Durante o discurso de posse, o novo presidente da
Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), mandou recado ao Supremo Tribunal
Federal sobre a questão da cassação dos parlamentares condenados no julgamento
do mensalão.
Condenado no caso, o
deputado José Genoino (PT-SP), que votou na eleição desta segunda-feira, tomou
posse no fim do ano passado mesmo depois de o Supremo decidir que todos os
parlamentares condenados deveriam perder o mandato. Durante a campanha, Alves defendeu
que a decisão cabe ao Congresso.
Via 247 - O novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), reforçou em seu discurso de posse no posto máximo da Casa o que
vinha dizendo durante a campanha sobre o caso dos deputados condenados no
julgamento do mensalão. "Não faltará a um ou a outro - o Poder Executivo e
o Poder Legislativo - o nosso respeito. Mas não se esqueçam de que aqui só tem
parlamentar abençoado pelo voto popular", disse Alves, em defesa das
prerrogativas da Câmara.
No fim do julgamento da Ação
Penal 470, os ministro do Supremo decidiram que a condenação em última
instância implica na perda do mandato do parlamentar envolvido, o que atinge
João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT),
além de José Genoino,que tomou posse como suplente no fim do ano passado, após
o fim do julgamento. Genoino, aliás, participou da eleição para a Mesa Diretora
da Câmara nesta segunda-feira.
Enquanto ainda estava em
campanha, Henrique Alves disse em mais de uma entrevista que "a declaração
da perda do mandato é inequívoca que é do Parlamento". A declaração foi
classificada pelo ministro Marco Aurélio Mello como "um arroubo de
retórica". "Foi uma declaração de cunho eminentemente político",
comentou Marco Aurélio à época. Mas o fato de o novo presidente da Câmara
destacar o papel dos parlamentares entre os outros poderes é sinal de que ele
não parece ter mudado de opinião sobre a questão depois de eleito.
"Os outros Poderes terão
todo respeito. Mas o Poder que representa o povo brasileiro na sua mais sincera
legitimidade, queiram ou não queiram, é essa Casa aqui", defendeu o novo
presidente da Câmara. Pelo jeito, apesar da mudança de comando na Câmara, o
desfecho para a questão dos parlamentares condenados está longe de chegar. Postado por Marcos Imperial.
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Marcos Imperial