Tardiamente, cumpre ao Blog da Cidadania
fazer uma homenagem a um homem que, desafiando os poderes imensuráveis que
colocaram seus pares no STF de joelhos, deu ao Brasil uma aula de decência e
coragem.
O
carioca Enrique Ricardo Lewandowski, de 64 anos, desde o primeiro momento do
julgamento da ação penal 470 não se vergou a pressões, a intimidações, a
insultos e à chacota.
Foi
atacado, ridicularizado, achincalhado, difamado pela grande imprensa e até por
grande parte dos seus pares no STF, sobretudo quando absolveu José Dirceu da
condenação por corrupção ativa, e rejeitou a tese, jamais provada, de que o PT
teria “comprado votos”.
Ao
justificar seu voto absolvendo Dirceu, recorreu ao principal teórico da
atualidade sobre a teoria jurídica usada para condenar o ex-ministro, o alemão
Claus Roxin, que, segundo Lewandoski, divergiria da interpretação da maioria
esmagadora do STF sobre o Domínio do Fato.
Em 11
de novembro de 2012, passadas as condenações com base nessa teoria, o jornal
Folha de São Paulo publica entrevista do teórico alemão que repudia a
interpretação que os pares de Lewandoski deram ao seu trabalho.
Os
ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzzo, Carmem Lúcia, Gilmar Mendes,
Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Celso de Mello,
portanto, trocaram o julgamento da história pelo julgamento da mídia e da
opinião publicada.
Até
José Antonio Dias Tóffoli, apesar de nadar contra a maré quanto a Dirceu, em
algum momento se deixou intimidar. Lewandoski, não. Permaneceu e permanece
firme, impávido, em defesa do Estado de Direito.
Não é
fácil fazer o que fez esse portento de coragem e decência. O grupo social que
esses ministros freqüentam é impiedoso, medíocre e, não raro, truculento. E se
pauta exclusivamente pela mídia.
Os
aplausos fáceis que Joaquim Barbosa auferiu com suas cada vez mais evidentes pretensões
político-eleitorais jamais seduziram Lewandowski, que desprezou o ouro dos
tolos e ficou ao lado da verdade.
Convido,
pois, os leitores deste blog a escreverem suas homenagens ao ministro
Lewandowski, as quais lhe serão enviadas, com vistas a se contrapor aos ataques
rasteiros e covardes que ele vem sofrendo. Via Blog da Cidadania.
Eu apoio o ministro!
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