A deputada federal Fátima Bezerra disse “lamentar” as declarações do secretário Paulo de Tarso Fernandes (Gabinete Civil) ao jornal Diário de Natal/O Poti, acusando “as facções do PT” de usar a greve na educação como “troféu” contra o governo, como estratégia para buscar a “prevalência de uma facção sobre as outras”.
Paulo de Tarso disse, ainda, que as greves deflagradas por várias categorias públicas são “radicalmente políticas” e, mais uma vez, referiu-se ao PT, afirmando que as paralisações são “conduzidas por essas facções radicais”.
Para Fátima, o secretário usa “bordões ultrapassados”, com o objetivo de “criminalizar o movimento grevista”, quando deveria “ter humildade e, ao mesmo tempo, serenidade para reconhecer que errou muito ao não chamar o conjunto dessas entidades para travar o diálogo desde o início”.
“Lamento que o secretário enverede por esse caminho de dizer que a greve é política e partidária. O governo quer colocar a culpa nos outros, quando deveria reconhecer que se atrapalhou”, rebateu a petista.
Fátima condenou a iniciativa do governo de entrar na Justiça pedindo a ilegalidade da greve dos professores. Para a petista, o governo tenta “judicializar” o assunto. “O governo não tem competência nem habilidade para resolver as coisas pelo caminho do diálogo”.
A deputada federal lembrou que o secretário Paulo de Tarso é um “jurista respeitável” e, portanto, “sabe que o direito à greve está previsto pela Constituição”. “A greve é política, sim, mas não é partidária, porque o que está em jogo é a luta da categoria pela melhoria das condições de trabalho”, acrescentou. O Minuto.
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Marcos Imperial