Presidente da Câmara decide contestar não só a
polêmica decisão do STF que cassa mandatos parlamentares. Ele já avisou que irá
reagir à decisão do ministro Luiz Fux que determina o que o Congresso pode ou
não votar e anuncia ainda que projetos que tratam das prerrogativas do
Judiciário podem ser votados com mais rapidez.
247 - O Supremo Tribunal Federal, na sessão de ontem,
extrapolou. Ao decidir cassar mandatos de parlamenteres, abusou de seus limites
e violou o harmônico equilíbrio da Praça dos Três Poderes desenhada por Oscar
Niemeyer, invadindo a seara de um outro poder. Este é o argumento do principal
editorial da Folha desta terça-feira, mas o jornal da família Frias prega que,
apesar da violência antidemocrática, a decisão deve ser respeitada.
No entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia
(PT-RS), que já argumentou que o Brasil não vive mais numa ditadura (nem numa
ditabranda), decidiu reagir. Em relação à decisão que cassa parlamentares, ele
prepara consulta à Advocacia Geral da União para encontrar embasamento jurídico
para não cumpri-la – a decisão que, além de equivocada (segundo a Folha), é
precária. Foi decidida por cinco votos a quatro e novos ministros do STF, como
Teori Zavascki e o próximo a ser indicado por Dilma Rousseff, podem vir a
votar.
Este, no entanto, não é único ponto. O presidente da Câmara
também decidiu confrontar a decisão do ministro Luiz Fux, que determinou o que
o Congresso pode ou não votar, ao decidir na questão dos royalties do petróleo
– segundo Fux, o veto desta questão só pode ser analisado depois que outros
tiverem sido apreciados. "Isso não é impedimento porque podemos votar
todos os vetos. Não há dificuldades para votar amanhã ou quarta-feira. Já
votamos aqui dois mil vetos de uma só vez", disse Maia. O presidente do Senado,
José Sarney, argumentou que Fux interferiu no regimento do Senado.
Há ainda um terceiro aspecto da crise desnecessária criada pelo
Supremo, que pode se voltar contra o próprio STF. Segundo o presidente da
Câmara dos Deputados, os parlamentares poderão apressar a votação de projetos
que tratam das prerrogativas do Judiciário. “Tem uma lista de projetos na
Câmara dos Deputados que estão tramitando há algum tempo que tratam das
prerrogativas do STF. Não tenha dúvida de que, nessa linha que vai, esses projetos
andarão certamente dentro da Câmara com mais rapidez”, disse Maia.
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Marcos Imperial