terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma cobra investigação sobre braço direito de tucano

Dilma cobra investigação sobre braço direito de tucano

A candidata à presidência, Dilma Rousseff, cobrou novamente do candidato tucano uma explicação de por que o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, não foi investigado pelas autoridades estaduais, após ter seu nome envolvido com suspeitas de irregularidades nos contratos com as empreiteiras que construíram o Rodoanel em São Paulo.
Serra mais uma vez se esquivou de explicar por que o governo tucano não abriu sequer uma sindicância para apurar os malfeitos do aliado, conhecido entre os membros do PSDB de São Paulo como Paulo Preto.
“O candidato Serra, quando está pressionado inventa, essa história de trololó. Ele só enrola. Ele [Paulo Preto] é braço direito, esquerdo e até talvez a cabeça também do candidato Serra. Ele é responsável pelas principais obras do governo Serra em São Paulo. Ele mudou o contrato da Dersa com as empreiteiras e três vigas do Rodoanel caíram. Como isso pode ser exemplo de gestão do Serra?”, questionou a petista.
Dilma também perguntou a Serra o motivo de a Polícia Civil de São Paulo não ter investigado Paulo Preto, quando descobriu uma jóia roubada com ele.  “A Polícia Civil de São Paulo podia investigar, por ele ter recebido uma jóia roubada. Ou o senhor podia ter aberto uma sindicância para avaliar a gestão dele na Dersa. Tem gente que investiga e pune. E tem gente que acoberta e ainda considera a pessoa que cometeu o malfeito como competente e sério”, disse Dilma para Serra.
Ela lembrou ainda que Serra disse que não conhecer o aliado num dia, mas que depois de uma entrevista em que Paulo Preto afirmou à Folha de S. Paulo que “não se deixa um aliado ferido na estrada”, o tucano rapidamente se lembrou de Paulo Souza e até lhe fez elogios.
  
                Pré-sal é bilhete premiado, e Petrobras vai cuidar dele
Pré-sal é bilhete premiado, e Petrobras vai cuidar dele 
 
A candidata Dilma Rousseff, defendeu o novo modelo de exploração do petróleo na camada pré-sal, que muda a lógica de exploração dando ao Estado o controle das reservas. Já o candidato tucano preferiu atacar o novo modelo.
“Você ficou caladinho quando tentaram mudar o nome da Petrobras. O senhor não tem coragem de mostrar sua posição. O senhor está no partido errado, porque seu partido vota contra a lei que garante que a Petrobras será a exploradora do pré-sal”, disse Dilma.
Ela informou aos eleitores que, quando o Brasil tinha apenas reservas de petróleo de baixa qualidade, era viável o modelo vigente na época dos tucanos, em que empresas de fora do país assumiam o risco de exploração.  No pré-sal, isso muda porque o risco de um dos poços estar vazio é pequeno e quem tem a tecnologia para extrair o petróleo é a Petrobras.
“Nós não éramos um país com petróleo de alta qualidade. Um dia a Petrobras descobriu uma reserva. Quando descobriu que tinha bilhete premiado e não podia passa para empresas estrangeiras mudamos o modelo e dissemos que o petróleo passou a ser do povo brasileiro", explicou.
Segundo ela, "a partir daí nós criamos um plano para que a riqueza do pré-sal sirva para a saúde, a educação, para erradicar a pobreza, investir em ciência e tecnologia, dar acesso a cultura e cuidar do meio ambiente”.
Hoje, mais um aliado de Serra, dessa vez o deputado Luiz Paulo Veloso Lucas (PSDB), disse à Folha de S. Paulo que o governo não estava adotando o modelo correto e que a Petrobras não devia investir em refinarias. Serra preferiu rejeitar o aliado.




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Marcos Imperial

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