O Presidente do Diretório Municipal do PT de Jardim de Piranhas, engenheiro civil João Maria Cavalcanti, que também é graduado em Gestão Pública Municipal e Pós-graduado em Administração Pública e Gerência de Cidades, é um crítico ferrenho da administração municipal do prefeito Antônio Macaco. Sendo estudioso do Planejamento Urbano Municipal, João observa que há um acúmulo de deficiências da atual gestão municipal no trato da cidade e nos serviços básicos que deveriam ser oferecidos a população jardinense. O engenheiro vem reunindo lideranças descontentes com a atual administração, e viabilizar uma candidatura para enfrentar o grupo que está no poder. O blog quis saber como o presidente do PT vai conseguir fazer essa composição de forças.
Blog: Você acha que nas eleições do próximo ano, vai surgir uma candidatura com potencial para derrotar o prefeito?
João Maria: Vai Jarles. O surgimento de uma candidatura forte para enfrentar o atual prefeito, é uma coisa natural na atual conjuntura. Há na população um sentimento por mudança nos rumos da política no município. O grupo fracassou, não conseguiu fazer uma administração voltada para a função social da cidade, o momento deles passou. O mundo mudou e a forma de governar também. Administrar uma cidade sem consultar a população é coisa do passado. A agenda política de qualquer gestor público moderno passa pelo respeito às necessidades da população. O povo quer ser ouvido nas suas carências, e o prefeito errou ao deixar a população fora da sua administração.
Blog: A campanha será dura, nos moldes de antigamente?
João Maria: Será, mas não creio que o atual prefeito fará o sucessor. Vou buscar entendimento com lideranças políticas que querem o bem de Jardim e que sejam contra a sua administração. A oportunidade nos favorece para apresentar uma candidatura que possa ser o diferencial nesta campanha. Temos excelentes nomes no PT para apresentar, mas reconheço que o nome de Elídio Queiroz sinaliza para uma candidatura forte e possibilidade de uma composição de forças. Caso ele se filie a uma legenda que seja da base aliada do governo Dilma, buscaremos o entendimento político e construiremos uma agenda comum para compor a chapa. Vou conversar com a Deputada Fátima e pedir que ela assuma o compromisso de conversar com outros Deputados da base aliada para apoiarem a frente democrática que será criada. A Deputada tem muito interesse na política do seridó, pois será uma forte candidata em 2014 e Jardim de Piranhas faz parte de sua agenda política.
Blog: Você é um crítico permanente da administração do prefeito Antônio Macaco. Qual é o fator mais importante na sua análise para a má administração do prefeito?
João Maria: Falta de conhecimento do trato da coisa pública e despreparo administrativo. O prefeito vai pagar com a derrota por ter sido negligente com o município de Jardim. Pela inexistência de uma política de planejamento básico para a cidade. Por ter deixado Jardim desorganizada, com esgoto a céu aberto, coisa inaceitável na nova gestão pública. Por não ter programas que envolvam os jovens com a cultura, esporte e lazer, contribuindo para a diminuição de drogas, prostituição e bebidas alcoólicas. Por essas e outras razões, o povo de Jardim dirá um não ao candidato apoiado pelo atual prefeito.
Blog: Por que o prefeito não é um bom gestor na sua visão?
João Maria: Pela confusão que ele faz na cabeça. O fato de um empresário ser bem sucedido na vida privada, não lhe credencia para gerir recursos públicos. Uma coisa é você cuidar do seu dinheiro, outra é gerir os recursos do Estado, do povo. Há uma enorme diferença. Com o seu dinheiro você pode fazer tudo que a lei não proíbe, já com o dinheiro do povo, você só pode fazer o que a lei determina. Viu a diferença? É por isso que o prefeito está perdido. Com certeza ele não deve conhecer o modelo de governo gerencial, que é levar para o setor público, o que há de bom na iniciativa privada, como eficiência e eficácia no resultado. Ele pensa que pode gerir os recursos do povo como se fosse dele. O resultado nós já conhecemos: insatisfação em todos os cantos da cidade e uma cidade com aspecto de abandono.
Blog: Como seria uma gestão eficiente na sua visão?
João Maria: O poder municipal tem o papel indutor do processo de participação social. É preciso levar em consideração que existe uma mudança social que redefine o papel do cidadão, que deixa de ser apenas um eleitor para ser um interlocutor ativo, um ator social no processo de gestão das políticas públicas. O gestor público tem que ser diferenciado dos gestores do passado e da iniciativa privada. O gestor tem que ser técnico e político sintonizado com o processo social. O novo papel do gestor público faz dele um profissional de articulação competente para negociar com interlocutores sociais dos mais diferentes tipos: desagregados, fragmentados, carentes, fragilizados, excluídos do processo de gestão das políticas públicas. A gestão precisa ser democratizada através de mecanismos de transparência administrativa, agilidade legislativa e participação popular nas suas decisões, onde o foco da ação deve ser o cidadão. Do Blog Jales Cavalcante.
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Marcos Imperial