
“Acusado, Lula ataca a imprensa e volta a falar em candidatura”. O título abjeto da Folha de hoje indica que a mídia tucana ficou preocupada com as palestras e as conversas do ex-presidente na sua viagem a Paris.
Por Altamiro Borges*, em seu blog.
“Acusado, Lula
ataca a imprensa e volta a falar em candidatura”. O título abjeto da Folha de
hoje indica que a mídia tucana ficou preocupada com as palestras e as conversas
do ex-presidente na sua viagem a Paris. Na sua escalada denuncista contra Lula,
com base em acusações sem provas, a mídia preferia ver o ex-líder operário
acuado e abatido. Mas, ao que parece, ele resolveu reagir e sair da defensiva.
Falou até em reeditar as “caravanas da cidadania”, percorrendo o país para
alertar o povo sobre as manobras golpistas.
Banqueiros, corruptos e jornais
Durante o
seminário promovido pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès, o
ex-presidente criticou as visões preconceituosas que marcaram o seu governo.
Ele também atacou as políticas neoliberais e defendeu uma “nova governança”
mundial. No trecho mais incisivo, Lula desmascarou a mídia rentista.
"Quando um político é denunciado, a cara dele sai de manhã, de tarde e de
noite no jornal. Vocês já viram a cara de algum banqueiro no jornal? Sabe por
que não sai? Porque é ele que paga as propagandas nos jornais”.
Já em conversas
de bastidores, o ex-presidente teria afirmado que “estou doido de vontade de
fazer caravanas” pelo país. Bastou esta senha para a mídia tucana sentir o
tranco e reagir nervosa. “Para conter desgaste, petista quer percorrer país”,
afirma, novamente, a Folha. Ela lembra que na primeira experiência das
“caravanas da cidadania”, Lula percorreu 359 cidades brasileiras. Esta
disposição de falar diretamente com o povo é o que mais apavora a direita
midiática e partidária.
Saindo da
defensiva? A conferir!
A postura mais
arrojada do ex-presidente pode sinalizar uma mudança de postura no
enfrentamento da onda denuncista da oposição. Nos últimos meses, a direita está
na ofensiva: julgamento midiático no STF do chamado “mensalão do PT”;
escandalização do episódio Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da
Presidência da República em São Paulo; e, nesta semana, as novas acusações de
Marcos Valério, o mentor do chamado valerioduto. Lula, o PT e as forças de
esquerda estavam acuados.
Agora, o
ex-presidente ataca as elites e mostra disposição para percorrer o país. Já o
PT indica que está disposto a briga para defender o legado do ex-presidente e
parte pra cima da direita udenista. A sigla consegue aprovar um “convite” para
FHC, mentor dos tucanos, explicar a temida “Lista de Furnas” – esquema de
desvio de grana da estatal mineira para candidatos do PSDB – e fala em retomar
o processo de criação da, ainda mais temida, CPI da Privataria Tucana, sobre as
criminosas privatizações das estatais.
O pânico diante
da CPI da Privataria
Ontem, o
presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), admitiu a possibilidade de
referendar a instalação da CPI, proposta pelo deputado Protógenes Queiroz
(PCdoB-S). No início deste ano, ela já tinha obtido o número necessário de
assinaturas para sua criação. Uma manobra pragmática, porém, acabou protelando
o debate. Agora, a proposta volta à tona. “Estou analisando o que vou fazer”,
comentou o titubeante Marco Maia. A CPI da Privataria Tucana só depende do seu
aval para ser criada.
Caso não
ocorram novas cenas de covardia, que tanto caracterizam o cretinismo
parlamentar, o embate político no Brasil pode tomar outro rumo. Lula saindo da
defensiva e entrando em contato direto com o povo; os partidos que
protagonizaram o novo ciclo político aberto por seu governo com mais coragem
para peitar a oposição udenista. E isto o que incomoda e mete medo na direita
midiática e no seu braço político, composto pelo PSDB, o DEM e o PPS. A
conferir!
*Altamiro
Borges é jornalista, secretário de Questão da Mídia do PCdoB e presidente do
Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.
Por Altamiro Borges*, em seu blog.
“Acusado, Lula
ataca a imprensa e volta a falar em candidatura”. O título abjeto da Folha de
hoje indica que a mídia tucana ficou preocupada com as palestras e as conversas
do ex-presidente na sua viagem a Paris. Na sua escalada denuncista contra Lula,
com base em acusações sem provas, a mídia preferia ver o ex-líder operário
acuado e abatido. Mas, ao que parece, ele resolveu reagir e sair da defensiva.
Falou até em reeditar as “caravanas da cidadania”, percorrendo o país para
alertar o povo sobre as manobras golpistas.
Banqueiros, corruptos e jornais
Durante o
seminário promovido pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès, o
ex-presidente criticou as visões preconceituosas que marcaram o seu governo.
Ele também atacou as políticas neoliberais e defendeu uma “nova governança”
mundial. No trecho mais incisivo, Lula desmascarou a mídia rentista.
"Quando um político é denunciado, a cara dele sai de manhã, de tarde e de
noite no jornal. Vocês já viram a cara de algum banqueiro no jornal? Sabe por
que não sai? Porque é ele que paga as propagandas nos jornais”.
Já em conversas
de bastidores, o ex-presidente teria afirmado que “estou doido de vontade de
fazer caravanas” pelo país. Bastou esta senha para a mídia tucana sentir o
tranco e reagir nervosa. “Para conter desgaste, petista quer percorrer país”,
afirma, novamente, a Folha. Ela lembra que na primeira experiência das
“caravanas da cidadania”, Lula percorreu 359 cidades brasileiras. Esta
disposição de falar diretamente com o povo é o que mais apavora a direita
midiática e partidária.
Saindo da
defensiva? A conferir!
A postura mais
arrojada do ex-presidente pode sinalizar uma mudança de postura no
enfrentamento da onda denuncista da oposição. Nos últimos meses, a direita está
na ofensiva: julgamento midiático no STF do chamado “mensalão do PT”;
escandalização do episódio Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da
Presidência da República em São Paulo; e, nesta semana, as novas acusações de
Marcos Valério, o mentor do chamado valerioduto. Lula, o PT e as forças de
esquerda estavam acuados.
Agora, o
ex-presidente ataca as elites e mostra disposição para percorrer o país. Já o
PT indica que está disposto a briga para defender o legado do ex-presidente e
parte pra cima da direita udenista. A sigla consegue aprovar um “convite” para
FHC, mentor dos tucanos, explicar a temida “Lista de Furnas” – esquema de
desvio de grana da estatal mineira para candidatos do PSDB – e fala em retomar
o processo de criação da, ainda mais temida, CPI da Privataria Tucana, sobre as
criminosas privatizações das estatais.
O pânico diante
da CPI da Privataria
Ontem, o
presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), admitiu a possibilidade de
referendar a instalação da CPI, proposta pelo deputado Protógenes Queiroz
(PCdoB-S). No início deste ano, ela já tinha obtido o número necessário de
assinaturas para sua criação. Uma manobra pragmática, porém, acabou protelando
o debate. Agora, a proposta volta à tona. “Estou analisando o que vou fazer”,
comentou o titubeante Marco Maia. A CPI da Privataria Tucana só depende do seu
aval para ser criada.
Caso não
ocorram novas cenas de covardia, que tanto caracterizam o cretinismo
parlamentar, o embate político no Brasil pode tomar outro rumo. Lula saindo da
defensiva e entrando em contato direto com o povo; os partidos que
protagonizaram o novo ciclo político aberto por seu governo com mais coragem
para peitar a oposição udenista. E isto o que incomoda e mete medo na direita
midiática e no seu braço político, composto pelo PSDB, o DEM e o PPS. A
conferir!
*Altamiro Borges é jornalista, secretário de Questão da Mídia do PCdoB e presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.
*Altamiro Borges é jornalista, secretário de Questão da Mídia do PCdoB e presidente do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé.
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Marcos Imperial