Porque onde tem confusão, irregularidade, imoralidade,
basta cutucar um pouquinho que o nome do norte-rio-grandense Agaciel Maia, o
ex-diretor do Senado que mesmo envolvido em escândalos virou deputado distrital, aparece.
E apareceu.
Leiam o que está escrito no portal Brasil 247:
Os grampos da Operação Monte Carlo ganham novo
cenário. O inquérito contem gravação de uma conversa do deputado distrital
Agaciel Maia (PTC) com José Olímpio Queiroga, um dos líderes da quadrilha de
Cachoeira preso desde o dia 29 de fevereiro, quando a Operação Monte Carlo foi
deflagrada. Os dois negociavam o voto pela emenda que permitia a instalações de
postos de gasolina somente em estabelecimentos novos. Maia nega a interferência
e diz que apoia a quebra do monopólio do combustível.
A lei complementar no 01/2011, apresentada pelo
distrital Chico Vigilante (PT), previa que supermercados e shoppings pudessem
ter postos de gasolina nas intermediações. A norma contraria o cartel de
combustível instalado em Brasília. Em 15 de junho de 2011, o deputado Raad
Massouh (PPL) apresentou uma emenda para que a autorização fosse dada apenas
para as empresas que conseguissem a licença depois da aprovação da lei,
excluindo quem já tem o posto instalado, mas não em funcionamento.
As gravações foram feitas com autorização
judicial. Queiroga estaria sendo cobrado por um homem identificado como Ricardo
Porto e depois entra em contato com Agaciel Maia. Segue as conversas grampeadas
na tarde da votação da emenda:
Ricardo: “Rapaz, ele assinou do lado contrário à
gente. Cara, cê acredita? Tô te falando cara”
José Olímpio: “Ah, mas cê tá brincando!”
Ricardo: “Tô te falando! Contra a gente! O Agaciel
vai se queimar à toa, cara”
As gravações da PF mostram que, em seguida,
Olímpio telefonou para o deputado distrital.
José Olímpio: “Alô, deputado, como é que tá você?”
Agaciel Maia: “Tô bem, graças a Deus. E você?”
José Olímpio: “O meu amigo Marcola, Ricardo Porto
ligaram agora! Rapaz, cadê aquele seu amigo lá? Você não tá contra o Raad”
Agaciel Maia: “E não votei favorável, rapaz? (...)
Eu ainda tirei um voto que era deles: o (deputado) Cristiano Araújo (PTB).
(...) Agora, eu fiz aquele discurso, esculhambei com todo mundo e tal, mas
votei a favor!”
Em nota, o deputado Chico Vigilante afirma que
está estupefato com os fatos, “apesar de ter dito e repetido diversas vezes que
o crime organizado estava por trás da aprovação do projeto de lei complementar
01/2011”.
Cristiano Araújo afirma não ter conhecimento de
nenhuma motivação, além das convicções dos parlamentares, para a aprovação da
proposta. Ele nega conhecer as pessoas envolvidas na investigação e acredita
que seu nome foi citado fora de contexto pelo deputado Agaciel Maia. “Para o
parlamentar, a emenda corrige imperfeições do projeto original, preservando os
consumidores do DF de eventuais monopólios no setor de combustíveis”, afirmou,
em nota, a ssessoria de imprensa do distrital.
O distrital Raad Massouh disse que não conhece
Carlos Cachoeira e nem José Olímpio e afirma que não fez qualquer tipo de
acordo para a elaboração da emenda.
A emenda foi aprovada por 13 parlamentares. Com Informações Brasília Urgente.
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Marcos Imperial