Por Luiz Gonzaga Belluzzo, Carta Capital.
O sistema do poder, do dinheiro e da informação prepara o enterro do senador Demóstenes Torres, mais um notável da República que virou cadáver notório. A cova ainda aberta, os senhores da terra já comemoram sua desgraça, arreganhando os sestros das hienas.
Demóstenes foi um fiel servidor dos impolutos “investigativos” que agora executam sua liquidação moral e política. Repito o que escrevi há tempos: a língua inglesa tem uma palavra precisa – self-righteousness – para designar as exibições de virtude dos caçadores de corruptos que, como Torres, se ocupam de achincalhar os adversários com as desfeitas do moralismo dos fariseus. O Novo Michaelis define: self-righteous, o cidadão que imposta a self-righteousness, é farisaico, hipócrita.
Há que se admirar, no entanto, o desmazelo da turma dos self-righteous nos labores de selecionar seus operadores políticos. Por causa de tais “falhas de mercado”, o morgue das reputações perdidas é invadido por uma frenética circulação de cadáveres excelentes, todos mortos a golpes de primeira página. Enquanto isso, sobrevive impávida a estrutura de poder real que sustenta a procissão de promiscuidades entre a mídia e a política. Mandam e desmandam os mesmos de sempre, agora reforçados pelas pirotecnias eletrônicas à moda de Ruppert Murdoch.
A grande inovação dos tempos, além da internet e do celular, é a fábrica de grampos, empreendimento comum de arapongas e de certos “operadores” da mídia dita investigativa.
Há que se admirar, no entanto, o desmazelo da turma dos self-righteous nos labores de selecionar seus operadores políticos. Por causa de tais “falhas de mercado”, o morgue das reputações perdidas é invadido por uma frenética circulação de cadáveres excelentes, todos mortos a golpes de primeira página. Enquanto isso, sobrevive impávida a estrutura de poder real que sustenta a procissão de promiscuidades entre a mídia e a política. Mandam e desmandam os mesmos de sempre, agora reforçados pelas pirotecnias eletrônicas à moda de Ruppert Murdoch.
A grande inovação dos tempos, além da internet e do celular, é a fábrica de grampos, empreendimento comum de arapongas e de certos “operadores” da mídia dita investigativa.
Tempo houve em que o grampo se prestava a finalidades excelentes. Excelentes porque, de fato, excediam sua banalidade ilusoriamente óbvia. O grampo cuidava, então, de adornar os cabelos das estrelas de Hollywood, mulheres inesquecíveis, como Rita Hayworth em Gilda ou, melhor ainda, Kim Novak em Vertigo.” Artigo Completo, ::Aqui::
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Marcos Imperial