Basta uma conta simples:
se a elevação de 1,05% do PIB no primeiro trimestre se repetir pelos próximos
três trimestres, economia brasileira crescerá acima de 4% este ano; resultado
divulgado hoje pelo IBGE mostra que mídia tradicional, que apostou em crescimento
baixo e inflação alta, com o tempero azedo do desemprego, interpreta
erradamente o cenário econômico; mas não quer nem vai aprender; apesar do
derrotismo contratado, ministro Guido Mantega, da Fazenda, se fortalece; País
avança apesar da poderosa torcida contra.
Via 247
– Ao crescer pelos próximos três trimestres como subiu entre janeiro e março,
em 1,05%, a economia brasileira avançará mais de 4% até o final do ano. A
inflação, seguindo a tendência divulgada na semana passada, de 6,49% nos
últimos doze meses, será mantida como agora, rigorosamente dentro da meta
estabelecida pelo Banco Central. O regime de pleno emprego, com a criação de
mais de 100 mil novas vagas em março, seguirá, a prevalecer a tendência, em
curso. Mas nada disso basta para convencer a esmagadora maioria da mídia
tradicional de que, apesar da crise global, a remada contra a maré da política
econômica brasileira está dando resultados. A alta do PIB, na verdade, é a
derrota do PIG.
O
ex-presidente Lula não errou, na semana passada, em Porto Alegre, ao afirmar
que, se dependesse do noticiário da mídia tradicional, nenhum empresário se
animaria mais em investir no Brasil. Ao contrário, acertou em cheio. Naquele
momento, contra todas as previsões dos jornais e tevês, a economia brasileira
já havia consumado o crescimento de 1,05% no primeiro trimestre, apenas o
número não havia sido divulgado. O que se lia na imprensa tradicional eram
notícias apontando para o fracasso do crescimento, explosão da inflação e
apelos pelo desaquecimento do mercado de trabalho. Praticamente nenhuma linha
sobre o resultado que, concretamente, fora alcançado e seria apontado
oficialmente pelo IBGE. Os jornais frisaram os sinais negativos da economia, e
apagaram as informações positivas. Os leitores saíram perdendo feio com essa escolha.
Hoje, é
o jornalista Jânio de Freitas, solista dissonante da sinfonia de britadeiras
que é tocada pela grande maioria dos colunistas de economia da mídia
tradicional, que reclama da batelada de más notícias no dia a dia da pauta da
imprensa. Apesar de o PIB ter crescido, as expectativas veiculadas eram todas
de que ele seria reduzido. A inflação está na meta, mas a aposta é pela
ultrapassagem dos índices de preços sobre a marca limite do BC. Neste caso, o
chamamento pela inflação contribui decisivamente para a formação de preços mais
altos.
Não
estão dando certo, por outro lado, os apelos pelo desemprego como forma de
derrubar a inflação. Responsáveis pelas contratações, os empresários lidam com
fatos concretos, e não com especulações. Por isso, continuam contratando. Mas
não sem oposição. Pesquisa divulgada hoje pelo banco Itaú anuncia que a
confiança dos empresários na economia diminuiu. O Itaú, no entanto, tem como
economista-chefe e sócio o ex-diretor do BC Ilan Goldfjan, o mesmo economista
que vem pregando, em artigos no jornal O Estado de S. Paulo, o desemprego como
forma de combater a inflação. Dá para confiar numa pesquisa vinda de uma fonte
com esse tipo de comprometimento?
MANTEGA
FORTALECIDO - "Foi muito bom", saudou, num largo sorriso, o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar a alta do PIB de 1,05% no primeiro
trimestre, divulgada nesta quinta-feira 16 pelo IBGE. Publicamente fortalecido,
Mantega também vai ganhando, uma a uma, as batalhas internas aos quais é
desafiado. Divergente, o secretário executivo do Ministério da Fazenda entrou
em regime de férias hoje. Nelson Barbosa não voltará
ao cargo.
Na
frente política, em razão dos resultados que a economia vai alcançando, Mantega
se fortalece dentro do PT. Ele já foi lembrado mais de uma vez pelo
ex-presidente Lula como o candidato ideal do partido ao cargo de governador de
São Paulo, em 2014. Na mesma medida, mas em direção contrária, a mídia
tradicional prega o enfraquecimento de Mantega, mas os fatos insistem em,
também nesse ponto, contrariar os desejos de derrota. Postado por Marcos Imperial.
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