Os
brasileiros estão sempre esperando uma nova acusação contra Lula. Ele foi
acusado até quando contraiu câncer, por não se tratar no sistema público de
saúde. Afinal, como pode um retirante nordestino querer se tratar em hospitais
que deveriam ser exclusividade de políticos com pedigree, como FHC?
Eduardo
Guimarães, em seu sítio.
Vai se
cumprindo o script. É tudo tão previsível que chega a dar preguiça de comentar.
Lula não é menos alvo hoje do que era há dois, quatro, seis, oito, dez, vinte
ou vinte e dois anos. Entre 1989 e 2012, ele foi acusado de ser racista,
abortista, ladrão, pedófilo, estuprador e assassino, entre outros. Não se
consegue lembrar acusação que não tenha sofrido.
A cada
manchete contendo uma “bomba” contra Lula, quase é possível ouvir os barões da
mídia, seus pistoleiros e a oposição partidária de direita exclamarem “Agora
vai”, ou seja, que, desta vez, desmoralizarão o retirante nordestino que se
tornou um dos maiores líderes políticos do mundo.
Os
mesmos jornais, revistas, rádios e televisões que dia após dia, sem um único
intervalo, durante as últimas duas décadas tratam de tentar desmoralizar esse
homem com todo tipo possível e imaginável de acusação, renovam suas esperanças
pérfidas a cada nova tentativa.
Já
usaram até uma ex-namorada de Lula para destruir sua imagem pública – ela o
acusou de abortista e de racista. Já publicaram acusação de que ele tentou
estuprar um garoto de 15 anos; já disseram que assassinou 200 passageiros de um
voo comercial que terminou em tragédia.
Os
brasileiros estão sempre esperando uma nova acusação contra Lula. Ele foiacusado até quando contraiu câncer,
por não se tratar no sistema público de saúde. Afinal, como pode um retirante
nordestino querer se tratar em hospitais que deveriam ser exclusividade de
políticos com pedigree, como Fernando Henrique Cardoso?
Alguém
imagina que se um dia o ex-presidente tucano adoecer gravemente a oposição
midiática irá cobrar dele que se trate em hospitais públicos? Alguém irá cobrar
o mesmo de José Serra ou de Geraldo Alckmin?
Contra
Lula, argumentam que deveria se tratar no sistema público porque, durante seu
governo, exaltava as obras que fez no setor, como se todo governante não
fizesse o mesmo. A diferença é que um eventual câncer de FHC ou de outros
políticos “com pedigree” nem seria noticiado.
Sobre
Marcos Valério, chega a ser ridículo ter que explicar que ele está à beira do
desespero por estar prestes a voltar às masmorras em que já sofreu toda sorte
de sevícias. Sua estratégia para tentar escapar é oferecer ao Judiciário
partidarizado e à mídia oposicionista o que mais desejam: uma acusação que
permita a abertura de um processo contra Lula.
A
direita midiática, claro, não conseguirá indispor Lula com o povo. Já houve
acusações piores e nunca deram certo. Mas o objetivo não esse.
A
esperança é a de que o inquérito que o atual procurador-geral da República
certamente irá instalar antes de agosto, quando deixará o cargo, crie
constrangimento para uma candidatura de Lula à Presidência ou até ao governo de
São Paulo, ainda que sem condenação em primeira instância uma eventual
candidatura sua não possa ser impedida pela lei da ficha limpa.
Enfim,
nada de novo no front. Por falta de votos, a direita midiática tenta conseguir
no tapetão o que não consegue nas urnas. Será inútil, mais uma vez. A maioria
dos brasileiros não irá arriscar o bem-estar social que conquistou em troca de
discursos “éticos” em favor de políticos como os tucanos, contra os quais pesa
tanto ou mais do que contra os petistas.
A única
esperança para essa direita midiática retomar o poder seria a crise mundial
produzir desemprego, queda dos salários e inflação por aqui. A chance, porém, é
muito pequena. Os governos Lula e Dilma provaram ao país que é possível
atravessar crises sem empurrar a conta para a maioria. Portanto, esse novo
“plano infalível” terá o mesmo destino dos outros. Via http://www.pragmatismopolitico.com.br.
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Marcos Imperial