domingo, 5 de junho de 2011

Caderno Esportivo

Em 'casa', Inter vence América-MG, e Falcão respira aliviado no Brasileirão

Dupla Oscar e D'Alessandro comanda primeira vitória do Colorado no campeonato: 4 a 2. Cavenaghi marca no retorno ao time titular


 (Agência Estado)

Campo Grande fica a cerca de 1500km de Porto Alegre. Mas nem parecia. O Internacional jogou como se estivesse em casa no Morenão. Nas arquibancadas, a nação vermelha, que dominou o estádio, abriu o bandeirão e comemorou. Ali, bem longe do Beira-Rio, o Colorado conquistou sua primeira vitória no Brasileirão com 4 a 2 sobre o América-MG. Mérito da dupla Oscar e D’Alessandro, que contrariou quem dizia que os dois não poderiam jogar juntos. O técnico Paulo Roberto Falcão respira aliviado por ter a primeira noite de tranquilidade depois de muitos dias de pressão.

O resultado fez o Inter pegar o elevador na classificação do campeonato. Com a vitória, segunda em oito jogos, o time subiu cinco posições e chegou ao 10° lugar. Já o América-MG caiu três postos e ligou o alerta. Na 16ª colocação, o Coelho está à beira da zona de rebaixamento.
Para a quarta rodada do Brasileirão, Inter continuará sem Leandro Damião e Bolatti, convocados para as seleções brasileira e argentina. O time receberá o Palmeiras no Beira-Rio no domingo, às 16h. No sábado, o América-MG irá à Ressacada para enfrentar o Avaí, às 18h30m.

Oscar marca dois gols e brilha em campo
Também longe de casa, por opção, o Coelho começou o jogo sorrateiro pela direita. Sem tomar conhecimento do adversário, o time de Mauro Fernandes jogou como mandante que era e assustou com cruzamentos de Marcos Rocha para Fábio Júnior e Eliandro. O segundo chegou até mesmo a mandar uma bola na trave, que fez a torcida colorada respirar fundo no Morenão.
Sem Kleber, lesionado, o Colorado dependia de Juan na lateral esquerda. Improvisado, o zagueiro de 19 anos abriu uma avenida para o ataque mineiro, que, apesar do espaço, foi mal nas finalizações e não conseguiu definir.

lance de jogo internacional x américa mg (Foto: Hélder Rafael/Globoesporte.com)
Oscar levou vantagem sobre a zaga em 
quase todas as jogadas
(Foto: Hélder Rafael/Globoesporte.com)

Falcão percebeu o perigo e mudou. Gritou, mexeu os braços e conseguiu corrigir a marcação, trazendo os volantes Guiñazu e Tinga para a direita e recuando D’Alessandro para também ajudar a atrapalhar as saídas do rival.
As mudanças apagaram o América-MG.  Em compensação, do outro lado, um jogador começou a brilhar. Depois de tentativas de cruzamento pela direita que procuravam Leandro Damião, que está com a Seleção, e encontravam um vazio na grande área, Oscar resolveu assumir a responsabilidade. Em jogada individual, avançou pelo meio e chutou. Teve a sorte de o rebote do goleiro Flávio encontrar o zagueiro Gabriel, que, todo atrapalhado, deixou a bola escapar para Cavenaghi. O argentino cruzou para o próprio Oscar, que cabeceou para abrir o placar, aos 13.

Não deu tempo nem de comemorar direito. Três minutos depois, Zé Roberto fez um belo lançamento para D’Alessandro na esquerda. O argentino preparou a canhota e mandou de primeira no canto esquerdo do gol mineiro.
O placar de 2 a 0 era o que bastava para a torcida colorada se manifestar ainda mais no Morenão. Das arquibancadas, onde havia gremistas reforçando a pequena torcida do Coelho, era possível ouvir os gritos de “segunda divisão”, como provocação ao adversário que subiu para a Série A neste ano.

E ninguém segurava Oscar. Lençol, cruzamento perfeito para a área e chutes que deram trabalho ao goleiro Flávio. Em nova falha da defesa, que não conseguia encontrar o camisa 16, o meia recebeu um lançamento direto da zaga e mandou de primeira para quase furar as redes mineiras. Fora do campo, Falcão levou as mãos à cabeça e olhou para cima, como se agradecesse pelo que estava vendo no gramado. Era o terceiro gol do Inter em menos de dez minutos.

Coelho balança as redes, mas não evolui
Com 0 a 3 no placar, o América-MG sabia que só restava sair para o jogo. E foi o que ele fez. Mas o maior domínio de bola no início do segundo tempo ainda não era suficiente para um time que errava muitos passes e não conseguia finalizar. Até que, aos 10, o esforço deu certo. Após escanteio, Eliandro ajeitou de peito, e Rodriguinho estufou as redes coloradas com um chute no ângulo de Renan.

O golaço levantou a torcida mineira, que ensaiou gritos de “América”. A comemoração, porém, durou apenas cinco minutos. Em bela jogada individual, Zé Roberto passou por um, dois, três marcadores, invadiu a área. O desarme do zagueiro foi a assistência perfeita para Cavenaghi, sozinho, marcar seu segundo pelo clube colorado. Na comemoração, o argentino tirou a camisa e ganhou cartão amarelo, o que irritou Falcão.
O quarto gol do Inter acordou o Coelho. O time passou a subir mais para o ataque e dar trabalho. Após cobrança de escanteio, Anderson cabeceou para dentro das redes. Porém, o jogador se apoiou no zagueiro colorado, e a arbitragem anulou o gol, marcando falta.

O esforço do sistema ofensivo mineiro, no entanto, não foi em vão. Após bela tabela com Fábio Júnior, Alessandro invadiu a área e marcou seu segundo gol no Brasileirão. A vantagem no placar diminuiu, mas, dentro de campo, o Inter continuou dominando. Aos 45, D'Alessandro e Thiago Carleto se desentenderam e iniciaram uma discussão, após o jogador do Coelho atingir o argentino no rosto. Com os ânimos já acalmados, o árbitro deu o apito final, e a torcida vermelha concluiu a festa no Morenão.





























ABC sobe dez posições e ocupa quinta colocação na classificação Treinador Leandro Campos disse que o time mereceu a vitória e fez questão de elogiar todo o grupo.

Com o fim da 3ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, o Mais Querido sobe dez colocações na tabela de classificação. Com cinco pontos conquistados, após a vitória de 3 a 2 sobre a Portuguesa, sexta-feira (3), no estádio do Canindé, o ABC ocupa a 5ª posição, colado no G-4, grupo dos quatro que garantem acesso à Série A.

O treinador Leandro Campos analisou a partida e fez questão de parabenizar os jogadores. "Toda a equipe está de parabéns. Os jogadores fizeram um grande partida, estivemos bem no encaixe da marcação, marcando forte e saindo rápido para o ataque, e assim chegamos a fazer dois a zero. Depois a Portuguesa veio com tudo, não conseguimos segurar a pressão e sofremos o empate, mas logo voltamos a equilibrar as ações e marcamos o terceiro. No segundo tempo, acertamos novamente a marcação e não demos chances ao adversário, inclusive, ainda criamos oportunidades de ampliar. Foi um belo resultado", declarou o técnico abecedista.



Reapresentação

O elenco alvinegro retornou aos trabalhos na manhã deste domingo (5) e participou de um trabalho físico já visando o confronto da próxima terça-feira (7), diante do Goiás/GO, válido pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

Após a atividade, os guerreiros abecedistas receberam o restante do domingo de folga e a comissão técnica marcou a reapresentação do grupo para esta segunda-feira (6), às 15h30, no CT Alberi Ferreira de Matos, quando será finalizada a preparação para a importante partida. ABC e Goiás/GO se enfrentam na terça-feira (7), às 21h, no estádio Frasqueirão.


Arbitragem da Paraíba

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o trio de arbitragem que atuará na partida da próxima quarta-feira (07), ABC x Goiás/GO, válida pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. João Bosco da Nóbrega, da Federação Paraibana de Futebol (FPF), será o árbitro principal do confronto.

Confira a escala completa:
Árbitro principal: João Bosco da Nóbrega (PB)
Assistente 1: Kildenn Tadeu de Lucena (PB)


Pet concede última coletiva e declara amor ao 

Flamengo 

Ainda emocionado, meia sérvio brinca e diz que quer ver todo mundo em seu país em agosto.

O meia Dejan Petkovic concedeu sua última entrevista coletiva como jogador de futebol no Rio de Janeiro neste domingo (05.06) após o empate em 1 a 1 com o Corinthians que marcou a sua despedidas dos gramados brasileiros com a camisa do Flamengo. Ainda emocionado com a linda festa que os rubro-negros fizeram, o craque agradeceu todo o carinho recebido neste dia tão especial. Na partida, Renato marcou o gol do Fla ainda no primeiro tempo.

Petkovic

Confira as principais respostas de Petkovic na coletiva:

Emoção

Foi uma situação fenomenal, momento cheio de emoções, lindo como essa cidade. A torcida fez uma grande homenagem. Subindo para o campo, quando vi o mosaico com as cores do meu país, depois as do Flamengo, foi muito emocionante. Fui tocado profundamente no meu coração, mas tive que segurar, pois ainda tinha o Corinthians pela frente. Acho que joguei bem, tocamos a bola, atacamos. Seria mais feliz se saísse com os três pontos, mas, diante dos momentos maravilhosos, estou muito alegre com o empate. Também tenho que agradecer 
minha família, que sempre me acompanhou. Vocês (jornalistas) também levam grande parte do mérito do meu sucesso.

Gol de falta de Renato
Teve uma falta que o juiz não deu em cima do Wanderley, logo no início da partida. Aquela eu ia bater. Depois, antes do gol, falei com Renato que estava mais para direita, que estava longe, não era para mim. O Renato disse que ia bater, mas pediu para eu ficar ao lado dele. Estou muito agradecido ao Renato por ele ter feito o gol.

Fôlego

Senti a falta de ritmo do jogo, mas 
acho que me saí muito bem. Fisicamente eu estou bem. Estou satisfeito.

Dia seguinte

Amanhã, é folga para todo mundo, né (risos)?!. Estou me preparando para isso há alguns anos. Mas ficou água na boca, queria comer um pouquinho mais. Dava para jogar mais, porém foi uma decisão pensada há muito tempo.

Flamengo

Como se eu tivesse uma bola de cristal, há 10 anos falei que ia terminar minha carreira aqui. Meu português não é tão bom para expressar o que é a torcida do Flamengo. Depois de 2009, não esperava ter momentos tão importantes. Agradeço 
a todos.

Amistoso na Sérvia

O jogo será no Pequeno Maracanã. Aqui não foi no Maracanã, que era minha casa, mas agradeço ao Botafogo por ter cedido o estádido. Vou me preparar nesses dois meses até o dia da partida, em agosto. Quero ver todos no meu país, são bem-vindos.

Futuro

Serei embaixador do Flamengo nacionalmente e internacionalmente, vou tentar desenvolver meus projetos. Minha prioridade é continuar no Flamengo.
Fonte: Site Oficial do Flamengo 

Na ‘preliminar’ dos reservas, Coritiba passeia em goleada sobre o Vasco

Em duelo que antecede a decisão da Copa do Brasil, Anderson Aquino, suspenso na quarta-feira, brilha nos 5 a 1 do Coxa no Couto Pereira.


Neste domingo, a torcida do Coritiba deixou o Couto Pereira em estado de euforia com a vitória por 5 a 1. No entanto, por incrível que pareça, também com uma ponta de frustração. Afinal, Anderson Aquino, destaque da goleada sobre o Vasco, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, não estará em campo na próxima quarta-feira para enfrentar o mesmo adversário e no mesmo estádio, numa partida de importância muito maior. O atacante cumpre suspensão automática no jogo de volta da final da Copa do Brasil.

Depois de duas vitórias nas primeiras rodadas do Brasileirão, os reservas do Vasco mal viram a cor da bola e ainda colocaram fim à série invicta que já durava 20 jogos (12 vitórias e oito empates). O consolo dos torcedores cruz-maltinos é que serão os titulares que estarão no Couto Pereira na próxima quarta-feira para decidir a Copa do Brasil, depois da vitória por 1 a 0 em São Januário. O próximo compromisso dos vascaínos no Brasileirão é no próximo sábado, contra o Figueirense, no Rio de Janeiro. Já o Coritiba, que conseguiu a sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, enfrenta o Botafogo, domingo, no Engenhão.

tcheco coritiba x vasco (Foto: Agência Estado)
Tcheco comemora o gol que abriu a goleada do
Coxa sobre o Vasco (Foto: Agência Estado)
Empurrado pela torcida, Coxa atropela o 
'Expressinho' do Vasco

Foi um passeio do Coritiba no primeiro tempo. Em 20 minutos, o time da casa marcou quatro gols com extrema facilidade, contando com a grande movimentação de seu ataque e uma atuação desastrosa da defesa do Vasco. Se de um lado o Coxa tinha Anderson Aquino, do outro os vascaínos tinham o lateral-esquerdo Max, que cometeu erros decisivos para a composição do placar.

O Coritiba abriu o placar aos três minutos, depois que Fernando viu Anderson Aquino passar por suas costas e receber a bola do lado direito, num lance que nasceu num erro de Max na saída de bola. O atacante cruzou rasteiro, mas Jomar cortou erradamente. Tcheco ficou com a sobra e chutou da marca do pênalti, fazendo 1 a 0. Aos 11, Anderson Aquino deixou o papel de garçom para assumir o de artilheiro. Leonardo cruzou pela esquerda, Fernando Prass não cortou e, dentro da área, o atacante marcou o segundo. Aos 14, Max errou um passe que originou o ataque do Coritiba. Maranhão avançou pelo lado direito e lançou Aquino, que tocou na saída do camisa 1 vascaíno, marcando 3 a 0.

No mesmo momento, Ricardo Gomes chamou Jumar para reforçar a marcação do lado esquerdo do Vasco. Max teve a chance de minimizar suas falhas, mas perdeu um gol feito. Já o Coritiba não desperdiçou sua chance e, aos 20 minutos, ampliou. Leonardo cruzou pelo lado esquerdo, e Anderson Aquino marcou seu terceiro na partida.
Até o fim do primeiro tempo, o Vasco seguiu sendo dominado, embora tenha criado algumas chances de gol. O Coritiba seguiu em busca do ataque, mas esbarrou na marcação um pouco mais firme do adversário.

Aplausos de pé para Aquino
O Vasco voltou para a segunda etapa com Bernardo no lugar de Enrico. Mesmo assim, a equipe de Ricardo Gomes não conseguiu articular jogadas de ataque e, apesar de não se mostrar tão vulnerável, continuava a ser dominada. Aos 16 minutos, o Couto Pereira se levantou para aplaudir a saída de Anderson Aquino. Geraldo, que pode herdar a vaga de titular na decisão, entrou no lugar dele.

fagner felipe bastos coritiba x vasco (Foto: Agência Estado)
Sem sucesso, reservas do Vasco tentam parar
o Coxa no Couto Pereira (Foto: Agência Estado)


E mesmo diminuindo seu ritmo, o Coritiba não precisou de muito esforço para marcar mais um, novamente pelo lado direito de seu ataque. Everton Ribeiro lançou para Maranhão, que chutou rasteiro, no canto esquerdo de Fernando Prass, fazendo o quinto gol. A torcida da casa aproveitou para chamar o goleiro do Vasco, que já defendeu o Coxa, de frangueiro.


O Vasco ainda chegou ao gol de honra. Bernardo cobrou falta rasteira, e a bola sobrou para Élton. O atacante teve espaço para dominar e concluir. Mas foi só. Quem continuou a tomar conta da partida foi o Coritiba, que criou e perdeu boas oportunidades de chegar a um placar ainda mais elástico.G1.

Viçosa, duas vezes 9, dá vitória ao Grêmio: 2 a 0 sobre o Bahia

Jogador segue ensinamentos de Renato Gaúcho e marca dois gols típicos de centroavante contra um adversário de rendimento pobre.

junior viçosa  grêmio x bahia (Foto: Wesley Santos/Pressdigital)
Aplausos para Viçosa: Grêmio vence no Olímpico
(Foto: Wesley Santos/Pressdigital)

Júnior Viçosa leva às costas o número 29, como se quisesse ser duas vezes 9, duas vezes centroavante. E foi. Pelo menos neste domingo, foi um duplo: duas vezes na frente do gol, duas bolas na rede, duas comemorações. Com o atacante em tarde de um brilho não exatamente habitual, o Grêmio foi superior ao Bahia, venceu por 2 a 0 no Olímpico e saltou na tabela, já de olho na zona de classificação para a Libertadores.

O inverso da moeda é a situação dos tricolores baianos. Ainda esperançoso de que medalhões como Carlos Alberto e Ricardinho resolvam a pobreza técnica da equipe, o Bahia teve mais insistência do que competência. Mereceu perder e, como consequência, começou a ser sufocado pela tabela: tem apenas um ponto, na área de queda para a Série B.
Os dois gols de Júnior Viçosa foram marcados ainda no primeiro tempo. O jogo marcou a estreia de Marquinhos pelo Grêmio. Ele foi a campo na etapa final.
Os gaúchos voltam a campo no sábado. Encaram o São Paulo no Morumbi. O Bahia, no domingo, recebe o Atlético-MG.

Renato ensina, Viçosa aprende: 2 a 0 no primeiro tempo

Manhã de sábado, Olímpico, tradicional treino recreativo de vésperas de partidas. Bola alçada na área. Renato Portaluppi, dois quilômetros à frente do última zagueiro (mas desde quando chefe fica impedido?), desvia de cabeça. Bola na rede. Imediatamente, o técnico olha para Júnior Viçosa e aponta para o gol, como quem diz: “Viu como se faz?”.
Viu, sim. Pois foi justamente Júnior Viçosa, com dois gols no primeiro tempo, o desenhista da vitória azul. Ainda longe de ter com a bola o mesmo relacionamento que o treinador tinha nos tempos de boleiro, o atacante teve oportunismo. Fez dois gols típicos de centroavante: um de cabeça, outro com o pé, ambos a poucos centímetros do gol.

Foi justo o resultado final do primeiro tempo. E muito mais pela fraqueza do Bahia do que pela qualidade do Grêmio, em tarde competente, mas não mais do que isso. O time gaúcho teve a bênção do relógio: pulou na frente cedo, com cinco minutos, após toque de calcanhar de Fernando, cruzamento de Mário Fernandes e desvio de cabeça de Viçosa.

O time nordestino ainda não teve suas duas principais contratações, Carlos Alberto e Ricardinho, em processo de condicionamento físico. Contando com a criação de Lulinha, a correria de Jobson e algum surto produtivo de Souza, o Tricolor de Salvador ficou a ver navios no gramado do Olímpico. Teve uma chance com Jobson, em boa defesa de Marcelo Grohe, e outra com Souza, em cabeceio fraco. Só.
O Grêmio foi mais produtivo. Escudero, no losango do meio-campo, ocupou o lugar de Lúcio, vetado, com dores nas costelas. Foi bem o argentino. Na direita, Mário Fernandes contribuiu com chegadas fortes ao ataque. Chamou a atenção o desempenho dissonante de Lins. Depois de muito bater boca com a bola, ele participou da jogada do segundo gol de Júnior Viçosa. Pela esquerda de ataque, tabelou com Escudero e acionou o artilheiro da tarde, que só completou para a rede.


Crescimento inútil do Bahia; Marquinhos estreia


O Bahia voltou melhor para o segundo tempo. O time de René Simões conseguiu se apossar do campo de ataque, rondou a área gremista, colecionou escanteios. Mas foi pouco efetivo. A contrapartida foi o perigo do Grêmio nos contra-ataques. O resultado ficou em vias de engordar. Mas não aconteceu.
Foi curiosa a postura do treinador do Tricolor de Salvador. Com sua equipe perdendo o jogo e apresentando soluções quase nulas, ele só mexeu em sua equipe depois dos 30 minutos. As entradas de Maranhão e Rafael estiveram longe de resolver os problemas dos visitantes. O melhor momento do Bahia no segundo tempo (e em toda a partida) foi uma cobrança de falta de Ávine, no travessão de Grohe.

O Grêmio, na base da velocidade, poderia ter ampliado. Viçosa teve sua chance, em pancada cruzada. Lins também, mas o desvio foi fraco. Para os quase 20 mil gremistas que foram ao Olímpico, a maior atração da etapa final foi a estreia de Marquinhos.
O reforço azul, buscado no Avaí, demonstrou o bom toque de bola que fez o Grêmio contratá-lo. Mas não teve tempo para produzir nada de excepcional. Afinal, o jogo estava praticamente garantido para os gaúchos, na vitória desenhada por Júnior Viçosa, duas vezes 9, duas vezes centroavante.


No bom adeus de Pet, Flamengo e Corinthians ficam no empate


Timão assume liderança provisória ao lado do rival Palmeiras, com sete pontos ganhos, e rubro-negros não conseguem se aproximar dos líderes.

Foram 197 partidas com a camisa rubro-negra. Ora vestindo a 10, com a qual marcou os gols de falta do título do tricampeonato carioca e da Copa dos Campeões, ambos em 2001. Ora a 43, com a qual comandou ao lado do agora corintiano Adriano o hexa brasileiro. Petkovic se despediu da torcida em jogo com muita emoção e, como mesmo disse, à vera. O Corinthians, que não tinha nada a ver com isso, bem que tentou estragar a festa, regada a mosaico e volta olímpica no intervalo no Engenhão. Empolgado, o sérvio teve boa atuação e saiu sob os gritos de "fica!". Mas não viu o Flamengo vencer. O time ficou no empate por 1 a 1 com o rival paulista, que até então tinha 100% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro.

Willian e Renato Abreu, de falta, marcaram os gols, no primeiro tempo. Com o resultado, o Corinthians, que foi superior na etapa inicial, vai para sete pontos e ocupa a liderança provisória - espera o desfecho da rodada na próxima quarta-feira. O Flamengo, que vencera na estreia e empatara com o Bahia, chega a cinco pontos. Na quarta rodada, o Fla vai à Arena da Baixada encarar o Atlético-PR, no domingo. No mesmo dia, o Corinthians receberá o Fluminense no Pacaembu.

despedida petkovic (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Em grande estilo, Pet se despede com boa 
atuação e empolga a torcida 
(Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Timão assusta

O mosaico feito pela torcida rubro-negra com as cores da Sérvia, que depois se transformava na bandeira do Flamengo, certamente fez o meia sérvio fazer uma viagem no tempo e se lembrar quando, com nove anos, em Madjanpek, brincava de bater bafo-bafo para conseguir a figurinha do ídolo Zico para preencher o álbum da Copa do Mundo de 1982. Agora, estava ali, no mesmo clube em que o Galinho eternizou a camisa 10, despedindo-se dos campos.
Ronaldinho Gaúcho, o novo astro, deu a ele a braçadeira de capitão. Os jogadores entraram todos com o nome do sérvio às costas, em mais uma homenagem. Mas o Corinthians não queria saber de festa para o sérvio. Por pouco não botou água no chope logo na saída. Aos 40 segundos, Willian, de fora da área, fez Felipe bater roupa. No rebote, Liedson, ex-Flamengo, obrigou o ex-goleiro corintiano a fazer grande defesa.

flamengo x corinthians willian (Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)
Willian se antecipa à zaga e abre placar para Timão
(Foto: Alexandre Cassiano/O Globo)

Estava clara, ali, que a intenção do técnico Tite era se aproveitar do cllima festivo da despedida de Pet. Com três atacantes, forçava o jogo explorando a velocidade. Principalmente do camisa 9 e de Jorge Henrique, de volta à equipe, que se aproveitou de falha de marcação da zaga rubro-negra e perdeu a segunda chance de gol em menos de cinco minutos.

Era questão de tempo para o Timão abrir o placar. Ralf e Paulinho bloqueavam as jogadas ofensivas do Flamengo e alugavam o meio-campo com a boa quantidade de desarmes. Danilo virava bem o jogo pelas laterais. Pelo lado direito, Weldinho deixava sua marca na despedida de Pet: levou vantagem sobre Egídio na arrancada e centrou na medida para Willian, mais rápido do que David Braz, tocar sem defesa: 1 a 0 Timão, aos 18 minutos.

Boas jogadas de Pet
O autor do gol, por sinal, era um dos que apresentavam futebol rápido e insinuante. A zaga do Flamengo voltava a mostrar as velhas falhas individuais e de colocação. De volta à equipe, Léo Moura, sem ritmo, estava lento nos avanços. Egídio, que no começo apoiava bem, sentiu o baque das vaias após a jogada do gol corintiano. As melhores jogadas saíam dos pés de Ronaldinho, aberto pela esquerda mas pouco acionado, e Petkovic.

O sérvio, que bateu bem quatro escanteios, chegou a tabelar algumas vezes com R10 e fez três belíssimas jogadas:na primeira, entrou driblando na entrada da área; na segunda, deu drible desconcertante em Ralf na intermediária rubro-negra; e, por último, voltou a ser o belo garçom como em 2001 e 2009, quando rolou a bola para Wanderley. O atacante chegou uma fração de segundo depois do goleiro Julio Cesar, que saiu muito bem para cortar o lance.

Faltava, para Pet, dar adeus aos gramados sem ver o time derrotado, ainda que parcialmente. Foi aí que o sérvio ganhou um presente. Ronaldinho caiu na meia direita após dividida com Fábio Santos. O árbitro Héber Roberto Lopes interpretou como falta. O camisa 43 se colocou para bater, a torcida pediu, mas foi Renato Abreu quem cobrou - dessa vez colocado, à la Pet, e meteu no ângulo esquerdo, sem defesa, aos 39.

O Corinthians merecia vencer nos primeiros 45 minutos, mas Pet também merecia aquela vibração. Foi o primeiro a correr em direção a Renato para abraçá-lo, como que agradecendo o gol, e despediu-se com um empate nos primeiros 45 minutos e sob os gritos de "fica!" dos rubro-negros na volta olímpica. Ao passar em frente à torcida corintiana, o sérvio foi alvo de garrafas que, todavia, não o acertaram.

Ronaldinho cresce

flamengo x corinthians ronaldinho gaúcho (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)
Marcado, Ronaldinho tenta levar o Flamengo
ao ataque (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)

Após as homenagens, com direito a placa da presidente do clube, Patrícia Amorim, Pet saía emocionado de campo. Na volta do intervalo, Renato Abreu explicava que deixara o camisa 43 à vontade para bater a falta, mas o próprio homenageado preferiu que o volante fizesse a cobrança. E já com Negueba no lugar do sérvio na segunda etapa, o Flamengo abriu mais o jogo pelas laterais.
O Corinthians continuou ofensivo. Resumo: as duas equipes tiveram chances de abrir o placar logo no início em bolas aéreas. Renato Abreu e Liedson pararam nas boas intervenções dos goleiros. A equipe paulista sofreu uma desvantagem: numa dividida com Felipe, Liedson se contundiu e pediu substituição. Tite lançou Edenilson. O time caiu um pouco de rendimento, mas ainda levava perigo com Willian.

Luxemburgo trocou Wanderley, apagadíssimo, por Diego Maurício, que pouco depois recebeu passe açucarado de Ronaldinho Gaúcho, mas, fominha, não devolveu e desperdiçou a chance. R10, que crescia na partida pela direita, reclamou, e por pouco não desempatou a partida ao girar sobre o marcador pelo meio e bater na trave.

Tite mexeu na armação corintiana: trocou Danilo, exausto, por Morais, para tentar tirar o time do sufoco. Depois, tirou Jorge Henrique, cansado, para promover a estreia de Emerson, o Sheik. O Fla até pressionava, mas esbarrava na fraca atuação de Negueba, que errava todas as jogadas individuais. Na tentativa de melhorar o avanço pelo lado esquerdo, Vanderlei Luxemburgo pôs o estreante Júnior César no lugar de Egídio, que acabou saindo aplaudido.
Visivelmente cansado, o Corinthians tentava segurar uma pressão rubro-negra que também não se traduzia em oportunidades de gol. Mas, no finalzinho, foi Leandro Castán que se aproveitou da fragilidade da zaga rubro-negra pelo alto para quase marcar de cabeça o gol da vitória - Felipe salvou à queima-roupa. O Flamengo tentava o gol no fim, mas, exceto o incansável Willians, as pernas não obedeciam mais. O empate estava de bom tamanho.G1.


Com dois gols do estreante Borges, Santos bate o Avaí na Vila: 3 a 1

 (Agência Estado)

Centroavante mostra oportunismo e dá ao Peixe sua primeira vitória no Brasileirão. Já o time catarinense permanece na lanterna, zerado em pontos

O camisa 9 ideal é artilheiro, decisivo, não deixa oportunidades escaparem. Assim foi Borges neste domingo, em sua estreia pelo Santos. Apresentado na última sexta-feira, sem muito tempo para treinar, ele foi escalado contra o Avaí, terceira rodada do Brasileirão, e definiu a vitória alvinegra por 3 a 1. Seus dois gols (o segundo foi irregular) garantiram ao Alvinegro seu primeiro triunfo na competição e dão à torcida a esperança de o time ter, enfim, encontrado o parceiro certo para Neymar.


Borges é o primeiro reforço de peso do Peixe para a competição nacional. Ele chega para substituir Zé Eduardo, que foi vendido para o Genoa-ITA e partirá sem jamais ter sido unanimidade. Keirrison, que seria o 9 santista, também está de saída. Foi tão mal que é como se nunca tivesse vindo.
Com o resultado, o Peixe vai a quatro pontos. Ocupa agora a 11ª posição. Já o Avaí segue na lanterna da competição. Perdeu seus três primeiros jogos. Sofreu nove gols e marcou só dois.


O Santos volta a campo no próximo sábado, às 18h30m (horário de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG). O Avaí, no mesmo dia e horário, recebe o América-MG, na Ressacada, em Florianópolis (SC).


Juiz de luto, e artilheiro inspirado
Antes do início da partida deste domingo, um minuto de silêncio em homenagem à mãe do árbitro José de Caldas Souza (que apita pela Federação do Distrito Federal), que faleceu neste domingo. Ele não conseguiu voo para voltar ao Maranhão para se despedir. O jeito foi trabalhar. Passado esse momento triste, a bola rolou. E bastaram nove minutos para Borges mostrar sua credencial.


O técnico Muricy Ramalho já havia avisado que o reforço era garantia de gol. O novo camisa 9 alvinegro confirmou a previsão do chefe ao completar desvio de Zé Eduardo após cobrança de escanteio de Alan Patrick. O atacante comemorou com a bola sob a camisa, em homenagem aos filhos Mateus e Gabriel, os gêmeos que estão à caminho.E foi isso. O primeiro tempo se resumiu a esse lance de oportunismo do novato.


Com três zagueiros e dois volantes, o Avaí congestionou o meio de campo. Um mar de camisas azuis e brancas impedia a chegada dos santistas à meta. A bola batia e voltava. O Leão catarinense mostrava força nos desarmes, mas não tinha nenhuma criatividade com a bola nos pés. Até chegou a rondar a área santista, mas sem jamais conseguir ameaçar o gol defendido por Rafael.


O Santos tinha desfalques importantes. Não pôde escalar seus dois laterais titulares (Jonathan e Léo estão machucados), nem seu capitão (o zagueiro Edu Dracena foi poupado). Mas o time sentiu falta mesmo de Elano e Neymar, que estão servindo à Seleção Brasileira.


Sem o meia, o Peixe não tinha alguém para acertar o passe no meio de campo – Alan Patrick, o substituto, não conseguia dar sequência às jogadas. E sem Neymar? Bem. Sem Neymar, o Alvinegro Praiano perdeu velocidade, a jogada inesperada, o drible genial, o arremate quase sempre certeiro. O ataque alvinegro foi previsível. Zé Eduardo e Borges não se encontraram. Isolados um do outro, presos no meio dos zagueiros.


borges santos x avaí (Foto: Agência Estado)
Borges fez dois gols em sua estreia pelo Santos 
(Foto: Agência Estado)
Repeteco


O segundo tempo foi praticamente uma repetição do primeiro. Logo no início, jogada de escanteio, bola desviada no meio do caminho, gol de Borges. Dessa vez porém, o atacante estava em posição irregular. No momento em que Bruno Rodrigo deu uma casquinha na bola após cruzamento de Alan Patrick, o centroavante alvinegro estava adiantado. 


Para Borges, pouco importou. Ele festejou mais uma vez. Agora, pedindo para a torcida gritar e pular junto com ele. Na comemoração, Borges socou o ar, "para homenagear o homem" (Pelé).
O Avaí acusou o golpe. Sem nenhum articulação, perdido em campo, o time catarinense agora tinha dificuldades até para armar jogadas. O Santos tinha campo para jogar e criava chances. Borges só não fez o terceiro porque o goleiro Aleks praticou uma grande defesa.


Vendo que o adversário não ameaçava, Muricy Ramalho começou a fazer experiências. Tirou o meia Alan Patrick e colocou o zagueiro Bruno Aguiar. Quis observar o comportamento do time com três zagueiros. E foi exatamente nesse momento que, fiinalmente, o Avaí chegou. Chegou e marcou. Maurício Alves apareceu livre no meio dos defensores alvinegros e empurrou para a rede. Um vacilo geral da retaguarda santista.


Nada, porém, que ameaçasse a vitória alvinegra, garantida com um terceiro gol no lance final, em contra-ataque puxado por Arouca e finalizado por Rychely - foi o primeiro dele com a camisa do Santos.G1





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Marcos Imperial

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