Débora Ramos
repórter
Um dia após selar acordo com a Secretaria de Saúde de Parnamirim, os médicos que prestam serviço terceirizado à maternidade Divino Amor retornaram ao trabalho nesta terça-feira. Com as escalas de plantão completas desde às 7h, a manhã de ontem (2) foi de normalidade na unidade, ou seja, o ambiente alvoroçado, com excesso de pacientes e falta de leitos era o mesmo de sempre, segundo informou o obstetra Uiraquitan Lopes. "O tumulto é o habitual. A maternidade está funcionando no limite da sua capacidade, como sempre aconteceu", disse.
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Um dia após selar acordo com a Secretaria de Saúde de Parnamirim, os médicos que prestam serviço terceirizado à maternidade Divino Amor retornaram ao trabalho nesta terça-feira. Com as escalas de plantão completas desde às 7h, a manhã de ontem (2) foi de normalidade na unidade, ou seja, o ambiente alvoroçado, com excesso de pacientes e falta de leitos era o mesmo de sempre, segundo informou o obstetra Uiraquitan Lopes. "O tumulto é o habitual. A maternidade está funcionando no limite da sua capacidade, como sempre aconteceu", disse.
Alberto leandroA dona de casa Adriana Elias deu à luz ontem e ficou esperando nos corredores por uma vaga na enfermaria da maternidade
Outro setor que funcionava com excesso de pacientes era o centro cirúrgico. O local, que é utilizado apenas para a realização de procedimentos, não deve ser usado como espaço para em repouso, mas, mesmo assim, abrigava três mulheres que haviam acabado de dar a luz aguardavam ali por uma vaga no setor de pós-parto.
A dona de casa Adriana Elias de Andrade, de 20 anos, está entre o grupo de pacientes que não conseguiu um leito. Em repouso após dar a luz na madrugada de ontem, ela aguardava no corredor, ao lado do filho, a transferência para um espaço adequado. "Acho que é ruim para o bebê estar em um corredor como esse, no meio de todo mundo", disse ela.
Adriana chegou ao hospital por volta da meia noite de ontem e presenciou o momento crítico de desfalque de profissionais na unidade. Das 19h até o início da manhã de hoje, as escalas ficaram incompletas com a falta de médicos obstetras e pediatras. "O serviço ficou sobrecarregado para os demais membros da equipe, mas não foi preciso realizar transferência de pacientes para outras maternidades", comentou Uiraquitan.
Na UTI neo natal, que conta com os oito leitos cadastrados para o SUS ocupados, contudo, a noite foi considerada tranquila.
O entendimento entre Prefeitura e profissionais possibilitou a permanência de cerca de 40 dos 65 médicos que atuam na maternidade, entre obstetras e pediatras. O grupo, que ainda não é contratado pelo município cobrava aumento nos valores pagos pelos plantões. Com a solução conciliatória encontrada durante negociações do Sindicato dos Médicos e da Secretaria, o valor a ser pago pelo serviço ficou estabelecido em R$ 800.
Além disso, os médicos conseguiram garantias como a assinatura de contratos até o final do mês e a realização de um concurso público para contratação de mais profissionais até março do próximo ano.
De acordo com o secretário de Saúde de Parnamirim, Marciano Paisinho, o certame agendado para 2012 não só resolverá a questão do deficit de médicos na Divino Amor, como deve servir para completar de vez o quadro de funcionários da maternidade. "Vamos oferecer vagas para médicos, além de técnicos, auxiliares e outros cargos. O objetivo é fazer com que todos os funcionários do local se tornem efetivos, para que não tenhamos mais nenhum profissional sem vínculo atuando no hospital", esclareceu, acrescentando que a medida tem a finalidade de melhorar o serviço prestado à população.
Convênios com municípios devem acabar
Entre as ações que visam o aumento da qualidade do atendimento na Maternidade Divino Amor, o secretário Marciano Paisinho informou que a secretaria está estudando o fim dos convênios da maternidade com municípios do interior do estado. Segundo ele, a pactuação de serviços com mais de 46 cidades está prejudicando o atendimento prestado aos próprios moradores de Parnamirim. Uma audiência com o titular da Secretaria Estadual de Saúde Pública, Domício Arruda, será marcada para discutir o assunto.
Marciano explica que, num primeiro momento, a Divino Amor vai parar de atender os municípios que já excederam o número de procedimentos contratados para este ano. "Temos cidades que pactuaram 100 partos para este ano, mas que a essa altura já extrapolaram esse número", disse, informando que são 13 os municípios que se encontram nesta situação. A desvinculação ocorrerá de forma gradativa e deve ser finalizada até o próximo dia 31 de outubro, data na qual a unidade deveria abrir novos contratos de pactuação. "Vamos cumprir o que está previsto para este ano, contudo, não vamos renovar as parcerias. Uma unidade municipal deve atender ao município. Vamos deixar que os hospitais regionais assumam essa demanda, pois eles sim têm condições de o fazer", analisou. Tribuna do Norte.
A dona de casa Adriana Elias de Andrade, de 20 anos, está entre o grupo de pacientes que não conseguiu um leito. Em repouso após dar a luz na madrugada de ontem, ela aguardava no corredor, ao lado do filho, a transferência para um espaço adequado. "Acho que é ruim para o bebê estar em um corredor como esse, no meio de todo mundo", disse ela.
Adriana chegou ao hospital por volta da meia noite de ontem e presenciou o momento crítico de desfalque de profissionais na unidade. Das 19h até o início da manhã de hoje, as escalas ficaram incompletas com a falta de médicos obstetras e pediatras. "O serviço ficou sobrecarregado para os demais membros da equipe, mas não foi preciso realizar transferência de pacientes para outras maternidades", comentou Uiraquitan.
Na UTI neo natal, que conta com os oito leitos cadastrados para o SUS ocupados, contudo, a noite foi considerada tranquila.
O entendimento entre Prefeitura e profissionais possibilitou a permanência de cerca de 40 dos 65 médicos que atuam na maternidade, entre obstetras e pediatras. O grupo, que ainda não é contratado pelo município cobrava aumento nos valores pagos pelos plantões. Com a solução conciliatória encontrada durante negociações do Sindicato dos Médicos e da Secretaria, o valor a ser pago pelo serviço ficou estabelecido em R$ 800.
Além disso, os médicos conseguiram garantias como a assinatura de contratos até o final do mês e a realização de um concurso público para contratação de mais profissionais até março do próximo ano.
De acordo com o secretário de Saúde de Parnamirim, Marciano Paisinho, o certame agendado para 2012 não só resolverá a questão do deficit de médicos na Divino Amor, como deve servir para completar de vez o quadro de funcionários da maternidade. "Vamos oferecer vagas para médicos, além de técnicos, auxiliares e outros cargos. O objetivo é fazer com que todos os funcionários do local se tornem efetivos, para que não tenhamos mais nenhum profissional sem vínculo atuando no hospital", esclareceu, acrescentando que a medida tem a finalidade de melhorar o serviço prestado à população.
Convênios com municípios devem acabar
Entre as ações que visam o aumento da qualidade do atendimento na Maternidade Divino Amor, o secretário Marciano Paisinho informou que a secretaria está estudando o fim dos convênios da maternidade com municípios do interior do estado. Segundo ele, a pactuação de serviços com mais de 46 cidades está prejudicando o atendimento prestado aos próprios moradores de Parnamirim. Uma audiência com o titular da Secretaria Estadual de Saúde Pública, Domício Arruda, será marcada para discutir o assunto.
Marciano explica que, num primeiro momento, a Divino Amor vai parar de atender os municípios que já excederam o número de procedimentos contratados para este ano. "Temos cidades que pactuaram 100 partos para este ano, mas que a essa altura já extrapolaram esse número", disse, informando que são 13 os municípios que se encontram nesta situação. A desvinculação ocorrerá de forma gradativa e deve ser finalizada até o próximo dia 31 de outubro, data na qual a unidade deveria abrir novos contratos de pactuação. "Vamos cumprir o que está previsto para este ano, contudo, não vamos renovar as parcerias. Uma unidade municipal deve atender ao município. Vamos deixar que os hospitais regionais assumam essa demanda, pois eles sim têm condições de o fazer", analisou. Tribuna do Norte.
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Marcos Imperial