sexta-feira, 28 de setembro de 2012

NOTA DO BIOMBO D'ARTE


Amigos e amigas do Biombo D'arte, o nosso evento do dia 28/09 do corrente mês foi adiado! (Data a confirmar).

Motivo:


Tendo em vista os nossos eventos serem realizados na rua frente ao Biombo D'arte, dependemos do apoio dos nossos parceiros do Demutram para garantir a segurança e o fluxo dos veículos. Em virtudes das inúmeras solicitações dessa equipe neste período, eles não poderão está conosco nesta data planejada, com isso seguimos sua orientação para remarcar outra data para realização do nosso evento.

O Demutram sempre foi um grande parceiro dessa ideia, motivo pelo qual seguimos sua orientação e gradecemos seu apoio. Desde já gradecemos a compreensão de todos vocês.

Josenildo Campos produtor cultural e coordenador do Biombo D’arte.

FALTAM 09 DIAS...



Faltam 09 dias para todos nos reeleger Eraldo 13123 vereador e eleger o prefeito que tem o apoio de Fátima Bezerra, Dilma Rousseff, e Fernando Mineiro para o desenvolvimento de nossa cidade.

Faltam 09 dias para você amigo e amiga reeleger o vereador mais atuante de São Gonçalo do Amarante Eraldo 13123, junto com ele o prefeito Jaime Calado 22 que tanto fez com parceria com governo federal, mais uma vez apresenta as melhores propostas e apoios para desenvolver a cidade.

Faltam 09 dias para que cada cidadão São-Gonçalense vá as urnas escolher seus representantes para a Câmara Municipal e o gestor que vai comandar os destinos da saúde, da educação, dos serviços urbanos, da agricultura, da assistência social, do esporte, da cultura e tantas outras áreas importantes para o dia a dia das pessoas.

Reeleger Eraldo 13123 é a certeza de que contará com um vereador que não se vende, é de luta pelas causas do povo. Eraldo 13123 tem destacadas lutas na área do esporte, da cultura, da saúde, da educação, da moradia, do abastecimento de água, da eletrificação e de tantas outras questões que dizem respeito à vida de cada morador e moradora desta cidade.

Eraldo 13123 reeleito é a garantia que a Câmara continuará contando com um vereador atuante, sério e comprometido com a nossa população. Para reeleger Eraldo é fácil, dia 07 de outubro você quando for votar, 1º aperte os números 13123 e confirme no botão verde, e depois 22 para prefeito. Pronto você votou no desenvolvimento de nossa querida São Gonçalo, sua confirmação é a certeza que vamos dar continuidade do mandato popular que tanto ajudou nosso município e o prefeito Jaime Calado a levar essa cidade no rumo certo.

Faltam 09 dias também para reelegermos Jaime Calado, sua reeleição é uma necessidade para que possamos contar com um prefeito sério, comprometido com as transformações sociais, sempre preocupado em melhorar as condições de vida do povo por meio da saúde, da educação, de obras estratégicas e tantas outras coisas que o povo anseia há muito tempo. Jaime Calado terá apoio político para realizar as transformações que a cidade precisa, pois contará com o apoio da deputada Fátima Bezerra, Fernando Mineiro, Eraldo 13123 dará continuidade a esse elo de ligação entre a prefeitura de São Gonçalo e o Governo Federal.

Vamos continuar a luta com Eraldo 13123 e vamos eleger um projeto novo para São Gonçalo do Amarante que é encabeçado por Jaime prefeito 22, Eraldo 13123. Porque da luta não nos retiramos companheiros (as). Marcos Imperial correspondente do portal da Dilma Rousseff no RN.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Termina greve dos bancários na maior parte do país



A maior parte da greve dos bancários terminou nesta quarta-feira (26) e com isso as agências dos bancos privados e do Banco do Brasil devem abrir normalmente nesta quinta-feira (27). Nas das agências da Caixa Econômica Federal a greve deve continuar, já que a nova proposta dos bancos foi rejeitada na maioria das assembleias.

Bancários de bancos privados e do BB de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Campo Grande e estados como Pernambuco, Piauí, Mato Grosso e Alagoas decidiram seguir a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nas assembleias realizadas nesta quarta à noite, e aceitaram a nova proposta da Fenaban.

Já os funcionários da Caixa decidiram permanecer em greve em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Pará, Ceará, Bahia e Sergipe. “Vamos fortalecer a greve na Caixa, buscando cobrar mais avanços para os trabalhadores”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional dos bancários. Via Blog do Primo.

Artigo: O Brasil não é mais o mesmo com Lula e Dilma, por Cida de Jesus


Nesta quarta-feira, 26, foi divulgado resultado do levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a desigualdade no Brasil.

Não é novidade alguma que Lula e Dilma mudaram radicalmente a sociedade brasileira, antes refém das grandes corporações e com quase nenhum programa social.
Hoje a desigualdade social brasileira é a menor da história, que começou a ser medida no início da década de 60. O Brasil conseguiu, em apenas 10 anos, superar a meta de 25 anos para diminuir pela metade a desigualdade social. Com o governo Lula e agora com Dilma, foram mais de 40 milhões de pessoas que saíram da linha da pobreza. Isso significa redução de 55% da pobreza no Brasil.
Segundo o Ipea, a queda da desigualdade foi constante, por dez anos consecutivos, fato inédito no Brasil. Isso porque com o governo Lula os mais pobres tiveram melhores oportunidades, um olhar de quem realmente sabe tratar nosso povo. Afinal, o presidente Lula veio do povo e não esqueceu suas origens.
Já neste ano, temos a classe média predominante no Brasil, seja em números ou em consumo. Isso é reflexo do ganho real dos brasileiros. No governo Lula, o salário dos 10% mais pobres cresceu 90%. O movimento engloba cerca de 23,4 milhões de pessoas saindo da pobreza. Agora, com Dilma, a taxa de crescimento tornou a expandir.
Nos últimos 12 meses, a desigualdade social caiu 3,2%. Uma média muito grande segundo o instituto. E as informações vão além. Brasil é o único país dos Brics, que engloba além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, onde a desigualdade diminui ao invés de crescer.
Isso prova que podemos sim, crescer sem precisar deixar a população mais pobre. O Brasil, com o governo do PT, mostrou que o crescimento se dá não apenas com a riqueza, mas também com a redução da desigualdade, com melhor distribuição de renda e trabalho sério.
Essa desigualdade está diminuindo cada vez mais. Com os programas sociais feitos pelo PT, com a estabilidade econômica, com a distribuição de renda e trabalho sério, investindo no âmbito social dando oportunidades para todos. Hoje o Brasil está bem próximo de acabar com a miséria, afinal: “Um país rico é um país sem pobreza”.
Esse é o modo PTista de governar.
Cida de Jesus
Executiva Nacional – Minas Gerais

Estrela do PT brilha em Serra do Mel

Imagem InternaCentenas de pessoas vestiram vermelho em apoio às candidaturas de Manoel Cândido prefeito e Ceicinha vice – ambos do PT –, na tarde deste domingo (23). A deputada federal Fátima Bezerra (PT) esteve presente na Vila Goiás onde a coligação "A mudança é pra valer" realizou passeata seguida de comício.
"O PT vai crescer e muito nessas eleições em todo o Rio Grande do Norte. E tenha certeza de que aqui em Serra do Mel não será diferente, pois Manoel Cândido, você será eleito prefeito desta cidade", disse Fátima durante comício.

"Nasce a certeza"

Justiça Eleitoral manda retirar propaganda enganosa de Carlos Eduardo


A Justiça Eleitoral entendeu que o marketing eleitoral do candidato Carlos Eduardo Alves divulgou pesquisa utilizando apenas o somatório dos votos válidos, de modo a induzir o eleitor em erro quanto a uma provável realização de segundo turno, é determinou a retirada imediata da propaganda enganosa. Via Blog do Primo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

NEM MENSALINHO, NEM MANSALÃO! APROVAÇÃO DO GOVERNO DILMA PASSA DE 59% PARA 62%, APONTA IBOPE.

dilma_povo

A aprovação do governo Dilma Rousseff passou de 59% em junho para 62% dos entrevistados, que consideram o governo "bom" ou "ótimo", de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira (26).  É o melhor percentual de avaliação do governo registrado desde o início do governo Dilma pelo Ibope.

A aprovação pessoal da presidente Dilma se manteve em 77%.

O índice dos que consideram o governo "regular" passou de 32% para 29%. O percentual dos que classificam o governo como "ruim" ou "péssimo" foi de 8% para 7. Dos entrevistados, 1% não soube responder sobre a gestão.

Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a maneira de Dilma de governar e 4% não souberam responder. Na pesquisa anterior, o percentual de desaprovação também era de 18%.

A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Entre 17 e 21 de setembro, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 143 municípios.

O percentual de eleitores que dizem confiar na presidente Dilma passou de 72% para 73%, dentro da margem de erro. Na primeira pesquisa realizada no governo Dilma, em março de 2011, o índice era de 74%.

Foi a primeira pesquisa divulgada sobre a avaliação de Dilma após o início do julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2 de agosto.

As notícias mais lembradas no período da pesquisa, segundo os eleitores ouvidos pelo Ibope, foram as relacionadas ao julgamento do processo do mensalão.

Dos entrevistados, 16% citaram como notícias mais lembradas aquelas referentes ao julgamento, seguido pelo anúncio da redução de tarifas de energia elétrica para 2013, citado por 11% dos eleitores.

Também foi a primeira pesquisa realizada depois da conferência Rio+20 e da votação do Código Florestal no Congresso mostra oscilação negativa entre os eleitores que aprovam a maneira de Dilma na área de meio ambiente. Passou de 55% para 54% o índice dos que aprovam e de 37% para 40% o percentual dos que desaprovam.

Segundo o Ibope, das nove áreas avaliadas, apenas meio ambiente registrou "redução significativa", ou seja, acima da margem de erro, no saldo entre os que aprovam e desaprovam a ação do governo.

Comparação com governo Lula
Dos ouvidos pelo Ibope, oscilou negativamente o percentual de eleitores que consideram o governo Dilma igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 58% para 57% dos ouvidos. Na primeira pesquisa feita no governo Dilma esse percentual era de 64%. Fonte: Portal G1

Mineiro 13 candidato da presidenta Dilma em Natal foi candidato que mais cresceu na pesquisa Ibope


Mineiro 13 é o candidato de Dilma em Natal-RN.

A segunda pesquisa do instituto Ibope sobre as eleições municipais em Natal, divulgada hoje pelo programa RN TV 2ª Edição, da Intertv Cabugi, mostra que Mineiro é o candidato que mais cresceu. Segundo o instituto, o candidato petista quase dobrou suas intenções de voto, passando de 5% (resultado da primeira sondagem, divulgada em 5 de setembro) para 9% na pesquisa estimulada.

Mineiro também teve a maior queda na rejeição eleitoral, entre os quatro primeiros colocados. Segundo o Ibope, o candidato de Lula e Dilma em Natal apresentou uma queda de 12% nesse quesito, tendo agora 19% de rejeição e ficando em quarto lugar na sondagem.

A pesquisa Ibope/InterTV Cabugi, realizada entre 17 e 21 de setembro, reflete o que é sentido nas ruas e praças de nossa cidade: Mineiro é o candidato com maior crescimento na reta final de campanha.

Confira os dados sobre as intenções de votos aqui.
Saiba mais sobre os índices de rejeição dos candidatos aqui.

ONDA VERMELHA ERALDO 13123 TREMEU SONGA NA NOITE DE 25/09/2012...



Militância PeTistas ERALDO 13123, apoiadores, lideranças, amigos e familiares, invadiram as ruas de Songa Para caminhar com Eraldo 13123 o legitimo vereador de Dilma, de Fátima Bezerra, do nosso inesquecível presidente lula, do deputado Mineiro 13, (candidato a prefeito de Natal). 

Foi uma noite de muita empolgação, de confirmação de cada casa que Eraldo 13123 entrava, dizendo sim ao filho de Dona Ester e seu Dozío. Saímos da rua Aildo Mendes ali perto do DOM, passamos pelas ruas vereador Eri Teixeira, Erenite Justino, Pio 12 e José Mesquita. Eraldo 13123 foi muito bem recebido pela nosso povo e falou da sua história de luta do menino do GRUTEU, da JPT,  da PJMP para a Câmara Municipal com o mandato mais popular daquela casa.

Durante seus discursos em cada parada da caminhada Eraldo 13123, gritou em voz alta para todos ouvirem que Jaime Calado 22 foi o melhor prefeito da história de São Gonçalo, e quem vota Eraldo 13123 vota casado com Jaime prefeito 22. Falou dos seus 4 anos de mandato, sendo o 1º vereador eleito do PT em São Gonçalo, e na região metropolitana. O mandato popular de Eraldo 13123 foi importantíssimo para o desa-broxar de nossa querida terra. Com projetos importantes de sua autoria em parceria com a deputada Fátima Bezerra, deputado Fernando Mineiro, do prefeito Jaime Calado 22 e do governo federal. 

Dentre eles Eraldo 13123 é responsável direto pelo IFRN de São Gonçalo, um veiculo automobilístico para o conselha da Criança e Adolescente de São Gonçalo, 4 creches municipais em Poço de Pedra, centro, Santo Antônio e Plaza Garden. No esporte Eraldo 13123 também falou da construção de 4 quadra de poliesportiva para as escolas Luiz de França, (Em fase de conclusão), Dom Joaquim, Maria das Neves e Genésio Cabral, Projeto aprovados aguardando liberação dos recursos. 

Na educação Eraldo 13123 fez e muito, com o projeto de implantação de laboratório de informáticas nas escolas de nossa cidade, aquisição de Ônibus escolares  isso têm a marca do mandato popular de Eraldo 13123.  Durante nosso mandato lutamos e passamos por cima do preconceito fazendo a 1ª audiência publica contra a homofobia de São Gonçalo, apoio direto para parada Gay, assim como o seu partido também apoia nacionalmente com a criação do Setorial LGBT. 

Outras audiências importantes foram feitas como; Segurança Pública, Ensino Religioso nas Escolas, Transporte Público Municipal. Eraldo 13123 também é autor do requerimento para instalação do programa 2º Tempo Militar em nosso Município. 

Durante toda a caminhada e paradas onde falavam Eraldo 13123 e lideranças, deixámos claro para cada cidadão de São Gonçalo que Eraldo 13123 atuou durante seu 1º mandato popular de forma decisiva na mobilização da Educação, Transporte, Esporte, Cultura, nos movimentos sócios, nas tradições de nossa terra, na Mobilidade Urbana, pela melhoria para nossos taxistas, onde criou e aprovou a lei que isenta a categoria do pagamento de ISS. 

Com alegria caminhamos com os filhos de São Gonçalo e Eraldo 13123 o pelas ruas que tanto nos conhece. E com o gosto da vitória, porque Songa não pode retrocede. Dia 7 de outubro vote Eraldo 13123, o vereador de nossa terra que tanto conhece nosso povo, em cada casa que Eraldo 13123 entrou chamava pelo nome do morador, Eraldo 13123 conhece nosso povo COMO ninguém. E como Disse seu Américo quando ouvia o nosso discurso de encerramento ontem na rua Pio 12. “Tai o novo Hamilton, Poti e Jaime de São Gonçalo”. Vamos à vitória dia 7 de outubro confirmando Eraldo 13123 para vereador Jaime Calado 22 para prefeito outra vez, porque São Gonçalo não pode parar. 

Fiquem com os melhores registros da caminhada Eraldo 13123.


































































Marcos Imperial correspondente do portal da Dilma no RN.

PROGRAMAÇÃO DA FESTA DOS MÁRTIRES DE URUAÇU


Greve dos bancos privados pode acabar nesta quinta

 (Ana Amaral/DN/D.A.Press)

Após uma semana de greve, uma nova assembleia deverá acontecer em todo o país nesta quarta-feira (26) para discutir as propostas feitas até o momento para o retorno ou não das atividades dos bancários. A coordenadora geral do sindicato no Rio Grande do Norte, Marta Turra, afirma que, com as propostas atuais, a greve pode se encerrar nos setores privados, mas nos bancos públicos dificilmente. A reunião local acontece hoje, às 18h30, no Colégio Imaculada Conceição (CIC), na Avenida Deodoro da Fonseca. 

A contraproposta foi oferecida nessa terça-feira pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban), com um reajuste de pelo menos 7,5%. “Os bancos públicos não apresentaram nada, apenas a Fenaban. Mas não ofereceram contratação de pessoal nem estabilidade no emprego. É uma proposta que não contempla basicamente nada do que exigimos” explicou Marta. 

A greve está acontecendo hoje normalmente, pois a proposta saiu ontem a noite. Os bancários convocaram a assembleia para deliberar sobre aceitação ou rejeição da propostas. A reunião entre a categoria deve acontecer em todos os estados brasileiros. 
Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Em São Paulo, pesquisas distorcidas chegam à Polícia Federal. E no RN?


Leio no portal Brasil 247 que em São Paulo e no Paraná a divulgação de pesquisas distorcidas, consequentemente díspares entre si, está provocando protestos e ações dos eleitores.

Em São Paulo, o Movimento dos Sem-Mídia até entregou à Polícia Federal, para eventuais e necessárias investigações, um pedido de abertura de inquérito.

A informação me leva ao Rio Grande do Norte, mais precisamente às duas maiores cidades do estado - a capital, Natal, e Mossoró.

Em ambas, nas últimas semanas, a chuva de pesquisas para todos os gostos e todos os bolsos não para de cair.

E há fortes, claros e inequívocos indícios de que elas estão sendo produzidas a toque de caixa, ao sabor de quem paga.

Não seria o caso de a Polícia Federal entrar em campo, já que o Ministério Público Eleitoral potiguar parece não se importar com tantas e tamanhas distorções? Com Informações: Brasília Urgente.

Faltam 11 dias...



Faltam 11 dias para todos nos reeleger Eraldo 13123 vereador e eleger o prefeito que tem o apoio de Fátima Bezerra, Dilma Rousseff, e Fernando Mineiro para o desenvolvimento de nossa cidade.

Faltam 11 dias para você amigo e amiga reeleger o vereador mais atuante de São Gonçalo do Amarante Eraldo 13123, junto com ele o prefeito Jaime Calado 22 que tanto fez com parceria com governo federal, mais uma vez apresenta as melhores propostas e apoios para desenvolver a cidade.

Faltam 11 dias para que cada cidadão São-Gonçalense vá as urnas escolher seus representantes para a Câmara Municipal e o gestor que vai comandar os destinos da saúde, da educação, dos serviços urbanos, da agricultura, da assistência social, do esporte, da cultura e tantas outras áreas importantes para o dia a dia das pessoas.

Reeleger Eraldo 13123 é a certeza de que contará com um vereador que não se vende, é de luta pelas causas do povo. Eraldo 13123 tem destacadas lutas na área do esporte, da cultura, da saúde, da educação, da moradia, do abastecimento de água, da eletrificação e de tantas outras questões que dizem respeito à vida de cada morador e moradora desta cidade.

Eraldo 13123 reeleito é a garantia que a Câmara continuará contando com um vereador atuante, sério e comprometido com a nossa população. Para reeleger Eraldo é fácil, dia 07 de outubro você quando for votar, 1º aperte os números 13123 e confirme no botão verde, e depois 22 para prefeito. Pronto você votou no desenvolvimento de nossa querida São Gonçalo, sua confirmação é a certeza que vamos dar continuidade do mandato popular que tanto ajudou nosso município e o prefeito Jaime Calado a levar essa cidade no rumo certo.

Faltam 11 dias também para reelegermos Jaime Calado, sua reeleição é uma necessidade para que possamos contar com um prefeito sério, comprometido com as transformações sociais, sempre preocupado em melhorar as condições de vida do povo por meio da saúde, da educação, de obras estratégicas e tantas outras coisas que o povo anseia há muito tempo. Jaime Calado terá apoio político para realizar as transformações que a cidade precisa, pois contará com o apoio da deputada Fátima Bezerra, Fernando Mineiro, Eraldo 13123 dará continuidade a esse elo de ligação entre a prefeitura de São Gonçalo e o Governo Federal.

Vamos continuar a luta com Eraldo 13123 e vamos eleger um projeto novo para São Gonçalo do Amarante que é encabeçado por Jaime prefeito 22, Eraldo 13123. Porque da luta não nos retiramos companheiros (as). Marcos Imperial correspondente do portal da Dilma Rousseff no RN.

Mulheres como uma certa Maria*


Enviado em 25/09/2012  por Urariano Motta**

Como um fenômeno de paralaxe as coisas não estavam onde pareciam estar. As estrelas miúdas de todos se deslocavam para outro lugar, distante e distinto daquele beco, longe da existência civil dos moradores, das roupas e feições apresentáveis. Era como se todos estivessem nus, mas a fazer de conta que não estavam. Havia os meninos  do sapateiro cotó, que mais pobres saíam nus para a rua, descalços, porque afinal eram filhos do cotó. Ainda assim, nus como índios, não perpetravam a desgraça descortinada por dona Maria num certo sábado, ao evitar o sexo precoce entre crianças.

Mas a desgraça, para dona Maria, era outra desgraça. Quando ela contou para a sua melhor amiga ter evitado aquilo, ela se referia à desgraça moral, não tanto a uma penetração sexual na infância, mas pelo que ficaria por toda a vida na menina Ritinha. Era um ato além do dilaceramento físico. À distância, ele considerava que ela parecia adivinhar a curta vida, quando dirigia as forças para os valores de coragem, decência e da mais rasgada generosidade. Gente assim, pensaria muitos anos depois, tem um encontro com a eternidade do ser, mesmo quando vem, age e some rápido. 

A sua eternidade é um rastro de atos duradouros, ainda que guardados em passos íntimos. Se fosse compará-la a uma imagem mecânica, seria como uma ampulheta que virasse todo o conteúdo de uma vez, deixando uma permanência na retina infinda. Mas não é mecânico. Seria como o compositor Mozart, diria, 53 anos depois. Com esse Mozart, ele queria dizer para si mesmo que era um homem culto, que extrai conceitos das informações do mundo, que não era mais um menino do beco. E nesse movimento de vergonha se escondia no conceito. Mas o essencial era antes, o essencial era o primário das ações de dona Maria, atos jamais vistos pelos moradores do beco, que ele sentia e sentiria muitos anos depois.

Para os vizinhos, dona Maria era o que era, e com isso eles queriam dizer que ela era a sua pessoa física apenas, carnes, ossos e roupas. Deste modo e maneiras eles a viam: mulher – e aqui vai um gênero e universo de entendimento bárbaro -, gorda, baixinha, com um aspecto, ar, que não devia ser o da sua condição. Viam como um contrassenso absoluto que aquela pessoa, digo, aquela mulher gorda e baixa, não se desse conta da sua espécie de gente. Num tempo das divas glamurosas do cinema, num tempo de massacre da beleza anônima de subúrbio, dona Maria era, não passava de “uma albacora”. Cruas, essas palavras além da redução a um peixe, pois mulheres apenas se comiam e se tornar alimento era sua razão de ser, tal definição, difamação de Maria, amesquinhava-a numa coisa aquém do que entendiam o gênero feminino, pois era, além de mulher, gorda e baixinha, larga como as albacoras, que não eram uma dieta ideal aos comedores de carne bovina. Peixe gordo, congelado, a se comer apenas nas sextas-feiras santas, em sinal de penitência.

É curioso, no entanto, como as mulheres vizinhas possuíam de Maria outra visão. Elas a reconheciam como uma senhora decidida, solidária e resguardada de merecer piedade. Ela rejeitava, “me repugna”, como dizia, qualquer piedade para a sua condição. Mulher brava, de coragem e de raiva. Do gênero e da forma daqueles bravos a quem os fracos não temem, porque sabem que essa bravura se dirige somente contra o injusto mais forte. Lídia, a sua jovem comadre, dela falaria na lembrança em 2012: “Ela era uma mulher bonita, de rostinho redondo, com os olhos pequeninos, muito vivos. Para mim, era uma boneca índia”. 

E com os olhos rasos d’água se balançava na cadeira, como a lembrar em silêncio a injustiça que atravessa a vida de mulheres como Maria, uma injustiça que também era feita contra Lídia, depois de passar por fracassados casamentos. A feminilidade, nelas, para elas, era um sofrimento. O que nos homens era desejo, danação, para elas era um vexame, como um dia na Ponte Duarte Coelho em que Lídia recebeu um vento tão forte, na chuva, que a impediu de caminhar, porque a saia levantou e as coxas ficaram à mostra. “Dona Maria era muito bonita, com os olhos miúdos, negrinhos”, repete. E cala, e embarga a voz. “Vocês não querem sapoti? Tá fresquinho”, oferece.

Quando ele a escuta, dá uma bruta e brutal vontade de a abraçar, de lhe dizer “eu compreendo os seus sapotis, eu compreendo a sua dor, eu sei da sua infelicidade, eu sei do que você não se queixa, do que a magoa, eu sei, amiga de minha mãe”. E mais, amarga como uma proposta e uma promessa que é uma formulação de princípio: “Eu não vou calar o seu mundo”. Ele sabe, e não diz nem a si mesmo, que revê em Lídia aquela Maria que se foi tão pletórica, vermelha, no vigor e sangue farto na altura dos seus 30 anos. Ah, é da sua natureza a reencarnação, ah, é do seu gênero, gênese e ser de transmigração, como se o espírito quisesse um novo corpo para uma vida que não foi possível. Dói nele uma dorzinha doce e fina porque Lídia não é sua mãe, mas por ela será capaz de a ouvir e de lhe falar. 

Com a intensidade aguda de um violino em uma romanza, naquela, ele sabe, guardada em seu silêncio, naquela maldita e fina romanzanúmero 2 em fá maior. Porque tudo então lhe recorda a senhora gorda, albacora, albacora brava e bonita como uma bonequinha índia. Ele a veria reconstruída sempre como uma mulher toda e tão só ternura. Desde 1956, passando por 1957, 1958, os anos de sua terra de felicidade, ele a guardaria nos traços e feições. Uma guarda de modo inconsciente. Era um modo retrato, daqueles no porta-retratos, em que só aparecem definidas as linhas do rosto até o pescoço, o que era um modo geral dos porta-retratos, e ao mesmo tempo, em Maria, uma exclusão, pois lhe negavam a totalidade do corpo. Ele a veria, fortalecido na lembrança por aquele retrato, como o rosto da mulher brava que para ele era só suavidade.

Depois da sua morte em 1958, ele menino a reencontraria como naquele retrato em sonhos, antes que realidades mais duras tomassem o lugar daquela vida que não aceitava o seu fim. Se fosse escrever sobre ela agora, a pena, a caneta, ficaria torta em estado de refração, porque seria vista entre a água dos olhos. Um arrepio irreprimível tomaria conta do seu braço. Como havia podido amar aquela mulher por tantos séculos num buraco de silêncio? Que covardia maldita era aquela de negar se negando? Acaso não era ele apenas um filho daquela gorda e vasta generosidade?

Então Maria, subida pelas crenças de conforto da igreja católica, alimentada pela piedade de pessoas que não queriam ver um menino órfão, então ela estava em sua camisola quando partira pela última vez para a maternidade, mas sem a agonia que a fazia gritar “eu quero morrer com meu filho, eu quero morrer na minha casa”, e naquele desespero que ironia, ela chamava aquilo a minha casa. Então ela, com essa camisola purificada, como se fosse possível Maria sem sexo e sem dor, lhe aparecia no sonho erguida nas nuvens, bela, terna e calada, porque falava a sua imensa presença. E aqui, ele não sabia se a mãe, para o menino, assimilava qualidades da mãe de Jesus. Não sabia, porque à própria mãe de Deus, pouco tempo depois, na crise aguda de carinho e sexo numa adolescência precoce, num tormento sacrílego, atribuíra à mãe de Deus uma vulva, que confundia com boceta, e clamava, numa tortura, “boceta de Virgem Maria, boceta de Virgem Maria”. Então não era possível saber, logo depois daquela morte, se atribuía à Maria mãe de Jesus características da mãe que se fora, ou se trazia para a  sua mãe identificações obliteradas, vedadas à mãe de Jesus. 

Aquilo que, num pecado mortal e hediondo, para ele que então nem sabia dos verdadeiros pecados mortais dos homens, aquilo que era o mais baixo da abjeção para ele, a buscada boceta de Virgem Maria, ele não sabia nem adivinhava de longe que fosse a boceta da própria mãe, que vira tantas vezes no banho com ela, ambos nus debaixo do chuveiro. Mas ali, quando estvam sob a mesma água, a boceta não tinha esse lado de miserável heresia e pecado, porque ele estava ao lado da boceta molhada de sua única Maria, e não era possível saber que com ela possuía uma relação de feto e afeto. Seria duro para ele, na maturidade, escrever tal descoberta, porque mais que um pecado “não passarás!”, tal recordação o revolvia e lhe dava uma dor a ponto de paralisá-lo. Pois como e difícil voltar à inocência de menino!

Infância, lembrava com os olhos úmidos, fechados, com vontade de gritar: Infância, tu eras a liberdade! Agora, ao se procurar num longínquo passado ele parecia um menino que olhava por um buraco da fechadura ou espionasse por uma porta entreaberta. O menino que ele via pulava a infelicidade. Saltava acima, rejeitava todos os motivos de ser infeliz. Assim como todas as crianças, era de sua natureza pular os motivos de infelicidade. Dizendo melhor, para maior clareza, no próprio momento infeliz, no instante mesmo de desgraça, o menino não residia. Dos momentos mais trágicos ou cruéis ele retirava células de alegria. Como na distante hora do enterro de Maria, ele vestido com roupa contrabandeada, “slack”, e os vizinhos horrorizados com sua insensibilidade, porque o menino dizia, como se estivesse feliz: “Eu hoje vou andar de carro. Meu pai disse que eu vou pro cemitério num carro”. 

Isso foi dito já de tarde, na hora de seguir o caixão, onde estava o corpo amado da sua mãe, aquela Maria entre flores, aquela entre os cheiros nauseantes de flores, que passariam a lhe causar repugnância por toda a vida, como se flores fossem cúmplices da morte da sua mãe. Era já de tarde, ele saberia muito depois, enterraram-na antes que se cumprisse o rito das 24 horas, talvez pelo feto de nove meses que ela carregava no ventre, e essa razão prática, médica, legal, era de uma crueldade tamanha que ele e todos adultos esqueceram,  quiseram esquecer, e porque quiseram, esqueceram: o feto estava na barriguda, coberta de flores. Ocultavam-no como se oculta um dejeto – a vida de Maria -, assim mesmo, entre travessões. Tudo era tão primitivo. Tudo era tão bárbaro.

Como se podia viver sob grades tão rudes? As coisas todas conspiravam para a morte. Sem médico, sem alimento razoável, sem civilização. E no entanto, o menino mostrava um instante de felicidade, porque se grande é a desgraça do mundo, mais forte é o inconformismo com essa desgraça. Não seria, pensa 54 anos depois quando reencontra Lídia, não seria essa repulsa à desgraça onde estava o corpo, não seria uma fuga de loucura? Não seria uma fuga às avessas do pesadelo, ou dito melhor, uma saída do pesadelo para o sonho? Como se a desgraça real não passasse de um brevíssimo estágio para os campos de sol? Então ele se disse “é bom minha mãe morrer, eu vou andar de carro”, ele recordaria a frase assim, como uma lição clara da incompreensão das pessoas, pela censura que ouviu dos vizinhos, escandalizados: “Menino, tua mãe morreu!”. Mas aquela morte para ele então não era um réquiem. Era um instante feliz de andar de táxi. 

Era algo igual, ou pior, que ter direito a comer maçã, como ele comeu pela primeira vez, quando estava com febre e o corpo cheio de perebas. “Pereba”, ele recordava, porque ferida então era pereba, pênis era bilola, umbigo era imbigo, comer era o mesmo que bolo de feijão e farinha amassado e beijado pelas mãos de sua mãe. Sempre assim, a infância era os átomos, ou melhor, lhe dava vontade de sorrir, com aquele sorriso que aprendera, de sorrir para o ridículo da tragédia: a infância era subelétrons de felicidade. Algo assim como uma nuvem fugidia, ou, em momentos de crise, uma ausência de domínio em um corpo concreto em convulsão. Mas como nuvem não era indeterminada. Se o instante não era exato, tampouco era indeterminado.

Então lhe vinham os minutos do menino bonito que fora. Ah, partículas particularíssimas subatômicas. Grãos de pó que cresciam pela intensidade como se fossem bombardeio de nadas, porque eram invisíveis, mas estrelas poderosas fulgurantes no sentimento. Ah estrelas que são um sorriso, infinitésimos do íntimo que se guarda na gente, esses momentos passavam todos por Maria. Por que era assim? Nos anos de juventude clandestina, sob a leitura dos manuais simplificadores do marxismo, ele dizia que tal coisa era resultado do conflito subjetivo versus objetivo. 

Mas isso era apenas uma fórmula de apagar incompreensão, o que apagava também o entendimento. Pois a incompreensão não se resolve enquanto a gente não a encare. Esses momentos de beleza, que passavam pelo curto tempo em que estivera com Maria, eram uma felicidade que estava nela, nele e em seu breve encontro. E lhe chegavam duas ou três rosas para a memória seletiva. Uma para aquele dia em que desenhou do modo mais tosco e primitivo um avião, ou um projeto de infância para um avião, aproveitando o papel mais barato que havia na casa - uma casa, de resto, constituída de todas as coisas baratas -, um papel de cor de goiaba apagada, áspero e crespo que embrulhava pão. O lápis tentara alguma coisa semelhante a um avião, com duas asas sem perspectiva ligadas a um cilindro com nariz. 

Aquilo para dona Maria foi uma descoberta. O quê? então o filho era um artista. Então o seu filho era um desenhista, um pintor, e com tais revelações saiu a mostrar às vizinhas o rascunho do que poderia ser um avião. Com que júbilo a senhora gorda e baixinha exibia o fruto do seu fruto. As senhoras vizinhas, as mais piedosas, tentavam ser agradáveis no comentário “é um bom começo, não é?”. As mais sinceras, que nisso possuíam também a qualidade de ser “verdadeiras”, distinção que as pessoas do povo dão às grosseiras, apontavam a falta de rabo no avião, uma asa mais estreita e menor que a outra, o nariz pouco curvo, e diziam “ele tem que aprender a copiar”. A essas, para não ser igualmente grosseira como as comadres de Molière, que se diziam “verdades” em verdadeiros insultos, a essas dona Maria arrancava-lhes das mãos a obra do filho e passava para outra casinha, onde encontrasse admiradoras mais solidárias.

Tão calorosa, sanguínea ela era que, aos 30 anos de idade chorava de alegria, ou de raiva, ou de tristeza com freqüência. Ele jamais soube se aquilo não era também um sinal da sua curta vida, uma antecipação de sentimentos e emoções que fazem chorar com facilidade as pessoas de mais de 50 anos. Não sabia. As pessoas então, com seu português rude, diriam que aquilo em dona Maria era “instinto”, coisa intestina. E com isso queriam dizer alma, espírito, qualidades e fenômenos muito além das tripas. Mas ainda assim, com esse intestino, um nome precário cuja poesia remete a baço, fígado e demais vísceras, ainda assim elas queriam dizer algo que sendo íntimo também era intuição, um modo de ser que não se explica em razões concatenadas.  Então, por intestino e espírito, dona Maria chorava ao exibir calorosa o desenho do filho. Isso,que ele viu, a tomada de sua primitiva obra para divulgação entre as vizinhas, foi um momento permanente de felicidade. Isso veio de Maria, veio dele, veio do tempo e do papel de embrulho de pão. Isso era o resultado da dialética do subjetivo e objetivo, que ele repete em 1970, sem se dar conta que na pura vida estava, era o fenômeno, sem que desse tal explicação. A vida não era conceito. Ela sempre pulava, pula, no tempo de clandestinidade ele não podia adivinhar, a vida sempre pula do conceito, a vida é mais magnífica e surpreendente que o maior e melhor enquadramento dialético.

Se pudesse pintar dona Maria a carvão, a bico de pena de carvão, com um carvão pontiagudo, grosso e agudo, sem que apagasse a pintura adiante, pois não seria fácil apagá-la, diria:

“Acho que somente pude vê-la como a minha mãe depois da sua morte. Antes, ela era uma pessoa amiga, amiga mais velha, íntima, que havia me dado de mamar até os cinco anos. Sei que ela era de baixa estatura, sei porque outros disseram, sei que ela era bonita, sei porque restou dela uma foto, aquela última imagem que os pobres guardam para o retrato da sala. “A foto da falecida”, diziam ao apontá-la, e para mim, mesmo depois de tê-la visto no caixão, ela era “a falecida”. E no entanto era Maria, dona Maria, a minha mãe, de quem tive a felicidade de ser filho até os oito anos, mas a quem não dei a felicidade, ou pelo menos uma compensação, alguma coisa de arremedo de feliz, de fazê-la saber que eu fiz um desenho dela a carvão, depois de ela ter me falado no cemitério em 2011. Isso ela não soube, não pôde saber de experiência viva. Mas deve ter desconfiado pelo avião que um dia fiz, pelas letras a carvão garatujadas lá na frente do mercado público, pelos desenhos que eu fazia na areia do beco, copiados dos de Euclides, um soldado de polícia, débil, que sobrevivera a um AVC. Pois essa Maria, gorda, baixinha e bonita, era mulher de coragem, de sangue nas veias, como se dizia então, de sair com o filho de casa sem nada, por não suportar o mando arbitrário do marido.

Era mulher pobre e sem vergonha de ser pobre, que pelo exemplo ensinou a não ter vergonha de nossa condição”. E assim foi, nas primeiras páginas, o seu desenho a carvão de mulheres como uma certa Maria.
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*Do romance inédito O filho renegado de Deus.
O texto foi selecionado no Festival Internacional de Direitos Humanos, com o título de “Mulheres como uma certa Maria” e percorrerá 19 cidades latino-americanas em mostra.

O livro de Urariano Motta** publicado pela Boitempo, Soledad no Recife, já está à venda em versão eletrônica (ebook).
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Urariano Motta** é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Soledad no Recife (Boitempo, 2009) sobre a passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, e Os corações futuristas(Recife, Bagaço, 1997). Via http://redecastorphoto.blogspot.com.br.

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