quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Lula deveria ir para o SUS ? Por que derrubaram a CPMF ?




Há a colonista (*) que nos informa que D. Marisa anda nos corredores do hospital de chinelinho.

Formidável !

Seria impossível viver sem essa falsa informação, neste dia de Finados.

Mas, a colonista precisa demonstrar que sabe das coisas – quanto mais irrelevantes melhor.

Quanto mais pejorativas, melhor ainda.

Chinelinho de sisal ou uma havaiana cor de abóbora ?

E se a D Marisa usasse uma sandália rasteira da Dolce Gabana nos corredores do Sírio ?

O que diria a notável colonista ?

Está vendo, é uma Dolce Gabana mensaleira !

Há o colonista que, para mostrar suposta indignação, reproduz, um a um, os comentários raivosos contra Lula.

O colonista tem vergonha !

De que ?





Neste Dia de Finados, reapareceu um colonista que usa múltiplos chapeús.

Tinha-se a impressão de que ele estava de férias há uns seis meses, mas não: voltou.

Ele também tem vergonha do Lula.

Porque o Lula não foi para um hospital do SUS.

O SUS, como se sabe, tem recebido um volume cada vez maior de recursos do Governo Federal.

Nunca Dantes se investiu no SUS e em equipamentos para diagnosticar e tratar do câncer como agora, nestes últimos oito anos e meio. 

O SUS ainda não é o serviço médico exemplar que o colonista de muitos chapéus encontra (rsrsrsrs) nos hospitais públicos dos Estados Unidos.

Como se sabe, o notável colonista de muitos chapéus, como na piada do argentino, é italiano, vive (a contragosto) no Brasil e pensa que é americano.

O presidente Lula foi para o Sírio, porque o Sírio é melhor do que os serviços do SUS.

E assim é em Nova York, por exemplo.

Se o amigo navegante for negro, desempregado, morar no Harlem e quebrar a perna, é melhor vir se tratar no SUS.

Porque, em Nova York, vai passar o resto da vida torto.

O Nunca Dantes comprou um plano de saúde.

E por isso pode ir para o Sírio.

(A mais grave doença hospitalar que se contrai no Sírio é a irresponsabilidade e a falta de ética de funcionários e médicos que passam informação para o PiG (**) como forma de cortejá-lo.)

Foram para o Sírio o Mario Covas, a Roseana Sarney, o Maluf, o Sarney e o José Alencar.

E o de muitos chapéus não pareceu incomodado quando Maluf e Sarney lá foram tratar da próstata.

Será que o Padim Pade Cerra jamais pisou no Sírio ?

Tem certeza, amigo navegante ?

Um dia, o Estadão informou que  o Padim foi fazer um cateterismo no Sirío, mas a informação sumiu do site do Estadão com a rapidez com que o Cerra foge do Ricardo Sergio (hoje). 

O Nunca Dantes foi se tratar no Sírio com o oncologista e o cirurgião que passam a metade do dia no Instituto do Câncer, que atende o SUS e que recebe, cada vez mais, recursos do Governo Federal e do Estado de São Paulo.

O Dr Paulo Hoff, oncologista da Dilma e do Lula, poderia ter ficado num dos melhores hospitais do mundo, em Houston, no Texas, mas preferiu voltar para o Brasil – e também trabalhar para o SUS.

No Hospital do Câncer, ele é responsável por um dos mais sérios trabalhos em pesquisa e formação de quadros para diagnosticar e curar o câncer.

(Ao contrário do de muitos chapéus, o Dr Hoff não ficou nos Estados Unidos porque não quis.)

Por que o SUS não é ainda a maravilha dos hospitais públicos (existem ?) de Nova York ?

Porque a elite brasileira – a que os colonistas se filiam, num papel subalterno – acabou com a CPMF.

Dr Fernando Henrique Cardoso, que faz exame de DNA do filho em Nova York, liderou o movimento para acabar com a CPMF.

Na gloriosa campanha para tirar dinheiro do SUS, o Farol de Alexandria liderou senadores hoje derrotados – Arthur Virgilio Cardoso e Tasso tenho jatinho porque posso !, por exemplo – para destruir a CPMF que, a pedido de Adib Jatene, ele mesmo instituiu.

O que fez o Padim – para salvar a CPMF ?

Nadinha.

Recolheu-se atrás da frondosa árvore do PiG (**).

O preconceito contra o Lula e a possibilidade de se concretizar o “2014 já era”, como disse o Aloysio 300 mil, se manifestam de diversas maneiras.

Destruir o SUS é uma delas.

Não querer que o Maluf se trate no Sírio é outra.

Destruir o ENEM, a banda larga dos pobres para a universidade, é outra.

A do momento.

E assim vai o PiG (**), incansavelmente.

De chinelinho pelos corredores.


Paulo Henrique Amorim

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