençõe a todos e boa votação. Viva a democracia e viva o Brasil! 

Neste domingo vote Dilma 13


Faltam poucas horas para o Dia D e o site Dilma 13 ficará fora do ar durante o período de votação, cumprindo determinações da legislação eleitoral.
Volta a funcionar amanhã apenas a partir das 19h com adivulgação e acompanhamento da apuração.
Dia 31 vote Dilma 13.

Fonte: dilma13.com.br

Eu tive um sonho – apenas mais uma anáfora do Blog

Eu hoje tive um sonho onde vivia em um país em que todas as injustiças sociais foram sanadas, onde todos vivem com dignidade, e que a fome tinha sido completamente erradicada.
Eu tive um sonho onde vivia em um país onde todos têm acesso a um sistema de saúde em condições de atender bem e fornecer medicamentos para a população, onde todos têm tratamento equânime e justo.
Eu tive um sonho onde vivia em um país onde não existem pessoas analfabetas, onde o acesso ao sistema educacional está disponível para todos, e que todas as crianças em idade escolar estudam.
Eu tive um sonho onde vivia em um país seguro, onde as pessoas podem andar tranqüilas nas ruas, sem medo de serem atingidas por uma bala perdida ou assaltadas, em que as crianças e adultos saem de casa para estudar e trabalhar e voltam sãos e salvos para suas casas.
Eu tive um sonho onde vivia em um país onde a tolerância religiosa é preceito fundamental, onde não existem preconceitos contra opções filosóficas e escolhas sexuais, em que as pessoas têm a liberdade de escolha sem nenhum tipo de patrulha, e que o debate de temas importantes para a sociedade não são tabus nem usados como argumentos para terrorismo eleitoral.
Eu tive um sonho onde vivia em um país sem facções de extremistas intolerantes, onde a decisão da maioria é respeitada acima de tudo, onde não existem grupos que nutrem alternativas de alcançar o poder fora do processo democrático, onde se pode discutir política usando a cabeça e não o fígado.
Eu tive um sonho onde vivia em um país onde o acesso à informação não esteja restrito, onde não existem monopólios ou detentores do controle da liberdade de expressão, onde seja respeitado o contraditório e o direito de defesa e resposta, onde os veículos de comunicação nutrem respeito à inteligência e a dignidade do seu leitor/telespectador/ouvinte.
Eu tive um sonho onde vivia em um país onde a justiça trata todos os cidadãos com o mesmo peso e medida, sem beneficiar o grande contra o pequeno, o poderoso contra o frágil, onde tanto pobres quanto ricos pagam por seus delitos.
Eu tive um sonho onde vivia em um país com uma população mais educada, que não suja as ruas, os rios, os mares, as florestas, e que respeita, sobretudo o meio ambiente e os animais.
Esse país do sonho é impossível? Na verdade, não. Esse é uma país onde a população alcançou um nível de maturidade suficiente para rejeitar completamente aqueles que insistem em fazer do nosso país um lugar onde nenhum desses preceitos são respeitados.
O fato de certas manobras que impedem essa evolução da nossa sociedade não estarem tendo os mesmos efeitos de outrora, principalmente aquelas urdidas pelos grupos mais conservadores que rejeitam essas transformações, é um sinal claro e límpido que a modificação silenciosa continua sendo operada lentamente, a despeito do aumento proporcional do esperneio.
O presidente Lula semeou um país melhor e defendeu o seu canteiro com unhas e dentes. As mudas que de lá vingaram estão fortes e a cada dia fica mais difícil de serem extirpadas. A sociedade aceitou essas mudanças e as adotou, hoje até os adversários do presidente confessam ser impossível desfazê-las.
No fim desse sonho que tive, comecei a ouvir no fundo uma melodia que vinha se aproximando e aproximando, e se tornou em um coro de milhões de vozes como em um gigantesco e interminável estádio de futebol, soando como uma súplica para que essas transformações não parassem, que dizia assim:
Vai, vai meu Brasil, segue mudando com Dilma Presidente…
Vai, vai meu Brasil, segue mudando com Dilma Presidente.
Tenham um excelente 31 de Outubro. Cumpram com o seu dever cívico e votem com convicção, Dilma a 1º presidente do Brasil.

sábado, 30 de outubro de 2010

No último dia, Dilma diz que Lula será seu consultor Ex-ministra afirma que o presidente não participará formalmente em eventual governo petista

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse na manhã de hoje em Belo Horizonte que, caso seja eleita, o presidente Lula não vai participar formalmente do governo dela. Dilma disse, no entanto, que sempre que for possível, vai consultá-lo. A petista também afirmou que quer unir o País em torno de um projeto de desenvolvimento.
“Se eu for eleita, logo após a eleição quero unir o Brasil em torno de um projeto de desenvolvimento não só material, mas também de valores. Porque acredito que nosso País pode se transformar, cada vez mais, num lugar de convivência e tolerância”, disse a candidata durante entrevista coletiva à imprensa antes de participar de uma carreata na capital mineira.
Dilma não deu detalhes de como conduziria essa união do País, mas fez questão de dizer que vai governar para todos os brasileiros. “Tenho uma coligação e vou governar com a minha coligação. Agora, vou governar para todos os brasileiros, sem fazer distinção de partido, sem exceção”, afirmou.

 
Dilma participa de carreata em Belo Horizonte
Questionada sobre o papel do presidente Lula em um eventual governo dela, Dilma disse que “o presidente Lula, obviamente, não será uma pessoa dentro de um ministério. Mas, para mim, que tenho uma relação muito forte com o presidente Lula, ele será sempre uma pessoa de quem tenho plena confiança política e pessoal”.
Segundo Dilma, Lula tem “grande sensibilidade para entender o povo brasileiro” e, sempre que puder, afirmou a candidata, ela terá conversas com o presidente. “Temos um vínculo muito forte. Não há ninguém nesse País que vai me separar do presidente Lula”, completou.
Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, a candidata do PT afirmou que a escolha de Belo Horizonte para encerrar a campanha tem um “simbolismo grande” por ter sido a capital mineira o seu berço político.
Em relação à campanha, a candidata reclamou da “campanha subterrânea”, com boatos, panfletos e telefonemas, mas disse não guardar mágoa. “Estou com a alma leve porque não tenho mágoa”, disse a candidata aos jornalistas.
Logo após a entrevista, que foi realizada na região da Lagoa da Pampulha, a carreata teve início no bairro Venda Nova, na periferia de Belo Horizonte. Ali, moram cerca de 500 mil pessoas e a região é considerada um bastião petista. Dilma está em um jipe, acompanhada de lideranças políticas do PT mineiro, como Patrus Ananias e Fernando Pimentel, além do prefeito Marcos Lacerda (PSB) e dos ministros Alexandre Padilha e Luiz Dulci, IG.

CNT/Sensus: Dilma tem 50,3% e Serra, 37,6% Pesquisa divulgada na véspera do segundo turno da eleição presidencial confirma o favoritismo da candidata governista iG São Paulo

Pesquisa CNT/Sensus divulgada na véspera do segundo turno confirma o favoritismo da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, sobre o tucano José Serra. De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 28 e 29 de outubro, a presidencivel petista possui 50,3% das intenções de voto, contra 37,6% de Serra. A diferença entre eles, portanto, é de 12,7 pontos percentuais.
Na pesquisa anterior, feita entre os dias 23 e 25 deste mês, a petista tinha 51,9% contra 36,7% do tucano. A ex-ministra da Casa Civil soma 57,2% dos votos válidos (desconsiderados os votos nulos, em branco e os eleitores indecisos), enquanto o tucano chega a 42,8%. Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não apresentados aos entrevistados, Dilma também lidera, com 48,9% a 37%.
A pesquisa ouviu 2.000 eleitores em 136 municípios e foi registrada sob o número 37919/2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A projeção da sondagem é que Dilma receba neste domingo entre 58% e 63% dos votos válidos.

Ibope: Dilma atinge 52%, Serra chega a 40% Petista tem 56% dos votos válidos, contra 44% de tucano iG São Paulo

Levantamento divulgado pelo Ibope neste sábado mostra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com 52% do total de votos. Segundo o instituto, o candidato do PSDB, José Serra, receberia hoje 40% dos votos computados nas urnas. Brancos ou nulos atingiram 5%, enquanto os indecisos representaram 3% dos entrevistados.

Considerados apenas os votos válidos – índice que exclui brancos, nulos e indecisos –, Dilma chega à marca de 56%, contra 44% de Serra. Foram realizadas 3.010 entrevistas, hoje, pelo instituto. A pesquisa foi registrada no TSE pelo número 37.917/2010. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Datafolha: Dilma chega a 51%, Serra marca 41% Se considerados apenas os votos válidos, petista atinge 55% das intenções um dia antes das eleições iG São Paulo

Segundo o instituto Datafolha, caso as eleições fossem hoje, a candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff seria eleita com 51% dos votos contra 41% do candidato do PSDB, José Serra. A pesquisa, realizada ontem e hoje, mostra resultados estáveis, com os dois candidatos oscilando (cada) apenas um ponto positivamente desde quinta-feira.

A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. O percentual de indecisos se manteve em 4%. Os eleitores decididos a votar em branco, nulo ou nenhum também atingem 4%. Quando analisados apenas os votos válidos, Dilma tem 55% dos votos válidos. A candidata está dez pontos à frente de José Serra (PSDB), que pontuou 45%.

Em levantamento realizado pelo mesmo instituto nesta última quinta-feira, Dilma tinha 56% e oscilou negativamente um ponto. Serra atingia 44% e atingiu um ponto para cima. De acordo com o instituto, do ponto de vista estatístico, é impossível afirmar se houve ou não variação no período.

O Datafolha entrevistou 6.554 pessoas neste sábado, um número maior do que o de outras sondagens recentes. A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e está registrada no TSE sob o número 37903/2010.

Vox Populi: Dilma tem 51%, Serra tem 39%, indecisos 5% Na véspera da eleição, candidata petista tem 57% do votos válidos, contra 43% registrados pelo tucano Matheus Pichonelli, iG

Na última pesquisa Vox Populi/iG antes do segundo turno, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, confirma a dianteira de 12 pontos sobre o adversário tucano José Serra evidenciada nos demais levantamentos de intenção de voto. De acordo com os números coletados neste sábado pelo instituto, Dilma tem 51% das intenções de voto, enquanto Serra contabiliza 39%. A um dia da ida às urnas, o número de indecisos totaliza 5%, enquanto brancos e nulos chegam em 5%.

Os números divulgados hoje apontam uma ampliação da vantagem de Dilma sobre Serra. Na última pesquisa Vox Populi/iG, divulgada em 25 de outubro, a petista tinha 49% considerado o total das intenções de votos contabilizadas, dois pontos a menos do que no novo levantamento. Serra, por sua vez, manteve-se estável, já que tinha 38% na pesquisa anterior.
A pesquisa ouviu 3.000 mil eleitores neste sábado e possui margem de erro de 1,8 ponto porcentual, para mais ou para menos. Os dados do levantamento foram registrados na Justiça Eleitoral sob número  37.844/10.
O instituto apontou também que, na véspera da eleição, 90% do eleitorado dizem já ter certeza da escolha de seu candidato para presidente. O índice é maior entre eleitores da petista (94%). Entre eleitores de Serra, 89% afirmam estar certos do voto.
O Vox Populi apontou ainda que 49% dos eleitores assistiram a pelo menos um debate entre os candidatos na TV. Entre esse grupo, 47% dizem que Dilma se saiu melhor nos confrontos, contra 40% que afirmaram o mesmo sobre o desempenho de Serra. A região onde mais eleitores acompanharam os debates televisionados foi o Nordeste: 52%.
A campanha de Dilma também tem maior índice de avaliação positiva (43%) em comparação com a do tucano (32%).
 
Serra vence entre ricos e evangélicos
Ainda de acordo com a pesquisa, a candidata petista está à frente do tucano em todas as regiões do País, exceto o Sul, onde Serra chega à reta final da campanha em vantagem (49% a 41%). Já entre os nordestinos Dilma seria eleita com 66% dos votos contra 28%.
Dilma aparece à frente também em cidades pequenas, médias, grandes, na zona rural e nas capitais. A maioria de seu eleitorado é formada por homens (55% e 48% mulheres), enquanto Serra tem mais apoio do eleitorado feminino (40%) do que masculino (37%).
Entre os segmentos da sociedade o presidenciável tucano aparece à frente entre eleitores com ensino superior (49% a 41%) e que ganham mais de cinco salários mínimos (46% a 43%). Serra tem também mais apoio entre eleitores evangélicos (46% a 44%) e Dilma lidera entre os católicos praticantes (55% a 37%) e entre católicos não praticantes (53% a 37%). Entre os que se dizem de outras religiões Serra aparece com 47% do eleitorado contra 42% de Dilma. A ex-ministra tem mais apoio, no entanto, entre eleitores que afirmam não ter religião: 56% contra 29% de Serra.
Os dois candidatos tem 44% dos votos dos candidatos que se declaram brancos. Dilma é a candidata favorita entre eleitores negros: 60% contra 32%.
IG.

Favorito ao governo do DF, Agnelo quer apurar denúncia que envolve Agripino

Na edição de hoje do Jornal de Brasília, Agnelo Queiroz, o candidato (do PT) favorito para ser eleito amanhã governador do Distrito Federal, classificou de "muito grave" a denúncia envolvendo líderes nacionais do DEM e do PSDB em recebimento de propinas na capital da República.

"É de extrema gravidade essa denúncia envolvendo o esquema de lixo no DF. Temos que acabar com isso, com esses contratos emergenciais feitos sem licitação. Espero que o Ministério Público aprofunde essas investigações, que envolvem também figuras nacionais do DEM e do PSDB" - disse Agnelo à repórter Natasha Dal Molin.

Segundo a denúncia, os senadores José Agripino Maia e Sérgio Guerra, líderes do DEM e do PSDB, teriam recebido propina da Qualix - a empresa que presta serviços de coleta de lixo ao governo do Distrito Federal. O potiguar Agripino e o pernambucano Guerra negam veementemente.
Brasília Urgente.

Alencar reinicia quimioterapia e recebe visita de Lula em SP

O presidente Lula visitou nesta sexta-feira o vice-presidente José Alencar, que voltou a se submeter a tratamento de quimioterapia contra o câncer no .... Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação
O presidente Lula visitou nesta sexta-feira o vice-presidente José Alencar no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo 

O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, informou na tarde desta sexta-feira que o vice-presidente da República, José Alencar, apresenta quadro de saúde estável e reiniciou o tratamento de quimioterapia contra um câncer. Alencar foi internado na noite de segunda-feira, com suboclusão intestinal. Nesta tarde, o presidente Lula visitou Alencar antes de embarcar para Recife.
Segundo a nota, o vice-presidente permanece em tratamento clínico. As equipes médicas, coordenadas pelos professores Raul Cutait, Paulo Hoff, Roberto Kalil e Paulo Ayroza Galvão, acompanham o paciente.
José Alencar, 78 anos, luta contra um câncer na região abdominal e, desde que teve o primeiro caso diagnosticado há 13 anos, passou por 15 cirurgias. Em setembro, ele havia sido internado no Hospital Sírio-Libanês para tratar um edema agudo de pulmão. Em julho de 2009, o vice-presidente realizou um cateterismo por causa de uma isquemia cardíaca. Somente no ano passado, Alencar foi submetido a três cirurgias.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Maratona" de pesquisas marca reta final da eleição para presidente

 Cinco sondagens serão divulgadas até sábado. Veja desempenho de Dilma e Serra

Agência Estado
Pesquisas mostram Dilma à frente de Serra
Do R7


Na véspera da eleição presidencial, uma “maratona” de pesquisas de intenção de voto vai medir a preferência do eleitorado. Até sábado (30), quatro pesquisas vão ser divulgadas. Os quatro maiores institutos vão soltar novas sondagens indicando a intenção de voto em Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) na reta final. No domingo (31), após o fechamento das urnas, pesquisa de boca de urna vai apontar como os eleitores votaram.

Nesta sexta-feira (29), o Datafolha publicou levantamento feito com 2.240 eleitores no dia 28, quinta-feira. Dilma aparece com 12 pontos de vantagem sobre Serra a dois dias do segundo turno. A petista tem 56% dos votos válidos – quando brancos e nulos são descartados –, contra 44% do tucano, indicando estabilidade na corrida eleitoral. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na última quinta-feira (28), pesquisa Ibope indicou Dilma com 57% dos votos válidos, 14 pontos à frente de Serra, que apareceu com 43%. Na sondagem geral, a petista tem 52%, contra 39% do tucano. Brancos e nulos somam 5% e indecisos chegam a 4%.


No sábado, os quatro maiores institutos vão divulgar pesquisa: Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus. O Ibope deve ouvir 3.010 eleitores dos dias 27 a 30. A sondagem do Datafolha vai a campo hoje e no sábado para fazer sua última pesquisa presidencial antes do segundo turno.
O levantamento do Vox Populi será feito e divulgado no sábado, quando 3.000 eleitores serão ouvidos sobre a intenção de voto. Já o Sensus finaliza a pesquisa feita com 2.000 eleitores nos dias 28 e 29, quinta e sexta-feira.

Acompanhado do governador reeleito Eduardo Campos, Lula seguiu em carro aberto pelas ruas da capital pernambucana

Lula leva 100 mil às ruas de Recife e ofusca nome de Dilma

Ricardo Galhardo e Ana Carolina Dias, iG Pernambuco

Presidente Lula desfila em carro aberto em Recife

Mais de 100 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, lotaram as ruas do Centro de Recife no início da noite desta sexta-feira para saudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O que deveria ser uma caminhada silenciosa de apoio à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, se transformou em uma festa barulhenta de despedida para o presidente na capital do Estado onde nasceu e tem os melhores índices de aprovação. 
O nome de Dilma foi ofuscado pela figura do presidente que desfilou na carroceria de um caminhão ao lado do governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), os senadores eleitos Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB). Outros políticos menos cotados foram em outro caminhão, entre eles o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (que se afastou devido a suspeitas de cobrança de propina).

Toda vez que militantes tentavam entoar nome de Dilma o grito era encoberto pelo coro “Lula guerreiro do povo brasileiro”. Até o jingle “Dilma Lá”, gravado pelo músico mineiro Wagner Tiso, voltou a ser “Lula Lá” na voz dos pernambucanos.
A caminhada parou o centro de Recife. No percurso de três quilômetros entre a Praça Oswaldo Cruz e o Largo do Carmo. Durante todo o caminho as pessoas se amontoavam nas calçadas, pontos de ônibus e marquises dos prédios para se despedir do presidente.
Quando a caminhada entrou na avenida Conde da Boa Vista duas máquinas instaladas na janela de um prédio de escritórios lançaram uma chuva de papel picado brilhante sobre a multidão.
Ensopado de chuva, Lula parecia emocionado.
A presença de pelo menos três orquestras de frevo e um bloco de maracatu, além do farto consumo de cerveja (vários ambulantes vendiam a bebida no local da concentração), transformaram o ato político numa espécie de carnaval fora de época.
Apesar da instalação de grades em alguns pontos da caminhada, na maior parte do tempo Lula estava em contato direto com a população e a toda hora se esticava para cumprimentar as pessoas. O general Gonçalves Dias, chefe da segurança presidencial, balançava a cabeça em sinal de desaprovação.
Para decepção de muitos militantes, ao chegar no Largo do Carmo, Lula apenas se despediu, entrou no carro e foi embora sem falar. Organizadores tiveram que explicar para os mais desapontados que a legislação eleitoral proíbe discursos nos dois últimos dias de campanha.
De Recife, Lula foi para Brasília. O presidente vai passar o sábado em São Bernardo do Campo, onde vota no domingo de manhã e depois volta a Brasília para acompanhar a apuração ao lado de Dilma.

Durante a caminhada, o cadeirante Antonio Carlos Pereira, não escondeu a emoção. “Mesmo com todas as dificuldades que um deficiente físico passa, estou aqui para prestigiar o presidente Lula. Sempre acompanhei a trajetória do Lula”. Pereira pontuou que a última caminhada do presidente em Pernambuco. “É com muita tristeza que vejo a saída do presidente, mas acredito que a força da mulher irá se fazer presente”.
Irene Freitas, representante do movimento LGBT no Recife, hasteava com bastante alegria a bandeira do movimento. Irene afirma que é com bastante satisfação que acompanha a caminhada do presidente. “Gosto muito do governo de Lula. Acredito que as questões do movimento LGBT foram bastante debatidas. Atualmente, a discussão dos homossexuais não está sendo tratada de maneira certa. Apenas queremos ser iguais”. Durante a caminhada, Irene afirma que o governo de Lula e agora, “se Deus quiser”, o governo de Dilma, tratará as questões dos homossexuais de maneira mais igualitária. “Estou aqui para dizer que o movimento LGBT apóia a candidata Dilma Rousseff”.
O estudante Francisco Shimada vê com bastante entusiasmo essa visita do presidente ao Recife. “Quero, no dia da posse, estar presente para ver os deputados federais, junto com o presidente Lula, entregando a faixa à primeira presidenta mulher do Brasil”. Shimada ainda afirma que desde 2002 acompanha os comícios e os atos públicos de Lula.
Durante o percurso, o presidente ouviu inúmeras declarações de apoio, ganhou presentes – como uma sombrinha de frevo e um chapéu de vaqueiro nas cores de Pernambuco – e um “Parabéns para Você” em razão do seu aniversário celebrado anteontem.

Dilma participou do debate da globo

Quem cuida dos pobres em São Paulo é o governo federal


 Quem cuida dos pobres em São Paulo é o governo federa

A candidata à presidência, Dilma Rousseff, afirmou hoje, durante debate da TV Globo, que quem cuida das pessoas carentes em São Paulo, estado governado até março desse ano pelo candidato tucano, José Serra, é o governo federal, com os programas sociais da gestão petista.
Ela reclamou ainda que o governo do PSDB dificulta o acesso ao benefício. “Quem cuida de pobres em São Paulo é o governo federal. São Paulo tem 1,4 milhão de famílias que precisam do Bolsa Família. Atendemos apenas 1,1 milhão. E essas 300 mil não atendemos porque o município e o estado não fazem cadastro”, disse.
Segundo ela, a questão social para ela não é um detalhe. É o centro da sua proposta. “A questão social é fundamental no meu projeto. Além do concreto e do cimento, o que é mais importante é a vida das pessoas. Tiramos 28 milhões da pobreza e vou tirar os 21 milhões que ainda estão na pobreza extrema”, disse.

Melhor caminho na educação é valorizar o professor
Melhor caminho na educação é valorizar o professor

A candidata Dilma Rousseff afirmou hoje, durante o último debate na campanha, que o caminho para melhorar a qualidade da educação no Brasil é valorizar o professor. segundo ela, isso se faz com formação continuada e salários mais altos.
“Não tem como fazer educação de qualidade sem pagar bem o professor. Fizemos o piso de R$ 1.024. É pouco ainda. Ele [o professor] precisa ganhar bem e dar a ele formação continuada. Não se pode ter relação de atrito quando professores pedem melhores salários. O Brasil só vai sair de posição de país emergente se der condições de educação para as nossas crianças e jovens. Precisamos ter professores bem formados e pagos. Pagar bem o professor é uma meta que vou perseguir”, afirmou a petista.
Ela também falou da construção de 6 mil creches para dar oportunidade igual para crianças pobres e ricas. Dilma se comprometeu também a ampliar os ensinos técnico e superior públicos.
Meio Ambiente
Dilma também foi questionada sobre a proteção à biodiversidade nacional. Ela citou os compromissos brasileiros firmados na COP-15, em Copenhague, na Dinamarca, como a redução do desmatamento da Amazônia em pelo menos 80% e do Cerrado em pelo menos 40%.
“Vou continuar criando áreas de preservação e dar ao Ibama funcionários capazes de impedir que essas áreas sejam atacadas por desmatadores”, disse. Ela explicou também que é preciso dar alternativas aos mais de 20 milhões de moradores da Amazônia para que eles não fiquem dependentes do desmatamento para sobreviver.
Menos imposto
A candidata se comprometeu com a desoneração da folha de pagamento para estimular a geração de empregos. Ela disse que fará isso por meio de uma reforma tributária. Outro caminho para o estímulo ao emprego que ela se comprometeu é com o aumento de crédito para as pequenas empresas e também com a ampliação dos limites para que elas se enquadrem no Super Simples.

Dilma deixou clara sua proposta para segurança
Dilma deixou clara sua proposta para segurança

A candidata Dilma Rousseff tirou as dúvidas dos eleitores hoje, durante o debate na TV Globo, sobre quem tem a melhor proposta para o país melhorar a segurança dos seus cidadãos. Muito mais preparada e com uma solução clara e abrangente, a petista disse que vai investir em formação profissional dos policiais e em tecnologia para combater o crime organizado e o tráfico de armas e drogas.
“Eu acho que a segurança é um problema tão grave que a União tem que fazer parceria com estados e prefeituras. Como estamos fazendo com a bolsa formação, já formamos 376 mil policiais. Além disso, tem que haver investigação e punição. Proponho ainda as polícias comunitárias, onde se concentra o crime. Polícias comunitárias com trabalho concentrado, monitoramento para combater os crimes”, disse.
Dilma também explicou a proposta de unificação dos cadastros da população carcerária, dos criminosos e da justiça, para ter registro completo dos condenados. A petista insistiu que o Brasil deve continuar fortalecendo a Polícia Federal, que é responsável pelo policiamento da fronteira e equipá-la com tecnologia para combater o narcotráfico e o transporte ilegal de armas.
Agricultura Familiar
Os eleitores indecisos escolhidos pela TV Globo também questionaram os candidatos sobre suas propostas para o campo e para manter os jovens na lavoura.
Novamente nesse tema, Dilma mostrou ter proposta muito mais objetiva do que seu adversário. A candidata reforçou os avanços conquistados pelos agricultores nos últimos oito anos, como a ampliação recorde do crédito, a criação do seguro agrícola e o programa Luz para Todos. Ela disse que continuará nesse rumo e lutará para dar aos moradores do campo as mesmas oportunidades daqueles que estão na cidade.
“No Rio Grande do Sul, tivemos uma das melhores experiências nos últimos anos e vou levar isso para todo Brasil. A agricultura familiar teve acesso à energia elétrica. Eu considero que tem que ser dado, e me comprometo a fazer isso, para o filho do agricultor e para agricultor a mesma qualidade de vida de quem mora na cidade, senão eles mudam para a cidade. Educação é grande desafio, garantir para o filho que ele volte para casa como agrônomo", disse.






O Papa e o aborto


DEBATE ABERTO 

É bom que mantenhamos o espírito crítico face a esta inoportuna intervenção do Papa na política brasileira. Mas o povo mais consciente tem, neste momento, dificuldade em aceitar a autoridade moral de um Papa que durante anos ocultou o crime de pedofilia entre padres e bispos.


É importante que na intervenção do Papa na política interna do Brasil acerca do tema do aborto, tenhamos presente este fato para não sermos vítimas de hipocrisia: nos catolicíssimos países como Portugal, Espanha, Bélgica, e na Itália dos Papas já se fez a descriminalização do aborto (Cada um pode entrar no Google e constatar isso). Todos os apelos dos Papas em contra, não modificou a opinião da população quando se fez um plebiscito. Ela viu bem: não se trata apenas do aspecto moral, a ser sempre considerado (somos contra o aborto), mas deve-se atender também a seu aspecto de saúde pública.

No Brasil a cada dois dias morre uma mulher por abortos mal feitos, como foi publicado recentemente em O Globo na primeira página. Diante de tal fato devemos chamar a polícia ou chamar médico? O espírito humanitário e a compaixão nos obriga a chamar o médico até para não sermos acusados de crime de omissão de socorro.

Curiosamente, a descriminalização do aborto nestes países fez com que o número de abortos diminuísse consideravelmente. O organismo da ONU que cuida das populações demonstrou há anos que, quando as mulheres são educadas e conscientizadas, elas regulam a maternidade e o número de abortos cai enormente. Portanto, o dever do Estado e da sociedade é educar e conscientizar e não simplesmente condenar as mulheres que, sob pressões de toda ordem, praticam o aborto. É impiedade impor sofrimento a quem já sofre.


Vale lembrar que o cânon 1398 condena com a excomunhão automática quem pratica o aborto e cria as condições para que seja feito. Ora, foi sob
FHC e sendo ministro da Saúde, José Serra, que foi introduzido o aborto na legislação, nas duas condições previstas em lei: em caso de estupro ou de risco de morte da mãe. Se alguém é fundamentalista e aplica este cânon, tanto Serra quanto Fernando Henrique estariam excomungados. E Serra nem poderia ter comungado em Aparecida como ostensivamente o fez. Mas pessoalmente não o faria por achar esse cânon excessivamente rigoroso.

Mas Dom José Sobrinho, arcebispo do Recife o fez. Canonista e

extremamente conservador, há dois anos atrás, quando se tratou de praticar aborto numa menina de 9 anos, engravidada pelo pai e que de forma nenhuma poderia dar a luz ao feto, por não ter os órgãos todos preparados, apelou para este canon 1398 e excomungou os medicos e
todos os que participaram do ato. O Brasil ficou escandalizado por tanta insensibilidade e desumanidade. O Vaticano num artigo do Osservatore Romano criticou a atitude nada pastoral deste Arcebispo.

É bom que mantenhamos o espírito crítico face a esta inoportuna intervenção do Papa na política brasileira. Mas o povo mais consciente tem, neste momento, dificuldade em aceitar a autoridade moral de um Papa que durante anos ocultou o crime de pedofilia entre padres e bispos.


Como cristãos escutaremos a voz do Papa, mas neste caso, em que uma
eleição está em jogo, devemos recordar que o Estado brasileiro é laico e pluralista. Tanto o Vaticano e o Governo devem respeitar os termos do tratado que foi firmado recentemente onde se respeitam as autonomias e se enfatiza a não intervenção na política interna do pais, seja na do Vaticano seja na do Brasil.

Um abraço bem fraterno.

Leonardo Boff é teólogo e escritor. Carta Maior.

Sérgio Guerra e Agripino afundam no lixo de Brasília

Depois do Paulo Preto.

Da concorrência de carta marcada do metrô do Serra – aquele que afunda.

Agora tem mais essa preciosidade: o presidente do PSDB (*) Sérgio Guerra e o senador do DEMO do Rio Grande do Norte, Agripino Maia afundam no escândalo do lixo de Brasília.
Ex-secretária devassa esquema Qualix


Carlos Carone
carone@jornaldebrasilia.com.br
A ex-secretária Domingas Gonçalves Trindade, 40 anos, foi ouvida ontem na Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), da Polícia Civil do Distrito Federal, sobre as acusações que faz contra o ex-governador Joaquim Roriz; o presidente do PSC-DF, Valério Neves; os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Agripino Maia (DEM-RN); o empresário Eduardo Badra; e o ex-diretor da Belacap (estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do DF), Luís Flores. Todos são acusados de se servirem de um esquema de desvio de dinheiro envolvendo a Qualix, empresa que faz o recolhimento do lixo no DF.

O depoimento foi acompanhado da apresentação de uma série de provas documentais. Domingas denunciou um esquema que, até então, não tinha o respaldo de tantos elementos. Ela acusa Roriz, Valério, Agripino e Guerra de receberem propina proveniente de contratos firmados entre o GDF e a Qualix.

O Jornal de Brasília obteve um vídeo (cujos trechos estão ao lado) no qual Domingas faz as mesmas acusações que confirmou à polícia e apresenta as mesmas provas documentais. Ela apresentou aos delegados extratos telefônicos que confirmam contatos constantes entre os envolvidos. A ex-secretária fazia o serviço a mando de seu chefe, Eduardo Badra – que, à época, era diretor da Qualix. Domingas tinha como função organizar a agenda do patrão, além de fazer depósitos bancários e o que chamou de “serviços particulares”.

Enquanto era ouvida pelos investigadores, Domingas ainda apresentou lacres bancários emitidos pelo Banco Central que tinham a marcação de R$ 50 mil cada – são seis, num total de R$ 300 mil.
“Depois de dois, três meses, o doutor Eduardo passou a confiar em mim e fiquei responsável pela chave de um quarto, em uma casa no Lago Sul, onde guardavam o dinheiro. Era tanto dinheiro que ocupava uma cama de casal inteira. Eu cheguei a pegar um dos maços e pensar que ele seria capaz de resolver a minha vida”, contou, em certo trecho do vídeo.





ConversaAfiada.

Brasil é democrático e laico, diz Lula sobre declaração de papa

O presidente Lula testa uma Ferrari conversível no Salão do Automóvel, em São Paulo O presidente Lula testa uma Ferrari conversível no Salão do Automóvel, em São Paulo 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil é um país democrático e laico, por isso a população se manifesta do jeito que quiser. "Eu acho que cada um vai de acordo com a sua consciência", disse, em referência à declaração dada ontem pelo papa Bento 16 para que os bispos brasileiros condenem a descriminalização do aborto. O tema vem sendo usado pela campanha dos candidatos a Presidência da República para conquistar votos.


"Não vejo nenhuma novidade na declaração do Papa. Esse é o comportamento da Igreja Católica desde que ela existe. Se você for ver o que a Igreja Católica falava há 2 mil anos, ela falava exatamente o que o papa falou", declarou Lula durante sua participação na 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que acontece em São Paulo.

O presidente minimizou a polêmica criada em torno da fala do pontífice e sua possível interferência no pleito de domingo (31). "Isso pode ser falado a qualquer momento. Pode ser falado ontem, hoje, amanhã, depois de amanhã", afirmou.

Para Lula, a declaração da Igreja reforça a liberdade que existe no país, porque "a gente se manifesta, a gente ganha ou a gente perde, a gente pode pagar o preço pelos erros que cometer". "Pelo reconhecimento da sociedade brasileira, parece que a gente teve mais acerto", concluiu. UOL.

Candidato do PSDB no PI: "Lula é devastador para a oposição"

Eliano Jorge

Os candidatos Wilson Martins e Silvio Mendes em debate, no Piauí



Prefeito com mandato revalidado por 70,36% dos votos válidos em Teresina, Silvio Mendes amarga a adversidade de concorrer pelo PSDB ao governo do Piauí em 2010 contra o candidato à reeleição e o presidente da República. Com uma crueldade adicional: sua própria afeição a Lula.
- A presença do Lula é devastadora para a oposição porque ele é bem avaliado aqui, inclusive por mim. Eu tenho uma admiração pessoal e até gratidão pelo que nós pudemos fazer juntos.
Transformada em candidata governista pelo presidente, Dilma Rousseff recebeu, no primeiro turno, 67,09% dos votos válidos do Piauí, enquanto José Serra somou 20,93%. Espremido nas trincheiras tucanas, Silvio Mendes obteve 30,08% do eleitorado. O governador Wilson Martins, do PSB, 46,37%.
- O Wilson fez a campanha toda centrada na figura do Lula e da Dilma. Ele não tem a identidade própria dele, embora tenha sido deputado durante muito tempo. Ele usou bem, e de forma bastante eficiente, o prestígio do Lula e da Dilma, e isto tem um impacto importante porque o Lula é muito querido - resigna-se Mendes.
Para completar, a campanha do governador recorreu, nesta semana, aos ovacionados reforços presenciais dos correligionários boleiros Romário, eleito deputado federal no Rio de Janeiro, e Marcelinho Carioca, candidato derrotado em São Paulo.
A vantagem de Wilson Martins se reduziu para o segundo turno, porém não o suficiente para entusiasmar os tucanos. O Jornal Meio Norte publicou pesquisa conjunta com o Instituto Piauiense de Opinião Pública, realizada de 23 a 25 de outubro, que aponta 54,59% de votos válidos para o governador e 45,32% para o opositor. Dilma obtém 68,25%, contra 31,75% de Serra.
A Captavox, que coletou entrevistas entre os dias 25 a 27, atribuiu, nesta quinta (28), 50,5% das intenções de voto a Wilson Martins e 42,4% a Silvio Mendes.
Leia entrevista com Silvio Mendes.
Terra Magazine - Como o senhor avalia a disputa pelo governo do Piauí neste segundo turno?
Silvio Mendes - A diferença, em relação ao primeiro turno, diminuiu bastante, um pouco mais da metade. Mas a campanha é desproporcional, eu não tenho estrutura, não tenho dinheiro que possa confrontar com a do candidato que é governador. Só que é uma situação previsível, eu não estou reclamando não. O jogo é assim.

Nesta semana, a candidatura do governador teve o reforço dos ex-jogadores de futebol Romário e Marcelinho, que são do partido dele, o PSB...
Foi dito aqui que eles vieram com cachê, não sei se é verdade, não posso afirmar. Mas isso não é importante. A população aplaudiu muito Romário. Até eu, como vascaíno, embora ele não esteja mais (lá), tenho admiração pela carreira dele. Não pela vida privada, que também não me interessa.

O que o senhor achou deste recurso de levar Romário e Marcelinho?
O Wilson fez a campanha toda centrada na figura do Lula e da Dilma. Ele não tem a identidade própria dele, embora tenha sido deputado durante muito tempo. Ele usou bem, e de forma bastante eficiente, o prestígio do Lula e da Dilma, e isto tem um impacto importante porque o Lula é muito querido.
Acho que o Romário e o Marcelinho apenas criam um fato, mas não têm, pelo menos no meu entendimento, influência política e eleitoral. Lula tem. A presença do Lula é devastadora para a oposição porque ele é bem avaliado aqui, inclusive por mim. Eu tenho uma admiração pessoal e até gratidão pelo que nós pudemos fazer juntos.

Então o senhor evitou confrontar o governo federal na campanha. Chegou a fazer elogios ao presidente?
Não. Até porque eu acho que quem vai governar o Piauí é um de nós dois, não é gente que vem de fora. No caso do Aécio (Neves) e do (Geraldo) Alckmin, claro que é importante o apoio político e a presença deles (na campanha), mas eu tenho relações pessoais de muitos anos, não é de agora. Claro que fiquei feliz com a disponibilidade de eles virem aqui.

Por que existe essa "desproporção" que o senhor falou entre sua campanha e a do governador?
Sou funcionário público, sou médico do Ministério da Saúde, fui secretário de Saúde aqui em Teresina durante 10 anos, de 1994 a 2004, e prefeito da cidade, fui reeleito. Deixei o cargo e quem assumiu, meu vice (Elmano Férrer, do PTB), virou meu adversário. Nós tínhamos uma aliança aqui com o PTB, mas ele teve o senador João Vicente Claudino como candidato também ao governo do Estado, que não foi pro segundo turno. Existia um acordo, tornado público por ele, que, no segundo turno, as oposições se uniriam contra o candidato governador. Mas isso não ocorreu.
Por ser um Estado mais pobre, principalmente os políticos - e a maioria dos prefeitos -, dependem muito do governo do Estado, embora ele seja quebrado financeiramente. Há um enorme número de obras paradas, que, apesar da relação com o governo federal, eles pararam no Estado inteiro, é uma coisa assustadora.
Segundo: pelo perfil do próprio Estado. O Piauí é o que menos produz, só 0,5% do PIB nacional. Tem uma renda per capita de 32% da média nacional e percentualmente o maior número de analfabetos, são 40% de analfabetos funcionais. É o Estado que tem o maior número de crianças trabalhando, 11% da população infantil - acima de 5 anos - precisando trabalhar, tem o pior ensino médio do Brasil pela avaliação do MEC.
Por todas essas questões, eu sou candidato. Por ser piauiense e achar que, nestas questões, quando você conhece a realidade, ou se omite ou toma uma alternativa, que foi o que eu fiz, de oferecer uma forma diferente de gestão.

Por exemplo...
Quando saí da Prefeitura de Teresina, que é uma das capitais mais pobres, a deixei com equilíbrio financeiro, sem dívida com ninguém, nenhuma obra parada. Na avaliação do MEC, nós temos o melhor ensino fundamental do Nordeste, o terceiro do Brasil. Somos um centro de referência na Saúde. 56% do atendimento das despesas dos hospitais aqui se faz com pessoas do interior do Piauí porque no interior não funciona.
Então, tem várias frentes a serem tratadas, com problemas graves estruturais. A (minha) campanha foi fazendo comparação de gestão e resultados da Prefeitura, em que fui gestor por cinco anos, e do Estado, com uma gestão absolutamente maluca. Um Estado que tem 43 secretarias. Tem quatro secretarias para fazer estradas, duas para fazer turismo. E sem resultado, claro.

Por que essas secretarias todas? E desde quando?
Para acomodar os aliados políticos. Isso foi crescendo ao longo desses anos.

O senhor foi prefeito de Teresina por cinco anos?
Fui eleito prefeito e depois reeleito com pouco mais de 70% dos votos. Ainda hoje, mais de 60% dos eleitores de Teresina me apoiam. Nosso partido aqui, o PSDB, tem apenas 14 municípios e a maioria desses prefeitos aderiu ao governo sob a força de convênios que foram assinados no mês de junho passado. São quase 200 convênios assinados, inclusive investigados pelo Ministério Público porque atrasaram a publicação do Diário Oficial para poder acolher estes apoios. Então, fala em nome da necessidade de uma reforma política para esse tipo de coisa.
No Piauí, nos últimos anos, cresceram dois partidos. Um é o PSB, do Wilson, o candidato e governador em exercício, que foi presidente do PSDB. Com a perspectiva de ele assumir o governo, o partido cresceu muito. E o outro partido que cresceu foi o PTB, presidido pelo senador João Vicente, que é o homem com maior estrutura aqui no Estado. Apesar do acordo (da oposição), o PTB foi para o governo.

Mas não houve uma divisão no PTB? Alguns vereadores, prefeitos e vice-prefeitos do partido estão apoiando o senhor, não?
Os deputados foram todos (para o lado do governo). Quem não aderiu foi por incompatibilidade local. Aqui no Nordeste, cada cidade tem duas bandas, dois lados que não se relacionam. Em muitos lugares, essas dificuldades foram superadas pelo governador, e se juntaram adversários históricos. Mas, em alguns lugares, não, é impossível fazer isso. Alguns municípios foram, mas a população não foi também.

A quarta colocada do primeiro turno, Teresa Brito, do PV, aliou-se ao senhor agora.
Isso. O Partido Verde fez consultas, reuniu-se. Decidiram nos apoiar. Mas é um partido muito frágil, do ponto de vista de densidade eleitoral.

Na sua avaliação, como o Piauí chegou a essa situação relatada em estatísticas pelo senhor? É algo que ocorre ao longo de anos.
É uma questão de política de não resultado. Esse é o fato. São dados oficiais. As obras do PAC, aqui, em que o candidato a governador era coordenador, foram as que tiveram pior desempenho no Brasil. Ele concluiu apenas 2% dos investimentos que começaram no Estado. O Luz para Todos, que era para ser concluído em 2007, até hoje, passou pouco mais de 56%, um dos piores desempenhos do Brasil. Tudo é assim. Não tem um setor do governo do Estado que sirva de exemplo, de modelo de uma gestão eficiente.
E os escândalos ao longo do tempo. Isso já não comove mais a população, eu não entendo isso, as pessoas já estão anestesiadas com esse tipo de comportamento. Processo, denúncia, inquérito na Polícia Federal.

De que tipo?
Tem uma empresa aqui chamada Emgerpi, criada com a finalidade de cuidar do espólio de algumas empresas públicas que foram extintas. Ela virou faz-tudo, faz estrada, faz tudo, e um escândalo de muito grande proporção, um desvio de milhões de reais que até hoje ninguém sabe qual é o montante disso. Esse inquérito da Polícia Federal está, há um ano e meio, sendo feito, ainda sem resultado. Então, são essas e outras questões, aluguéis de carros... Mas isso pode parecer coisa de oposição.

Por falar em oposição, a pesquisa desta quarta-feira aponta que a vantagem de Dilma Rousseff supera até o percentual de votos de José Serra no Piauí. Ela disparou aí...
Isso. É verdade. No segundo turno, houve uma mudança, Serra teve um crescimento razoável. Mas ele beira metade das intenções de voto da Dilma. Realmente é um estado difícil. 53% da população do Piauí vive abaixo da linha de pobreza. Tem 1,2 milhão de pessoas que vivem na dependência de governo, seja aposentadoria, seja Bolsa Família, coisas dessa natureza, vivem de transferência. E o Estado não tem capacidade de investimento. Investiu, nos últimos anos, uma média de R$ 116 milhões por ano. Isso significa 3,6% das receitas correntes líquidas. Se você não tem capacidade de poupança, se você vive de transferência e obras importantes são feitas por emendas parlamentares, como você pode mudar o destino de um Estado assim? Ou você tem um choque de gestão, diminui as despesas de burocracia e custeio...
Fizemos um cálculo: de janeiro a julho, o governo do Estado gastou aproximadamente R$ 1,2 bilhão em atividades por mês; se você reduzir a máquina pública sem que comprometa o resultado - muito pelo contrário -, você pode fazer uma economia da ordem de R$ 500 milhões por ano, pouco mais de quatro vezes o que o governo do Estado investe hoje. É uma questão basicamente de gestão.

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