terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PT ataca PSDB e abre espaço para alianças em 2012


BRUNO BOGHOSSIAN - Agência Estado
O Diretório Nacional do PT aprovou uma resolução política que ataca seu principal adversário, o PSDB, ao chamar o partido de "nau sem rumo"
A classificação é uma referência direta à indefinição dos tucanos na escolha de um candidato para as eleições municipais de 2012 em São Paulo. A crítica ao PSDB foi debatida em uma reunião realizada em Belo Horizonte há 10 dias. Na reunião de hoje, em São Paulo, a cúpula do partido decidiu manter o trecho. 

O texto petista cita uma frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que disse ser "mais fácil falar do futuro do euro do que o do PSDB", em alusão à disputa interna pela candidatura à Prefeitura da capital paulista."(FHC) descreveu a nau sem rumo em que se converteu o principal partido da oposição conservadora do País. Se o Brasil ainda estivesse sob o jugo dos tucanos estaria arremetido no turbilhão da crise internacional, com milhões de desempregados e se veria face a novas privatizações e ameaças à soberania nacional", avalia a cúpula do PT. 

Em uma versão anterior, discutida em Belo Horizonte, FHC era chamado de "guru-mor", mas a expressão foi retirada da redação aprovada hoje.Apesar do ataque, a direção petista afirma que não deve "subestimar a oposição", que "dirige governos importantes e, mesmo sendo minoritária na sociedade, possui bases eleitorais significativas". 

"Sua ação, no entanto, hoje se desenrola no plano das denúncias sem coragem de assumir suas concepções econômicas e sociais que são da mesma natureza daquelas geradoras da crise internacional", critica o partido.A resolução política do PT indica que o partido pretende usar as eleições de 2012 para "sustentar e ampliar" o apoio a seu projeto nacional. 

A afirmação seria um contraponto à estratégia eleitoral de 2010, quando candidaturas próprias petistas foram prejudicadas em nome da aliança nacional pela eleição da presidente Dilma Rousseff.A direção reconhece, no entanto, a necessidade de alianças. "As eleições serão também um momento de unidade programática com nossos aliados, compreendendo a necessidade de alianças que devem levar em conta a legítima aspiração de cada partido ao seu crescimento e a posição relativa de força de cada um na sociedade", afirma.

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Marcos Imperial

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