quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Bomba: Michel Temer e Henrique Alves recebiam mesada para apoiar governo do DEM

Eliana Lima perguntou ontem no Twitter quem estava financiando o movimento dos estudantes que foram às ruas de Natal protestar contra o aumento das passagens de ônibus. No mesmo instante eu indaguei a blogueira da família Alves quem financiava os finais de semana do deputado Henrique Alves em castelos franceses?
Agora já sei.
O delator do suposto esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM, Durval Barbosa, revelou na 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal que o deputado potiguar Henrique Eduardo Alves era um dos quatro líderes do PMDB que dividia a mesada de R$ 1 milhão que o partido recebia em troca do apoio político ao ex-governador do DF José Roberto Arruda (ex-DEM). Além de Alves, outro beneficiado com o esquema era o vice-presidente Michel Temer.
Segue notícia do portal Terra:
O delator do suposto esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM, Durval Barbosa, disse nesta terça-feira, em audiência na 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, que o vice-presidente da República, Michel Temer, era um dos quatro líderes do PMDB que dividia a mesada que o partido recebia em troca do apoio político ao ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
Segundo Durval Barbosa, o ex-governador teria afirmado, em reunião com a cúpula do governo, com cerca de 100 participantes, que o apoio do PMDB lhe custara R$ 1 milhão ao mês. Ainda conforme o delator, Arruda confessou que o dinheiro era distribuído por Tadeu Filippelli, então deputado e atual vice-governador, e dividido com outros quatro líderes do PMDB. “Michel Temer, Henrique Alves e um tal ‘Cunha’, que não recordo o prenome. Havia um quinto participante, mas já morreu”, afirmou. Segundo Durval, Arruda teria dito ainda que, se Filippelli tivesse pedido o dobro do dinheiro em troca de apoio, ele pagaria.
O delator do suposto esquema também afirmou no depoimento que um dos réus do processo, o deputado distrital Roney Tanios Nemer (PMDB), passou a apoiar o governo Arruda depois que o então chefe de gabinete do governador, Fábio Simão, cooptou Filippelli a mando de Arruda. Segundo Durval, os dois políticos não se falavam e, quando Filippelli trouxe seu bloco para a base aliada, Arruda teria se vangloriado “aos quatro ventos”.
Roney Nemer prestou depoimento antes de Durval e negou qualquer participação no esquema. O deputado distrital disse que passou a fazer parte da base do governo Arruda depois que Tadeu Filippelli, líder do grupo do PMDB ao qual pertencia, decidiu apoiar o governador.
O parlamentar também disse desconhecer que as iniciais “RNeH” e “RN”, encontradas em uma lista na casa do conselheiro licenciado do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia se referiam a ele, conforme afirmou Durval. “Se contabilizaram dinheiro com o meu nome foi sem minha autorização, pois nunca recebi qualquer quantia”.
Durval Barbosa acusou Roney Nemer de receber R$ 30 mil e R$ 11,5 mil de “mesada”. O delator, no entanto, disse desconhecer de quem o deputado recebia o dinheiro. “Podia ser de qualquer um dos captadores já citados por mim”, afirmou. Durval também não soube informar o período correspondente à mesada. COM INFORMAÇÕES: http://www.ailtonmedeiros.com.br

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Marcos Imperial

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