domingo, 12 de junho de 2011

Nós pagamos as despesas da mansão do senador José Agripino Maia

Brasília, Urgente
Quem conhece o senador José Agripino Maia sabe que o parlamentar norte-rio-grandense, hoje presidente nacional do Democratas, gosta de dizer e repetir trocentas vezes que a sua vida pública é um exemplo de ética e de honestidade, sem manchas e nem rastros de improbidades.

No entanto, o discurso bonito e recorrente do parlamentar potiguar vez por outra esbarra em fatos e histórias que beiram a ilegalidade e flertam com a imoralidade.Como esquecer, por exemplo, a aposentadoria de R$ 11 mil que ele recebe como ex-governador do Rio Grande do Norte - uma concessão que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), "fere o princípio da moralidade na administração pública"?É possível relevar o pagamento do condomínio de seu apartamento em Natal com a verba indenizatória do Senado Federal, só suspenso depois que a imprensa descobriu e denunciou?E agora, hoje, graças a uma reportagem assinada por Izabelle Torres no Correio Braziliense, a gente fica sabendo que as despesas da mansão que José Agripino Maia tem na capital da República são pagas com dinheiro público. Ele é um dos cinco parlamentares que usam o auxílio-moradia, dinheiro destinado a hospedagens, para pagar despesas de imóveis que têm em Brasília."Teoricamente, a verba deveria servir para pagar apenas hospedagens e seu ressarcimento dependeria da prestação de contas feita pelos políticos. 

Mas não é o que ocorre" - escreve a jornalista.A tal verba é de R$ 3,8 mil mensais. E o próprio Agripino não só reconhece o seu recebimento, como defende o gasto. "Esse dinheiro vem para a nossa conta. Está dentro das normas. Uso esse dinheiro para pagar despesas com água, luz, telefone e tudo mais que se refere a uma casa", conta o senador."Dentro das normas", pode até estar. Mas certamente não é ético, nem rima com moralidade, receber dinheiro público para quitar despesas da sua própria casa.Segundo a jornalista do Correio, "os senadores que alegam estarem regulares ao embolsarem o auxílio e usam o dinheiro para bancar contas da residência própria se apagam a uma decisão adotada pela Mesa Diretora em 2009, que anistiou os parlamentares que recebiam o dinheiro mesmo sem precisar pagar hotéis ou aluguéis.""O comando da Casa", escreve a repórter, "optou apenas por uma postura de "orientação" aos políticos sobre o objetivo da ajuda de custo, sem formalizar as proibições. Na prática, o Senado apenas avisa aos parlamentares sobre o objetivo do auxílio, ressalta que se destina a cobrir despesas de hospedagem, mas deixa a critério ético de cada um julgar se embolsa a quantia ou abre mão dela."No caso de José Agripino Maia, o critério ético dele é bastante questionável...

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Marcos Imperial

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