Presidente Dilma Rousseff abraça a ministra Cármen Lúcia, recém-eleita presidente do TSE.
Aos 57 anos de idade, a ministra Cármen Lúcia tomou posse nesta quarta-feira (18) como a primeira presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ela estará à frente dos pleitos municipais deste ano, em substituição a Ricardo Lewandowski. Marco Aurélio é o vice, ambos ficarão no cargo por dois anos.
Aos 57 anos de idade, a ministra Cármen Lúcia tomou posse nesta quarta-feira (18) como a primeira presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ela estará à frente dos pleitos municipais deste ano, em substituição a Ricardo Lewandowski. Marco Aurélio é o vice, ambos ficarão no cargo por dois anos.
Em seu discurso de despedida, Lewandowski disse que saía de forma confortável do cargo com a certeza de que sua sucessora é uma pessoa "digna, lúcida e competente". “É tempo de dizer adeus ou até breve e enfrentarmos os novos desafios que o futuro nos reserva e expor a nossa gratidão. Saio com a consciência tranquila e sensação de dever cumprido”, completou.
No discurso de posse, a nova presidente destacou que atos públicos como este "servem para reafirmar a seriedade e rigor deste desafio". A magistrada pediu o apoio da imprensa e clamou aos cidadãos da importância deles no interesse pela política e na consciência na hora de escolher um candidato. "Quando a justiça tarda, falha. Mudar este quadro é o desafio que se impõe, nosso empenho e o nosso compromisso", disse.
Ela também apresentou um vídeo de um minuto e 10 segundos com frases próprias em defesa da Lei da Ficha Limpa.
Perfil
A mineira era vice-presidente do tribunal e é ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) desde 2006, após ser indicada pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao ser eleita presidente do tribunal, em 6 de março, a ministra citou a comemoração dos 80 anos desde a primeira participação feminina nas urnas. “Queremos, homens e mulheres, construir um Brasil justo. Agradeço muito ao tribunal e me comprometo cada vez mais com ele”, afirmou Cármen Lúcia depois da proclamação do resultado.
A ministra foi uma das principais defensoras da Lei da Ficha Limpa, que barra políticos condenados por órgãos colegiados da Justiça. Ela também defende barrar candidaturas por conta de rejeição de contas eleitorais.
Renúncia ao cargo
Ricardo Lewandowski comunicou ainda nesta quarta ao presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, sua renúncia ao cargo de ministro do TSE. A justificativa, segundo assessores de Lewandowski, seria a decisão de se dedicar integralmente ao caso do mensalão, que poderá ser julgado pelo STF ainda este ano.
O mandato de Lewandowski no TSE terminaria em 5 de maio do ano que vem. A vaga de Lewandowski passará a ser ocupada pelo ministro José Antonio Dias Toffoli.
O STF transformou em réus 37 dos 40 denunciados no caso do mensalão, como ficou conhecido o suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio político.
(Com informações de Maurício Savarese).
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Marcos Imperial