Governadora se comprometeu emfazer umestudo de impacto orçamentário para oferecer uma proposta de reajuste à categoria. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press.
Várias categorias do serviço público estadual do Rio Grande do Norte
estão indignadas com o Governo do Estado e fizeram protestos no Centro
Administrativo ontem. Parece ser o primeiro passo para uma nova deflagração de
greves em massa, como ocorreu entre abril e maio do ano passado.
Um dos protestos foi o dos agentes penitenciários, organizado pelo
Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN (Sindasp), depois de uma paralisação
de advertência de 48 horas no final de semana que impediu a entrada de
alimentos e de visitas aos presídios e centros de detenção provisória (CDPs).
A categoria reclama da falta de melhores condições de trabalho e uma
condição digna para o cumprimento da pena dos presos. Também pede mais
valorização de seus servidores. No final de semana, o agente penitenciário
Marcelo Quintano, 35, foi morto por dois homens numa festa em São José de
Campestre. Ele trabalhava no presídio de Nova Cruz e o crime teve
características de execução.
De acordo com a presidente do Sindasp, Vilma Batista, o governo tem sido
intransigente ao negociar possíveis melhorias para o bom trabalho e a segurança
dos agentes. "Vamos tentar uma conversa com o secretário. Se nada for
feito, infelizmente poderemos fazer a greve", afirmou. Entre as várias
requisições feitas pelos agentes, que viriam desde 2010, está a nomeação de 55
agentes concursados mas que não foram convocados pelo governo para compor os
quadros da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc).
"O governo nomeou quatro agentes, mas disseram que não tinham como
pagar por causa do limite fiscal, mesmo se tratando de vagas de pessoas que já
haviam morrido", argumentou ela. A sindicalista afirma que, mesmo havendo
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado, o governo não pretende
convocar os concursados, nem promover aumento salarial, como houve com outras
categorias. "A Lei de Responsabilidade Fiscal para os outros é um detalhe.
Para nós, parece um carma", comparou Vilma Batista.
O governo se comprometeu em fazer um estudo de impacto orçamentário
junto à equipe econômica para oferecer uma proposta de reajuste à categoria.
Contudo, essa análise ainda não está pronta. O Diário de Natal procurou o
secretário Aldair da Rocha, mas não obteve sucesso. Ele acumula a função de
titular das pastas de Segurança Pública (Sesed) e de Justiça e Cidadania
(Sejuc), esta última responsável pelo sistema prisional do Rio Grande do Norte,
onde trabalham os agentes penitenciários. Com Informações: Diario de Natal.
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Marcos Imperial