Eliana Lima perguntou
ontem no Twitter quem estava financiando o movimento dos estudantes que foram
às ruas de Natal protestar contra o aumento das passagens de ônibus. No mesmo
instante eu indaguei a blogueira da família Alves quem financiava os finais de
semana do deputado Henrique Alves em castelos franceses?
Agora já sei.
O delator do suposto esquema de corrupção
conhecido como mensalão do DEM, Durval Barbosa, revelou na 2ª Vara da Fazenda
Pública do Distrito Federal que o deputado potiguar Henrique Eduardo Alves era
um dos quatro líderes do PMDB que dividia a mesada de R$ 1 milhão que o partido
recebia em troca do apoio político ao ex-governador do DF José Roberto Arruda
(ex-DEM). Além de Alves, outro beneficiado com o esquema era o
vice-presidente Michel Temer.
Segue notícia do portal Terra:
O delator do suposto esquema de corrupção
conhecido como mensalão do DEM, Durval Barbosa, disse nesta terça-feira, em
audiência na 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, que o
vice-presidente da República, Michel Temer, era um dos quatro líderes do PMDB
que dividia a mesada que o partido recebia em troca do apoio político ao
ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).
Segundo Durval Barbosa, o ex-governador teria
afirmado, em reunião com a cúpula do governo, com cerca de 100 participantes,
que o apoio do PMDB lhe custara R$ 1 milhão ao mês. Ainda conforme o delator,
Arruda confessou que o dinheiro era distribuído por Tadeu Filippelli, então
deputado e atual vice-governador, e dividido com outros quatro líderes do PMDB.
“Michel Temer, Henrique Alves e um tal ‘Cunha’, que não recordo o prenome.
Havia um quinto participante, mas já morreu”, afirmou. Segundo Durval, Arruda
teria dito ainda que, se Filippelli tivesse pedido o dobro do dinheiro em troca
de apoio, ele pagaria.
O delator do suposto esquema também afirmou no
depoimento que um dos réus do processo, o deputado distrital Roney Tanios Nemer
(PMDB), passou a apoiar o governo Arruda depois que o então chefe de gabinete
do governador, Fábio Simão, cooptou Filippelli a mando de Arruda. Segundo
Durval, os dois políticos não se falavam e, quando Filippelli trouxe seu bloco
para a base aliada, Arruda teria se vangloriado “aos quatro ventos”.
Roney Nemer prestou depoimento antes de Durval e
negou qualquer participação no esquema. O deputado distrital disse que passou a
fazer parte da base do governo Arruda depois que Tadeu Filippelli, líder do
grupo do PMDB ao qual pertencia, decidiu apoiar o governador.
O parlamentar também disse desconhecer que as
iniciais “RNeH” e “RN”, encontradas em uma lista na casa do conselheiro
licenciado do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia se referiam a ele,
conforme afirmou Durval. “Se contabilizaram dinheiro com o meu nome foi sem
minha autorização, pois nunca recebi qualquer quantia”.
Durval Barbosa acusou Roney Nemer de receber R$
30 mil e R$ 11,5 mil de “mesada”. O delator, no entanto, disse desconhecer de
quem o deputado recebia o dinheiro. “Podia ser de qualquer um dos captadores já
citados por mim”, afirmou. Durval também não soube informar o período
correspondente à mesada. COM INFORMAÇÕES: http://www.ailtonmedeiros.com.br
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Marcos Imperial