Parlamentares, governos locais e membros das equipes de resgate lembraram nesta sexta-feira (horário local) com um minuto de silêncio o terremoto que devastou o nordeste do Japão há uma semana e deixou pelo menos 16 mil vítimas entre mortos e desaparecidos.
A homenagem aconteceu às 14h46 do horário local (2h46 em Brasília), o momento exato em que o tremor de 9 graus atingiu o nordeste do país em 11 de março e desatou um tsunami que devastou cidades e vilarejos na costa japonesa.
Sobreviventes rezam por vítimas de terremoto seguido de tsunami na cidade devastadas de Sendai, nordeste do Japão |
Aliados e opositores do governo fazem um minuto de silêncio durante encontro em Tóquio |
Oficiais fazem um minuto de silêncio em Sendai |
Equipe de resgate presta homenagem às vítimas em Rikuzentakata, região de Iwata, uma das mais afetadas Na Província de Miyagi, cuja capital é Sendai, os funcionários do governo local também se juntaram ao ato simbólico de homenagem às vítimas, muitas das quais foram registraram nessa zona, uma das mais devastadas. O mesmo fizeram os senadores japoneses, que realizaram nesta sexta-feira sua primeira sessão depois do terremoto, que causou uma grave crise nuclear na usina de Fukushima. O tremor, o de maior intensidade registrado no Japão nos últimos 140 anos, levou o país à sua pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, segundo o primeiro-ministro, Naoto Kan. Acidente nuclear A Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou nesta sexta-feira de 4 para 5 o nível de gravidade nos reatores na usina.nuclear de Fukushima Daiichi, no leste do país, em uma escala internacional de sete pontos que mede a gravidade de desastres atômicos. A decisão da agência foi tomada por causa dos danos no núcleo dos reatores e pelo vazamento contínuo de radiação, e classifica a situação como um "acidente com amplas consequências". Segundo a agência, a avaliação é específica para as explosões ocorridas nos reatores 1, 2 e 3. A mudança de nível coloca o acidente de Fukushima dois níveis abaixo do desastre da usina de Chernobyl, de 1986 na Ucrânia (na época, parte da União Soviética). A medida também iguala o caso japonês ao acidente na usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia (Estados Unidos), em 1979. Segundo a emissora de televisão estatal "NHK", a agência informou sobre sua revisão à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), cujo diretor, Yukiya Amano, chegou nesta sexta-feira ao Japão para obter informações sobre a situação em Fukushima. Amano afirmou em Tóquio que as tentativas para conter o vazamento de material radioativo na usina são uma "corrida contra o tempo". Na terça-feira, a agência de segurança nuclear da França ASN já havia classificado o acidente como nível seis. "Está muito claro que estamos em um nível seis, que é intermediário entre o que aconteceu na ilha Three Mile e Chernobil", disse o presidente da ASN, Andre-Claude Lacoste, em Paris nesta terça-feira. O terremoto e o posterior tsunami do dia 11 no nordeste do Japão danificaram o sistema de refrigeração da central, que enfrenta problemas de água em ebulição em seus seis reatores. Desde quinta-feira, a equipe de emergência da usina se esforça, com a ajuda de militares e bombeiros, para resfriar o reator 3 com lançamentos de água a partir de caminhões-pipa e helicópteros. *EFE, BBC, AP e Reuters |
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Marcos Imperial