Morales diz que saúde de Chávez é preocupação de povos anti-imperialistas

Presidente da Bolívia foi assistir ato de apoio a Chávez.

Caracas, 10 jan (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira que a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que não pôde fazer o juramente perante a Constituição por conta de seu 'complexo pós-operatório', é uma 'preocupação' de todos os povos anti-imperialistas do mundo.

Morales, que chegou na madrugada desta quinta a Caracas para assistir a um ato de apoio ao líder venezuelano convocado pelos chavistas, destacou que 'Chávez representa essa luta anti-imperialista e anticapitalista de todos os povos no mundo'.

O líder boliviano indicou que a saúde de Chávez, de 58 anos e que confirmou em dezembro que precisaria passar pela quarta cirurgia por conta de um câncer, 'não é somente uma preocupação do povo venezuelano, mas também do povo boliviano e de todos os povos anti-imperialistas do mundo'.

Morales destacou que o líder cubano Fidel Castrou começou a enfrentar o capitalismo e depois Chávez se uniu a essa luta contra o imperialismo que causava 'injustiça, desigualdade' e o 'saque' dos recursos naturais.

O boliviano sustentou que o 'irmão' Chávez liderou a nacionalização dos recursos naturais, especialmente dos hidrocarbonetos, e outros países continuaram recuperando seus próprio recursos.

'Chávez começou a enfrentar o império expulsando ou acabando com a intromissão e agora, muitos países da América Latina não temem uma invasão exterior sobre o pretexto de luta contra o narcotráfico', disse.

Morales também considerou que a 'melhor homenagem, a melhor solidariedade' com Chávez é com 'a unidade' na Venezuela e na América Latina.

'Unidade dos povos do mundo, dos povos anti-imperialistas, os povos anticapitalistas', ressaltou o presidente boliviano.

Morales admitiu que seu colega venezuelano faz 'falta' nas cúpulas de chefe de Estado e nas reuniões entre presidentes.

'Mas também estamos convencidos de que em breve estará conosco para seguir batalhando, seguir libertando os povos do mundo', acrescentou Morales.

'O imperialismo já está morrendo com sua crise financeira, alimentícia, energética, mas eles nunca descansarão', acrescentou. EFElb/ffCopyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados.