Capa desta quinta-feira deu ar histórico
ao julgamento conduzido por Joaquim Barbosa, tratado como "O maior golpe
na impunidade", um dia depois que o relator da Ação Penal 470, e agora
presidente do Supremo Tribunal Federal, aliviou a pena de Roberto Jefferson,
que, até hoje, ainda não explicou o que fez com R$ 4 milhões recebidos do
valerioduto.
Via 247
- Na capa do Globo desta quinta-feira, Joaquim Barbosa, presidente do Supremo
Tribunal Federal, foi transformado em herói nacional. Com retrato em bico de
pena, ela paira sobre a manchete "O maior golpe na impunidade", agora
que estão definidas as penas de 25 condenados na Ação Penal 470. Curiosamente,
ontem foi o próprio Barbosa quem propôs um alívio na pena de Roberto Jefferson,
que poderá cumpri-la em regime semiaberto. O presidente do PTB e dinamitador do
escândalo foi considerado um "colaborador" pelo presidente do STF.
Ao fim
e ao cabo, Jefferson venceu. Até hoje não disse o que fez com R$ 4 milhões
recebidos do PT, por meio do valerioduto, e conseguiu se vingar de seus
adversários políticos. Numa entrevista recente, disse que caiu, mas salvou o Brasil
de José Dirceu.
Mas, na
sessão de ontem, o ministro Ricardo Lewandowski tocou num ponto importante. Que
Roberto Jefferson estava sendo perdoado? O que disse que seu partido fez caixa
dois e todos os outros mensalão? O que depois disse que o mensalão era uma
figura retórica? O que atribuía a responsabilidade a José Dirceu? Ou o que
tentou culpar o ex-presidente Lula, numa fase final do julgamento.
Na
prática, Marcos Valério, que no início do processo, entregou depósitos
bancários e nomes de todos que receberam recursos – assim como fez com 97
beneficários do mensalão tucano (ignorados pela procuradoria-geral da
República) – colaborou mais com o esclarecimento da verdade do que o
"colaborador" Roberto Jefferson.
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Marcos Imperial