Até agora, a ANS incluía apenas queixas em
relação a descumprimento de prazos para marcação de consultas, exames e
cirurgias, via estadao.com.br
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, nesta quarta-feira, 24,
critérios mais rigorosos para monitoramento e suspensão temporária de planos de
saúde. Agora, as empresas que tiverem contra si reclamação de negativa de
atendimento estarão sujeitas a multa ou até suspensão de novas vendas. Até
então a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluía apenas queixas em
relação a descumprimento de prazos para marcação de consultas, exames e
cirurgias.
"A negativa de atendimento
dentro do rol de procedimentos obrigatórios que o plano deve cumprir, negativa
no período de carência, não oferecer ou negar exame, não garantir o reembolso,
passam a ser reclamações monitoradas para suspensão do direito de venda",
explicou o ministro durante audiência pública no Senado. As operadoras de
planos de saúde passam a ser obrigadas também a justificar, por escrito, em até
48 horas, o motivo de ter negado autorização para algum procedimento médico.
As suspensões começam a ser feitas,
de acordo com os novos critérios, em junho. Isso porque, para receber essa
punição, é necessário haver reincidência nas reclamações, ou seja, a empresa
precisa ter, contra si, a mesma reclamação em dois ciclos seguidos - a
avaliação é feita a cada três meses.
Reclamações.
Entre dezembro de 2012 e março deste
ano, a ANS recebeu 13,3 mil reclamações sobre garantias de atendimento,
envolvendo 509 operadoras de planos. Nenhum plano foi suspenso, porque esse foi
o primeiro ciclo em que os novos critérios de punição começaram a ser medidos.
A avaliação teve um decréscimo na comparação com o período anterior, quando foi
registrado um total de 13,6 mil queixas - no ciclo de setembro a dezembro de
2012, a regra de negativa de reclamação ainda não estavam valendo. Nesse ciclo,
29 operadoras haviam sido suspensas.
A multa aos planos de saúde que não
cumprem os critérios de garantia de atendimento definidos pela ANS varia de R$
80 mil a R$ 100 mil. Em caso de reincidência, podem sofrer medidas
administrativas como suspensão de comercialização de parte ou da totalidade dos
seus planos de saúde e a decretação do regime especial de direção técnica,
inclusive com a possibilidade de afastamento de seus dirigentes. As empresas
que deixarem de informar a cláusula do contrato que explique a negativa serão
multadas em R$ 30 mil.
Das 29 operadoras suspensas de
setembro a dezembro de 2012, 12 recuperaram a situação assistencial no primeiro
trimestre de 2013. Das 17 restantes que permanecem suspensas, oito foram
encaminhadas para a saída de mercado - duas em liquidação extrajudicial, seus
em portabilidade especial.
Relatórios
Desde que a ANS começou a monitorar
os planos de saúde, em 2011, cinco relatórios de monitoramento já foram
apresentados. No período, três planos tiveram a comercialização suspensa em definitivo.
Ao todo, 396 planos, de 56 operadoras, foram punidos com suspensão temporária,
16 deles com reincidência nos quatro primeiros ciclos. A negativa de cobertura
é a principal reclamação de usuários - corresponde a 75,7% das mais de 75,9 mil
reclamações recebidas em 2012.
Segundo dados do Ministério da
Saúde, mais de 48,6 milhões de pessoas têm planos de saúde com cobertura de
assistência médica e outros 18,4 milhões, exclusivamente odontológicos. O
ministro destacou a necessidade de denunciar as operadoras. "O que
queremos é estimular a reclamação, que o usuário comunique a ANS. A queixa
registrada pelo usuário é decisiva para o controle de qualidade que é preciso
ser feito nos planos de saúde", afirmou. O cliente pode registrar a queixa
pelo Disque ANS (0800 701 9656), a Central de Relacionamento no site da ANS ou
em um dos 12 núcleos. Postado por Marcos Imperial.
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Marcos Imperial