Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) - no
detalhe - relator do projeto de redistribuição dos royalties - Foto: Salu
Parente/PT.
Quebra de acordo, previamente acertado
entre os líderes, impediu a aprovação do parecer do deputado Carlos Zarattini
(PT-SP). Uma
quebra do acordo previamente acertado entre os líderes partidários impediu a
aprovação nesta terça-feira (6), pelo plenário da Câmara, do parecer do
deputado Carlos Zarattini (PT-SP) ao projeto de lei (PL 2565/11) que trata da
redistribuição dos royalties do petróleo.
Os
deputados aprovaram o texto do Senado, sem as alterações incluídas pelo relator
e que previam, entre outros itens, a destinação de 100% dos royalties do
petróleo para o setor da educação.
O
líder da Bancada do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), lamentou a decisão do
plenário. “A Câmara perdeu uma oportunidade histórica de destinar recursos para
financiar a educação no país e o desenvolvimento sustentável, o que iria
beneficiar as gerações futuras do Brasil”, afirmou Tatto.
O
líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), também lamentou
a não aprovação do relatório do deputado Zarattini e avaliou que o texto do
Senado não contempla a essência da proposta discutida amplamente durante oito
meses. “Primeiro, destinar os recursos dos royalties integralmente para a
educação. Além disso, queremos respeitar contratos e eu não sei se o texto do
Senado, na interpretação sobre esse tema, respeita os contratos. Eu não
sei”, observou.
Equívoco
Para
o relator, deputado Carlos Zarattini, houve “um equívoco” de parte dos
deputados ao aprovar o texto do Senado que, de acordo com ele, não tem
sustentação jurídica. “A Confederação Nacional dos Municípios divulgou uma
tabela falsa, com dados de que o texto da Câmara traria perdas maiores do que a
do Senado para os municípios. Foi um equívoco, porque o projeto do Senado
tem, inclusive, erros de matemática. É um projeto que não tem futuro”, explicou
o petista.
“Esse
projeto do Senado desequilibra a federação porque retira radicalmente recursos
do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo e não vai, efetivamente, garantir
recursos para os estados não produtores. E, o mais grave, não vincula os
recursos para a educação como estava na nossa proposta. Ou seja, esses recursos
ficam à disposição de prefeitos e governadores que poderão usar sem nenhum
critério pré-estabelecido”, lamentou Zarattini.
Duro golpe
O
vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE) reiterou todo o esforço
do governo e da bancada do PT na defesa da proposta que garantia recursos para
a educação. “Unificamos a bancada do PT e levamos a proposta de acordo para as
lideranças da base e todos concordaram. O esforço que a presidenta Dilma fez
foi no sentido de respeitar os contratos e, ao mesmo tempo, investir na
educação do país, que recebeu um duro golpe com esta votação”, lamentou.
Mais
cedo, antes da votação, a Bancada do PT reuniu-se com o ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, e firmou o compromisso de votar o substitutivo do deputado
Zarattini que contemplava a proposta do governo de destinar 100% dos royalties
do petróleo para a área educacional. (Gizele Benitz, PT na Câmara).
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Marcos Imperial