O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na quinta-feira que apoiará o governo do Rio de Janeiro em tudo que estiver "dentro da lei" para conter a violência na cidade e permitir que as pessoas "vivam em paz".
Antes de viajar à Guiana, onde participa nesta sexta-feira da 4ª Cúpula de Chefes de Estado e Governos da Unasul, Lula autorizou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a enviar reforços para ampliar a proteção das áreas que foram invadidas pela polícia em Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio.
Logo depois de chegar a Georgetown, o presidente relatou que conversou com o governador do Rio, Sérgio Cabral e disse que fará de tudo para que as "pessoas de bem" no Rio, vivam em paz.
"Tudo que ele precisar, que estiver dentro da lei e o governo federal puder fazer para ajudar o Rio de Janeiro, nós faremos", afirmou.
"Não é humanamente explicável que 99% de pessoas de bem, trabalhadoras, que querem viver em paz, sejam molestadas por gente que está na marginalidade", acrescentou Lula, em uma breve entrevista a jornalistas.
De acordo com o ministério da Defesa, serão enviados 800 efetivos do Exército, dois helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados.
Equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo, e óculos para visão noturna serão fornecidos temporariamente.
Mais cedo, cerca de 400 policiais haviam participado de uma operação na Vila Cruzeiro, favela no bairro da Penha (zona norte do Rio) e um dos principais redutos da facção criminosa Comando Vermelho.
Ao fim da operação, imagens gravadas de um helicóptero mostraram cerca de 200 homens armados fugindo para uma favela vizinha, o morro do Alemão.
Na operação, os policiais contaram com seis veículos blindados da Marinha e outros seis da PM.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta quinta-feira que a principal meta das operações policiais em curso no Estado é controlar o território dominado por traficantes de drogas.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta quinta-feira que a principal meta das operações policiais em curso no Estado é controlar o território dominado por traficantes de drogas.
Ataques criminosos
Na quinta-feira, o Rio enfrentou pelo quinto dia consecutivo confrontos violentos entre criminosos e policiais.
Pelo menos 54 veículos foram incendiados, incluindo ônibus, caminhões e carros particulares. Os bombeiros atenderam a sete ocorrências de fogo contra veículos.
Desde domingo, os ataques que ocorrem na cidade já deixaram 30 mortos, 11 deles nesta quinta-feira, segundo a rádio CBN. Pelo menos 22 vítimas seriam criminosos mortos em choques com a polícia.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 17 escolas e 12 creches foram fechadas nesta quinta-feira, a maioria na zona norte, segundo a Agência Brasil.
Com isso, mais de 12 mil alunos ficaram sem aulas. Outras quatro escolas estaduais tiveram suas atividades suspensas, também na zona norte.
Com os ataques no Rio, o serviço Disque-Denúncia registrou somente nesta quinta-feira 853 ligações, um recorde de denúncias cadastradas em um único dia, de acordo com a Agência Brasil.
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Marcos Imperial