Pepe Mujica, presidente do Uruguai.
O governo do Uruguai, comandado pelo presidente José Pepe Mujica, planeja implementar, em fevereiro ou março, o programa “Armas para a vida”, ainda em fase de elaboração, que permita à população trocar armas de fogo por bicicletas ou notebooks. Estima-se que no país com três milhões de habitantes haja um milhão de armas.
O governo do Uruguai, comandado pelo presidente José Pepe Mujica, planeja implementar, em fevereiro ou março, o programa “Armas para a vida”, ainda em fase de elaboração, que permita à população trocar armas de fogo por bicicletas ou notebooks. Estima-se que no país com três milhões de habitantes haja um milhão de armas.
“A campanha propõe uma troca: o cidadão entrega
uma arma de fogo e recebe em troca outra: uma arma para a vida”, declarou o
Ministério do Interior em um comunicado. O programa, no entanto, ainda está em
fase de elaboração.
“São essas mesmas armas as que, em algum
momento e por diversas causas como venda e roubo, podem terminar ingressando no
mercado ilegal de armamentos ao qual recorrem as pessoas delinquentes”,
explicou a pasta por meio de Fernando Gil, responsável pela comunicação.
A meta é colaborar com o desarmamento da
sociedade, “no caminho para uma convivência mais harmônica, na qual as
diferenças sejam solucionadas por meio do diálogo e a negociação, como declarou
Gil.
Segundo o governo, o objetivo é lançar o
programa em fevereiro ou março em paralelo com a aprovação, no Parlamento, de
um projeto de lei que converterá em crime o porte ilegal de armas e buscará
combater seu tráfico. O texto, que deverá ser tratado após o recesso
parlamentar de janeiro, prevê penas rígidas para quem tenha armas de maneira
irregular.
Após a promulgação, os cidadãos terão um prazo
de seis meses para entregar sua arma ou legalizá-la. O não cumprimento poderá
resultar em penas que variam de um a 12 anos de reclusão.
No último ano, o país que se orgulha de ser
tranquilo, teve mais de 30 assassinatos em 2013 e fechou 2012 com um recorde de
290 homicídios, cerca de 90 a mais que em 2011. A violência custa ao país 1,2
bilhões de dólares por ano. Com La Nación. Via http://www.vermelho.org.br postado por Marcos Imperial.
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Marcos Imperial