Apolinário, o vereador em questão, é tido por gays como homofóbico.
Carlos Apolinário (foto), 59, de São Paulo, apresentou projeto de lei que, se aprovado, cria banheiros públicos e em restaurantes, shoppings, cinemas e em casas noturnas para gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. Ligado à Assembleia de Deus, Apolinário é tido como homofóbico pelo movimento de defesa dos homossexuais. Para ele, já existe no Brasil uma ditadura gay. Em 2011, Apolinário conseguiu que a Câmara Municipal aprovasse o “Dia do Orgulho Heterossexual”. A lei foi vetada pelo prefeito Gilberto Kassab.
Apolinário disse que teve a ideia de propor a criação do terceiro banheiro a partir da polêmica desencadeada por Laerte Coutinho, 60, que foi barrado ao tentar entrar em banheiro feminino de uma lanchonete. O cartunista da Folha de S. Paulo é bissexual e atualmente se veste de mulher. O vereador do DEM considerou inaceitável o argumento de Laerte segundo o qual naquele dia procurou um banheiro feminino porque estava se sentindo mulher. Ele disse que uma pessoa com esse tipo de motivação poder ser, às vezes, “sem vergonha, mau caráter, que nem tem essa opção sexual”, podendo estar interessado, por exemplo, em abordar crianças. Laerte disse que a aprovação do projeto de lei seria a “consagração do gueto”.“É uma solução que não é uma solução, porque discrimina de uma vez por todas. Como se os outros fossem normais e uma outra parte não", disse.
Por César A. Martín, com informação de Paulopes.
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