Em 2003, através de projeto de lei foi criado o Dia Nacional da
Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro em homenagem a Zumbi, líder
do Quilombo dos Palmares, morto nesta data em 1695.
No
RN, Mineiro é autor da lei que reconhece a propriedade das terras quilombolas. A partir dela, diversas comunidades
do RN puderam ter reconhecimento legal e acesso a editais e serviços como
postos de saúde, escola, crédito, etc.
Segundo
a secretária nacional de Combate ao Racismo/PT, Cida Abreu, a importância da
data corresponde ao momento de conscientização e reflexão sobre a cultura e
valorização do negro no desenvolvimento do país.
Cida
Abreu creditou ao Partido dos Trabalhadores (PT) a luta por mais espaço na
sociedade e a organização de um movimento negro unificado contra a
discriminação racial.
“Tudo
que existe de formulação, de ação, de projeto de planejamento e de resultado na
sociedade brasileira, no governo de esquerda e no PT, emana de uma organização
histórica, desde 1970, quando o movimento negro se organizou do ponto de vista
contemporâneo no Brasil”, explicou a secretária ao apresentar o fortalecimento
do movimento como bandeira do partido dos trabalhadores.
“Então
as nossas principais bandeiras, em primeiro lugar, é fortalecer e manter
o diálogo com os movimentos sociais. Em segundo lugar, é a gente organizar a
estrutura partidária, formar os militantes do PT, organizar as nossas
intervenções nas ações e nas agendas do partido para que a gente possa imprimir
ações políticas, na nossa secretaria, como o combate ao racismo e construção e
formulação das políticas de promoção da igualdade social implementadas nos
governos estaduais municipais e federal”, ressaltou Cida Abreu.
Para
Cida Abreu a luta é emblemática porque o combate ao racismo está no ponto de
vista institucional da sociedade e das estruturas de estado. O que na avaliação
dela tem que ter mudanças estruturantes e é necessário mais investimentos em
educação e saúde observando as peculiaridades deste segmento.
O
movimento é composto por várias linhas de pensamento e Cida Abreu destaca que
ao identificar, através da denúncia que existe o mito da democracia racial, o
movimento avança, nas palavras dela, “porque nós declaramos existe racismo e o
racismo tem que ser combatido e somente assim as organizações se tornam mais
fortes e consegue abrir nossas relações a partir de movimentos culturais,
políticos e da sociedade civil”, afirma Cida Abreu ao declarar a necessidade
construir e formular uma política, de Estado, pensada no ponto social econômico
para superar essas diferenças.
Para
a secretária Cida Abreu o avanço maior foi a criação da Secretaria de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial (SEPIR), em 2003, pelo ex-presidente Lula.
Reafirmada no seu segundo mandato como ministério. Foto: Arquivo PT.
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Marcos Imperial