Cortejo Afro (foto: divulgação).
A noite de sexta-feira, no circuito Osmar, no Campo Grande, foi marcada pela presença dos blocos de matriz africana. Esses trouxeram a diversidade através do samba, que foi do tradicional ao moderno, e das músicas afros. Os blocos encheram as ruas com cores, músicas, tradição e religiosidade.
O Saudade é Folia abriu o desfile com três diferentes atrações, a bandaClariou e os sambistas Arlindo Cruz Neto e Arnaldo. Adilton Águia, diretor da entidade, conta que a proposta do bloco é levar alegria e paz ao carnaval, reunindo amigos, familiares e amantes do samba de raiz. Entre os foliões, grupos que participam do bloco há muitos anos, que comentam sobre a tranquilidade que é desfilar entre amigos.
Na sequência, o Cortejo Afro chega com a proposta da diversidade. Alberto Pitta, diretor do bloco, diz que o Cortejo vive o “signo da inclusão”, por isso, o tema para o carnaval de 2012 é a luta contra as diversas formas de discriminação. São elas: a homofobia, o preconceito racial e a desigualdade social.
Essa inclusão, proposta pelo Cortejo, é vista durante o seu desfile. No bloco, jovens, idosos, brancos, negros, estrangeiros e mulheres na bateria. Pitta afirma que o tema envolve questões sobre cidadania, política, cultura e religião. Essa última, bem representada pela presença de Mãe Santinha, mentora espiritual da comunidade de Pirajá, que seguia no carro de apoio junto a diversas representantes do terreiro Ilê Axé Oyá.
Uma presença ilustre no desfile do Cortejo Afro é o cantor Jerônimo, que é diretor honorário do bloco e que define o Cortejo como o mais elegante e sofisticado na execução das músicas. Esta sofisticação é vista também na elaboração das roupas, que mudam de acordo com cada ala do bloco, diversificando cores, estampas e fantasias.
Mais um bloco no desfile do circuito Osmar é o Filhos de Marujo, que contou com a apresentação do samba da Viola de Marujo, banda composta por garotos da comunidade de Pau da Lima e Engenho Velho de Brotas. O bloco surgiu a partir do trabalho social da diretora Valdete Cardoso, que se esforça para afastar os garotos da comunidade das drogas e da marginalidade. Ela afirma que, entre um pandeiro e uma arma, ela prefere que os garotos da comunidade se dediquem ao samba.
As entidades citadas acima integram o Carnaval Ouro Negro, programa de apoio ao desfile de blocos de matriz africana, criado em 2009, pela Secretaria de Cultura da Bahia. Em 2012, o programa contempla 126 entidades, entre afoxés, blocos afro, de índio, de samba, de reggae e de percussão, com um investimento de R$5,305 milhões.
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Marcos Imperial