São Paulo e outras
grandes cidades do Brasil não aguentam dias seguidos de transtorno e atos de vandalismo,
com cenas de depredação e destruição do patrimônio público e privado, sem
contar as 5, 6 horas que as pessoas têm levado para voltar para casa em dias de
manifestação. Logo a polícia não verá alternativa a não ser voltar a endurecer
contra os manifestantes. Discurso já transparece nos grandes jornais. "PM
tarda a agir", diz a Folha. No Estadão, reportagem diz que "de
prontidão desde a tarde, choque só agiu horas após saques" .
Via 247 – Em todos os atos públicos
recentes realizados nas grandes cidades até o momento, um pequeno grupo se
aproveita da oportunidade de manifestação pacífica para depredar, saquear
lojas, queimar carros e ônibus e pichar prédios históricos. São dias seguidos
assistindo a essas tristes cenas de vandalismo, sem contar o transtorno natural
causado aos moradores, que, no caso de São Paulo, têm demorado cinco ou até
seis horas para chegar em casa.
Na
capital paulista, depois de um protesto reprimido com todas as forças pela
Polícia Militar – com direito a tiros de borracha e bombas disparados na
direção da imprensa e prisões de pessoas que portavam vinagres, na quinta-feira
passada – foi feito um acordo com os líderes do Movimento Passe Livre e o ato
da última segunda-feira foi o exemplo de manifestação pacífica. Mas não tardará
para que volte o discurso da ordem, uma vez que o vandalismo foi novamente
registrado na noite de ontem. Em outras palavras, o lema "paz e amor"
da polícia não irá durar.
Para
a destruição do prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a
estimativa de prejuízo é de cerca de R$ 2 milhões. A empresa de ônibus Carris,
de Porto Alegre, estimou prejuízo de R$ 600 mil pela destruição de apenas um
ônibus queimado, que tinha acesso a cadeirantes e ar-condicionado. Outros cinco
veículos da companhia ficaram quebrados. Isso sem contar as vidraças de tantos
prédios e as paredes que terão de ser pintadas por conta das pichações em
várias cidades do País.
Mas
"as vozes da rua", como disse a presidente Dilma Rousseff em discurso
nesta terça-feira, não devem se calar tão cedo, tamanha a insatisfação dos
jovens com tantos problemas no Brasil, num momento em que o País se destaca
internacionalmente, por conta da Copa das Confederações e do Mundo, e por terem
permanecido tanto tempo caladas. "O gigante acordou", escrevem nas
redes sociais e nos cartazes.
O discurso da ordem também já transparece nos grandes jornais. "PM
tarda a agir", diz a manchete principal da Folha de S.Paulo na edição
desta quarta-feira 19, depois de a cidade ter registrado, na noite passada, um
duro ataque ao prédio da Prefeitura, saques, depredações e o incêndio a um
carro da TV Record. No Estadão, reportagem diz que "De prontidão desde a tarde, choque só agiu
horas após saques". Em breve, os agentes do Choque e suas
balas de borracha, retirados da rua pelo secretário de Segurança Pública do
Estado, Fernando Grella, estarão de volta. Postado por Marcos Imperial.
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