
Henrique Eduardo Alves é citado nos grampos interceptados
pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte durante a operação Assepsia, que
desmantelou em junho do ano passado uma quadrilha especializada em desviar
dinheiro público da saúde no estado.
Nos grampos, integrantes da máfia
classificam Alves como o “suporte político” que teria influência suficiente
para alavancar os negócios do bando.
Em uma conversa interceptada pelo MP na
internet, o comandante do esquema, o empresário da saúde Tufi Meres, foragido
desde a operação, relata a um comparsa o encontro que teria tido com Alves para
discutir a prorrogação de contratos em hospitais de interesse do grupo. Diz
Tufi:
– Estive com Henrique Eduardo Alves e já
falamos sobre a gestão do hospital.
Identificado pelo Ministério Público
como interlocutor de Alves no bando, o lobista Cláudio Varela, segundo o MP,
ofertou ao grupo criminoso serviços de “proteção política” que seriam
realizados a partir da “influência” de Alves junto ao governo federal e
estadual.
Em outra conversa interceptada pelo MP,
Varela relata a um dos sócios de Tufi no esquema uma conversa que teria tido
com Alves. Varela queria marcar o encontro de Tufi com o deputado, mas diz
que teme ser visto com o comandante da máfia.
Disse,
então, Varela:
– Conversando com o deputado, acertei
que iria pra Brasília colar com ele para facilitar algumas coisas que vou
resolver e foi aí que ele disse-me direto, olhando nos meus olhos: por favor,
serei o presidente da Câmara e estou sendo vigiado 24 horas, não posso fazer
contatos que possam me prejudicar. Confio em vocês. Quero que me preservem.
Com o processo ainda sob segredo de
justiça, o MP investiga agora se os negócios almejados pela quadrilha foram
realizados. O MP também solicitou a entrada da PGR no caso para avaliar se
Alves serviu, de fato, como “suporte político” do bando – ou se o nome do
deputado estava sendo utilizado fantasiosamente. Por Lauro Jardim. Postado Por Marcos Imperial.
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