Foto: AP
Tsunami atinge casas em Sendai, distrito de Miyagi
De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do maior terremoto já registrado no Japão e o 7° maior da história mundial. O tremor ocorreu às 14h46 do horário local (2h46 de Brasília) e teve epicentro no Oceano Pacífico, a 160 quilômetros da costa. Na quarta-feira, um tremor de 7,3 foi registrado na mesma área.
Já foram registrados mais de 30 tremores secundários no país, a maioria de 6 graus de magnitude. Ondas menores já chegaram a Filipinas, Indonésia e Havaí e um alerta de tsunami está vigente para todo o Oceano Pacífico, incluindo Chile, Canadá, Rússia, Nova Zelândia e toda a costa oeste dos Estados Unidos.
Veja imagens do tsunami (áudio em inglês)
Em Tóquio, os trens e o metrô pararam de circular, milhares de pessoas evacuaram os prédios no centro da cidade e os telefones celulares pararam de funcionar. Pelo menos quatro mil edifícios estão sem energia.
Na cidade de Sendai, a água inundou o aeroporto e as pistas ficaram cheias de carros, caminhões, ônibus e lama.
O Japão ordenou a retirada de milhares de residentes perto de uma usina nuclear na região de Miyagi, depois que o tremor causou um problema no sistema de resfriamento da instalação. Autoridades disseram que não havia vazamento de radiação na usina elétrica No. 1 de Fukushima. A instalação fica na cidade de Onahama, a cerca de 270 quilômetros a nordeste de Tóquio.
Depoimentos
O químico japonês Osamu Tsujimoto, 56 anos, passou por momentos de tensão durante o terremoto. Ele estava na cidade de Kobe quando o edifício da multinacional em que trabalha, a Huntsman, começou a tremer. "O prédio balançava muito, parecia um navio em alto-mar", afirmou ao iG.
No momento do tremor, a brasileira Kelly Taia, 27 anos, estava em sua casa na cidade de Tsu. Ela mora no Japão há sete anos.
"Foi horrível! Tudo começou a balançar e eu não sabia o que fazer. Estava sozinha em casa com minha filha e fomos para debaixo da mesa.", contou ao iG. Kelly só conseguiu fazer um breve contato com o marido, que está em Ibaraki. “A bateria do notebook dele acabou e desde então não tenho mais notícias. Quero voltar para o Brasil.”
Osamu Akiya, 46 anos, trabalhava em seu escritório em Tóquio no momento do terremoto, que provocou a queda de estantes e computadores, além de rachaduras nas paredes. "Já passei por muitos terremotos, mas nunca senti nada igual a isso", afirmou, em entrevista à agência Associated Press. "Não sei se vou conseguir voltar para casa hoje."
Destruição
Hiroshi Sato, uma autoridade da prefeitura de Iwate, no norte do país, disse que ainda é difícil ter um retrato completo da destruição. "Nós não sabemos o tamanho do prejuízo. As estradas foram muito prejudicadas e até interrompidas por causa do tsunami", explicou.
Tsunami atinge casas em Sendai, distrito de Miyagi |
Refinaria de óleo em Ichibara é vista em chamas após terremoto |
Ondas atingem residências em Natori, distrito de Miyagi |
Carros ficam soterrados na cidade de Sendai |
Tsunami provoca redemoinho no mar em Oarai, distrito de Ibaraki |
Mar invade a cidade de Iwanuma, no norte do país |
Casas pegam fogo na cidade de Natori City, noroeste do país |
Barcos de pesca e veículos são levados para o mar pelo tsunami, no porto de Onahama, na cidade de Iwaki |
Ondas atingiram ruas e carros na cidade de Kesennuma |
O porta-voz do governo, Yukio Edano, pediu à população para que fique em terrenos altos e evite sair de casa.
Até agora, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas. Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico".
O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.
Foto: Arte/iG
Terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu o Japão e provocou tsunami
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Marcos Imperial