Desembargadores negaram recurso da defesa de Aécio Neves e mantiveram ação por improbidade administrativa (Foto: Governo de Minas Gerais / Leo Drumond / Flickr).
Por três votos a zero, o Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (TJMG) decidiu que o senador Aécio Neves continua réu em ação civil por
improbidade administrativa movida contra ele pelo Ministério Público Estadual
(MPE).
Aécio é investigado
pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas e pelo não cumprimento
do piso constitucional do financiamento do sistema público de saúde no período
de 2003 a 2008, período em que ele foi governador do estado. O julgamento
deverá acontecer ainda esse ano. Se culpado, o senador ficará inelegível.
Desde 2003, a
bancada estadual do PT denuncia essa fraude e a falta de compromisso do governo
de Minas com a saúde no estado. Conseqüência disso é o caos instaurado no
sistema público de saúde, situação essa que tem se agravado com a atual e grave
epidemia de dengue.
Recurso
Os desembargadores
Bitencourt Marcondes, Alyrio Ramos e Edgard Penna Amorim negaram o provimento
ao recurso solicitado por Aécio Neves para a extinção da ação por entenderem
ser legítima a ação de improbidade diante da não aplicação do mínimo
constitucional de 12% da receita do Estado na área da Saúde. Segundo eles, a
atitude do ex-governador atenta aos princípios da administração pública já que
“a conduta esperada do agente público é oposta, no sentido de cumprir norma
constitucional que visa à melhoria dos serviços de saúde universais e
gratuitos, como forma de inclusão social, erradicação e prevenção de doenças”.
A alegação do réu
(Aécio) é a de não ter havido qualquer transferência de recursos do estado à
COPASA para investimentos em saneamento básico, já que esse teria sido
originado de recursos próprios. Os fatos apurados demonstram, no entanto, a
utilização de valores provenientes de tarifas da COPASA para serem
contabilizados como investimento em saúde pública, em uma clara manobra para
garantir o mínimo constitucional de 12%. A pergunta é: qual foi a destinação
dada aos R$4,3 bilhões então? Postado por Marcos Imperial, via http://revistaforum.com.br
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Marcos Imperial