Carlo Maria
Martini era biblista destacado e autor de dezenas de livros.
Ao
final da manhã, chegara a notícia de que o seu estado de saúde piorara, à tarde
foi anunciada a sua morte: o cardeal Carlo Maria Martini (85 anos),
ex-arcebispo de Milão, eminente intelectual e especialista da Bíblia, que
durante anos foi apontado como um dos nomes fortes para ser eleito Papa e
suceder a João Paulo II, morreu hoje em Milão. A notícia, conta a AFP, foi dada
pelo actual arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola. Ao final da
manhã, chegara a notícia de que o seu estado de saúde piorara, à tarde foi
anunciada a sua morte: o cardeal Carlo Maria Martini (85 anos), ex-arcebispo de
Milão, eminente intelectual e especialista da Bíblia, que durante anos foi
apontado como um dos nomes fortes para ser eleito Papa e suceder a João Paulo
II, morreu hoje em Milão. A notícia, conta a AFP, foi dada pelo actual
arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola.
Martini,
que defendia uma atitude da Igreja mais aberta e compreensiva do mundo
contemporâneo, é autor de dezenas de livros e textos, traduzidos em muitas
línguas (vários deles em português). Um deles, Em Que Crê Quem Não Crê (ed.
Gráfica de Coimbra), é um diálogo com o filósofo Umberto Eco.
Apesar
de sempre ter sido crítico de várias posições oficiais da Igreja, Martini era
muito respeitado na instituição católica. A sua inteligência e brilhantismo, a
que aliava um modo subtil de manifestar as suas posições, não seriam estranhos
a esse respeito. Quer João Paulo II, que o nomeou para Milão em 1980, quer o
actual Papa, com quem se encontrou em Junho, sempre confessaram a sua admiração
pelo cardeal.
A
Rádio Vaticana, conta a agência Ecclesia, recordou esse último encontro entre o
Papa e o seu “amigo jesuíta” – Martini integrava esta ordem. O cardeal admitiu
nessa altura que se vive “um momento muito difícil para a Igreja”. Por António Marujo http://www.publico.pt
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Marcos Imperial