O triste mundo de Gabriel
Homem que tem problemas mentais e vive num canteiro da Roberto Freire é exemplo do drama dos moradores de rua.
Luan Xavier // luanxavier.rn@dabr.com.br especial para o Diário de Natal
Hoje o Diário de Natal irá contar a história de pessoas que vivem em situação de rua sob dois aspectos diferentes: a visão deles e a situação de abandono a que estes são submetidos pelas ruas da capital. Primeiro, vamos contar a história de Gabriel, morador de rua bastante conhecido por quem trafega diariamente pela Avenida Roberto Freire - próximo ao CCAB Sul. Gabriel, que afirma ter apenas 8 anos de idade, nem se lembra desde quando vive no canteiro central Roberto Freire. Sempre com a mesma roupa, sujo e com vários ferimentos espalhados pelo corpo, Gabriel disse que morou "a vida toda no local" e não vai sair de lá. Assim como ele, existem muitos outros espalhados pela capital. De acordo com a Pesquisa Nacional sobre População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), de agosto de 2007 a março de 2008, foram identificadas, em Natal, 223 pessoas em situação de rua. Muitos, apesar de receber assistência, voltam a viver nas ruas por motivos diversos (leia matéria abaixo).
Gabriel, que diz ter 8 anos de idade, vive em uma tenda entre as duas pistas da avenida na Zona Sul de Natal
Gabriel não incomoda quem convive próximo à sua "casa", uma tenda de plástico apoiada a galhos de árvores em pleno canteiro central de uma das principais avenidas da capital. "Não, ele não incomoda. De jeito nenhum. Ele tem um coração muito bom", afirmou Nayara Marais, 21 anos, funcionária de uma banca de revistas. O problema é que o bom vizinho, apesar de não prejudicar os outros, está em situação de risco e visivelmente com a saúde debilitada. "Ele só come coisas do lixo. Se você der comida a ele, ele não come, mas se você colocar a comida no lixo, mesmo que seja na frente dele, ele vai lá e pega", disse.
Ainda segundo Nayara, e também outras pessoas que passavam pelo local, Gabriel já é conhecido por todos que passam por ali diariamente e por várias vezes equipes de assistentes sociais já o abordaram e vieram colher informações com pessoas que convivem próximo, mas nunca fizeram, segundo eles, nada de concreto. "Já vieram aqui várias vezes, falaram com a gente e viram a situação dele. Mas eles nunca fazem nada por ele. Ninguém faz", afirmou Nayara.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), já foram feitas várias abordagens a Gabriel. As equipes da secretaria têm por objetivo tirar pessoas de situação de vulnerabilidade, mas encontram dificuldades com relação aos adultos, que, na maioria das vezes, se negam a sair do local onde estão. Ainda segundo a Semtas, na área da assistência social, não há nenhuma maneira de retirar Gabriel da situação atual, já que ele apresenta resistência e é inconsistente nas informações dadas para as equipes de assistentes durante as abordagens.
Na Semtas, muitos já conhecem Gabriel. Verônica Dantas informou que ele já chegou a arremessar pedras no carro da equipe de assistentes durante uma tentativa de abordagem. Em outras oportunidades, ele foi convencido a ser levado para o Hospital João Machado, onde foi medicado e liberado pelos médicos.
Apesar de serem informados pelos assistentes de que Gabriel teria problemas mentais e vive em situação de risco no meio da rua, os profissionais do hospital disseram em todas nas vezes em que foi realizado atendimento a ele que seu quadro clínico não demandaria internação, por isso ele recebia alta. "Algumas vezes nossa equipe tentava dialogar com os médicos para tentar convencê-los a internar, mas a gente não pode interferir no trabalho deles", afirmou Verônica.
Gabriel não incomoda quem convive próximo à sua "casa", uma tenda de plástico apoiada a galhos de árvores em pleno canteiro central de uma das principais avenidas da capital. "Não, ele não incomoda. De jeito nenhum. Ele tem um coração muito bom", afirmou Nayara Marais, 21 anos, funcionária de uma banca de revistas. O problema é que o bom vizinho, apesar de não prejudicar os outros, está em situação de risco e visivelmente com a saúde debilitada. "Ele só come coisas do lixo. Se você der comida a ele, ele não come, mas se você colocar a comida no lixo, mesmo que seja na frente dele, ele vai lá e pega", disse.
Ainda segundo Nayara, e também outras pessoas que passavam pelo local, Gabriel já é conhecido por todos que passam por ali diariamente e por várias vezes equipes de assistentes sociais já o abordaram e vieram colher informações com pessoas que convivem próximo, mas nunca fizeram, segundo eles, nada de concreto. "Já vieram aqui várias vezes, falaram com a gente e viram a situação dele. Mas eles nunca fazem nada por ele. Ninguém faz", afirmou Nayara.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), já foram feitas várias abordagens a Gabriel. As equipes da secretaria têm por objetivo tirar pessoas de situação de vulnerabilidade, mas encontram dificuldades com relação aos adultos, que, na maioria das vezes, se negam a sair do local onde estão. Ainda segundo a Semtas, na área da assistência social, não há nenhuma maneira de retirar Gabriel da situação atual, já que ele apresenta resistência e é inconsistente nas informações dadas para as equipes de assistentes durante as abordagens.
Na Semtas, muitos já conhecem Gabriel. Verônica Dantas informou que ele já chegou a arremessar pedras no carro da equipe de assistentes durante uma tentativa de abordagem. Em outras oportunidades, ele foi convencido a ser levado para o Hospital João Machado, onde foi medicado e liberado pelos médicos.
Apesar de serem informados pelos assistentes de que Gabriel teria problemas mentais e vive em situação de risco no meio da rua, os profissionais do hospital disseram em todas nas vezes em que foi realizado atendimento a ele que seu quadro clínico não demandaria internação, por isso ele recebia alta. "Algumas vezes nossa equipe tentava dialogar com os médicos para tentar convencê-los a internar, mas a gente não pode interferir no trabalho deles", afirmou Verônica.
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