terça-feira, 14 de junho de 2011

Justiça do RJ manda prender o ex-jogador Edmundo Juiz rejeitou alegação de prescrição e determinou expedição de mandado. Advogado do ex-jogador diz que vai entrar com pedido de habeas corpus.

Edmundo teve prisão decretada no processo em 
que foi condenado por provocar acidente em 1995

A Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou na última segunda-feira (13) a prisão do ex-jogador Edmundo no processo em que ele já tinha sido condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão pelas mortes de três jovens em um acidente na Lagoa, na zona sul, em dezembro de 1995.

Na época do acidente, Edmundo atuava pelo Flamengo. Ele foi condenado pelas mortes de Joana Maria Martins Couto, que estava no carro dirigido pelo então jogador e de Alessandra Cristini Pericier Perrota e Carlos Frederico Brites Tinoco Pontes, que estavam no outro veículo envolvido no acidente. O advogado de Edmundo, Arthur Lavigne, afirmou que deverá entrar com um habeas corpus nesta quarta-feira, pois o Ministério Público já teria reconhecido a prescrição do crime em 2010.
O ex-jogador também foi condenado pelas lesões corporais provocadas em Roberta Rodrigues de Barros, Débora Ferreira da Silva e Natasha Marinho Ketzer. Por conta desta condenação, Edmundo só ficou preso dois dias mas acabou solto após um habeas corpus.


O juiz-titular da VEP, Carlos Eduardo Figueiredo, disse que negou o pedido feito pelos advogados de Edmundo de prescrever a pena porque ainda não se esgotou o prazo exigido pela lei. Segundo o magistrado, o ex-jogador terá que cumprir a punição inicialmente em regime semiaberto que consiste em poder circular livremente por uma unidade prisional durante o dia e ficar trancado à noite. Carlos Eduardo afirmou ainda que Edmundo poderá recorrer da decisão da VEP.
A assessoria de imprensa do TJ-RJ informou que o mandado de prisão contra Edmundo ainda não está pronto e, por isso, ainda não foi cumprido.

Promotoria aprovou prescrição

Arthur Lavigne disse ao iG não ter tomado conhecimento dos fundamentos da decisão, mas estranhou a negativa da prescrição do crime que, segundo ele, fora aprovada pelo Ministério Público em 10 de maio de 2010.

"O Ministério Público reconheceu a prescrição em 2010, isso está há quase um ano na vara de execuções. Então recebi o fato com surpresa. Não recebi nenhuma notificação, não saiu publicado qual é a fundamentação. Amanhã (quarta-feira) vou tomar conhecimento dessa fundação para impetrar um habeas corpus", disse.

O ex-jogador se destacou no Palmeiras e no Vasco, além de ter atuado também pelo Corinthians, Santos, Fluminense, Cruzeiro, Figueirense e Fiorentina (Itália), entre outros clubes. Atualmente, o ex-atleta é comentarista esportivo.IG.

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Marcos Imperial

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