quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

#NãoVaiTerGolpe: relator frustra oposição ao aprovar contas de Dilma rejeitadas pelo TCU

Segundo o senador Acir Gurgacz, além de Dilma, 14 governadores de estados também descumpriram as metas, entretanto, não é motivo para perda de mandato. "Causaria insegurança jurídica no país".
Segundo o senador Acir Gurgacz, além de Dilma, 14 governadores de estados também descumpriram as metas, entretanto, não é motivo para perda de mandato. “Causaria insegurança jurídica no país”; relatório rejeitado do Tribunal de Contas da União (TCU) era único argumento da oposição pelo impeachment da presidente da República; portanto, #NãoVaiTerGolpe.

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), relator das contas presidenciais de 2014, nesta terça-feira (22), rejeitou a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) e apresentou parecer pela aprovação das contas da presidente Dilma Rousseff (PT).
O relatório do parlamentar significa mais uma pá de cal na tentativa de golpe contra a presidente da República, haja vista ser o único argumento da oposição e golpistas para tirá-la do cargo via impeachment.
O senador Acir disse que as contas foram aprovadas com “ressalvas”, como em outros anos. Para Acir, os decretos assinados por Dilma e pelo vice-presidente Michel Temer não são ilegais, pois possuem previsão orçamentária.

“Tenho boa relação com a presidente Dilma e com a oposição. Não fizemos o relatório pensando na presidente e sim no país. Além disso, a rejeição de contas causa inelegibilidade e não perda de mandato, segundo a própria OAB. E o TCU é um órgão assessor, quem vota é a Comissão Mista de Orçamento e o Congresso. A prerrogativa é do Congresso”, explicou o relator.

Segundo o senador Acir Gurgacz, além de Dilma, 14 governadores de estados também descumpriram as metas, entretanto, não é motivo para perda de mandato. “Causaria insegurança jurídica no país”.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Prefeito é “cínico” e “debocha da consciência do povo”; “A árvore é uma beleza, mas o resto de Natal é uma tristeza” dizem vereadores

Vereador Fernando Lucena (PT).

Por trás da maquiagem...

O Portal AGORARN publicou matéria com pesadas criticas do vereador Fernando Lucena rebatendo as provocações do prefeito Carlos Eduardo feitas por meio do Twitter. O prefeito usou sua conta na rede social neste domingo (20) para provocar a oposição, escrevendo que a “árvore de Natal é um sucesso entre natalenses e turistas. Oposição caladinha. Natal agradece”.
“A árvore é uma beleza, agora o resto de Natal é uma tristeza. O prefeito Robin Hood tira dos pobres para dar aos ricos. Vá andar nas Salinas do Potengi, no Conjunto dos Garis, em Bom Pastor, lá a situação é uma tristeza”, rebateu Fernando Lucena.
O vereador voltou a criticar os gastos com decoração natalina (R$ 4,2 milhões) de 2015 e afirmou que o valor daria para iluminar toda a cidade com luz de led.
“Ninguém vai dizer que é feia não, a árvore é linda. Mas por que só naquele lugar? E o resto da cidade não merece não? É o prefeito dos ricos, só trabalha para os ricos”, acrescenta o vereador ao portal AgoraRN.
Vereador Sandro Pimentel (Psol)
(PSOL) respondeu às críticas afirmando que o prefeito debocha do povo natalense, além de utilizar o recurso público de forma mal aplicada.
“Você querer crer que a população aceita um gasto de quase R$ 5 milhões com decoração natalina é menosprezar a consciência e a inteligência do povo de Natal, porque R$ 4,2 milhões gastos com decoração, com mais R$ 700 mil que foi o conserto da do ano passado já se vão quase R$ 5 milhões. Então o prefeito é cínico ao ponto de debochar da consciência do povo e segue gastando o dinheiro público da forma como quer”, respondeu o vereador.
Sandro Pimentel fez menção ainda a uma promessa do prefeito em sua mensagem lida na Câmara em 2013. No documento, Carlos Eduardo dizia que iria plantar 200 mil árvores durante sua gestão.
“Não plantou nenhuma, e mais que isso, paga quase R$ 3 milhões para podar e arrancar árvores. Quer dizer, o prefeito moto-serra segue debochando do povo, aplicando mal os recursos e acha que árvore de Natal é prioridade”, disse o parlamentar do PSOL, acrescentando que “o prefeito está preocupado com pão e circo e esquece que faltam medicamentos nas unidades de saúde”.
O vereador também mencionou os atrasos nos repasses aos lares de idosos e o remanejamento de recursos da assistência social para os shows do “Natal em Natal”. Na semana passada o Diário Oficial do Município (DOM) publicou o remanejamento de R$ 2,2 milhões de diversas fontes para bancar os vários eventos de fim de ano. Desse valor, R$ 832,7 mil foram retirados do Fortalecimento do Fundo Municipal de Assistência Social (R$ 421 mil), do Serviço de Proteção Social Especial para Idosos (R$ 168 mil) e da Construção e Manutenção do Albergue Municipal (R$ 243,7 mil). Ou seja, a verbas antes destinadas a projetos voltados para a terceira idade, que agora pagará contas das festividades de final de ano na cidade.
“O prefeito esquece também que ele achou muito mais importante cortar dinheiro de idosos, albergues para arrancar árvores. Ele vai na contramão da realidade da necessidade das políticas públicas, infelizmente”.
Sandro finaliza fazendo referência a uma declaração feita pelo prefeito também no Twitter há alguns meses, quando ele afirmou que ama ver “Natal maquiada”, em resposta a críticas de oposicionistas que afirmavam que Carlos Eduardo só faz maquiagem na cidade.
“De fato ele prova com ações que pra ele a cidade estando maquiada é muito mais importante do que a estar consolidada com suas políticas públicas funcionando”, conclui.

Recomento a leitura. Fabíola e Léo depois do filme do motel.

O casal antes da tempestade

Por Nathalí Macedo via http://www.diariodocentrodomundo.com.br

Léo e Fabíola foram os dois protagonistas do último grande escândalo da internet. Como esquecer a cena deplorável da moça sendo arrancada pelos cabelos do carro, pelo próprio marido, enquanto outro homem filmava a cena e a insultava?
Para Fabíola, os mais lamentáveis adjetivos: vagabunda, puta, piranha, sem caráter. E para Léo, o homem que saiu com a mulher do amigo? Apenas o estigma de amigo ‘fura-olho’, pegador, aquele que não resiste ao “instinto masculino”. “Tanta piranha, Léo!” – foi o que se ouviu na voz off do vídeo – tanta piranha e você ‘pega’ logo a mulher do seu amigo?
Léo poderia ser visto saindo com muitas ‘piranhas’ de um motel, mesmo sendo casado. Mas não com Fabíola, porque ela sim deveria ter se dado ao respeito.
Após a exposição (certamente inesperada) na rede, Fabíola enfrenta uma depressão.
Não deve ser fácil ver milhões de pessoas julgando a sua vida íntima. Não deve ser fácil saber que quem te chama de vagabunda não vive o seu casamento, não enfrenta as suas dificuldades, não dorme com você todas as noites.
Assim como ela, muitas mulheres já tiveram a vida destruída pela exposição e julgamento machista na rede: quem esqueceu da menina de Veranópolis, que se suicidou após o vazamento de fotos íntimas no WhatsApp?
Não me surpreende. O mundo – especialmente o virtual – é cruel com as mulheres.
E enquanto Fabíolas e meninas de Veranópolis entram em depressão e se suicidam por não saberem lidar com a crueldade alheia, Léo se diverte em férias com a família. Sua esposa, também traída, não o agrediu; perdoou-o, decerto.
Afinal, homem é assim mesmo.
Léo também é adúltero, mas eu não vi um comentário sequer recriminando-o por ter traído sua esposa. Ela é que provavelmente não deu conta do recado. E homem insatisfeito em casa, procura na rua – nós é que devemos segurar os nossos homens com um bom sexo. Nós precisamos perdoar e nos calar – porque, como se diz, homem é artigo de luxo.
E quem nunca presenciou um casamento de merda? Quem nunca compreendeu, talvez sentindo na pele, que divorciar-se não é tão fácil quando o mundo inteiro te convence de que você precisa de um homem?
Precisamos ter sensibilidade e uma boa dose de empatia para perceber que a vida conjugal alheia – que não nos diz respeito, ressalte-se – não é tão simples quanto escrever um insulto na internet. Que as opressões são intermináveis. Que muitos homens convencem as suas esposas, silenciosa e meticulosamente, de que elas precisam deles. De que nenhum outro homem as aceitará – porque estão velhas, porque têm filhos, porque são problemáticas. Muitas mulheres acreditam cegamente que um casamento fracassado é tudo que lhes resta – porque qualquer coisa é melhor que ficar sozinha.
Por que Fabíola não se divorciou antes de trair? Eu não sei.
Mas, já tendo presenciado mulheres tentando livrar seus maridos violentos da cadeia – presos em decorrência da Lei Maria da Penha, por exemplo – porque eles eram os provedores, financeiros ou psicológicos, da família, eu consigo imaginar.
Tendo visto mulheres lindas – e mais próximas a mim do que você, leitor, pode imaginar – se submetendo a traições, insultos e humilhações porque “não conseguiriam outro casamento” ou “não querem que seus filhos cresçam sem pai”, sim, eu posso imaginar.
A sociedade patriarcalista cultiva em cada uma de nós uma carência oportuna, necessária para que continuemos nos calando, nos contentando com o lugar que nos foi imposto. É preciso muita ousadia para afirmar-se enquanto mulher divorciada e autossuficiente sem ser vista como “coitada”. É preciso muito amor próprio – aquele mesmo amor próprio que a sociedade nos tira – para não aceitar um relacionamento opressor.
Fique à vontade para me acusar de vitimista e “defensora de vagabundas”.
Mas antes, pergunte-se: E Léo? Por que não divorciou antes de trair?

FOREIGN AFFAIRS: BOLSA FAMÍLIA É REVOLUCIONÁRIO

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Mais respeitada publicação sobre relações internacionais, revista norte-americana define o programa Bolsa Família como “um esforço de combate à pobreza revolucionário em seu tamanho, ambição e desenho”; o artigo 'A Importante Descoberta Brasileira Antipobreza – O Sucesso Surpreendente do Bolsa Família' reconhece a iniciativa como exemplo a ser seguido por outros países: “Há não muito tempo, a ideia de que o Brasil pudesse ter algo a ensinar ao mundo sobre redução da desigualdade poderia soar como uma piada”, afirma o editor Jonathan Tepperman; “O Bolsa Família foi a primeira vez que um presidente brasileiro [Lula] realmente colocou o combate à pobreza e à desigualdade no centro da sua agenda (no mínimo mais que na retórica)”.

247 - O Bolsa Família conquistou um importante reconhecimento internacional na edição de Janeiro e Fevereiro de 2016 da Foreing Affairs, mais respeitada publicação sobre relações internacionais.

No artigo “A Importante Descoberta Brasileira Antipobreza – O Sucesso Surpreendente do Bolsa Família », a revista norte-americana define o programa como “um esforço de combate à pobreza revolucionário em seu tamanho, ambição e desenho” e reconhece a iniciativa como exemplo a ser seguido por outros países:
“Há não muito tempo, a ideia de que o Brasil pudesse ter algo a ensinar ao mundo sobre redução da desigualdade poderia soar como uma piada”, afirma o editor Jonathan Tepperman. “O Bolsa Família foi a primeira vez que um presidente brasileiro [Lula] realmente colocou o combate à pobreza e à desigualdade no centro da sua agenda (no mínimo mais que na retórica)”, acrescenta.
A reportagem destaca ainda o impacto da transferência de renda em momentos de crise. “O Bolsa Família também provou ser um importante colchão de garantia de direitos quando o crescimento do país desacelerou nos últimos anos. A economia do país pode estar sofrendo hoje, mas graças à proteção garantida pelo Bolsa Família, a população não sofre da mesma forma que sofreu em crises anteriores.”
Ressalta também que a melhor prova do sucesso do programa é o fato de que, desde sua criação, 63 nações já vieram ao país para conhecê-lo.
“Poucos estudos acadêmicos (que posteriormente seriam confirmados por diversas outras pesquisas) começavam a confirmar o que Lula, que desdenhava os estudiosos, já sabia: as pessoas que melhor sabiam o que os pobres realmente necessitavam eram os próprios pobres. Quando tinham uma oportunidade, as famílias mais pobres não as desperdiçavam. E a maioria gastou o dinheiro racionalmente – especialmente quando o dinheiro era pago às mães, não aos pais, como é no Bolsa Família”, conclui. 

O MELHOR CAMINHO É O VOTO. A população não vê, em tucanos e no PMDB, alternativas positivas para substituir Dilma

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Por Hélio Doyle é jornalista, foi professor da Universidade de Brasília e secretário da Casa Civil do governo do Distrito Federal.

Partidos de centro-direita, e no governo, foram os mais votados nas eleições parlamentares em Portugal e na Espanha. Não conseguiram maioria de cadeiras, nem tiveram mais votos do que os somados pelos partidos de oposição, e por isso é uma coalizão de esquerda que governa em Portugal, e não se sabe ainda como se formará, na Espanha, uma maioria que possibilite a governabilidade. Pode ser pela direita, pode ser pela esquerda.

Na Argentina, a coalizão de centro-direita ganhou as eleições presidenciais. Por menos de 3% dos votos, mas ganhou, e os peronistas de Cristina Kirchner tiveram, depois de 12 anos no poder, de ceder a Casa Rosada a Maurício Macri. Mas no Congresso Macri precisa negociar para ter maioria.

Há pouco tempo, no Canadá, o Partido Liberal fez maioria absoluta na Câmara e acabou com nove anos de governo conservador. Houve também eleições parlamentares na Venezuela. O governo perdeu a ampla maioria que tinha no parlamento para a oposição, que a partir de janeiro terá condições de interferir na administração do país.

Nesses cinco países, os governistas foram derrotados. Houve troca de comando em Portugal, na Argentina e no Canadá e não se sabe ainda como ficará o governo na Espanha, onde as alianças são mais difíceis por conta do fim do tradicional bipartidarismo. O governo venezuelano não mudou, mas ver uma maioria oposicionista no parlamento foi uma pesada derrota para quem é situação desde 2002.  

Todos esses países passam, há anos, por graves crises econômicas e financeiras, que, como é natural, provocam alto nível de insatisfação na população. Isso explica grande parte dos resultados eleitorais. Seus governos se desgastaram e sofreram as consequências nas urnas.

Eleições periódicas, em países com parlamentarismo ou presidencialismo, são a melhor alternativa para que a população se manifeste e mantenha ou substitua seus governos. Ou mesmo crie uma situação de equilíbrio entre Executivo e Legislativo. Pode acontecer como em Portugal e Espanha, com uma vitória que não garante automaticamente o exercício do governo. Pode ser por pequena diferença, como na Argentina. Pode ser uma vitória estrondosa, como no Canadá, ou politicamente relevante, como na Venezuela.

A oposição no Brasil deveria refletir sobre isso. A frustração dos tucanos e de seus aliados com a derrota em 2014, por pequena margem, levou a oposição a apostar na derrubada do governo legitimamente eleito. Os oposicionistas avaliaram que as condições objetivas e subjetivas estavam dadas, sendo o afastamento de Dilma do poder apenas questão de tempo. Denúncias de corrupção, crise econômica, falta de base parlamentar, enfim, todos os ingredientes negativos se somariam à insatisfação da população, em nível maior do que o eleitorado que votou em Aécio Neves – a maior parcela do qual não por apoiá-lo, mas para se opor a Dilma e ao PT.

As opções estratégicas foram colocadas pela oposição: impeachment, condenação pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior Eleitoral ou a renúncia da presidente. Tucanos e aliados, incluindo os do PMDB, tinham alternativas diferenciadas para ocupar o poder: a assunção de Michel Temer ou novas eleições. Acossada pela estratégia adversária de não a deixar governar e sabotar todas as tentativas de combater a crise econômica, Dilma se imobilizou, não sabendo reagir à altura e cometendo erros que pioraram sua situação.

Agora está na hora de a oposição cair na realidade. Está muito difícil conseguir o impeachment, não é provável uma condenação judicial e Dilma não dá mostra nenhuma de que possa renunciar. A população, ainda que reprovando e rejeitando o governo, está saturada da política e da politicagem e não vê, em tucanos e no PMDB, alternativas positivas para substituir Dilma.


O vice-presidente Michel Temer e seus colegas do PMDB, os tucanos de Aécio, Alckmin e Serra e seus aliados menores do DEM, do PPS e do Solidariedade têm um caminho melhor do que insistir na derrubada do governo por um golpe paraguaio: é se preparar para as eleições de 2016 e, principalmente, de 2018. Aí sim, com legitimidade, poderão derrotar o governo e ocupar o Palácio do Planalto. No voto.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

TEMER QUER A PRESIDÊNCIA, MAS PODE FICAR SEM O PMDB

 Marcelo Camargo/Agência Brasil:
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), articula o apoio de dirigentes regionais do partido para tirar o vice-presidente da República, Michel Temer, da presidência nacional da legenda, cargo que ocupa desde 2005; presidente do diretório de Alagoas, Renan acredita que com o apoio do Rio ao governo Dilma, conseguirá derrubar o vice; ele já teria ao seu lado os Estados do Ceará, Paraná, Piauí, Amazonas e Pará, além do Rio; presidente do Congresso tem sido um forte aliado da presidente no Congresso.

247 – O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), tem um plano para tirar o vice-presidente da República, Michel Temer, do comando do PMDB, onde está desde 2005.
Renan, que vem sendo um forte aliado da presidente Dilma Rousseff, articula o apoio de dirigentes regionais do partido com esse objetivo. Renan acredita que com o apoio do Rio ao governo Dilma, centro do movimento anti-impeachment, conseguirá derrubar o vice.
Segundo reportagem de Daniela Lima, da Folha, o senador, que preside o diretório de Alagoas do partido, já teria conseguido o apoio de Ceará, Paraná, Piauí, Amazonas e Pará, além do Rio.
O vice já teria iniciado uma operação para revidar e tentar evitar o aprofundamento do racha que pode culminar em sua saída da direção da sigla. Ele se reuniu com alguns nomes importantes da legenda no Rio na noite deste domingo 20.
Participaram do encontro, na casa de Temer, em São Paulo, o ex-governador Sérgio Cabral, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital Eduardo Paes. O ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, também estava presente

Nota de Repudio da Secretaria Estadual das Mulheres do RN


Secretaria Estadual das Mulheres do RN - Teresa Freira. Foto Google.


A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres do RN manifesta, publicamente, indignação e repúdio ao espancamento e o estupro de duas adolescentes, uma de 15 e outra de 16 anos, na noite deste domingo (20) em Caicó.


A SPM-RN irá acompanhar o trabalho da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Estado na investigação desses crimes. Ressaltamos que qualquer ato de violência doméstica, sexista, moral, patrimonial, sexual e psicológica, deve ser rigorosamente investigado e punido.

Nesse sentido, a SPM-RN está empenhada na consolidação de uma política de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher, com o fortalecimento da rede de atendimento a mulher vítima de violência e a constituição de Câmaras Técnicas e Fóruns Municipais de enfrentamento a violência, com o objetivo de melhorar a assistência a essas mulheres.

#SenadoraFátimaBezerraEmAção O dia do Fica Dilma

 Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil:
O dia 16 de dezembro de 2015 entrará para a história do nosso país como o dia em que milhares de brasileiras e brasileiros, do Oiapoque ao Chuí, foram às ruas defender a democracia, o afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados e mudanças na política econômica.
Foi um verdadeiro tsunami multicolorido ocupando as praças e avenidas do nosso país, afirmando que o pedido de impeachment da presidenta Dilma não tem nenhuma base legal, que impeachment sem base legal é golpe, que o presidente da Câmara dos Deputados não tem moral nem legitimidade para liderar o impedimento da presidenta da República, que não vai ter golpe sem resistência e luta popular.
Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos marcharam juntos, materializando um grande pacto intergeracional em defesa da soberania nacional e popular, do respeito ao mandato conferido pelo voto popular à presidenta Dilma nas eleições de 2014. O povo brasileiro disse em alto e bom som que a saída para a crise não é uma ruptura democrática, não é o retorno ao passado neoliberal, não é a privataria tucana.
Operários, camponeses, professores, estudantes, lideranças religiosas, juristas, intelectuais, artistas e diversos outros segmentos da sociedade brasileira conformaram uma grande aliança contra o obscurantismo e o golpismo, em defesa de mais democracia e de mais conquistas sociais para a maioria do povo brasileiro. Mais uma vez a esperança venceu o medo, o ódio de classe e a manipulação midiática. Mais uma vez a sociedade brasileira demonstrou maturidade e sabedoria política, destacando suas críticas ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, mas deixando claro que não aceitará nenhum golpe patrocinado pelas forças que governaram o Brasil durante a década de 90 como quem gerencia uma empresa privada para obtenção de lucro.
Na capital do Rio Grande do Norte testemunhamos uma grande manifestação em defesa da democracia. Relembrando as manifestações populares realizadas no segundo turno das eleições presidenciais, mais de 10 mil potiguares ocuparam um sentido da Av. Salgado Filho, com o apoio do policiamento de trânsito, e caminharam do IFRN à Praça da Árvore em Mirassol. Não foi exatamente uma caminhada, foi uma grande festa popular, marcada por muita música, dança, poesia, alegria e, sobretudo, por muita esperança.
Se é verdade que a luta ainda não acabou, também é verdade que valeu o sonho e valeu a luta. Um dia após o povo ocupar as ruas em defesa da democracia, o Supremo Tribunal Federal, em decisão histórica, deslegitimou o rito do processo de impeachment estabelecido pelo ainda presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anulando os atos posteriores ao recebimento do pedido, como a formação de chapa avulsa para composição da comissão especial que analisará o pedido de impeachment e o voto secreto para eleição dos membros dessa comissão. O STF definiu que a indicação dos membros para a comissão especial deve respeitar a indicação dos partidos e/ou blocos partidários e que o voto deve ser aberto, não fechado, para que haja a devida transparência.
Outra decisão importante do STF diz respeito ao papel do Senado Federal no julgamento do processo. O STF julgou que a presidenta da República não poderá ser temporariamente afastada do cargo por decisão unilateral da Câmara dos Deputados, que o Senado também deve emitir seu parecer e julgar a procedência do pedido de impeachment, em respeito ao compartilhamento do poder no sistema bicameral.
No mesmo dia em que o povo foi às ruas defender a soberania do voto popular e o mandato da presidenta Dilma, a Procuradoria Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal o pedido de afastamento cautelar de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e do cargo de deputado federal, destacando que o parlamentar utiliza o cargo para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos, com o nítido objetivo de obstruir as investigações contra si. O pedido de afastamento se deu um dia após a Polícia Federal cumprir mandato de busca e apreensão em residências e escritório de Cunha, arregimentando mais provas contra o parlamentar.
Mas não podemos nos acomodar, pois Eduardo Cunha é apenas um agente do consórcio de golpistas que querem derrubar a presidenta Dilma e retomar o comando do país, para assim continuar a privatização do Brasil. Consórcio formado por partidos conservadores (PSDB, DEM, PPS e Solidariedade) e célebres oportunistas, a exemplo de Aécio Neves, José Serra, José Agripino, Ronaldo Caiado e Aloysio Nunes. Interesses estratégicos estão em disputa, como o petróleo do pré-sal, a água potável e a biodiversidade brasileira.
A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo estão de parabéns por inscrever o dia 16 de dezembro de 2015 definitivamente em nossa história como o Dia do Fica, o dia do Fica Dilma e do Fora Cunha, o dia da unidade em defesa da democracia e contra o golpismo.

Desejo a cada família potiguar e a cada família brasileira um fim de ano recheado de encontros e reencontros, de muito carinho e alegria. O ano novo vem aí e exigirá de nós muita disposição para lutar. Hoje estou cada vez mais convicta de que derrotaremos as forças do atraso e criaremos as condições políticas para retomar o desenvolvimento econômico com distribuição de renda e sustentabilidade, ao lado da presidenta Dilma, pois sei que somos milhares de corações valentes dispostos a lutar pela democracia e pela soberania nacional. 

PERDOADO PELO PAPA, PADRE CÍCERO ATRAI 100 MIL FIÉIS A JUAZEIRO

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O perdão do Vaticano a Padre Cícero Romão Batista levou 100 mil romeiros a Juazeiro do Norte (CE), neste fim de semana; foi a abertura da romaria de Natal; até o governador do Estado, Camila Santana (PT), foi para o ato no domingo (20); a Diocese de Crato já prepara um pedido de beatificação de Padre Cícero; Camilo Santana está empenhado na beatificação.

247 - O perdão do Vaticano a Padre Cícero Romão Batista levou 100 mil romeiros a Juazeiro do Norte (CE), neste fim de semana. Foi a abertura da romaria de Natal. Até o governador do Estado, Camila Santana (PT), foi para a romaria no domingo (20). No cortejo do sábado, mais de 200 veículos percorreram 45 quilômetros pelas ruas de Juazeiro até o Horto da Colina, onde está a estátua de Padre Cícero. Normalmente, cerca de 20 mil fieis visitam a cidade a cada fim de semana.
Neste domingo, outra missa do perdão do Vaticano a Padre Cicero foi celebrada pelo bispo de Crato, dom Fernando Panico. Os direitos sacerdotais de Padre Cícero são aguardados pelos nordestinos que o consideram um santo.
A Diocese de Crato já prepara um pedido de beatificação de Padre Cícero. Para tanto reune "milagres" atribuídos a ele pelos fiéis. O governador
Camilo Santana está empenhado na beatificação.

Vejam denuncia de como age/agia a turma de Temer/Cunha, Gedel, Henrique Alves

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu indícios de que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), recebeu R$ 5 milhões do dono da OAS, José Adelmário Pinheiro, o Leo Pinheiro, um dos empreiteiros condenados em decorrência do escândalo da Petrobras.
A informação sobre o suposto pagamento a Temer está em uma das manifestações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que fundamentou as buscas da Operação Catilinárias, deflagrada na última terça-feira (15).
A menção ao pagamento está em uma troca de mensagens entre Pinheiro e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em que o deputado reclama que o empreiteiro pagou a Temer e deixou "inadvertidamente adiado" o repasse a outros líderes peemedebistas.
"Eduardo Cunha cobrou Leo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de R$ 5 milhões, tendo adiado os compromissos com a 'turma'", afirmou Janot, conforme a reprodução feita no documento assinado por Teori.
Na sequência da troca de mensagens, via Whatsapp, Pinheiro pediu a Cunha "cuidado com a análise para não mostrar a quantidade de pagamentos dos amigos".
A conversa estava armazenada no celular do dono da OAS, apreendido em 2014.
Em resposta à Folha, o vice-presidente enviou extrato de cinco doações da OAS ao PMDB declaradas à Justiça Eleitoral entre maio e setembro de 2014, totalizando valor semelhante ao citado por Pinheiro, ou R$ 5,2 milhões (leia abaixo).
A troca de mensagens entre Cunha e o empreiteiro, contudo, indica que os R$ 5 milhões foram repassados de uma só vez.
As circunstâncias do pagamento –se foi doação oficial ao partido, caixa dois ou propina –e a data da troca de mensagens são mantidas em segredo pela PGR.
No documento que está nos autos da Cantilinárias, que corre em segredo de Justiça, Cunha é descrito como uma espécie de despachante dos interesses da OAS junto ao governo federal, a bancos estatais e a fundos de pensão, mantendo uma relação estreita com Pinheiro, à época o principal executivo da empreiteira.
O documento não diz expressamente que o suposto pagamento de R$ 5 milhões a Temer era propina, mas a menção ao vice-presidente aparece em um contexto geral de pagamento de suborno a peemedebistas.
Em trecho adiante, quando menciona uma operação financeira de compra de títulos lançados pela OAS por bancos públicos, a Procuradoria aponta ingerência de Cunha para favorecer a empreiteira, "mediante o pagamento de vantagem indevida aos responsáveis pelas indicações políticas, inclusive mediante doações oficiais".
A Folha apurou que membros da PGR consideram suspeita a citação aos R$ 5 milhões por Cunha e avaliam haver indícios de ser propina.
'A TURMA'
A Catilinárias atingiu a cúpula do PMDB nesta semana com policiais federais fazendo buscas nas casas de Cunha e de aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), entre outros.
Na interpretação do procurador-geral da República, a "turma" mencionada por Cunha incluía alguns expoentes do PMDB da Câmara, como Henrique Alves, que já presidiu a Casa e hoje é ministro, e o ex-deputado e ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA).
Geddel foi derrotado na disputa baiana para o Senado em 2014. Foi substituído na Câmara por seu irmão Lúcio Vieira Lima –hoje, um dos mais próximos aliados de Temer e um dos vetores da bancada peemedebista favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.
Alves, ministro do Turismo, também foi alvo das buscas da Polícia Federal na última terça (15).
Preso preventivamente em 2014, Pinheiro foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão em primeira instância, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Cabe ainda recurso à decisão judicial.
OUTRO LADO
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), negou nesta sexta-feira (18) ter se beneficiado com o recebimento de qualquer recurso de origem ilícita.
Segundo sua assessoria de imprensa, o diretório nacional do PMDB recebeu, em 2014, um montante total de R$ 5,2 milhões da construtora OAS.
O valor é parecido ao citado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e reproduzido pelo ministro do Supremo Teori Zavascki na manifestação que embasou a Operação Catilinárias.
A assessoria do vice-presidente destacou que o montante foi declarado nas prestações de contas do partido enviadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e não houve nenhuma ilegalidade na operação.
"Não há nenhum problema em relação a isso e tudo ocorreu com absoluta transparência", diz a assessoria de imprensa.
As doações foram feitas em cinco parcelas pagas entre os meses de maio e setembro de 2014, conforme documento enviado pela assessoria do vice-presidente.
Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não quis se manifestar. A Folha não conseguiu falar com os advogados dele.
A defesa de Leo Pinheiro também não quis fazer comentários.
Questionado sobre a referência a seu nome como parte da "turma" do PMDB para a qual teriam sido cobrados pagamentos de Leo Pinheiro, o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) se limitou a dizer que "a OAS foi uma das colaboradoras oficiais da campanha do PMDB em 2014".
Outro citado, o ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima disse que nunca precisou de Eduardo Cunha "ou quem quer que fosse" para intermediar doações de campanha" para ele.
"Sempre mantive relação com o empresariado baiano. O Leo Pinheiro, como o Marcelo Odebrecht, são meus amigos. Não ia precisar de intermediário", disse Geddel, que disputou o Senado pela Bahia em 2014.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) se recusou a fazer comentários sobre as mensagens que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) trocou com Pinheiro.
A procuradoria também não respondeu se abriu ou não inquérito contra Michel Temer em razão da citação de seu nome na conversa entre o empreiteiro e o presidente da Câmara.
A assessoria de Janot afirma que ele não vai se manifestar porque os autos da Operação Catilinárias correm em segredo de Justiça. Via http://vereadorjoaocabralpt.blogspot.com.br/

Fernando Mineiro: “Minha candidatura não é condicionada ao PSD”

O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) ainda aguarda o apoio do governador Robinson Faria (PSD) à sua candidatura a prefeito de Natal, em 2016. A aliança era dada como certa após o apoio entre os respectivos partidos no pleito estadual de 2014 ainda não foi garantida pelo governador, que declara esperar um quadro melhor definido, embora elogie a atuação do líder do seu governo na Assembleia Legislativa. Por outro lado, Robinson já anunciou apoio à reeleição do prefeito de Mossoró, José Silveira Júnior (PSD). Apesar disso, Mineiro diz que a disposição do seu nome a prefeito da capital independe da posição   que o governador vier a tomar.  

“Minha candidatura não é condicionada à decisão do PSD, até porque quando nós apoiamos o governador não fizemos nenhuma exigência. Não faço política dessa maneira. E eu tive um papel, modéstia à parte, muito decisivo na formação do acordo do PT com o partido do governador”, afirma o pré-candidato.

Fernando Mineiro considera que a decisão favorável do PSD ao seu nome na disputa ao pleito municipal seria importante politicamente, mas avalia que o processo de formação de alianças está paralisado por motivos como a indefinição política em nível nacional, além das mudanças de regras eleitorais, com o adiamento dos prazos de filiação. “É óbvio que nos orgulhará muito ter o apoio do governador e do PSD, mas é uma decisão deles. Independente do apoio, vamos apresentar a candidatura e debater a cidade. Claro que teremos o maior prazer e é importante, politicamente, ter o apoio dele (governador)”, pontua.

Mineiro ainda reforça que a relação do PT com o governo não foi abalada pela saída do grupo da senadora Fátima Bezerra (PT) da gestão, ao contrário do que fora especulado. “É preciso fazer justiça: a senadora Fátima nunca propôs rompimento com o governo”, salienta.

Terceiro colocado na disputa pelo Executivo municipal em 2012, o deputado argumenta que cada pleito é diferente e o eleitorado de Natal já é outro daquel de há  3 anos. Aponta que o eleitor está mais atento, mais politizado, e que os resultados dependem das  circunstâncias atuais. Reconhece que o PT enfrenta uma crise, mas acredita que ele vai se renovar.

Para o pré-candidato, sua possível gestão se baseará no diálogo, especialmente na área de mobilidade e no desenvolvimento urbano e econômico da cidade. “Precisamos pensar a cidade de uma maneira articulada com a Grande Natal. Pensar que o que acontece aqui, acontece nas outras cidades, nas suas vizinhanças, e é preciso sentar com os outros. A (atual) administração é muito isolada. Isolada da sociedade porque não dialoga com nenhum setor”, critica. “Quais são as notícias de diálogo, quer seja com o setor empresarial, seja com os trabalhadores, com os vários setores da sociedade, com a juventude e as mulheres?” questiona em seguida. Ele argumenta que a capital potiguar é uma cidade “parada no tempo”, em termos administrativo e de visão de urbe. “Nós vamos ter uma cidade para as pessoas e não para o contentamento do gestor que acha que é legal fazer maquiagem”, reforça.


Questionado em que diverge o seu do discurso do pré-candidato do PSOL, Robério Paulino, que em entrevista ao NOVO, há duas semanas, também defendeu diálogo da gestão com a população, Mineiro declara: “Eu falo por mim. Acho que a diferença não é a questão de discurso. É discurso e prática. Eu não tenho, por princípio, ficar julgando e avaliando o que me diferencia de outro. Assumo posições claramente e acho que é isso que tem que nos nortear. Cada um tem um jeito de fazer política”. 

Mineiro defende a descriminalização da política e avalia que ela é a melhor maneira de debater os problemas e soluções para a cidade. “Nem todo político é igual, porque nem todo eleitor é igual. É uma coisa meio óbvia. Tem uma onda de criminalização da política e a gente precisa entender que para enfrentar as crises e o desânimo, só há uma receita: mais e mais política, não negá-la”, conclui.

PT é maior que erros dos filiados, defende deputado
Envolvido em escândalos nacionais, no meio de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e com baixa aprovação popular, o Partido dos Trabalhadores enfrenta uma crise, reconhece o pré-candidato Fernando Mineiro. Ainda assim, ele avalia que a situação não desestabiliza a candidatura do partido ao executivo municipal da capital potiguar.

“O PT realmente vive uma crise, suas dificuldades, afinal de contas é um partido que está no governo há quatro mandatos presidenciais. Isso tem impacto na vida do partido. Mas o PT é um partido que se rejuvenesce, tem muitos jovens - o que mais teve filiações no Brasil - e tem essa capacidade de se reposicionar. Tenho certeza disso”, assegura. 

O deputado ainda destaca que, em média, 85% das pessoas não votam em uma pessoa por causa do seu partido, mas pela história do candidato e pelas suas propostas para a cidade.

Mineiro argumenta que o partido é maior que os erros de seus filiados e filiadas e diz que, muitas vezes, vê pessoas “de fora” falarem do PT “como se entendessem mais do partido do que quem está dentro”. “Acho que o partido tem seus problemas e dificuldades, mas o PT é muito maior do que qualquer dificuldade e erro dos seus filiados e filiadas”, pondera. 

Não dá para confundir instituição com indivíduos”, frisa o parlamentar, fundador e integrante do partido há 35 anos. Ele afirma que a legenda já se reuniu para formar uma chapa com vários nomes também para o legislativo municipal, com homens  e mulheres “representantes de vários segmentos”. 

Propostas
O pré-candidato do PT vai discutir ações de mobilidade urbana para além da pintura de “uma faixa azul no asfalto”. Para ele, a Prefeitura precisa pensar de forma mais articulada o sistema de transporte, incorporar ciclovias e pensar com outros modais de transporte como o BRT. “Precisamos discutir a questão da Grande Natal, chamar os prefeitos, por exemplo, de Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo, São José de Mipibu, Extremoz, as cidades mais próximas, fazer uma mesa de discussão para resolver os problemas de mobilidade conjuntamente. Natal não vai conseguir fazer isso sozinha”, salienta. 

Quanto ao desenvolvimento econômico, avalia que a capital potiguar, conhecida mundialmente pelo turismo, não conta com uma política específica sobre o assunto. “Não há articulação com a cultura, com a produção artesanal. Não tem um projeto para o turismo na cidade. É um destino que é vendido no mundo todo, mas é vendido pelas ações muito mais do estado e do setor privado do que da administração (municipal), que não tem uma atuação proativa”, critica.

Ele sugere ainda que Natal precisa de uma política de compras governamentais para micros, pequenos e médios empresários. Também defende reformas na saúde municipal, na educação e nas políticas para a juventude. 


Gestão de Carlos Eduardo
Fernando Mineiro faz oposição ao prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e afirma que considera sua forma de administração “tradicional”. “Segue uma cartilha que foi inaugurada em nossa cidade no início dos anos 1990, pela ex-prefeita Wilma (de Faria), que aliás é a vice dele. Basicamente é o mesmo grupo que está aí há décadas. Wilma foi prefeita por três mandatos, Carlos Eduardo foi vice da Wilma, hoje ela é vice dele”, lembra. 

O pré-candidato ainda afirmou que o prefeito se preocupa apenas em pintar meio-fio e enfeitar a cidade em áreas nobres, enquanto “esquece” bairros populares da capital, como é o caso do Alecrim. “É o maior centro comercial da cidade, talvez do Brasil (proporcionalmente) e é um abandono total. Não faz sentido ter um centro comercial tão forte e importante abandonado. Abandonado por quê? Porque ali é aonde vai o povo, os setores populares. Não há o mínimo de respeito com essas pessoas. É uma administração que se contenta com a mesmice e blindada por boa parte da mídia”, acusa.


Impeachment
O processo de impeachment aberto pela Câmara dos Deputados é avaliado por Fernando Mineiro como “tentativa de ganhar as eleições no tapetão”. Para ele, apesar de estar previsto na Constituição Federal, é preciso discutir se esse pedido especificamente tem base jurídica. “Eu acho que não tem nenhuma”, diz. 

A crise econômica, acredita Mineiro, deriva da crise política, estar gerada pela não-aceitação do resultado das eleições do ano passado. Ele considera que a crise, portanto, é artificial.  

“As saídas das crises econômicas são decorrentes de saídas políticas. Como a gente tem uma instabilidade no Brasil, uma disputa muito acirrada que tem a ver com a não-aceitação da vitória do ano passado, todas as possibilidades de saída da crise econômica esbarram na artificalização da crise política”, avalia. “Você tem uma crise política artificial com overdose de denuncismo, de tentativa de emparedar o governo, inviabilizar as saídas. Faz parte da disputa. Quem conhece a história do Brasil vê que isso já aconteceu em outros tempos. Estamos no meio de uma guerra, mas faz parte”, conclui. Via Novo Jornal.

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