100% IDIOTA, REINALDO INSISTE
EM ATACAR "METADE IDIOTA" DE NIEMEYER.
247 - O perfeito idiota brasileiro, Reinaldo
Azevedo, não se contentou em atacar Oscar Niemeyer, um dos maiores gênios que o
mundo já produziu, apenas por um dia. Seu texto publicado após a morte do
arquiteto desencadeou uma onda de protestos na internet (leia mais aqui). Hoje, ele volta à carga para escrever
novamente sobre a "metade idiota" de Niemeyer.
Alguns leitores nos questionam sobre por
que dar espaço a uma personalidade doentia como Azevedo. Ocorre que ele é uma
das penas mais panfletárias da imprensa brasileira e atua incessantemente para
formar a opinião de parlamentares da República (alô, Demóstenes) e para
pressionar ministros do STF – algumas vezes, como sucesso. Sua retórica do ódio
e do preconceito, que nas últimas eleições capturou o candidato José Serra, é
menos inofensiva do que parece.
Abaixo, o novo ataque a Niemeyer:
A metade idiota de Niemeyer colaborou
com os nercoterroristas das Farc, chamava de "líder fantástico" o
assassino de 40 milhões, via no tirano Hugo Chávez um grande homem e
justificava todos os crimes de Fidel Bem pensado, sua genialidade ocupava
apenas um terço do seu caráter... Se eu tiver de voltar ao assunto, reduzo para
um quarto... Ou: "Idoso de esquerda tem problema"
O blog teve ontem 231.646 visitas. É a sua segunda
maior marca num único dia. Só perde para 20 de outubro de 2010, às vésperas da
eleição presidencial, quando atingiu 235.788. Parte considerável veio ontem em
busca dos dois primeiros textos que escrevi sobre Oscar Niemeyer, que ecoavam,
de resto, um post que fará seis anos no dia no próximo dia 15. Aqueles em
que afirmo (e reafirmo agora) que ele era metade gênio e metade idiota. Em 2006,
ninguém chiou. É que, no Brasil, a morte tem o condão de mudar as biografias.
Isso nada tem a ver com nosso passado católico, senhores sociólogos! Isso tem a
ver com a nossa indigência intelectual. Milhares de pessoas, é evidente,
concordaram comigo. Vejam os comentários. Também publiquei discordâncias e só
cortei as ofensas. Para me ofender, já existem os blogs dos
Reinaldo-dependentes…
Se eu tivesse escrito que Jesus Cristo era metade
santo e metade idiota, a reação não teria sido tão violenta. Isso só evidencia
uma coisa: trata-se de uma corrente organizada, estimulada, em parte, por
alguns notórios ladrões de dinheiro público, que vivem de rapinar estatais –
vagabundos, enfim! Ainda me lembro da indignação que tomou conta de alguns
“modernos” no Brasil quando a performance de um sedizente artista plástico, com
apoio de dinheiro público, foi alvo do protesto de cristãos. Diante da platéia,
o rapaz tirava um terço que ou havia introduzido em si mesmo ou nele haviam
introduzido, entenderam? Cristãos reagiram mal. Indigentes intelectuais os mais
variados acusaram uma tentativa de censura. As pessoas que se manifestavam
contra a “performance” eram tachadas de atrasadas, carolas, reprimidas… Isso
pode. Já chamar o lado comunista de Niemeyer de “metade idiota”…
Escrevi ontem sobre o que chamei “Irmandade Petralha”,
os patrulheiros que pretendem ser donos do pensamento. Esses cretinos nem
sequer leram os textos. Atribuíram-me coisas que não escrevi e que não penso.
Eu teria dito que Niemeyer não era de nada, que não teria importância nenhuma
para a arquitetura e que seria mero chupim de dinheiro público. Atração por
grana estatal, essa ele tinha. Mas sustento que fez uma grande obra mesmo
assim. E é claro que essa não é uma avaliação acima da contestação. O tipo de
arquitetura que fazia está em declínio do mundo, basta estudar um pouquinho.
Mas isso não quer dizer que os que o contestam sejam melhores do que ele. Faço
essa observação apenas para lembrar que, a exemplo de qualquer autor – suas
obras são autorais –, também ele está sujeito à apreciação critica negativa.
Meu texto original, longe de patrulhar o legado de
Niemeyer para a arquitetura, fazia justamente o contrário: procurava separar
sua ideologia de sua obra. E fui até generoso com ele. Chamei o seu lado comuna
de “a metade idiota”. Poderia tê-lo classificado de justificador do homicídio
em massa, que é o que lhe confere a sua condição de comunista renitente!
Atenção! Ele nunca deixou de ser… stalinista! Nem Krushev, que não matava
tanto, servia a Niemeyer!
Reproduzo, em vermelho, trecho de uma
entrevista sua publicada no Caderno 3 do Diário
do Nordeste, de 9 de dezembro de 2007. Prestem atenção:
Sem um líder da estatura de Stalin,
prega Niemeyer, o mundo poderia ter tido outro destino, subjugado por Hitler.
Apesar do regime de terror, o massacre de milhões de pessoas que se opunham ao
governo, a eliminação de dois terços do Comitê Central do Partido Comunista
Soviético, entre outros crimes. O arquiteto perdoa o ditador, morto em 1953.
Aposta que a opinião pública mudará de ideia quando descobrir que Stalin foi
vítima de uma “campanha odiosa”, movida pelas “forças reacionárias”:
“Stálin era fantástico. A Alemanha
acabou por fazer dele uma imagem de que era um monstro, um bandido. Ele
não mandou matar os militares soviéticos na guerra. Eles foram julgados, tinham
lutado pelos alemães. Era preciso. Estava defendendo a revolução, que é mais
importante. Os homens passam, a revolução está aí.”
O elogio não significa que Niemeyer seja
um stalinista — ele nem chega a ser um militante comunista clássico. Serve,
porém, para revelar um traço de sua personalidade política. Para além da
ideologia, ele admira os políticos de personalidade forte. Empreendedores e
ousados, como ele. No panteão do arquiteto, Stalin convive com o democrata
Juscelino Kubitschek. Luís Carlos Prestes, Gustavo Capanema (ministro da
Educação e Saúde Pública no Estado Novo), Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, Houari
Boumedienne (líder da revolução argelina), Fidel Castro e Hugo Chávez também
fazem os olhos do arquiteto brilharem.
Como? “Stálin não mandou matar?” “Eles foram
julgados?” Notem que o jornalista tenta limpar a barra do delirante…
Os que foram me atacar na televisão e no rádio por
conta do texto que escrevi podem não ser apenas canalhas. Há uma boa chance de
que sejam burros também. A opinião acima não é só “idiota”, não! É nojenta
mesmo! Stálin matou ou mandou para os campos de concentração – em
“comuinistês”, se diz “de trabalhos forçados” – milhares de “artistas” como…
Niemeyer. Para ele, tudo necessário: “A revolução era mais importante”! Entre
matar e justificar a morte, a diferença é apenas penal, não moral.
“Ah, lá vai o Reinaldo cuidar dessas coisas do
passado…” Errado! Niermeyer apoiava — apoio mesmo — alguns assassinos do
presente. E não pensem que o terrorismo lhe era um limite ou um
constrangimento.
As Farc
Não me ocupei do arquiteto só agora. No
arquivo, há muitos textos sobre ele. No dia 16
de março de 2008, escrevi outro post, intitulado “Niemeyer e um artigo
abjeto”. Começava assim o meu post:
“Se eu chamar Oscar Niemeyer de múmia
moral, acusarão a minha agressividade com o velhinho. Afinal, está no seu pé
biográfico: 100 anos. E ele é uma das nossas “figuras respeitáveis”, não é?,
embora a experiência não o impeça de escrever sandices, que justificam o
terror, a tortura, os campos de concentração, os assassinatos. Não desistirei
jamais da pergunta: a mídia brasileira abrigaria textos defendendo o fascismo
armado? Por que os facinorosos da esquerda e seus prosélitos têm essa licença?”
Por que escrevi o que vai acima?
Num artigo publicado na Folha, o arquiteto atacava o governo
constitucional e democrático da Colômbia e cantava as glórias dos
narcoterroristas das Farc, com quem revela ter colaborado. Segue um trecho:
“Lembro-me do emissário desse grupo que,
muitos anos atrás, me procurou em meu escritório de Copacabana, pedindo-me que
desenhasse um cartaz contra o Plano Colômbia, que, organizado pelo governo
norte-americano, visava intervir nas Farc, ferindo a soberania do país.
Recordo a maneira emocionada como aquele
emissário me falava do assunto, da revolta que exibia ao comentar a violência
com que o governo colombiano tentava destruí-los. Em poucos dias, desenhei o
cartaz que ele havia me pedido -um protesto contra aquele plano odioso. Uma
colaboração política que muito me agradou, ao saber ter sido aquele cartaz
utilizado até na Europa.”
Viram com que poesia ele trata um grupo que sequestra,
mata, trafica drogas, estupra, rapta crianças e mantém campos de concentração
da selva colombiana? Quem ler o artigo vai perceber que Niemeyer não gosta
mesmo é da democracia. E citava em socorro de sua tese a antepenúltima múmia
comunista do planeta: Eric Hobsbawm. Por isso afirmei que a metade genial
convivia com a metade idiota. Mas já começo a mudar de ideia. Metade é muita
coisa.
“Idoso de esquerda tem problema”
Leiam esta declaração:
“Quem é mais de direita vai ficando mais
de centro. Quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata. As coisas vão
se confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos que você vai tendo
e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito. Se você
conhecer uma pessoa idosa esquerdista é porque está com problema. Se acontecer
de conhecer alguém muito novo de direita é porque também está com problema.
Quando a gente tem 60 anos está no equilíbrio porque a gente não é nem um e nem
outro”.
Evidentemente, pelo estilo, a fala não é
de Reinaldo Azevedo. O raciocínio é de Luiz Inácio Apedeuta da Silva. Quando
fez 99 anos – ocasião em que escrevi aquele texto -, Niemeyer reagiu
mal à
opinião do companheiro. Estava decepcionado. A cachorrada que reagiu agora
ao meu texto se calou diante da fala de Lula.
Finalmente
Os que me conhecem sabem que sou do tipo
que se comove fácil. Uma notícia me fez refletir profundamente sobre o
comunismo de Niemeyer em terras nativas. Ele deu de presente, por exemplo, uma
casa a Luiz Carlos Prestes. Entendo. Mas não tinha preconceitos. Também
projetou e construiu uma casa para seu motorista de décadas. Na Favela do
Vidigal. Desculpem: favela é coisa de São Paulo. No Rio, o certo é dizer
“Comunidade do Vidigal”.
Vamos lá, Irmandade Petralha! Reproduza este texto
também. Ajude a divulgar o pensamento vivo de Niemeyer sobre humanistas como
Stálin, Fidel, Hugo Chávez e os narcoterroristas das Farc. Já começo a
flertar com a possibilidade de reduzir a tal genialidade a um sexto…
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Marcos Imperial