domingo, 10 de julho de 2011

Maioria aprova Dilma e desaprova Rosalba e Micarla

Governo Dilma
Seis meses após elegerem uma presidenta da República, uma governadora e há pouco mais de um ano de votar para a Prefeitura, os natalenses reexaminam os apoios dados e reafirmam desaprovações. Pesquisa realizada pelo Instituto Certus, em parceria com a TRIBUNA DO NORTE, na primeira semana deste mês, mostra que apenas a presidência de Dilma Rousseff obteve índices positivos de aprovação entre os entrevistados.

O Instituto Certus aplicou um questionário com seis perguntas aos entrevistados (veja quadro técnico). Três delas eram sobre como estão sendo avaliadas as administrações federal, estadual e municipal pelos natalenses.

 Comparada com a votação obtida no segundo turno de 2010 entre os eleitores da capital potiguar, a presidenta Dilma Rousseff (48,2% dos votos válidos) deu a volta por cima nos seis primeiros meses de administração e experimenta um crescimento significativo no apoio: 61,4 % dos natalenses aprovam o governo que ela vem fazendo. O índice de desaprovação a Dilma (25,4%) é apenas metade dos que votaram em Serra no segundo turno (51,4%) em Natal.

A situação mostrada pela pesquisa do Instituto Certus, em relação ao governo Rosalba Ciarlini, é proporcionalmente inversa. Eleita no primeiro turno de 2010, com 39,1% dos votos dos natalenses, a governadora não conquistou os natalenses - 55,6% desaprovam a administração estadual - e parece ter perdido apoio. Apenas 25,4% dos entrevistados aprovam as ações da governadora nestes seis primeiros meses de gestão. Mantendo a comparação com os resultados eleitorais, a desaprovação de Rosalba é, praticamente, equivalente a soma dos votos obtidos (59%) pelo ex-governador Iberê Ferreira de Sousa e o ex-prefeito Carlos Eduardo em 2010.

No âmbito da Prefeitura de Natal, a desaprovação à gestão Micarla de Sousa se mantêm alta: 88,6% de todos os entrevistados disseram desaprovar a atual administração. O índice de aprovação é de 7,8% e, apesar de baixo, nem mesmo se traduz em intenção de votos na possibilidade da prefeita vir a se candidatar a releição (veja texto e infográfico sobre intenções de votos). 

Para Mardone França, os índice de aprovação/desaprovação às titulares dos três níveis do Executivo, entre os natalenses, têm origem em "estilos diferentes e opções diferenciadas de como governar" (leia análise completa na página 4).

Estratificados por faixas econômicas e grau de instrução, os índices mostram tendências consolidadas. Em relação a governadora Rosalba Ciarlini, quanto maior o nível de instrução, maiores os índices de desaprovação (52,9% e 54,9% entre quem tem 2º grau e nivel superior), ocorrendo o inverso em relação a presidenta Dilma Rousseff (60,9% e 71%, respectivamente para as mesmas faixas). Quem ganha salários maiores desaprova Rosalba (56,2% na faixa entre 5 e 8 salários mínimos), mas tende a aprovar Dilma (66,6% na mesma faixa).  

Para a prefeita Micarla de Sousa, os índices mais positivos  na estratificação por níveis de instrução e renda estão entre os entrevistados com o 1º grau - ela tem 20% de aprovação (3,16% classificam como ótima a administração) e entre os que recebem de 8 a 10 salários mínimos (34,3% de aprovação). 

Natalense revela nível de satisfação

O nível de desaprovação a governadora Rosalba Ciarlini e a prefeita Micarla de Sousa não deixa os natalenses desesperançados nem pessimistas. É o que mostram os resultados das questões apresentadas aos entrevistados pelo Instituto Certus sobre as condições de vida da população.

Segundo os números, a população residente nos municípios da Grande Natal tem um nível de satisfação com as condições de vida atual maior que os natalenses. Nos três  municípios da região metropolitana pesquisados (Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba) 70,5% disseram estar satisfeitos e 8% muito satisfeitos. Em Natal, os números são 63,8% (satisfeitos) e 12% (muito satisfeitos).

Quando perguntada sobre as mudanças ocorridas nas condições de vida, nos últimos anos, a população também confirma esses níveis de satisfação. Em Natal 51,4% e na Grande Natal 51% dos entrevistados afirmam que a vida melhorou. Aqueles que não viram melhorias são 37,8, em Natal, e 41% na Grande Natal.

O percentual dos que não viram mudanças é mais alto do que o número daqueles que se mostraram neutros quanto ao grau de satisfação em relação as condições de vida: 8,5% na Grande Natal; 14% na capital. Para 10,4% da população natalense a vida ficou pior (na Grande Natal, 8% deram essa resposta), coincidindo também com o percentual dos que estão insatisfeitos com a vida: 8,5% na Grande Natal e 14% na capital. 

Sondagem eleitoral mostra preferências

Faltando um ano para o início oficial das campanhas partidárias nas eleições municipais, o natalense tem preferências claras para a sucessão da prefeita Micarla de Sousa. Nas intenções de voto estimulado (quando são apresentados nomes de possíveis candidatos), os maiores índices apontam para dois ex-ocupantes de cargos executivos, sem mandatos. Os menores incluem a atual prefeita e dois deputados. 

A liderança nas intenções do voto estimulado é para o ex-prefeito Carlos Eduardo. Ele já administrou a cidade por dois mandatos (2002/2004, completando o mandato de Wilma; 2005/2008, por reeleição) e tem 40,8% das preferências dos eleitores natalenses. Em segundo, vem a ex-governadora Wilma de Fria (já foi prefeita da capital por três vezes), com 20,2% das intenções de votos.

A pesquisa incluiu na ficha apresentada aos entrevistados somente os nomes que têm sido citados na mídia como possíveis candidatos, por declarações próprias ou por referências em analises sobre o quadro político na capital. A prefeita Micarla de Sousa, que em nenhuma ocasião falou diretamente sobre as eleições, foi incluída por ser considerada "candidata natural" à reeleição.

A prefeita divide com o deputado estadual Hermano Moraes e o deputado federal Fabio Faria os menores indices de intenção de votos. Micarla e Hermano tem, ambos, 2,4% da preferência dos eleitores de Natal. O deputado Fábio Faria tem menos: 2%. Outros votados foram: Rogério Marinho (8%); o deputado federal Felipe Maia (3,6%) e o deputado estadual Fenando Mineiro (3,4).Tribuna do Norte.

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Marcos Imperial

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