Em pronunciamento
conjunto com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, presidente Dilma
Rousseff agradece o apoio da Venezuela à candidatura do brasileiro Roberto
Azevêdo à OMC e destaca união regional: "Nossos países estão mostrando
essa vocação para criar um futuro comum, sem espírito de confrontação e
ingerência externa"; "Vamos fazer da vontade de união entre nossos
países um exemplo para toda região", disse Dilma.
Via 247 - "O desafio da união regional,
sonho de todos nossos antepassados e frustração de tantas gerações, tem sido
encaminhado por todos nós. Nossos países estão mostrando essa vocação para
criar um futuro comum, sem espírito de confrontação e ingerência externa",
discursou a presidente Dilma Rousseff durante pronunciamento conjunto com o
presidente venezuelano, Nicolás Maduro. "Vamos fazer da vontade de união
entre nossos países um exemplo para toda região", disse a presidente
brasileira.
Em seu
discurso, Dilma destacou a orquestra sinfonica Simon Bolívar, que se apresentou
recentemente no Brasil, e agradeceu o apoio da venezuela à candidatura do
Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC). Dilma disse ainda que manterá
com Maduro o nível elevado de relacionamento que manteve com seu sucessor, Hugo
Chávez. A presidente brasileira finalizou desejando a Maduro um ótimo governo.
Ao tratar das relações multilaterais, Dilma disse que o Mercosul viverá
“um momento histórico” a partir do segundo semestre deste ano, quando a
Venezuela vai assumir pela primeira vez a presidência pro
tempore do bloco. O comando do país à frente do Mercosul vai
permitir, segundo Dilma, “um segundo ciclo de expansão do comércio e das
cadeias produtivas, beneficiando especialmente o Norte e o Nordeste do Brasil e
o Sul da Venezuela”.
Na
sequência, Nicolás Maduro destacou sua conversa com o ex-presidente Lula, que
precedeu o encontro com Dilma. “[O ex-presidente Lula] nos deu um banho de
conhecimento. Nós vimos o Lula como um pai. Lula, Kirchner e Chávez buscaram o
crescimento e o fortalecimento [do conceito de unidade]”, ressaltou ele.
Maduro, que destacou o legado de seu antecessor, entregou um quadro com uma
imagem de Hugo Chávez como presente para Dilma.
Foi o
primeiro encontro de Lula com Maduro depois da eleição do venezuelano em abril.
“Sou o segundo presidente operário da história”, ressaltou o venezuelano,
lembrando que o primeiro operário presidente da América Latina foi Lula.
Viagem
O
Brasil é a última etapa da viagem de Maduro pelos países do Mercosul – Uruguai
e Argentina. Ele não foi ao Paraguai, que está suspenso do bloco há 11 meses,
mas defendeu o fim da punição. A visita é para incrementar as relações
multilaterais e agradecer o apoio à sua eleição, em abril.
Do lado
de fora do Palácio do Planalto, o venezuelano foi acompanhado por uma
manifestação de simpatizantes e críticos do governo da Venezuela. Integrantes
do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também integraram o
protesto. Do lado dos críticos, um cartaz, em espanhol, dizia: “Maduro: a
legitimidade não se compra”.
Acompanhado
pela primeira-dama venezuelana, Cilia Flores, Maduro antes de chegar ao Palácio
do Planalto conversou por cerca de uma hora com o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, na Embaixada da Venezuela em Brasília. Após as reuniões no
Planalto, Maduro segue para a Universidade de Brasília (UnB) para um encontro
com professores da instituição.
Recepção
No
Planalto, Maduro foi recepcionado por grande parte da equipe de governo, como
os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Celso Amorim (Defesa),
Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Gleisi
Hoffmann (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia), Antônio Andrade
(Agricultura), Helena Chagas (Comunicação Social) e o assessor especial para
Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Autoridades
brasileiras informaram que a visita de Maduro é para incrementar as iniciativas
de integração produtiva, segurança alimentar, políticas públicas, saúde e
desenvolvimento social e tecnológico. Os dois países também apoiam iniciativas
de cooperação trilateral no Caribe, cujo foco é baseado na agricultura familiar
e no desenvolvimento social.
O
comércio entre Brasil e Venezuela aumentou sete vezes, comparando os anos de
2003 a 2012. No ano passado, o comércio bilateral alcançou o recorde histórico
de US$ 6,05 bilhões. As exportações brasileiras de manufaturados para a
Venezuela cresceram 30% em 2012, alcançando 65% da pauta exportadora.
O processo de adesão da Venezuela ao Mercosul segue o cronograma
acordado pelo bloco, com a adoção da nomenclatura comum do bloco e com o início
da convergência à Tarifa Externa Comum. A visita de Maduro ocorre no momento em
que a oposição na Venezuela, liderada por Henrique Capriles, candidato
derrotado, levanta dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral. Maduro venceu
Capriles por pouco mais de 200 mil votos. Com Agência Brasil, postado por
Marcos Imperial.
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