Terceiro colocado na corrida pela Prefeitura do Natal, com 9% das
intenções de voto na pesquisa Ibope divulgada na última sexta-feira (21), o
deputado estadual Fernando Mineiro (PT) procura se diferenciar dos principais
adversários, Carlos Eduardo (PDT) e Hermano Morais (PMDB), ao taxá-los de
“candidatos do continuísmo”. Para o petista, ambos são apoiados pela família
Alves e representam os projetos políticos que dominam a cidade desde 1985. O
petista critica o que considera “extremo conservadorismo” da política potiguar,
onde as famílias tradicionais mantém o poder, em sua visão, com muito mais
facilidade do que em outros estados do Nordeste. E não poupa críticas à
governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e à prefeita Micarla de Sousa (PV): “elas
são uma fraude”. Mineiro mostra confiança em suas chances de chegar ao
segundo turno e afirma que, mais do que ter boas relações políticas com o
Governo Federal, é fundamental elaborar projetos para trazer verbas para a
capital. Leia a entrevista:
CANDIDATO,
o senhor foi vereador quatro vezes e está no terceiro mandato de deputado
estadual, mas não tem uma experiência no Executivo. Como convencer a população
de que o senhor é o nome mais indicado para a Prefeitura do Natal?
PRIMEIRO, a minha experiência como parlamentar e sindicalista me ensinou
um caminho que considero decisivo para um gestor: o exercício do diálogo e da
intermediação, aliado ao conhecimento da realidade. Então, ao longo da minha
vida política eu tive o privilégio de conhecer essa cidade, aprofundar os
estudos, dialogar com amplos setores da sociedade. Isso me deu uma visão mais
ampla sobre Natal. Essa experiência, a minha história de luta estudantil,
sindical e parlamentar, me credencia a coordenar o trabalho na Prefeitura,
porque o papel do prefeito é coordenar uma equipe. O prefeito não é o
“superhomem” que vai resolver tudo. Quero contribuir para a transformação de
Natal, levar Natal a se vincular às transformações do Brasil.
QUAL
seria o seu principal diferencial nessa campanha em relação aos outros
candidatos?
A MINHA história. Não estou onde estou hoje por ter sido colocado
debaixo do braço por algum líder tradicional. Minha história é a história dos
que me acompanham. O PT fez grandes transformações no Brasil, e se você colocar
numa balança os erros e acertos do PT, o balanço é positivo. É isso o que me
credencia e me possibilita afirmar para a população e para a sociedade que nós
temos condições de contribuir com a transformação do Brasil. Tenho uma forte
convicção de que Natal precisa ter uma gestão do Partido dos Trabalhadores.
FALANDO
no PT, a decisão do partido foi sair sozinho no primeiro turno das eleições,
sem fazer alianças. Caso o senhor vá para o segundo turno, pretende buscar o
apoio de quais partidos?
A DECISÃO nossa era buscar alianças. Saímos sós porque os partidos
preferiram outro caminho. Agora, o PT isoladamente é muito mais sólido do
que essas alianças que lá estão. Caso eles fossem eleitos, e não serão,
essas alianças não durariam até a posse. Nós, pelo contrário, vamos para o
segundo turno, trabalhar para ganhar as eleições, e vamos fazer um arco de
alianças com setores da sociedade e com os partidos que quiserem se debruçar
sobre o nosso programa de governo, que temos colocado claramente para a
sociedade. Então, toda e qualquer liderança política que queira contribuir com
o processo à luz do nosso programa de governo vai estar aliada conosco.
Reafirmo a leitura de que as alianças dos outros candidatos são frágeis e de
ocasião. Todas elas. Qual a sustentabilidade dessas alianças? Quem aposta que
elas durarão e até quando? A história do Estado mostra isso. As forças
vitoriosas nas eleições de 2008 e 2010 se desmancharam, acabaram, se
desestruturaram. Foi só para ganhar a eleição. Nós estamos fazendo uma aliança
com a sociedade para administrar Natal.
O
SR. se lança candidato num momento em que o PT nacional vive uma situação
difícil, sem perspectiva de vitória em muitas capitais. O senhor vê um momento
de dificuldade para o partido?
PELO contrário. Nas principais capitais brasileiras o PT está disputando
em primeiro ou segundo lugar. Está em segundo lugar em Fortaleza, em Recife,
João Pessoa, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, para citar as maiores. A
perspectiva é de crescimento. Vamos ter mais votos em 2012 nas capitais do que
tivemos em 2008.
O
JULGAMENTO do chamado mensalão neste momento é prejudicial para os planos do
partido?
ATÉ agora não tem tido nenhuma influência. As pesquisas mostram que não
tem nenhuma relação. Às vezes o pessoal olha a pesquisa e extrai aquilo que
pode ser prejudicial ao PT. As pessoas sabem a diferença. A sociedade não se
deixa enganar mais por uma opinião publicada, que não pode ser confundida com a
opinião pública.
AQUI no Rio Grande do Norte, o PT nunca conseguiu chegar a um patamar maior. O que impede o partido de dar esse passo a mais no RN?
NÓS não nos expandimos da forma que gostaríamos,
mas vamos crescer nessas eleições. Tem uma série de dificuldades. Se você
analisar de maneira mais ampla, o RN não acompanha as transformações do Brasil.
Os outros estados, como Ceará, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Bahia, têm essas
transformações na política. O RN é muito incrustado. Além dos erros e
dificuldades de uma atuação nossa mais à esquerda, as forças políticas
tradicionais têm uma capacidade muito grande de se reciclar. O filhotismo é
muito forte na política local, mais forte do que nos outros lugares. Essa
capacidade de colocar os filhotes para mandar no nosso povo é muito forte. A
economia do RN é depende muito do Estado, que influi muito e dificulta o
surgimento de um empresariado e uma classe média mais independentes. Isso vai
mudando, mas atrasa as transformações. Tem que olhar o contexto. As forças da
esquerda têm dificuldade muito grande no RN, não só o PT, por causa desse
extremo conservadorismo. Nesse ponto, o RN está muito mais atrasado
politicamente do que o resto do Brasil. O Nordeste se renovou: os velhos grupos
que polarizavam a política não fazem mais isso, mas aqui eles continuam. O que
está por trás da disputa pela Prefeitura de Natal são os mesmos grupos que se
digladiaram em 1985, quando se restabeleceram as eleições diretas. São os
mesmos personagens. Então, é um traço forte. Isso não acontece em nenhuma
capital do Brasil nem do Nordeste. Querem criar um artificialismo para
polarizar dentro da mesma família.
ESTAMOS vendo uma polarização entre os dois primeiros colocados nas pesquisas, Carlos Eduardo e Hermano Morais. Mas o senhor já disse que eles dois são os candidatos dos Alves….
É uma polarização inventada. Os Alves apoiam os
dois. Todos os candidatos são diferentes, mas o que me interessa debater é as
estruturas que eles representam. Ambos representam os projetos que dominaram a
cidade desde 1985. São candidatos do continuísmo. Qual a força política da qual
eles não participaram nos últimos anos? Eles foram partícipes de todas as
gestões desse período. Além deles individualmente, isso se dá enquanto
estrutura, enquanto concepção, enquanto partido, enquanto lideranças que os
apoiam. Lógico que isso é reflexo daquela dificuldade de renovação na política.
Essa é a questão central.
NA hipótese de ambos irem para o segundo turno, o senhor apoiaria algum deles?
EU vou para o segundo turno. Não acredito que a sociedade natalense vá
escolher dois candidatos que são dos mesmos grupos.
O SR. foi relator do Plano Diretor em Natal. O que mudou na cidade do ponto de vista urbanístico desde então e quais são os principais problemas da capital hoje?
EU relatei o Plano Diretor de 1994. Natal mudou
muito em termos de crescimento urbano, mas mantém as mesmas características,
com mais degradação e mais ausência de planejamento. Os instrumentos positivos
do Plano Diretor daquela época não foram implementados. O plano ganhou prêmios
internacionais e é referência teórica quando se fala em planejamento, mas ele
não se traduziu na gestão, que não colocou em prática as ferramentas para
acompanhar o crescimento urbano. O Plano Diretor em 1994 antecipou, em alguns
anos, o que foi amarrado no Estatuto das Cidades, votado depois no Brasil. Como
relator, intermediei uma série de debates e foi a época mais rica para mim em
termos de conhecer a cidade. Debatia com os empresários, com estudiosos, com
movimentos sociais. A cidade tem um Plano Diretor, mas não há gestão sobre ele.
A maioria dos instrumentos não foram implantados. Até agora, as áreas de
proteção ambiental, que são dez, não foram regulamentadas. Tem só duas ou três.
Como prefeito, pretendo colocar tudo em prática. O primeiro eixo do nosso
governo é Planejamento Urbano, Meio Ambiente e Região Metropolitana.
COMO o senhor viu os protestos contra o aumento da passagem e o fim do Passe Livre no transporte urbano em Natal? Eles conseguiram reverter as duas decisões, mas houve também problemas de violência.
UMA coisa é o protesto, outra coisa é a violência.
Os protestos são muito positivos, é bom que a sociedade vá à rua reivindicar e
reclamar. O negativo foi a violência, alguém que se infiltra no movimento para
cometer atos violentos. E vai propositalmente para cometê-los, tanto que as
fotografias mostram as pessoas encapuzadas. Por que a Polícia, que estava
acompanhando, não os conteve? Minha pergunta é essa. Se estava ali desenhado
claramente que tinha alguém encapuzado, por que esse alguém não foi contido
pela Polícia? Causa muita estranheza, porque as pessoas que estavam à frente
são pacíficas, jovens fazendo um protesto justo. E eu tive uma ação em relação
à suspensão da integração: acionei o Ministério Público. É lamentável que o
Seturn tenha anunciado a suspensão na sexta-feira e a Prefeitura de Natal não
falou nada no sábado, domingo e segunda. Então acionei o MP porque o Seturn
estava descumprindo uma portaria. Não é o Seturn quem define as regras do jogo
no transporte público. Então o MP acatou minha representação e acionou a
Justiça. Então tudo isso, a nossa representação, a ação do MP, a luta na rua,
fez o Seturn recuar.
QUE atitudes o prefeito Mineiro vai tomar para melhorar o transporte público em Natal?
TOMAREI uma série de medidas, desde a questão da
licitação… há 20 anos eu era vereador e fiz uma representação ao MP para cobrar
a licitação nos transportes públicos. Vinte anos. Passaram vários gestores e
isso nunca foi feito. Primeiro, vamos realizar a licitação. Claro que não é um
processo que se faz de um dia para o outro, vai demorar, mas vai definir as
regras de uma maneira muito clara. E vamos fazer quatro ações articuladas: os
corredores exclusivos para os ônibus, redefinir as linhas e qualificar melhor
as vias, trabalhar a questão do VLT articulada com a CBTU, o Ministério das
Cidades, Governo do Estado e Região Metropolitana. Vamos fazer ciclovias. Cada
vez mais as pessoas se deslocam de bicicleta e a cidade não tem nem ciclofaixa.
Vamos fazer uma rede de ciclovias e ciclofaixas. E o quarto ponto é questão da
calçadas, que tem a ver com a acessibilidade e a mobilidade. Andar em Natal é
uma corrida de obstáculos e principalmente no Alecrim, nós vamos criar uma
política emergencial de calçadas para as pessoas terem mobilidade e acesso.
QUAL será sua política para o reajuste tarifário?
As regras serão definidas no processo licitatório, com toda a
transparência. Nós vamos retomar a regulação do sistema. Quem vai fazer o
controle não é o Seturn, e sim a Prefeitura. Vamos discutir a questão das
tarifas e criar mecanismos para ter transparência, analisar e dar uma
remuneração justa ao empresário que está operando o sistema e justa para a
população. Não tem explicação lógica para Natal ter a tarifa maior do que
Fortaleza e Recife, que são, aliás, cidades administradas pelo PT e bem
maiores.
OS conselhos federal e estadual de Medicina visitaram o Walfredo Gurgel e anunciaram que vão pedir intervenção federal na saúde do Estado. Como você avalia essa situação?
OLHA, o governo Rosalba é um caso de calamidade,
não só na saúde. A marca do governo é a incompetência, falta de gerenciamento,
pequenez administrativa. A incompetência do governo no geral se reflete na
saúde. Temos que redefinir essa questão, articulando e pactuando com os
municípios. Rosalba hoje (quinta-feira, dia 20) chegou à marca de R$ 368
milhões de excesso de arrecadação incorporado ao orçamento. Traduzindo, é um
dinheiro que não estava previsto, que não tinha destinação e foi arrecadado a
mais. Saiu no Diário Oficial. Ela poderia pegar uma parte desse dinheiro e por
na saúde e na segurança.
E ELA está fazendo o que com esse dinheiro?
A MINHA tese: está fazendo caixa. Não consegue gastar
o que tem. Uma das táticas é gastar na segunda metade do governo, quando
estiver definido o jogo nos municípios. E o outro problema é incompetência
mesmo. Outro dado é que no dia 30 de dezembro de 2010, o Ministério da Justiça
repassou R$ 5,1 milhões para o Itep. Não foi gasto até hoje. O caos da saúde é
reflexo da calamidade governamental
E QUAL é o papel da Prefeitura do Natal?
Fazer o seu papel na atenção básica.
Vamos priorizar a atenção básica com um programa de planejamento para, com
muito trabalho, reformar e reequipar os postos. Das 116 equipes de saúde da
família, não tem médicos em 61. Vamos garantir a rede de postos nos bairros e
depois a rede de assistência especializada, pelo menos em cada região, e
incorporar as UPAs e AMEs à rede, porque elas hoje estão isoladas e
desvinculadas. Vamos implantar as redes nacionais. A Rede Cegonha para atender
as mães e crianças até 2 anos, a rede dos CAPS, da assistência psicossocial, a
rede de urgência e emergência. Teremos ação proativa.
ESTAMOS vendo agora a repercussão nacional da noticia de que Micarla de Sousa tem a pior avaliação entre todos os prefeitos de capitais. Assumir a Prefeitura depois dessa situação é um ônus ou um bônus para o novo prefeito?
É UM desafio. Agora, Micarla ser isso para nós
não é nenhuma surpresa. Nós avisamos quando o DEM e o PSDB acolheram a Micarla
e a apoiaram. Então, Micarla e Rosalba são faces da mesma moeda. Elas são uma
fraude. Fraudaram a expectativa do povo. Venderam um produto que não
entregaram. DEM e PSDB fizeram conluio e apresentaram à cidade pessoas que não
têm nenhuma competência nem preparo para administrar. Existe uma “micarlização”
da Rosalba. Ela já é uma micarla estadual. A questão é se tem condições de
reverter. Tempo tem. Competência, já não sei. Para nós não há surpresa. Nós
alertamos a sociedade. Por sinal, os outros candidatos a prefeito foram, em
algum momento, criadores, apoiadores, parceiros de Micarla. Alguns são até
hoje. A população está mais atenta para isso.
O QUE o senhor achou da declaração de voto de Micarla em Carlos Eduardo?
ACHEI graça. É alimentar a briguinha entre os candidatos dos Alves. É
marketing, fazer o povo de besta. Querem criar uma polarização entre eles.
Achei engraçado, mas não se pode brincar com a cidade.
MAIS um problema da Prefeitura e do Governo: nenhuma obra de mobilidade urbana ligada à Copa do Mundo começou em Natal. O prefeito Mineiro vai priorizar essas obras já no início de sua gestão?
NENHUMA obra de responsabilidade do Município nem do Estado começou. Nós
vamos reverter esse quadro. Estamos na iminência de perder os recursos de R$
380 milhões para Natal. Vamos rever os projetos e repactuar com o Governo
Federal para fazer a obras. Os jogos vão acontecer independentemente disso.
Desde que Natal foi anunciada como sede, eu disse e repito que para a Copa só
precisa da Arena. Ponto. Mais nada. As outras coisas são necessárias para quem
mora aqui. Eu digo que o legado foi relegado. Obra de mobilidade não tem nada a
ver com Copa. É para quem mora aqui. A Copa é uma “desculpa”, entre aspas, para
fazer. Mas para os quatro jogos só precisa da Arena. E Natal está
perdendo essa oportunidade. É possível não perder os recursos, mas concluir as
obras de mobilidade até a Copa eu acho que não. Tem muita mistificação nesse
negócio de Copa, que é tratado como a cura para todos os males. Sou muito
crítico em relação a isso. Não é banha milagrosa. Copa é um megaevento como
outros e, a depender da gestão, a cidade e o Estado podem se beneficiar.
O VICE-PRESIDENTE Michel Temer esteve aqui e disse que, com Hermano prefeito, o acesso à Presidência seria irrestrito para Natal. O ex-ministro Carlos Lupi também veio e falou que Carlos Eduardo não teria barreiras no contato com o Governo Federal. Por ser do PT, o senhor teria vantagem nesse sentido em relação aos adversários?
NÃO é por eu ser do PT. É porque eu vou ter
projetos. É a maior bobagem passar a ideia que as coisas ficarão mais fáceis
porque o prefeito é amigo de A, B ou C. O Brasil mudou e, para acessar
recursos, é preciso ter projetos. Porta aberta é para tomar cafezinho e água.
Quero saber quem vai fazer o projeto. Nós vamos criar um grupo executor de
gestão de projetos. Está escrito em nosso programa de governo. Vamos elaborar
projetos vinculados aos programas nacionais. É óbvio que vai ter facilidade
porque eu sou amigo das pessoas. Ponto. Mas o que definir a vinda dos recursos
não é a amizade. Tem que ter projetos, e isso está em falta em Natal e no RN.
Mas eu vou lá tomar um cafezinho com o Michel Temer. O Lupi não, porque não é
mais ministro…
O SR. falou muito dessa falta de renovação na política local. O problema de Natal começou com Micarla ou já vem de muito tempo e se agravou? Qual a avaliação que o senhor faz, comparativamente, dos vários prefeitos que administraram Natal?
Os problemas de Natal se agravaram com a Micarla,
se tornaram crônicos, e surgiram outros que não existiam. Parodiando Cascudo,
uma cidade não fica ruim de repente. A Micarla é resultado do que eu chamo de
imediatismo administrativista. Os gestores não preparam a cidade para o futuro,
com estruturação e planejamento, apenas ficam fazendo florzinha no canteiro.
Natal se modernizou, mas a gestão é do século passado. Os métodos
administrativos modernos, de política urbana, não foram incorporados. A cidade
só se moderniza no setor privado. É uma cidade bacana, novamente citando
Cascudo, uma cidade “novidadeira”. Micarla é o resultado do acúmulo de problemas
administrativos agravados por incompetência. Tanto que saúde era pauta de todas
as últimas eleições.
POR FIM, como é que o senhor pretende reorganizar a máquina administrativa ao assumir a Prefeitura?
VAMOS cortar desperdício e corrupção. Isso está
definido. E vamos ter uma gestão muito austera, no sentido de buscar a eficácia
nos gastos e aplicação dos recursos. Definir prioridades. Voltando ao exemplo
da saúde: há um problema de gestão e de financiamento. A gestão é incompetente
e não consegue administrar o pouco recurso que tem, nem aumentar os recursos
através de projetos.
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