A Bancada do Partido dos Trabalhadores na
Câmara repudia o tom eleitoreiro, politiqueiro e demagógico da nota divulgada
pelo condomínio PSDB, DEM e PPS, já que frauda a realidade e tenta desviar a
população do foco real dos problemas nacionais. A Bancada do PT, que há
uma semana saudou as manifestações pacíficas que têm ocorrido em todo o País,
recorda que vários dos problemas colocados por milhares de jovens são bandeiras
históricas da sociedade. Ao mesmo tempo, destaca a decisão da presidenta Dilma
Rousseff de, sintonizada com as manifestações democráticas, lançar nesta
segunda-feira as bases para um grande pacto pelo desenvolvimento social do
país.
A intensificação do combate à corrupção,
por exemplo, anunciado pela presidenta, é uma decorrência natural de um
processo iniciado em 2003, quando começaram a ser adotadas medidas implacáveis
em defesa dos recursos públicos, como nunca houve antes na história do Brasil.
No governo do PSDB, basta lembrar que um dos primeiros gestos do ex-presidente
FHC, no primeiro dia de governo, em janeiro de 1995, foi extinguir, por
decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar
Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como
objetivo combater a corrupção.
A oposição agride as instituições ao
propor de maneira astuta CPI para os gastos da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
Está mais uma vez trabalhando contra os interesses do Brasil. Ofende o TCU e o
Ministério Público ao afirmar de maneira criminosa que existem orçamentos
secretos nas licitações de obras públicas. Transparência é o que não
falta no orçamento e nos gastos federais, porém, o mesmo não podemos afirmar
sobre isto nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná, governados
pelos tucanos.
Um novo Brasil está sendo construído há
dez anos, não aquele pais que quebrou três vezes em mãos tucanas, que recorria
de maneira humilhante ao FMI, onde o desemprego campeava e os jovens tinham
poucas vagas no ensino técnico, pois os gênios tucanos proibiram a expansão das
vagas nas escolas técnicas federais. Com nosso governo, nos tornamos a
sexta economia do mundo, com crescimento e distribuição de renda, a despeito da
maior crise econômica mundial dos últimos 80 anos; nos tornamos credores do FMI,
temos reservas de 370 bilhões de dólares.
Com dez anos de PT no governo, 40 milhões
de pessoas ascenderam à classe média. As demandas aumentaram, mas esse é o lado
positivo de um modelo que se sustenta na defesa dos interesses da maioria da
população. Ao contrário do modelo elitista tucano e de seus aliados DEM e PPS,
com arrocho salarial, desemprego, temos hoje no Brasil uma população maior, com
aumento do poder aquisitivo e, portanto, demandando mais inclusão, mais
distribuição de renda, acesso a mais e melhores empregos, a bens e serviços e
melhorias na qualidade de vida com base num modelo ambientalmente sustentável.
Surgem, portanto, novos desafios para os governantes de todos os níveis.
O governo federal, o PT e a Bancada
petista na Câmara estão em plena sintonia com as ruas e com o processo de
transformação em curso, em busca de um País mais justo, solidário, desenvolvido
e soberano. O povo brasileiro já demonstrou três vezes nas urnas que rompeu com
o modelo neoliberal do PSDB, DEM e PPS de tão triste memória.
O Brasil que os brasileiros estão
construindo está nos cinco pactos propostos hoje pela presidenta Dilma. É o
Brasil da responsabilidade fiscal e controle da inflação; é o Brasil das
propostas concretas para a saúde, educação e transportes; além do plebiscito
para formação de uma Constituinte sobre reforma política.
Assim, o Poder Legislativo, através de
suas duas Casas, vai estar em sintonia com as ruas e com o governo da
presidenta Dilma. Daí a importância de acelerarmos a votação de propostas que
já tramitam na Casa, como a de 100% dos royalties para a educação; a ampliação
do financiamento da saúde e a desoneração do transporte coletivo e seus
insumos.
No momento, cabe a todas as instituições
do estado democrático dialogar com os movimentos que estão nas ruas. Não cabe,
porém, como tentam PSDB, DEM e PPS, tentar tirar proveito de um movimento
legítimo, pois o histórico destas agremiações partidárias tem como marca seu
caráter antinacional e sua aversão à transparência e à soberania popular.
Brasília, 24 de junho de 2013.
Deputado José Guimarães-PT/CE
Líder da Bancada na Câmara. Postado por
Marcos Imperial.
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