Prefeito de Manaus diz a moradora: 'Minha filha, então, morra, morra' Amazonino Mendes discutiu com moradora que vive em área de risco. Três pessoas morreram no local em um deslizamento.
Em um dos momentos, a moradora afirma que não tem condição de ter uma moradia digna. Ele responde: “Minha filha, então, morra, morra.”
Em outra ocasião, o prefeito pergunta de onde a moradora é. Ela afirma que é do Pará. “Então, pronto. Tá explicado”, diz o prefeito.
Segundo nota da prefeitura, "a discussão se acirrou porque inicialmente o clima emocional era muito forte diante das fatalidades e os moradores se recusavam em sair do local de risco. O prefeito fez um 'apelo incisivo', pelo risco de morte dos moradores".
O assessor Eduardo Gomes, da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Manaus, disse ao G1 que o prefeito foi local com o intuito de retirar as pessoas da área de risco. E que a frase em que ele fala sobre morte teria sido dita no “calor da discussão”, porque os moradores insistiam em permanecer no local.
Em relação à frase em que o prefeito comenta o fato de a mulher ser do Pará, Gomes afirma que Manaus sofre uma migração muito forte de estados da região Norte e Nordeste. Segundo ele, geralmente, os migrantes têm baixo nível de escolaridade, pouca qualificação profissional e vão morar em áreas de risco.
Ainda segundo Gomes, há cerca de 50 mil famílias em área de risco em Manaus. A razão, segundo ele, é a migração de pessoas para a capital amazonense.
Em nota, a Secretaria de Comunicação informou que as famílias retiradas do local vão ficar em casas alugadas pela prefeitura, até que uma área definitiva seja determinada para receber as famílias.
Ainda no texto, a secretaria informou que a prefeitura vai distribuir aos moradores kits de madeira para a construção de nova moradia e fornecer uma cesta básica por família. G1.
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Marcos Imperial