Cândido pediu à Sesed proteção para evitar o que
aconteceu com Edinaldo (E), morto em 2011. Fotos: Frankie Marcone/DN/D.A Press
– Arquivo pessoal/Divulgação.
Candidato a prefeito de Serra do Mel pelo PT,
Manoel Cândido da Costa se reuniu na última quarta-feira com o
secretário-adjunto de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Airton
Ferraz, para cobrar proteção policial durante os eventos políticos da coligação
“A mudança é pra valer, esta mudança inclui você”.
Manoel Cândido afirmou à reportagem do Diário de
Natal/O Poti que se sente ameaçado por alguns adversários políticos. Segundo
ele, alguns fatos estão passando dos limites, por isso pediu proteção policial.
“A presença da polícia nos eventos pode até não resolver a situação, mas
ameniza para que possamos realizar nossas concentrações sem preocupação”,
disse. O candidato afirmou que Airton Ferraz ouviu as denúncias e ficou de
repassá-las ao secretário Aldair da Rocha, mas garantiu que o pedido seria
atendido.
De acordo com Manoel, um adversário subiu no
palanque em um dos últimos comícios realizados em Serra do Mel pelo grupo
petista, alegando que queria falar como candidato a prefeito. A tentativa,
porém, foi frustrada, pois os correligionários retiraram o adversário do local.
“Pessoas estão causando tumulto nos nossos comícios e reuniões. Eles ligam
carro de som no meio da nossa concentração, levantam bandeiras, então estamos
entendendo isso tudo como uma provocação”, destacou.
Pode-se dizer que o clima em Serra do Mel,
município localizado na Região Oeste e distante cerca de 320 quilômetros de
Natal, esquentou ainda mais nessa campanha devido ao assassinato do presidente
do PT municipal, Edinaldo Filgueira, 36, em 15 de junho do ano passado. A
vítima foi atingida com seis tiros por três desconhecidos que o aguardavam na
saída do local de trabalho.
A investigação da polícia apontou alguns indícios
de que o prefeito Josivan Bibiano (PSDB) seria mandante do homicídio. O motico
seriam as críticas à administração municipal feitas por Edinaldo em seu blog. O
prefeito foi detido no final do ano passado, mas liberado depois de 10 dias.
Outras cinco pessoas presas anteriormente também foram denunciadas pelo
Ministério Público à Justiça pela participação no crime.
A reportagem do DN tentou falar por telefone com o
juiz responsável pelo caso, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, da 1ª Vara
Criminal de Mossoró, porém não foi bem sucedida. De acordo com o site do
Tribunal de Justiça, o magistrado concedeu na última quarta-feira, cinco dias
para o advogado de acusação acrescentar alegações finais.
Rafael Godeiro
O advogado Niécio Roldão denuncia que está sendo
ameaçado de morte por correligionários do atual prefeito e candidato à
reeleição em Rafael Godeiro, Abel Belarmino de Amorim Filho (PSB). Niécio
relatou ter sofrido ameaças em público, perseguição em rodovias e intimidações.
Niécio escreveu um texto e publicou nas redes sociais solitando ajuda de advogados,
promotores de justiça, juízes e autoridades policiais. O advogado é assessor
jurídico do candidato da oposição José Lobo (PC do B).
No texto, Niécio relata ter sido ameaçado de morte
por um homem conhecido por “Zé de Zezito” que seria motorista e segurança
particular de Bernardo Amorim. Ainda de acordo com o advogado, “a ameaça foi
pessoal e na presença de várias pessoas”. Ele conta que no último domingo foi
seguido e provocado por um cidadão conhecido como Vandeirto e que na
segunda-feira foi vítima de uma tentativa de assassinato, porém não entrou em
detalhes quanto ao fato, por isso resolveu pedir que as autoridades adotem
providências urgentes. “Mesmo sob ameaças constantes e tendo sofrido um
atentado, não hei de sujar as minhas mãos de sangue depois dos 47 anos de idade
fazendo somente amizades”, relata.
Aldo Fernandes, presidente em exercício da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) de Mossoró, pediu rigor nas apurações sobre as
ameaças de morte contra assessores jurídicos do município de Rafael Godeiro, os
advogados José Niécio Roldão e José Wellington Diógenes. O presidente da OAB
solicitou que Marília Pinheiro, presidente da Comissão de Prerrogativas do
Advogado da OAB de Mossoró, acompanhe o caso.
Marília Pinheiro comunicou oficialmente o caso ao
juiz e ao promotor eleitoral da cidade de Rafael Godeiro, e solicitou proteção
para José Niécio Roldão e José Wellington Diógenes. A presidente da comissão
também realizou uma reunião na sede da OAB de Mossoró com os delegados Cleiton
Pinho, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil em Mossoró e o delegado
Roberto Moura, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Mossoró, para
oficializá-los sobre as ameaças. Os delegados informaram que um inquérito será
instaurado para investigar a autoria das ameaças e que Roberto Moura já tem
grande experiência na região onde o crime ocorreu, pois trabalhou como delegado
por vários anos em Rafael Godeiro. Por Erta Souza, no Diário de Natal.
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Marcos Imperial